terça-feira, 23 de março de 2010

O Sofredor Anônimo

Dentre as parábolas contadas por Jesus, uma das mais conhecidas é a do samaritano.

Nela se narra a história de um homem que descia de Jerusalém para Jericó e foi vítima de ladrões.

Esses o despojaram de seus bens, cobriram-no de ferimentos e o deixaram semimorto.

Um sacerdote descia pelo mesmo caminho, viu o ferido, mas passou adiante.

O mesmo ocorreu com um levita.

Entretanto, um samaritano, vendo o pobre homem, tomou-se de compaixão e o amparou.

São muitas as lições a serem tiradas dessa singela narrativa.

Mas é interessante observar as qualificações das personagens.

Nela há um sacerdote, figura que dedica a vida a Deus.

Há igualmente um levita.

Consoante se infere da Bíblia, os integrantes da tribo de Levi eram considerados ortodoxos em matéria de fé.

Também eram tradicionalmente ligados às atividades do Templo, às coisas sagradas.

De igual modo, há um samaritano, designação que, na época, indicava alguém herético a ser perseguido.

Apenas à vítima não é dado qualquer qualificativo.

Não se sabe se era rico ou pobre.

Ignora-se sua raça, sua cor, seu credo.

Não há notícia se era portador de alguma moléstia que àquele tempo sugerisse impureza.

Não se comenta se tinha algum desequilíbrio sexual.

Falta informação quanto a ser ele alguém de vida reta ou pervertida.

Tudo o que se sabe é que era um homem necessitado de ajuda.

E essa informação basta.

O samaritano não gastou tempo se informando sobre títulos e qualidades do sofredor.

Tão logo o viu, tomou-se de compaixão e o auxiliou.

Essa parábola foi formulada por Jesus ao ser indagado a respeito do que se deve fazer para possuir a vida eterna.

O homem anônimo representa a Humanidade sofredora.

O dever do cristão é auxiliar quem sofre, independentemente de seus hábitos e crenças.

Não importa se concorda ou não com o modo de proceder do semelhante em sofrimento.

Precisa tomar-se de compaixão e estender-lhe as mãos.

O sentimento tocado pela dor alheia, a inspirar atos de amparo, é que identifica quem cumpre a vontade de Deus.

A fé apartada da misericórdia e da fraternidade pouco significa.

Veja-se que o sacerdote e o levita passaram ao largo do sofredor.

Apenas o samaritano, pouco considerado, mas bondoso, teve piedade do infeliz.

Assim, de nada adianta sofisticar as próprias obrigações religiosas.

Também são irrelevantes o estado moral e os atributos de quem sofre.

O primordial é se tomar de compaixão e amparar os miseráveis do mundo.

Sem bondade no coração e beneficência nos atos, tudo o mais é vão.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 12.03.2010
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Jesus Disse...

comunidade de scraps


"Jesus não fundou a religião do Calvário para dominar os povos e os reis, mas para libertar as almas do jugo da matéria e pregar, pela palavra e pelo exemplo, o único dogma de redenção: o Amor. "
Léon Denis
Cristianismo e Espiritismo

A mediunidade e seus Cuidados


Precauções que médiuns e experimentadores não podem negligenciar



34. As condições de experimentação são favoráveis quando os componentes da equipe mediúnica constituem um grupo harmônico. Outros fatores que favorecem também o bom êxito das reuniões mediúnicas são o silêncio e o recolhimento. Se, contudo, houver desarmonia ou desentendimento na equipe, haverá inequívocas dificuldades na realização de um bom intercâmbio mediúnico.

35. A ausência de método, a falta de continuidade e a inexistência de uma direção segura nas experiências mediúnicas podem tornar estéreis a boa-vontade dos médiuns e as aspirações, ainda que legítimas, dos experimentadores.

36. Um trabalho mediúnico produtivo deve, pois, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipe, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo. Recolhimento e pureza das intenções, eis a primeira condição para merecermos a simpatia dos bons Espíritos.

37. Nem sempre as comunicações sérias são verdadeiras. Existem comunicações sérias que contêm erros e falsidades. Eis por que os Espíritos verdadeiramente superiores recomendam de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica.

38. Além disso, certos Espíritos presunçosos ou pseudo-sábios procuram, valendo-se de uma linguagem elevada, incutir nos encarnados as mais falsas idéias, os sistemas mais absurdos. Não têm eles nenhum escrúpulo em se adornar com nomes respeitáveis, e tal mistificação somente um exame rigoroso e atento poderá desvendar.

39. As comunicações recebidas devem ser, pois, submetidas e rigoroso e severo exame da razão.

40. É bom lembrar que Chico Xavier foi vítima de mistificação muitas vezes. (No Mundo de Chico Xavier, p. 31) e o mesmo se deu com a notável médium Sra. Duret (Revue de 1860, p. 183) e com o próprio Codificador do Espiritismo, quando um mistificador usurpou o nome de São Luís, presente à reunião.

