quarta-feira, 27 de outubro de 2010

BOM DIA

Por tudo que sou e por tudo que um dia serei!
Que eu possa encontrar
neste meu caminhar rumo a eternidade,
tudo aquilo que me conduzirá a entender a mim mesma,
e aos outros que compartilham desse mesmo caminho.
Que eu possa entender as lições da vida
nas situações que se apresentam,
e com elas aprender a ser menos:
egoísta, intolerante e orgulhosa.
Quero estar no mundo e não se deixar envolver 
excessivamente pelas conquistas terrenas,
e sim desenvolver as virtudes necessárias para perceber
toda a extensão do amor que Deus outorgou
em cada pedaço desta sua criação.
Necessito tanto, quanto qualquer um,
descobrir a fonte fecunda e infinita do meu ser, 
para um dia minha alma ascender
às amplitudes inimagináveis!

Que este dia seja mais um degrau a galgar
para essa tão sonhada conquista!

Deus
Eu agradeço pela minha existência,
e lhe peço:
Ajude-me a ser aquilo que você espera
dos teus filhos amados.

Jesus
Que a paz infinita que você nos legou,
seja sentida no coração destes seres
que tanto ainda necessitam dela.

Abraço
Angel

FALSOS PROFETAS

Aquela seita edificara um rico templo em homenagem a Mamon. Fluidos de interesses materiais estavam impregnados por toda a parte, evidenciando a exploração humana. Entre os coordenadores, a sinceridade era inexistente, o desejo de servir despretensiosamente ali não existia, pessoas interesseiras foram atraídas pelo comércio da fé.
A cobiça e a ambição dominavam os sentimentos dos representantes do “templo”, onde a palavra de Jesus deveria ser vivida, mas assim não acontecia. Entidades terrivelmente inferiores ensaiavam discursos para o “culto”.
Pouco a pouco, a igreja era ocupada por pessoas com as mais variadas dificuldades. Muitas revestidas de fé verdadeira, de méritos espirituais, de honestidade e amor, também se apresentavam engrossando as fileiras do luxuoso “santuário”.
Próximo do início das atividades, marchas musicais foram tocadas, preparando o psiquismo dos presentes. Terminado o show de músicas, entra ao recinto uma figura austera de intenções sombrias, contemplou demoradamente a extensa platéia de necessitados, preparando-se para falar, quando, foi envolvido pelos dois intérpretes das trevas, que lhe inspiraram este discurso:

-Meus irmãos, os sofrimentos no mundo representam o castigo divino. Se você sofre é porque está em débito com Deus e precisa saldar esta dívida. Nós, os pastores de Deus, recebemos um dom do eterno Pai, o de aliviar e até acabar com os sofrimentos; somos os mensageiros do Senhor!
Entretanto, nada na vida é de graça, Deus espera que você faça a sua parte, dê a sua cota de sacrifício para se libertar dos problemas espirituais que lhe atormentam, e é sobre o sacrifício que vamos falar. É preciso ter coragem para agradar a Deus, ter fé para conquistar a simpatia de Deus, ser ousado nas rogativas dirigidas a Deus. Se você quer se ver livre dos problemas, doe sua parcela de sacrifício para a edificação do reino de Deus na Terra. E a igreja é a casa de Deus, que precisa da sua contribuição para consolar a multidão de desafortunados, filhos do Senhor.

Estranha força partia do “pregador”, poderosas vibrações magnéticas prendiam a atenção do público.

— E todo aquele, continuou o representante da maldade, que contribuir com Deus terá sempre o dobro. Portanto, quem mais doar, mais receberá.

Neste momento, gritos de aleluia foram pronunciados pelos profissionais da fé, incentivando o povo a concordar com os absurdos proferidos pelo “pastor”, que exaltava a insensatez.
Estavam impressionados, os olhos brilhavam a maneira daqueles que estão ébrios de ambição; sentiam-se atraído pelo pastor, notava ares de simpatia para com aquele homem; mas não buscavam algo espiritual verdadeiro, mas benefícios puramente materiais, como muitos dos presentes. Pensava na reforma da casa, em aumentar a renda doméstica e, quem sabe, enriquecer com ajuda divina.

-Doem! Doem! Doem! Doem tudo! Tudo para o Senhor! Deus é o nosso salvador!

