quarta-feira, 29 de junho de 2011

BOM DIA AMIGOS


Todos os dias se apresentam oportunidades de aprendizado seja a nível material ou espiritual, pois o objetivo de estarmos aqui neste mundo é exatamente esse, APRENDERMOS.


Infelizmente pelas nossas condições evolutivas tendemos a aprender mais por nossos erros do que por nossa vontade de fazermos o certo, cada atitude nossa traz as suas consequencias. Por isso o sofrimento que passamos são as respostas para nossas escolhas erradas, que nos faz refletir e mudar nossas atitudes.


Dizem que não podemos aprender sem errar, mas quase sempre sabemos que o caminho que estamos trilhando é o errado, mas insistimos nele. Por quê? Talvez porque momentaneamente nos traz mais satisfação, e esquecemos-nos de sua consequência em longo prazo.


Reflita caros irmãos, pois aqueles que caminham cegamente estão fadados a cair nas ilusões efêmeras desta vida terrena, uma queda no abismo das paixões, entendamos como: vícios, desvios morais, prazeres terrenos; a subida se fará muito mais íngreme e desvencilhar dos liames dessas armadilhas é bastante difícil.


Aproveite cada momento como um aprendizado no bem, para a iluminação do seu espírito e a edificação do Reino de amor e Paz que tanto desejamos ver neste mundo.


Que Jesus seja o seu guia.


Abraço
Angel

A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS

Fé humana e fé divina

A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras.(O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 19, item 12, Kardec define a fé como sendo uma força de vontade direcionada para um certo objetivo, ou seja, a vontade de querer. E esta força pode ser aplicada em dois campos distintos: o material e o espiritual, conforme o objetivo proposto.

No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para conseguir objetivos materiais e intelectuais, como por exemplo: a construção de uma empresa, a melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação.
Todos nós temos que ter esta fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas ela deve ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho, sentimento este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade.

Vários exemplos de homens que realizaram grandes tarefas para o bem da sociedade, acreditando no seu próprio potencial, em vários campos de atuação, como por exemplo: a política, as ciências, os descobrimentos e também o campo empresarial.

No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta o homem na crença em uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade na busca de algo além do material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade, agregando a caridade, a fraternidade e a melhoria interior.

Esta fé, aliada à fé humana, espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força material para a satisfação da coletividade e não mais só da individualidade.

Fé cega e fé racional
A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender.(O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Aqui vamos definir a fé que a nossa Doutrina veio propagar, que é a Fé Racional. Aquela que conforme este trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, veio aliar a este sentimento de crença e vontade de querer, uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão.
É ela quem dá uma base sólida a nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a qualquer tempo. E que também nos ensina que não basta só crer ou ver, é também necessário compreender.

Isto se aplica principalmente ao Espiritismo, onde o estudo e a prática da caridade são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita.
Não basta também sentir, ver, ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante compreender sua natureza, o seu ambiente, a sua ação no mundo material e no espiritual.

O que diz o Evangelho Segundo Espiritismo, que é necessários compreender antes de ver.
O perigo da fé cega, aquela que acredita sem compreender, sem questionar, pois ela é a gênese do fanatismo religioso que causou tanto mal para a humanidade, e que deve ser combatida com serenidade e racionalidade

Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.(Tiago 2, 14 e 17)
 A Fé sem obra não vale nada, mesmo a Fé Racional, pois só o conhecimento não salva ninguém.
É vital aplicarmos o que estamos aprendendo e o que já sabemos, mudando o mundo em nossa volta, primeiramente o nosso interior e depois a parte externa.
Não adianta nada lermos toda a Bíblia, todas as obras da codificação, todas as obras complementares, se todo este cabedal de ensinamentos não mudar o nosso espírito para melhor, transformando em obras materiais e espirituais o que aprendermos.

É o benefício que podemos fazer ao próximo, e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.

Espiritismo.org.

EU, ORGULHOSO?

Paulo de Tarso, em uma de suas epístolas ao povo de Corinto, expressa que atualmente nos vemos como por um espelho, parcialmente, mas que haveríamos de nos conhecer como verdadeiramente somos.
Fazia alusão, certamente, ao nosso autodescobrimento como seres divinos e, como tais, seres espirituais e imortais.
Neste instante, em que nos defrontaremos com a nossa verdadeira realidade, haveremos de nos identificarmos sem o véu da ilusão que as aparências do mundo físico proporciona aos sentidos e suas consequências naturais.
Esta descoberta facilita o não desenvolvimento de sentimentos egoísticos e permite nos enxergarmos sem os adereços personalísticos que maioria de nós cria e cultiva, isto é, sem a supervalorização do eu.

