sexta-feira, 10 de junho de 2011

BOM DIA!

Os judeus haviam negligenciado os verdadeiros mandamentos de Deus, apegando-se a prática de regras estabelecidas pelos homens, e das quais os rígidos observadores faziam casos de consciência. O fundo, muito simples, acabara por desaparecer sob a complicação da forma. Como era mais fácil observar a pratica dos atos exteriores, do que reformar-se moralmente, de lavar as mãos do que limpar o coração, os homens se iludiam a si mesmos, acreditando-se quites com a justiça de Deus, porque se habituavam a essas praticas e continuavam como eram, sem se modificarem, pois lhes ensinavam que Deus não exigia nada mais. Eis porque o profeta dizia: “É em vão que esse povo me honra com os lábios, ensinando máximas e mandamentos dos homens”.
E.S.E cap.VIII item 10 – Bem-aventurados os puros de coração.


Nada vale as atitudes apresentadas aos homens se vosso coração não transmite o sentimento que quer expor.

Não pratique os atos pelas aparências externas, enganas aos outros e a si mesmo, mas o Pai lhe conhece, sabe de todos os seus sentimentos, suas virtudes e seus defeitos.

Procura ser sincero consigo mesmo, saiba que não será feliz querendo agradar os homens, mas sim, buscando agradar a Deus.

Suas preces serão atendidas apenas por seus sentimentos e não por seus atos de adoração externa.

Se quiser de verdade agradar a Deus, se importe mais com atitudes sinceras do seu coração do que com a pratica muitas vezes vazia da exposição pública.

Deus espera de ti, o melhor que puder dar vindo do seu coração.

Que a doce essência do amor que Ele nos emana seja sentida no coração por cada ato de amor que praticar no dia de hoje.


O que importa os engrandecimentos e agradecimentos dos homens, se você receberá o maior de todos os agradecimentos, que é a satisfação de agradar a Deus fazendo o bem ao seu próximo.

Cultive meus irmãos, as virtudes do coração.

Deixai os atos exteriores de adoração para aqueles que ainda têm necessidades deles.

Com carinho
Angel

CENTRO FORTE

Existe Centro Espírita forte e Centro Espírita fraco?

Não; existe apenas Centro Espírita.
"Mas, já me falaram uma vez que eu deveria frequentar um Centro mais forte".
Se falaram (e disso não duvidamos, pois muita gente se põe a dar conselhos sobre Espiritismo sem saber nada do assunto), pode pôr o conselheiro de quarentena.
Repetimos: só existe um tipo de Centro Espírita - é aquele onde a pregação e a prática do Evangelho estão colocadas acima de quaisquer interesses particulares.

E quando nos referimos a "interesses particulares", queremos falar das pessoas que procuram os Espíritos só para resolver problemas de ordem material; só pedem e nada dão de si. São indivíduos que acreditam em mágicas, que acreditam em milagres.

É preciso deixar claro que, no Centro Espírita, se a pessoa recebe um benefício do Plano Espiritual é porque a ele faz juz; é porque se propôs a dar, em troca, uma melhoria de si mesmo. Melhoria interior, nada de exterior; nada de oferendas em dinheiro ou espécie.

O que o Espiritismo prega é a reforma Íntima do homem: aquele esforço que todo indivíduo é capaz de fazer, a fim de amanhã ser melhor do que hoje. Um esforço que não exige riqueza ou tempo. Exige apenas boa vontade, responsabilidade.

Portanto, todo Centro verdadeiramente espírita é "forte". Pois até hoje não encontramos um Espírito mais forte do que Jesus. Pelo menos no estágio evolutivo em que ainda nos encontramos. Forte é Jesus: sua ascendência moral sobre todos nós - sobre todos os Espíritos que nos rodeiam - é incontestável.

Ora, se um Centro está colocando em prática os ensinamentos de Jesus, está, automaticamente, fortalecido. É um Centro que deve ser frequentado por quem deseja ficar realmente forte do ponto de vista espiritual. Mas, os fracos e gananciosos - os indivíduos que só pensam em sua fortuna pessoal - estes não encontram lugar ao lado daqueles que lutam com Jesus. Estes vão, realmente, em busca dos Espíritos "fortes" em assuntos materiais; Espíritos com pouca ou nenhuma moral. E com pouco ou nenhum conhecimento das Leis Eternas que regem nossas vidas.

Quem procura um "Centro forte" para resolver um problema imediato (ficar curado rapidamente, por exemplo) pode encontrar aquilo que procura. Os Espíritos que prestam colaboração nesses núcleos são acostumados a obedecer aos homens sem quaisquer preocupações de ordem moral. Podem, contudo, acontecer duas coisas não muito agradáveis para os pesquisadores dos "Centros fortes".

