domingo, 14 de março de 2010

OS SENTIMENTOS DO OUTRO

Sam Douglas costumava dizer à esposa que, ao seu ver, ela passava muito tempo trabalhando no jardim, arrancando ervas daninhas, pondo fertilizantes, cortando o gramado duas vezes por semana...

Ele alegava que, apesar de seus esforços, o jardim continuava o mesmo de quando haviam mudado para aquela casa 4 anos atrás.

Naturalmente, ela se sentia magoada com essas observações e, cada vez que ele voltava a fazê-las, a noite para ela estava arruinada, assim como rompia o equilíbrio do relacionamento de ambos.

Depois de muito tempo, após algumas reflexões, o Sr. Douglas compreendeu como tinha sido tolo durante aqueles anos.

Nunca lhe ocorrera que dava prazer à esposa trabalhar daquela maneira e, por certo, apreciaria um elogio por seu empenho e dedicação.

Certo dia, a esposa disse que iria arrancar algumas ervas e convidou-o para acompanhá-lo ao jardim.

A princípio ele recusou mas, depois de pensar melhor, saiu e começou a ajudá-la.

A esposa ficou visivelmente feliz e juntos passaram uma hora trabalhando duro e entabulando conversa agradável.

A partir de então, ele passou a ajudá-la na jardinagem. Fazia-lhe elogios sobre seu trabalho, pois o jardim andava bonito de se olhar.

Resultado: uma vida mais feliz para ambos, porque ele aprendera a ver as coisas a partir do ponto de vista dela, ainda que o assunto fosse unicamente ervas daninhas.

O que se construía ali, naqueles momentos, era muito mais do que um belo jardim. Construía-se uma relação de entendimento, de empatia e respeito entre ambos.


**************************************


Muitas vezes nosso olhar sobre o outro, sobre suas atividades e sentimentos, é extremamente superficial.

O egoísmo em nós ainda cega para as necessidades do outro, e isso, num relacionamento a dois, é fator preponderante para o fracasso.

Necessário que deixemos as cavernas de nossas preocupações pessoais para conhecer outras moradias, nos aproximando do outro.

Nesse caminho sempre seremos presenteados com o sol do dia, que nos fará enxergar a vida e o próximo de forma muito mais nítida.

O que para um pode não ter importância ou significado, para o outro poderá ser fundamental.

Considerar isso é um exercício necessário, que deve ser realizado com constância e interesse.

A empatia é a sábia comandante dessa proposta elevada, que nos convida a perceber o outro e suas razões através de um novo ponto de vista, de uma nova perspectiva.

Ela nos ajuda a ser menos implacáveis nos julgamentos e condenações que fazemos.

Ela nos ajuda a compreender e a desenvolver a compaixão, evitando que a raiva e a vingança tomem o leme de nossa existência.

Ela nos faz entender que as ideias e sentimentos das outras pessoas são tão importantes quanto os nossos.

Ela nos ajuda a amar o ser amado...


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 8, pt. III,
do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas, de
Dale Carnegie, ed. Cia. Editora Nacional.
Em 08.03.2010

ESPIRITISMO

De que trata o Espiritismo?

O Espiritismo responde às questões fundamentais de nossa vida, como estas: Quem é você? Antes de nascer, o que você era? Depois da morte, o que você será? Por que você está neste mundo? Por que umas pessoas sofrem mais do que outras? Por que alguns nascem ricos e outros pobres? Por que alguns cegos, aleijados, débeis mentais, etc., enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis? Por que Deus permitiria tamanha desigualdade entre seus filhos? Por que há tanta desgraça no mundo e a tristeza supera a alegria? De três pessoas que viajam num veículo, por exemplo, após pavoroso desastre, uma perde a vida, outra fica gravemente ferida e a terceira escapa sem ferimentso. Por que sortes tão diferentes? Onde está nisso a Justiça de Deus? Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?

Perguntas como estas a Doutrina Espírita responde, porque tais são as perguntas que todos fazemos para nós mesmos, ao contemplarmos tanta desigualdade e tantos destinos diferentes na vida atribulada de nosso planeta.