Este império do eu
Se reflete na maioria dos comportamentos de orgulho que se caracteriza por uma paixão crônica por si mesmo.
Este "amor" próprio se revela, porém, em muitas faces.
O melindre é o orgulho na mágoa.
A pretensão é o orgulho nas aspirações.
A presunção é o orgulho no saber.
O preconceito é o orgulho nas concepções.
A indiferença é o orgulho na sensibilidade.
O desprezo é o orgulho no entendimento.
A vaidade é o orgulho do que se imagina ser.
A inveja é o orgulho perante as vitórias alheias.
A falsa modéstia é o orgulho da "humildade artificial".
A prepotência é o orgulho de poder.
A dissimulação é o orgulho nas aparências.

Analisando nesta amplitude conceitual é muito difícil não constatar o quão orgulhosos somos. Ainda assim, muitas pessoas não conseguem realizar este autodiagnóstico, afirmando "orgulhoso eu?".

Dois pesquisadores do comportamento humano Joseph Luft e Harry Ingham, lançaram, há mais de quarenta anos, um modelo de compreensão da percepção das atitudes humanas que ficou conhecido como a Janela de Johari e que pode facilitar na identificação do orgulho humano.
Trata-se de uma interseção das percepções daquilo que é conhecido ou não pelos outros com aquilo que é conhecido ou não pela própria pessoa.

Estas interseções provocam o aparecimento de quatro áreas de conhecimento/percepção do indivíduo:
(1) O eu aberto, que representa o nosso comportamento manifesto, conhecido por nós e pelos outros;
(2) o eu cego, que representa nosso comportamento que é facilmente percebido pelos outros, mas do qual não temos consciência;
(3) o eu secreto, que abrange as coisas que conhecemos sobre nós, mas escondemos dos outros, variando desde aspectos insignificantes até os mais importantes e
(4) o eu desconhecido, que se refere às coisas que desconhecemos sobre nós, as quais os outros também não têm acesso, como, por exemplo, potencialidades escondidas e traços de personalidade ainda inconscientes.

O orgulho pode estar localizado em qualquer uma destas áreas, mas comumente pode ser encontrado no eu cego, onde os outros percebem, mas não conseguimos enxergar.

Há diversos ângulos de estudo do orgulho, uma vez que sua manifestação é variada.
O orgulhoso, por exemplo, é alguém que se compara o tempo inteiro aos outros.
Compara-se para elevar-se sobre os demais.
Por consequência, possui uma excessiva preocupação com a opinião do outro sobre si que se transforma numa espécie de neurose.
Está sempre diminuindo o valor dos esforços alheios e, desta forma, é alguém que atrai antipatia e indiferença.
O orgulhoso, achando-se "o rei da cocada preta" - numa expressão bem nordestina - valoriza o que não é, mas desejaria ser, o que o leva a pensar e a sentir que tudo que faz ou tem é melhor do que o do outro. Aí é que ele se aprisiona nas teias da ilusão, pois cria seu mundinho à parte e dá a ele vida intensa.

O personalismo
Que talvez seja a forma mais concreta de identificação do orgulho, pode ser encontrado em comportamentos como:
a irredutibilidade velada ou clara; vaidade intelectual, dificuldade de conviver pacificamente com a diversidade humana; manipulação interpretativa de conceitos; autoritarismo nas decisões; boicote na cooperação a projetos que partam de outras cabeças; agastamento ante as cobranças e correções; sistemática competição para produzir além dos outros e da capacidade pessoal; coleção de animosidades; superlativa fixação dos valores que possui; pretensões de destaque; vício de ser elogiado e apego às próprias obras, até porque "Narciso acha feio o que não é espelho".
O personalista é alguém que não sabe dialogar, não sabe dividir, não sabe trocar, não sabe ouvir. Eis o grande desafio a ser vencido pelo orgulhoso.

A antítese para vencer o orgulho é procurar ser humilde.
Esta palavra sabiamente expressa o sentido que se busca na superação do orgulho. A sua etimologia é a mesma das palavras humano e húmus, por exemplo, e das expressões inglesas análogas humble (humilde) e humility (humildade). A raiz latina hum significa aquilo que vem da terra. Assim, humilhar originalmente quer dizer aquele que numa luta colocava o outro no chão. Humildade, bem apropriado, é aquele que mantém os pés no chão.

Ser humilde é aquele que tem consciência do que é, nem mais nem menos. É aquele que reconhece os seus limites e suas qualidades. É aquele que está em sintonia com a realidade, com a verdade. É aquele que está apto a ouvir o outro, viver em harmonia com o outro.


