quinta-feira, 23 de setembro de 2010

BOM DIA AMIGOS!

Não digas que a grandeza de Deus te dispensa do bem a realizar.
Deus é a Luz do Universo, mas podes acender uma vela e clarear o caminho para muita gente dentro da noite.
Deus é o Amor, entretanto, onde a necessidade apareça, guardas o privilégio de oferecer a migalha de socorro que comece a restaurar o equilíbrio da vida.
Lembremo-nos de que Deus pode fazer tudo, mas reservou-nos algo para realizar, por nós mesmos, de modo a sermos dignos de Seu nome.

*************************
Qual é a maneira de Deus agir, se não for atráves de uns aos outros?
Somos seus co-criadores, somos filhos, e somos deuses; assim disse Jesus.
Então, quando a oportunidade aparecer, não percamos de exercer o nosso poder e vontade, em auxiliar os irmãos que se encontram em dificuldades maiores.
Não é porque conhecemos a Lei de causa e efeito, e sabemos que cada um colhe o que planta, que iremos nos eximir de alíviar um irmão quando podemos.
Pois estamos todos no mesmo barco, aonde o destino é a evolução dos seres, que habitam este barco chamado Terra; afinal, fazemos parte de uma grande corrente, aonde cada ser, é um elo, e que esta corrente mesmo que aparentemente pareça muitas vezes quebrada, não está!
A evolução acontece individual e coletiva, se assim não fosse, não seríamos irmãos!
Alguém quer chegar sozinho a perfeição relativa, deixando para trás seres queridos?
Claro que não!
Por isso, auxilie a todos que porventura estiverem no seu caminho evolutivo, a felicidade não é uma conquista individual e sim coletiva.
Não se pode ser feliz, mesmo superando todos os obstáculos, se olharmos para trás e vermos quantos ficaram caídos sem o nosso amparo.


Abraço Fraterno

EM QUE RUMO SEGUE O ESPIRITISMO BRASILEIRO ?

Já nos primórdios de sua história em terras brasileiras, encontramos o Espiritismo influenciado pelos cultos africanos e pelas práticas do magnetismo e da homeopatia que aqui o antecederam.
Nos primeiros embates ideológicos entre místicos e científicos, kardecistas e espíritas puros, grupos aos quais se filiavam os espíritas do final do século XIX, identificamos a origem das duas principais vertentes do movimento espírita dos nossos dias – a religiosa e a *laica.
É sabido que, após a ação pacificadora de Bezerra de Menezes, kardecista e místico, passou a ser predominantemente evangélica a feição do Espiritismo no Brasil, reforçada pelo roustainguismo divulgado pela Federação Espírita Brasileira.
Assim, passa o Espiritismo a assumir caráter nitidamente religioso e, de Doutrina inicialmente acolhida e estudada com simpatia por intelectuais, transforma-se, por opção dos dirigentes da época, em movimento místico-assistencialista, voltado prioritariamente para as camadas carentes da população.
A cultura espírita é desprezada. Para tanto, contribuem destacados mentores desencarnados, apregoando a supremacia do sentimento, preocupados com a expansão do racionalismo.
O conhecimento é considerado perigoso por estimular a elitização e a vaidade. Translada-se o dogmatismo da Igreja para o Espiritismo, imprimindo a este características de uma nova religião evangélica atraindo multidões ávidas de consolo e de cura para os seus males.
Nesse clima, dissemina-se uma anti-cultura adubada pelo slogan da reforma íntima, esta embasada na caridade salvacionista.
Nos Centros convivem dois públicos - os trabalhadores e os assistidos ou necessitados - onde não há espaço para a investigação e para o questionamento propostos pelo Codificador.
As casas espíritas assumem a feição de templos, casas de oração, onde filas de pedintes aguardam vez para a consulta aos espíritos, para tomar passes ou para receber a sacola com gêneros e roupas. Não que sejamos contra o desenvolvimento dessas atividades. Deploramos que elas sejam realizadas em detrimento do que seria prioritário - a pesquisa e a divulgação do conhecimento espírita.
Em tal ambiente não subsiste o espírito crítico e observador característico dos primeiros tempos da investigação espirítica.
Nada mais se acrescenta ao acervo kardequiano, exceto através da revelação mediúnica.
O dinamismo e a progressividade da Doutrina Espírita são desconsiderados por uma falsa modéstia.
Apenas os espíritos são ouvidos e suas informações não são filtradas pela razão. Alguns médiuns, figuras extraordinárias, é certo, são eleitos porta-vozes celestes e passam a formatar o pensamento espírita, sem sofrer o menor questionamento.
As instituições federativas, com raras exceções, são antigas sociedades que se auto-proclamaram federações ou uniões e assumiram a direção do movimento.
A chamada unificação tornou-se sinônimo de padronização e conformidade com o pensamento dominante. Em seu nome, aboliu-se a discussão por ser causadora de desunião e desarmonia, na verdade, para calar as vozes opostas ao discurso dominante. Temas polêmicos são rejeitados por “trazerem a cizânia e comprometerem a fraternidade”.
Os que pensam diferente e se atrevem a expor e defender suas idéias, e mesmo as ignoradas assertivas de Kardec, são vistos como desagregadores,obsidiados, discriminados, excluídos e até aluniados pelos “defensores” da pureza doutrinária.
Não fossem as figuras proeminentes de um Deolindo Amorim, de um Carlos Imbassahy ou de um José Herculano Pires, o movimento espírita brasileiro estaria ainda mais distanciado do modelo kardequiano.