1ª) Muitas vezes, uma doença que acomete a pessoa é uma prova necessária à reeducação e ao reequilíbrio do Espírito encarnado. Uma espécie de prisão, que mantém o prisioneiro (Espírito) na linha, sem cometer grandes abusos. É possível, portanto, que, curada essa doença, o Espírito ainda desequilibrado, sentindo-se com um corpo sadio, comece novamente a fazer uma série de desatinos que o levarão fatalmente a um longo estacionamento expiatório em sua caminhada rumo à perfeição. O correto é o indivíduo apoiar-se moralmente nos ensinamentos evangélicos, aceitar o passe magnético com devoção e aguardar a atitude da Providência Divina. Se realmente os Espíritos julgarem que ele já poderá se libertar da prisão, ele será curado: não haverá jamais perigo iminente de seu Espírito cair em novos erros nesta encarnação. Entretanto, se ainda não conseguiu disciplinar-se, o Plano Espiritual Superior permite que prossiga sofrendo a doença, mas lhe dará força e coragem de suportar a dor.

2ª) Pode também acontecer uma espécie de compromisso espiritual entre o indivíduo que foi beneficiado por um Espírito pouco esclarecido, e esse próprio Espírito. Isto é, quando pedimos alguma coisa a alguém, ficamos devendo um favor: estabelece-se uma espécie de pacto. Algo semelhante com a alegoria do homem que vendeu a alma ao diabo. Na realidade, o indivíduo passa a dever um favor ao Espírito que o atendeu: e Espíritos ainda materializados, como nós, costumam cobrar os favores que prestam. Como um homem interesseiro quando presta um auxílio a qualquer pessoa: fica aguardando o momento para "cobrar" o favor. Imagine-se a situação do supostamente beneficiado com o atendimento: estará sempre preso a um compromisso que, um dia, terá de saldar. E saldar de que forma? Prestando-se a trabalhar para tais Espíritos - muitos dos quais ainda não sabem distinguir entre o bem e o mal. Devemos convir que não se trata de um bom negócio.

Voltando ao assunto: quem quiser um Centro forte, procure aquele Centro que não promete curas, mas esclarecimentos para fortalecer o Espírito.

Valentim Lorenzetti
Comunidade Espírita

AS BOAS AÇÕES CONSTITUEM A MELHOR PRECE

Nas questões 658 a 666 de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, os imortais fizeram revela-ções importantes a respeito da prece. Eis sinteticamente o que eles nos ensinam:

1) A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração. É, assim, preferível ao Senhor a prece vinda do íntimo à oração lida, por mais bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração.
2) A prece é um ato de adoração, com o qual podemos propor-nos três coisas: louvar, pedir, a-gradecer.
3) A prece torna melhor o homem, porque aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.
4) O essencial não é orar muito, mas orar bem. Existem pessoas, no entanto, que supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Essas criaturas fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca um estudo de si mesmas.
5) Podemos pedir a Deus que nos perdoe as faltas, mas só obteremos o perdão mudando de pro-ceder, porque as boas ações são a melhor prece e os atos valem mais que as palavras.
6) As provas por que passamos estão nas mãos de Deus e há algumas que têm de ser suportadas até o fim; mas Deus leva sempre em conta a resignação. A prece traz para junto de nós os bons Espíritos, que nos dão a força de suportá-las corajosamente.
7) A prece nunca é inútil, quando bem feita, porque fortalece aquele que ora.
8) A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem oramos ex-perimenta alívio e sente sempre um refrigério quando encontra pessoas caridosas que se compadecem de suas dores.
9) Pode-se orar pelos Espíritos e aos bons Espíritos, porque estes são os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades. O poder deles está, porém, relacionado com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor, sem cuja permissão nada se faz.

(Thiago Bernardes)

A IMPORTÂNCIA DO FLUÍDO VITAL

continuação da postagem anterior...
De acordo com a doutrina espírita, o princípio vital é um só para todos os seres orgânicos, todavia modificado segundo as espécies. É ele que lhes dá movimento e atividade e os distingue da matéria inerte.

Os espíritos explicam que o conjunto dos órgãos corporais constitui uma espécie de mecanismo que recebe impulsão desse princípio. Quando os seres orgânicos morrem a matéria inerte se decompõe e volta para a natureza, enquanto que o princípio vital retorna à massa de onde saiu.

Segundo essas explicações, o fenômeno da morte funciona da seguinte forma:
Cada um dos órgãos dos seres vivos se impregna, por assim dizer, desse fluido vital que dá, a todas as partes do organismo, uma atividade que as põe em comunicação entre si e normaliza as funções momentaneamente perturbadas. Mas quando os elementos essenciais, à atividade normal dos órgãos, estão destruídos, ou muito profundamente alterados, o fluido vital se torna impotente para transmitir o movimento da vida, e o ser morre.

Portanto, a manutenção da harmonia do funcionamento do organismo pelo fluido vital, garante a saúde.
Dizem os espíritos que "os corpos orgânicos são, assim, uma espécie de pilhas ou aparelhos elétricos nos quais a atividade do fluido determina o fenômeno da vida. A cessação dessa atividade causa a morte" (O Livro dos Espíritos).