Algumas posturas de humildade:
Podem e devem ser exercitadas como emitir opiniões sem fixar-se obstinadamente na idéia de serem as melhores; aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de vista; ouvir a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou melindre; cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal, expondo-os para análise grupal; evitar difundir excessivamente o que já fez; disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações; acreditar que a colaboração pessoal sempre poderá ser aperfeiçoada; pedir desculpas quando errar; ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às incertezas do futuro; admitir para si sentimentos de mágoa e inveja; ser simples; ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender e ser útil e delegar tarefas, mesmo que acredite que outro não dará conta de fazê-la tão bem quanto você.


O mundo materialista e capitalista em que vivemos Sem dúvida, é um grande alimentador do orgulho pessoal, o que torna mais difícil superá-lo, pois somos estimulados constantemente pelos holofotes da vaidade, pela luta competitiva do dia-a-dia e pela valorização das aparências. Jesus, a maior celebridade de todos os tempos, era, acima de tudo, humilde. Sendo quem era poderia reivindicar outro tratamento, querer ser "paparicado" ou exigir que todos o reverenciassem pela sua posição superior. Em vez disso, deu lições contínuas de humildade, tanto que ensinou que :
"o Reino de Deus não vem com a aparência exterior", que "aquele que se exaltar seria humilhado" e que "os últimos seriam os primeiros".

Texto inspirado no livro "Mereça Ser Feliz - Superando as Ilusões do Orgulho", de Ermance Dufaux, psicografado por Wanderley Soares de Oliveira.

Carlos Pereira

INVIGILÂNCIA

Embora seja o Centro Espírita sagrado instituto de iniciação espiritual, vezes inúmeras procuramos mais pela necessidade de ajuda que pelo desejo de aprender.
É quando nos sentimos dominados pela depressão e indefinível sensação de mal-estar nos oprime; é quando dores não diagnosticáveis nos torturam e o desânimo nos sitia; enfim, é quando, segundo a terminologia espírita, somos visitados pela perturbação.

Ao contato do ambiente balsâmico, sob efeito da palavra amiga de dedicados orientadores, e experimentando o benefício do passe magnético, aplicado por especialistas do Além, sentimo-nos reanimados e regressamos ao lar qual se houvéramos recebido poderosa medicação estimulante — infelizmente mal assimilada, porque em breve recrudescem aqueles males, a nos distanciarem da tranquilidade.

É o nosso Carma! — dir-se-ia. Mas semelhante raciocínio nem sempre é admissível.
Assim como o distúrbio da digestão é antes consequência do excesso alimentar do que sintoma de úlceras, nossas frequentes perturbações refletem muito mais os desajustes do presente que os desastres do passado. Assim como a glutonaria é fator de desequilíbrio orgânico, a intemperança mental é porta aberta para a invasão das sombras.

Por isso, a auto-análise, que possibilite identificar as falhas de nossa personalidade e seus reflexos na conduta diária, é preliminar indispensável no esforço da renovação, a fim de que o mal desapareça em definitivo e perdure a harmonia.

Todavia, nem sempre nos preocupamos com esta questão e, quando o fazemos, é de forma superficial, distanciada da realidade.

“— Hoje não me sinto bem psiquicamente. Que terei feito de errado ontem?
“Pela manhã não esqueci a oração, e estudei “O Livro dos Espíritos” com atenção. Discuti com um vendedor que pretendia impor mercadoria inferior por alto preço. Deixei bem claro que não sou tolo!
“Dediquei-me ao serviço no escritório, durante a tarde, sem tempo para cogitações inferiores. O único incidente de que me recordo é que passei severa descompostura em alguns subordinados distraídos em conversa. Era preciso manter a ordem!
“À noite compareci ao serviço mediúnico. A palestra do orientador espiritual foi magnífica. Quantas lições! Após a sessão, conversei com alguns companheiros. Lembro-me de que lhes falei a respeito de um confrade. Alertei-os de que se trata de pessoa mesquinha, que não merece confiança nem respeito.
“Que terei feito de mal?”

Neste breve monólogo podemos observar como é fácil identificar esclarecimento, disciplina e advertência em três atitudes que a Doutrina dos Espíritos classificaria, mais acertadamente, como agressividade, prepotência e maledicência, fatores de sintonia com as esferas inferiores, o grande celeiro de perturbações.

À medida que nos aprofundamos no estudo da Terceira Revelação, melhor percebemos a grandiosidade da lição legada por Jesus ao recomendar oração e vigilância.
É indispensável vigiar atentamente nossos pensamentos e ações nos contatos com o próximo, conscientes de que, sempre que não expressarem pureza, estaremos a caminho do desequilíbrio.

Quando isso acontecer, a prece sincera, de quem reconhece a própria fraqueza e deseja o melhor, será o recurso divino capaz de reajustar as emoções, para que o Bem seja mais forte.


Reformador – maio, 1964
Richard Simonetti

REFLEXÃO