Algumas pessoas tem levantado movimento de resgate das obras de kardec,para que possa reagir contra o igrejismo que se tornou o movimento espírita. Tem se voltado para as características marcantes do Espiritismo,que é o estudo.
O movimento universitário espírita (MUE), ocorrido na década de 60, na espiritização, surgida com Jaci Regis, em Santos, em 1978, no Projeto: Kardequizar, lançado pela Federação Espírita do Rio Grande do Sul, em 1986, uma revitalização dos ideais defendidos,
no início do século XX, por Afonso Ângeli Torterolli e seus seguidores, na defesa de um espiritismo não-religioso, tal como propusera o seu fundador/codificador Allan Kardec.
Essas iniciativas, além de outras valiosas contribuições individuais, constituíram as bases ideológicas sobre as quais muitos tem buscado transformações para uma mentalidade "nova" no Espiritismo.
"Formar, senão muitos, mas um punhado de irmãos capazes de difundir uma doutrina restaurada às suas bases, mas também solidamente apoiada nos avanços que a ciência e a tecnologia vêm de nos oferecer: um espiritismo emancipado de místicos e milagreiros, ainda mercadores de indulgências, que elegeram um Jesus passivo e estático, que eles adoram sem compreender a dinâmica de seu Evangelho libertador”.
*Laica:é um adjetivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião.

Fonte: Da Religião Espírita ao Laicismo
A trajetória do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre

25ª AULA-G.E.DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 23
A Doutrinação

"Se me fosse pedido o segredo da doutrinação diria apenas uma palavra - amor."
Hermínio de Miranda
Selecionamos algumas questões que merecem análise:

a) É importante para o esclarecimento, o doutrinador saber o nome do Espírito comunicante?
- Se for um Espírito familiar sim, como identificação. Mas o nome pouco importa e pode acontecer o Espírito involuído usar um nome falso.

b) Como o doutrinador deve proceder quando manifestarem-se Espíritos que, procurando desarmonizar o ambiente, incitam o médium ao uso de palavras chulas, grosseiras, rudes?
- Cabe ao doutrinador cortar imediatamente tais vocabulários que não irão beneficiar ninguém; pedindo ao Espírito que se retire, volte quando se achar em condições de manter um diálogo menos grosseiro. Isso pode acontecer quando o Espírito encontra no cérebro do médium este tipo de arquivo. O relacionamento médium x doutrinador deve ser de estima e respeito; daí, o doutrinador conversar com o médium no sentido de um esforço maior na sua mudança íntima.