A vida orgânica dos seres é mantida pela absorção do fluido vital. Mas a quantidade dele não é absoluta em todos os seres orgânicos.
 "Varia segundo as espécies e não é constante, quer em cada indivíduo, quer nos indivíduos de uma espécie. Alguns há, que se acham, por assim dizer, saturados desse fluido, enquanto os outros o possuem em quantidade apenas suficiente. Daí, para alguns, vida mais ativa, mais tenaz e, de certo modo, superabundante" (O Livro dos Espíritos).

Por outro lado, a quantidade de fluido vital pode se esgotar. Para que ela não se torne insuficiennte para a conservação da vida, precisa ser renovada por sua absorção e assimilação.
Os seres orgânicos são sociais. Formam grupos que convivem entre si. Assim, não é somente pelos alimentos que absorvem o fluido vital. "Ele também se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tiver em maior porção pode dá-lo a um que o tenha de menos e em certos casos prolongar a vida prestes a extinguir-se".

Essa característica explica diversos fenômenos de súbita recuperação de um doente, quando os familiares se reúnem dando a ele o fluido vital necessário para recuperar a sua vitalidade.

O conhecimento do princípio vital permite que compreendamos uma definição mais completa das três partes do ser humano, oferecida na introdução de O Livro dos Espíritos.

1ª - O corpo ou ser material análogo aos animais é animado pelo mesmo princípio vital.
2ª - A alma ou ser imaterial: espírito encarnado no corpo.
3ª - O laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o espírito: o perispírito.
Para agir no mundo físico, caracterizando o fenômeno da vida orgânica, é preciso estar envolvido pelo princípio vital.

 É por isso que os espíritos, em O Livro dos Médiuns, afirmam: "O fluido vital, indispensável a produção de todos os fenômenos mediúnicos, é apanágio exclusivo do encarnado e que, por conseguinte, o espírito operador fica obrigado a se impregnar dele".

Os espíritos desencarnados só podem agir em nosso mundo físico com o auxílio dos médiuns. É o único meio. E isso se explica pelo conceito do princípio vital.

Macedo Sarra - Revista Universo Espírita

AMOR SEM ILUSÃO

Conta-se que um jovem caminhava pelas montanhas nevadas da velha Índia, absorvido em profundos questionamentos sobre o amor, sem poder solucionar suas ansiedades.

Ao longo do caminho, à sua frente, percebeu que vinha em sua direção um velho sábio. E porque se demorasse em seus pensamentos sem encontrar uma resposta que lhe aquietasse a alma, resolveu pedir ao sábio que o ajudasse.

Aproximou-se e falou com verdadeiro interesse:
- Senhor, desejo encontrar minha amada e construir com ela uma família com bases no verdadeiro amor. Todavia, sempre que me vem à mente uma jovem bela e graciosa e eu a olho com atenção, em meus pensamentos ela vai se transformando rapidamente. Seus cabelos tornam-se alvos como a neve, sua pele rósea e firme fica pálida e se enche de profundos vincos. Seu olhar vivaz perde o brilho e parece perder-se no infinito. Sua forma física se modifica acentuadamente e eu me apavoro. Desejo saber, meu sábio, como é que o amor poderá ser eterno, como falam os poetas?

Nesse mesmo instante aproxima-se de ambos uma jovem envolta em luto, trazendo no rosto expressões de profunda dor. Dirige-se ao sábio e lhe fala com voz embargada:
- Acabo de enterrar o corpo de meu pai que morreu antes de completar 50 anos. Sofro porque nunca poderei ver sua cabeça branca aureolada de conhecimentos. Seu rosto marcado pelas rugas da experiência, nem seu olhar amadurecido pelas lições da vida. Sofro porque não poderei mais ouvir suas histórias sábias nem contemplar seu sorriso de ternura. Não verei suas mãos enrugadas tomando as minhas com profundo afeto.

Nesse momento o sábio dirigiu-se ao jovem e lhe falou com serenidade:
- Você percebe agora as nuanças do amor sem ilusões, meu jovem? O amor verdadeiro é eterno porque não se apega ao corpo físico, mas se afeiçoa ao ser imortal que o habita temporariamente. É nesses sentimentos sem ilusões nem fantasias que reside o verdadeiro e eterno amor.


A lição do velho sábio é de grande valia para todos nós que buscamos as belezas da forma física sem observar as grandezas da alma imortal. O sentimento que valoriza somente as aparências exteriores não é amor, é paixão ilusória.
O amor verdadeiro observa, além da roupagem física que se desgasta e morre, a alma que se aperfeiçoa e a deixa quando chega a hora, para prosseguir vivendo e amando, tanto quanto o permita o seu coração imortal.

Pense nisso! As flores, por mais belas que sejam, um dia murcham e morrem... Mas o seu perfume permanece no ar e no olfato daqueles que o souberam guardar em frascos adequados.

O corpo humano, por mais belo e cheio de vida que seja, um dia envelhece e morre. Mas as virtudes do espírito que dele se liberta continuam vivas nos sentimentos daqueles que as souberam apreciar e preservar, no frasco do coração.


Minuto Poético


EM HOMENAGEM AO DIA DOS NAMORADOS.
Dos eternos namorados, almas afins, ligados por laços do verdadeiro sentimento.