quinta-feira, 23 de setembro de 2010

25ª AULA-G.E.DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 23
A Doutrinação

"Se me fosse pedido o segredo da doutrinação diria apenas uma palavra - amor."
Hermínio de Miranda
Selecionamos algumas questões que merecem análise:

a) É importante para o esclarecimento, o doutrinador saber o nome do Espírito comunicante?
- Se for um Espírito familiar sim, como identificação. Mas o nome pouco importa e pode acontecer o Espírito involuído usar um nome falso.

b) Como o doutrinador deve proceder quando manifestarem-se Espíritos que, procurando desarmonizar o ambiente, incitam o médium ao uso de palavras chulas, grosseiras, rudes?
- Cabe ao doutrinador cortar imediatamente tais vocabulários que não irão beneficiar ninguém; pedindo ao Espírito que se retire, volte quando se achar em condições de manter um diálogo menos grosseiro. Isso pode acontecer quando o Espírito encontra no cérebro do médium este tipo de arquivo. O relacionamento médium x doutrinador deve ser de estima e respeito; daí, o doutrinador conversar com o médium no sentido de um esforço maior na sua mudança íntima.

c) Pode o doutrinador usar de energia com o Espírito comunicante?
- Quando isso se faz necessário, sim. Muitas vezes a doutrinação exige atitude enérgica, firme - que não está no tom da voz mas naquilo que dizemos. A única autoridade legítima é a que se estrutura na moral. Os Espíritos sentem essa autoridade e se dobram a ela em virtude da força moral de que disponha o doutrinador, força moral que só é conseguida através de uma vivência evangélica.

d) A faculdade de ver Espíritos pode ajudar na doutrinação?
- Somos daqueles que pedem cautela na vidência, pois não podemos ter absoluta confiança no que eles apresentam. Espíritos maus e inteligentes facilmente podem simular aparências enganadoras manipulando os fluidos. A percepção apurada na prática desfará os enganos, e acresce que qualquer consideração, no decorrer da doutrinação, prejudica mais do que ajuda.
E mais: cada médium vê dependendo da faixa vibratória em que se encontra.

e) Precisa o doutrinador fazer com que o Espírito conheça sua condição de desencarnado ao iniciar o diálogo?
- Há de se perguntar: quem de nós está em condições de receber a notícia de que vai morrer amanhã, com a serenidade que seria de se esperar? Dizer ao Espírito que deixou a família, que foi colhido pelo fenômeno da morte física, necessita habilidade a fim de evitar-lhe "choques da alma".
É ato de invigilância e às vezes de leviandade dizer-lhe que já não tem o corpo físico sem o devido preparo para tanto.
A tarefa da doutrinação é consolar.

f) Para onde vão os Espíritos que são doutrinados? O que acontece a eles?
- São muitos os caminhos que se abrem diante deles. Geralmente, são levados a um local de repouso e tratamento.
Trabalhadores espirituais os conduzem à reeducação.
Quase todos precisam mergulhar numa nova reencarnação, quanto antes, e assim que estejam em condições, começa-se o preparo para o recomeço.
Muitas vezes ainda, o trabalho de doutrinar continua no plano espiritual. Espíritos amigos já disseram que verdadeiras sessões mediúnicas são realizadas com médiuns desdobrados pelo sono físico.
As doutrinações se projetam ao longo dos dias e seguem nas realizações da noite, quando, em desdobramento, acompanhamos os mentores nos contatos e nas tarefas que se desenrolam no mundo dos Espíritos.

Bibliografia
1) Diálogo com as sombras - Hermínio C. Miranda
2) Correnteza de Luz - Camilo / Raul Teixeira
3) Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis / Divaldo P. Franco
4) Diretrizes de Segurança - Divaldo P. Franco e Raul Teixeira
5) Vozes do Grande Além - Espíritos Diversos / Chico Xavier

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