41. Os casos de mistificação não ocorrem à revelia dos mentores espirituais mais elevados, que, agindo assim, visam a conduzir o médium à vigilância precisa e às realizações da humildade e da prudência no seu mundo subjetivo. A mistificação traz sempre uma finalidade útil, que é a de afastá-lo do amor-próprio, da preguiça no estudo de suas necessidades próprias, da vaidade pessoal ou dos excessos de confiança em si mesmo. (O Consolador, questão 401.)

42. Ciente de que as comunicações mediúnicas não podem deixar de ser rigorosamente analisadas, o médium deve, pois, aceitar agradecido, e até mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações de que for o intermediário, atento à recomendação de Erasto, que propôs: “Aquilo que é reprovado pela razão e pelo bom-senso deve ser rejeitado firmemente. Mais vale repelir dez verdades que admitir uma só mentira, uma só teoria falsa”. (Revue de 1861, p. 257.)

43. Com vistas a isso, na Revue de 1860, p. 233, Kardec arrolou seis princípios que nos auxiliam na análise das comunicações espíritas, lembrando-nos que os Espíritos superiores não se contradizem jamais e não ensinam coisas absurdas. Por isso, toda comunicação manchada de erros manifestos e contrários aos dados mais vulgares da ciência e da observação atesta a inferioridade de sua origem.

44. Outro ponto importante para aquele que se dedica à mediunidade é evitar que ocorram abusos na sua prática. O exercício muito prolongado de qualquer faculdade acarreta fadiga, e o mesmo se dá com a mediunidade, principalmente a que se aplica aos efeitos físicos, a qual ocasiona necessariamente um dispêndio de fluido, que produz a fadiga e precisa, assim, ser reparado pelo repouso.

45. Entendendo a mediunidade como um meio que Deus oferece aos homens para a sua reforma moral e conseqüente progresso espiritual, os bons Espíritos afastam-se dos médiuns por vários motivos:

I. Quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados do seu verdadeiro objetivo.
II. Quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos que os protetores espirituais lhe propiciam.
III. Quando a interrupção dos fenômenos se dá como uma prova de benevolência do Benfeitor espiritual para com o médium.

46. O médium obsidiado, recomenda Kardec, deve ser afastado das reuniões práticas. E só deve voltar à atividade mediúnica depois de sua completa cura.
47. Os médiuns devem evitar, na sociedade, os ambientes nocivos e viciosos.
48. As sessões práticas devem ser privativas, porque elementos estranhos prejudicam o bom resultado dos trabalhos. (Médiuns e Mediunidade, p. 53.) Carlos Imbassahy (À Margem do Espiritismo, p. 239) e Allan Kardec (Revue de 1861, p. 140) propõem idêntica medida.


Astolfo O. de Oliveira Filho
Londrina-PR
O Consolador

A questão Sexual na Visão Espírita


Na Revista Espírita de 1866, Allan Kardec escreveu:


1. O Espiritismo ensina que as almas podem animar corpos de homens e mulheres. As almas ou Espíritos não têm sexo; as afeições que os unem nada têm de carnal; fundam-se numa simpatia real e, por isso, são mais duráveis.

2. Os sexos só existem no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos não se reproduzem uns pelos outros, razão por que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual.

3. A natureza fez o indivíduo do sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam até incompatíveis com a rudeza masculina. Aos homens e às mulheres são, assim, assinados pela Providência deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas, pois eles se completam um pelo outro.

"Mudando de sexo, o Espírito poderá conservar as inclinações anteriormente cultivadas"
4. A influência que o Espírito encarnado sofre do organismo não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perdemos instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Pode acontecer ainda que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que durante muito tempo possa conservar, na erraticidade, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa.

5. Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o fato se dá também quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. Mudando de sexo, poderá então conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas "anomalias aparentes", notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres.

Por anomalias aparentes, podemos entender o fato de existirem mulheres másculas que se compor-tam como verdadeiros homens, e vice-versa, independentemente de manterem ou não relações sexuais.

A questão, em verdade, está intimamente ligada ao Espírito e nada tem que ver com o corpo em si.

Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual, sabendo-se que todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.


Vida e Sexo

Chico Xavier

Novo Dia

Bom Dia amigos,

Mas um novo dia se inicia, busquemos a paz dentro de nós mesmos, para nos sentirmos bem e transmitir essa vibração a todas as pessoas que vamos encontrar no decorrer deste dia.

O segredo da Paz:

Deixe de brigar com a vida com as pessoas. Quando alguém te machucar, procure descobrir que atitude sua, está atraindo coisas que te desagradam, pois a causa está em nós.

Quando saimos do equilíbrio, fatos desagradáveis acontecem, quando voltamos ao equilíbrio tudo a nossa volta fica bem.

Encare seus medos e o enfrente-os, pacificamente, sem ansiedade.

Diga o que sente. Não fique esperando recompensa de ninguém. Lembremos que desejamos satisfazer o nosso espírito.

Faça a sua parte, mas saiba o limite. Você não tem que cuidar da Justiça do mundo, Deus sempre fez isso, e muito bem!


Um ótimo dia para você!
Angel