Princípios Fundamentais

Os ensinamentos dos Espíritos superiores fundamentam-se em:

· A EXISTÊNCIA DE DEUS: Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.

· A IMORTALIDADE DA ALMA: Somos em essência Espíritos, seres inteligentes da Criação. O espírito é o princípio inteligente do Universo.

· A REENCARNAÇÃO: Criado simples e ignorante, o Espírito decide e cria seu próprio destino usando o livre-arbítrio. Seu progresso é consequência das experiências adquiridas em diversas existências, evoluindo constantemente, tanto em inteligência como em moralidade.

· A PLURALIDADE DE MUNDOS HABITADOS: Os diferentes orbes do Univeso constituem as diversas moradas dos Espíritos.

· A COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS: Os Espíritos são os seres humanos desencarnados. Através dos médiuns podem comunicar-se com o mundo material.

· A MORAL ESPÍRITA: Baseada no Evangelho de Jesus, é a máxima moral para a vida

A Codificação Espírita

O desenvolvimento da Codificação Espírita, basicamente, teve início na residência da família Baudin, no ano de 1855. Na casa havia duas jovens que eram médiuns. Tratava-se de Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos respectivamente.

Todo o trabalho da nova revelação era revisado várias vezes, para evitar erros ou interpretações duvidosas. As questões mais graves, relativas à Doutrina, eram revisadas com o auxílio de até dez médiuns.

Das perguntas elaboradas aos Espíritos nasceu O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857.

Allan Kardec, na etapa de sua vida espírita, dedicou-se intensivamente ao trabalho da expansão e divulgação da Boa Nova. Viajou 693 léguas, visitou 20 cidades e assistiu a mais de 50 reuniões doutrinárias de Espiritismo, na sua viagem pelo interior da França no ano de 1862.

Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que se destinaria a estudar, divulgar e explicar a nova doutrina.

Em 1º de janeiro de 1858, o Codificador abraçou uma nova atividade. Inaugura a Revista Espírita, de publicação mensal, cujo objetivo era informar aos adeptos do Espiritismo sobre seu crescimento e debater questões vinculadas às práticas doutrinárias; assim teve início a imprensa espírita

As 5 obras básicas :

  • O livro dos Espíritos (1857)
  • Livro dos Médiun (1861)
  • Evangelho Segundo Espiritismo (1864)
  • Céu e Inferno (1865)
  • A Gênese (1868)
O que é o Espiritismo
O Livro dos Espíritos.
Doutrina Espírita para Principiantes

FLAGELOS DESTRUIDORES

737 Com que objetivo os flagelos destruidores atingem a humanidade?

Para fazê-la progredir mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cada nova existência um novo grau de perfeição? É preciso ver o objetivo para apreciar os resultados dele. Vós os julgais somente do ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por causa do prejuízo que ocasionam; mas esses aborrecimentos são, na maior parte das vezes, necessários para fazer chegar mais rapidamente a uma ordem de coisas melhores e realizar em alguns anos o que exigiria séculos. (Veja a questão 744.)

738 A Providência não poderia empregar para o aperfeiçoamento da humanidade outros meios que não os flagelos destruidores?

– Sim, pode, e os emprega todos os dias, uma vez que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem que não tira proveito disso; é preciso castigá-lo em seu orgulho e fazer-lhe sentir sua fraqueza.

738 a Mas nesses flagelos o homem de bem morre como o perverso; isso é justo?

– Durante a vida, o homem sujeita tudo ao seu corpo; mas, após a morte, pensa de outro modo e, como já dissemos, a vida do corpo é pouca coisa; um século de vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto, os sofrimentos que sentis por alguns meses ou alguns dias não são nada, são um ensinamento para vós e servirão no futuro. Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, compõem o mundo real. (Veja a questão 85.) Esses são filhos de Deus e objeto de toda a sua solicitude; os corpos são apenas trajes sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que destroem os homens, é como se um exército tivesse durante a guerra seus trajes estragados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus soldados do que com as roupas que usam.

738 b Mas nem por isso as vítimas desses flagelos são menos vítimas?