c) Pode o doutrinador usar de energia com o Espírito comunicante?
- Quando isso se faz necessário, sim. Muitas vezes a doutrinação exige atitude enérgica, firme - que não está no tom da voz mas naquilo que dizemos. A única autoridade legítima é a que se estrutura na moral. Os Espíritos sentem essa autoridade e se dobram a ela em virtude da força moral de que disponha o doutrinador, força moral que só é conseguida através de uma vivência evangélica.

d) A faculdade de ver Espíritos pode ajudar na doutrinação?
- Somos daqueles que pedem cautela na vidência, pois não podemos ter absoluta confiança no que eles apresentam. Espíritos maus e inteligentes facilmente podem simular aparências enganadoras manipulando os fluidos. A percepção apurada na prática desfará os enganos, e acresce que qualquer consideração, no decorrer da doutrinação, prejudica mais do que ajuda.
E mais: cada médium vê dependendo da faixa vibratória em que se encontra.

e) Precisa o doutrinador fazer com que o Espírito conheça sua condição de desencarnado ao iniciar o diálogo?
- Há de se perguntar: quem de nós está em condições de receber a notícia de que vai morrer amanhã, com a serenidade que seria de se esperar? Dizer ao Espírito que deixou a família, que foi colhido pelo fenômeno da morte física, necessita habilidade a fim de evitar-lhe "choques da alma".
É ato de invigilância e às vezes de leviandade dizer-lhe que já não tem o corpo físico sem o devido preparo para tanto.
A tarefa da doutrinação é consolar.

f) Para onde vão os Espíritos que são doutrinados? O que acontece a eles?
- São muitos os caminhos que se abrem diante deles. Geralmente, são levados a um local de repouso e tratamento.
Trabalhadores espirituais os conduzem à reeducação.
Quase todos precisam mergulhar numa nova reencarnação, quanto antes, e assim que estejam em condições, começa-se o preparo para o recomeço.
Muitas vezes ainda, o trabalho de doutrinar continua no plano espiritual. Espíritos amigos já disseram que verdadeiras sessões mediúnicas são realizadas com médiuns desdobrados pelo sono físico.
As doutrinações se projetam ao longo dos dias e seguem nas realizações da noite, quando, em desdobramento, acompanhamos os mentores nos contatos e nas tarefas que se desenrolam no mundo dos Espíritos.

Bibliografia
1) Diálogo com as sombras - Hermínio C. Miranda
2) Correnteza de Luz - Camilo / Raul Teixeira
3) Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis / Divaldo P. Franco
4) Diretrizes de Segurança - Divaldo P. Franco e Raul Teixeira
5) Vozes do Grande Além - Espíritos Diversos / Chico Xavier

O MUNDO SÓ É UMA DROGA, PARA QUEM SE DROGA NO MUNDO!