– Se considerásseis a vida como ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríeis. Essas vítimas encontrarão numa outra existência uma grande compensação para seus sofrimentos se souberem suportá-los sem se lamentar.

Quer a morte chegue por um flagelo ou por uma outra causa, não se pode escapar quando a hora é chegada; a única diferença é que, nos flagelos, parte um maior número ao mesmo tempo.

Se pudéssemos nos elevar pelo pensamento, descortinando toda a humanidade de modo a abrangê-la inteiramente, esses flagelos tão terríveis não pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.

739 Os flagelos destruidores têm alguma utilidade do ponto de vista físico, apesar dos males que ocasionam?

– Sim, eles mudam, muitas vezes, as condições de uma região; mas o bem que resulta disso somente é percebido pelas gerações futuras.

740 Os flagelos não seriam para o homem também provas morais que os submetem às mais duras necessidades?

– Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar sua inteligência, mostrar sua paciência e sua resignação à vontade da Providência, e até mesmo multiplicam neles os sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se não é dominado pelo egoísmo.

741 É dado ao homem evitar os flagelos que o atormentam?

– Sim, em parte, embora não como se pensa geralmente. Muitos dos flagelos são a conseqüência de sua imprevidência; à medida que adquire conhecimentos e experiência, pode preveni-los se souber procurar suas causas. Porém, entre os males que afligem a humanidade, há os de caráter geral, que estão nos decretos da Providência, e dos quais cada indivíduo sente mais ou menos a repercussão. Sobre esses males, o homem pode apenas se resignar à vontade de Deus; e ainda esses males são, muitas vezes, agravados pela sua negligência.

☼ Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, é preciso colocar na primeira linha a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais à produção da terra. Mas o homem encontrou na ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, na rotatividade das culturas e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou de pelo menos atenuar os desastres. Algumas regiões, antigamente assoladas por terríveis flagelos, não estão preservadas hoje? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar material quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando, aos cuidados de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento da verdadeira caridade por seus semelhantes? (Veja a questão 707.)

O livro dos Espíritos

cap.VI

CARIDADE URGENTE

Se só consegues falar criticando...

Se desbordas a dar conselhos não solicitados...
Se tua palavra habitualmente é contundente e fere...
Se tens, exaustivamente, falado e falado, e não obténs os resultados almejados...

Detém-se.
Cala-te.
Ora e apazigua-te

A caridade do silêncio será, primeiramente, enorme benefício ao teu próprio coração, além de dar merecida trégua ao ouvido alheio.
Irmão Zanatta

BOM DIA!

POEMA DE MEIMEI

Desejava, Jesus,
Ter um grande armazém
De bondade constante
Maior do que os maiores que conheço
Para entregar sem preço
As criaturas de qualquer idade
As encomendas de felicidade
Sem perguntar a quem.

Eu desejava ter um braço mágico
Que afogasse os doentes
Sem qualquer distinção
E um lar onde coubesse
Todas as criancinhas
Para que não sentissem solidão.
Desejava, Senhor,
Todo um parque de amor
Com flores que cantassem,
Embalando os pequeninos
Que se encontram no leito
Sem poderem sair,
E uma loja de esperança
Para todas as mães.

Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca pudesse ver
Os defeitos do próximo
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce
Que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse
Vida e felicidade.

Eu queria plantar
Um jardim de união
Junto de cada moradia
Para que as criaturas se inspirassem
No perfume da paz e da alegria.
Eu queria, Jesus,
Ter os teus olhos
Retratados nos meus
A fim de achar nos outros,
Nos outros que me cercam,
Filhos de Deus
E meus irmãos que devo compreender e respeitar.

Desejava, Senhor, que a bênção do Natal
Estivesse entre nós, dia por dia,
E queria ter sido
Uma gota de orvalho
Na noite em que nasceste
A refletir,
Na pequenez de minha condição,
A luz que vinha da canção
Entoada nos Céus:
- “Glória a Deus nas Alturas,
Paz na Terra,
Boa Vontade em tudo,
Agora e para sempre!...”