Na sepultura
A minha morte foi como um pesadelo; senti um profundo torpor e perdi os sentidos. Depois de algum tempo, recobrei a consciência; parecia estar bem, até que percebi que algumas pessoas estavam colocando-me dentro de um caixão. Tentei reagir mas não consegui mexer-me; gritei dizendo estar vivo, mas ninguém me ouviu. Quando fecharam o caixão, dei murros na tampa tentando abri-la, mas meu esforço era em vão; perdi os sentidos.
Não sei quanto tempo fiquei desacordado; quando dei por mim novamente, senti que me colocaram em um veiculo e viajamos por algum tempo. Os solavancos do carro enjoaram-me; comecei a passar mal; não tinha espaço para vomitar e nem para me mexer; sentia-me sufocado. Quando o carro parou escutei gritarem o meu nome seguido de muito pranto. Pelo movimento, percebi que ali deveria ser o local do velório. Tiraram o caixão do carro e, quando menos eu esperava, abriram a tampa. Senti um grande alívio! Tente levantar-me , mas não consegui. Muita gente debruçou sobre mim para chorar.
O que eu poderia fazer ?
Já havia tentado de tudo para sair dali. A única explicação que eu encontrava para aquele fato , é que eu estava realmente morto e o meu espírito preso a meu corpo e já começava a cheirar mal.
Diante da minha impotência, tive que aceitar aquela situação. Observei cada pessoa que passavam por mim. Olhavam-me piedosamente e lamentavam pela minha morte. Quase todos que passaram por aquele desfile de lágrimas e de hipocrisia diziam a mesma coisa:
- Que pena. Tão jovem!
Outros cochichavam:
- Foram as drogas que os destruíram.
-Depois de algum tempo, fecharam o caixão e puseram-me novamente em um carro; Fiquei tonto, comecei a passar mal; por alguns momentos, eu ia morrer de verdade. Mas acabei apenas desmaiando. Quando voltei a mim, não sei quanto tempo depois, escutei algumas pessoas conversando. Pelo que elas falavam, deduzi que estavam levando-me para o cemitério; quase me
desesperei. Senti um medo terrível, principalmente quando percebi que estavam SEPULTANDO-ME.
Não cheguei a entrar em pânico, mas rezei todas as orações que eu havia aprendido e isso, de certa forma, acalmou.
Lembrei-me da minha vida desde quando era criança. Revi todo meu passado, era como se eu estivesse assistindo à projeção. A partir dai, naquela solidão profunda, comecei a julgar minhas atitudes. Fui um combatente! Lutei contra um sistema que eu não aceitava e que me causava revolta. Entretanto, acabei vítima de mim mesmo e não do sistema que eu condenava.
Sem perceber, havia optado pela fuga, a mesma fuga que me havia fascinado em outros momentos da minha vida. O sofrimento por que eu estava passando era característico dos suicidas. Era assim
mesmo que eu me sentia, um suicida. Levado pela revolta, percorri o caminho das drogas até encontrar a morte. Embora o mundo me aborrecesse, eu deveria ter continuado no bom combate.
Na verdade, fui um equivocado, apontei tudo que eu achava que estava errado, mas não soube indicar o certo. Minhas intenções eram boas, mas minhas atitudes eram contraditórias. Em vez de
atacar e ferir o sistema, eu deveria ter contribuído para transformá-lo.

Nelson Moraes Zílio
Um Roqueiro no Além

SE REFLETIRMOS

Se refletirmos na Terra, diante daqueles que, porventura nos ofendam, que todos eles, tanto quanto nós, estão igualmente fiscalizados pela lei de causa e efeito, na bica de serem também feridos nos espinheiros da experiência; ameaçados pelo guante invisível de provações dolorosas; rodeados de obstáculos que demoram a perceber; seguidos pelas tribulações e lutas que lhes esperam no mundo os entes amados; marcados por enfermidades potenciais que acabarão talvez por exigir-lhes cuidados de sacrifício; anotados para situações aflitivas que a existência nos apresenta a cada dia, por testes de melhoria em tempo determinado; cercados pelas dificuldades que enxameiam no caminho de todos; observados para transformações e mudanças que lhes visitarão a estrada, inevitavelmente, com vistas ao burilamento próprio, qual acontece a nós mesmos.
Se entendermos que os nossos prováveis ofensores jazem expostos, tanto quanto nós, às lutas e sofrimentos de que todos necessitamos no auto-aperfeiçoamento, decerto que só lhes responderíamos aos golpes, que nos venham a desferir, com bondade e compreensão, amor e tolerância e nem mesmo perderíamos um só minuto, com desencanto e lamentação, de vez que, para educar o coração, todos nos achamos matriculados na escola da vida e para reparar nossos erros e falhas dentro dela em qualquer situação, bastar-nos-á unicamente viver.

Urgência
Chico Xavier
Espírito Emmanuel