Estas palavras eram repetidas pelos trabalhadores. Viam-se, nitidamente, mãos encarquilhadas ofertarem os últimos recursos, homens fortes ofertando o salário do mês, mães desesperadas doando os últimos centavos, engordando os cofres do “santuário” erguido a Mamon. O cenário era triste, vários espíritos bons, penalizados, aguardavam a hora oportuna para ajudar.
Terminado o momento do ofertório, o “pastor” fez uma rogativa.
As palavras pediam a Deus pelos necessitados, mas o coração contava as moedas! Entretanto, centenas de pessoas oravam com fervor, inúmeras possuíam méritos e, nesta hora, os benfeitores espirituais, que estão em toda parte, ali se apresentaram, atraídos pelos pensamentos das pessoas nobres de sentimentos, colhendo os pedidos sinceros que, muitas vezes, numa explosão de fanatismo, eram feitos aos gritos; e, naquela algazarra, os verdadeiros espíritos do Senhor, que não eram vistos ou percebidos pelos adversários do bem, trabalhavam silenciosamente, anonimamente, promovendo passes magnéticos nos enfermos, recolhendo obsessores, espíritos recém-desencarnados, almas sofredoras e infelizes, num extraordinário trabalho de benemerência.
Terminada a prece, muitos se sentiam aliviados, atribuindo a melhora ou a cura aos poderes místicos do “pastor”.

— Eu lhe solicito Senhor, que aqueles que contribuíram com a sua obra sejam especialmente abençoados e que os males espirituais sejam retirados, os demônios afastados.

E, nesse instante, “atores” contratados caíram ao solo, simulando manifestações demoníacas, sugestionando as mentes fracas, perturbadas pelos adversários do bem, a repetirem os atos tresloucados. No plano espiritual as entidades debochavam, riam, divertiam-se da crendice popular, ao mesmo tempo em que muitos freqüentadores encarnados ficavam temerosos, aguardando a expulsão dos demônios pelo “pastor” que, pronunciando as palavras combinadas, afastou os espíritos impuros dos “atores”, enquanto os ajudantes despertavam as mentes impressionadas, restabelecendo a “ordem” no ambiente físico. Concluída a encenação, ainda fortemente envolvido pelos coordenadores das trevas, o “pregador” continuou:

— Vocês viram o poder do demônio? Mas o nosso poder é maior! Aleluia! Aleluia! Todos aqueles que não têm fé, caem nas garras de satanás.

Eram literalmente os falsos profetas, anunciados por Jesus. No processo de seleção em que a Terra se encontra, é natural que Deus nos permita agirmos com liberdade, pois que estamos sendo classificados através dos próprios atos.
Entretanto, nada foge à lei de causa e efeito. Essas expressões dolorosas terão de ser consertadas pelos próprios enganadores. Mesmo em núcleos dedicados à exploração humana, Deus direciona luzes, enviando os bons espíritos para socorrer quantos clamarem sinceramente por misericórdia.

Aconteceu na casa Espírita
Emanuel Cristiano
espírito Nora

29º AULA- G.E.DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

CAPÍTULO I - EVOLUÇÃO E NÃO SALVAÇÃO
1 – DOR E SALVAÇÃO

O problema da dor sempre se constituiu a principal preocupação dos homens, uma questão para a qual as Religiões sempre deram resposta, diferente em cada uma quanto à sua origem e a razão de ser, mas essencialmente idênticas quanto às causas e a solução todas indicando um único caminho: o da prática do bem e das virtudes.

Diferentes quanto às concepções humanas acerca da Divindade, da criação e do destino; idênticas quanto ao conteúdo das revelações emanadas do Plano Maior.
Fixando-nos apenas nas duas correntes principais temos que:

PARA OS PANTEÍSTAS
A dor é consequência dos desejos que a alma alimenta em relação com a matéria. Isto a separa da Divindade e a envolve no ciclo das reencarnações, submetendo-a a lei do Karma, no que está ínsito o processo da dor. O subtrair-se a ele consiste em anular os desejos relativos à matéria, na prática da renúncia, do bem, das virtudes, em consequência do que a alma voltará a reintegrar-se com Deus, assim como a gota d’água se integra na massa do oceano.

PARA OS TEÍSTAS
O homem, criado por Deus e destinado a viver no Éden uma vida beatífica e feliz, foi dali expulso e condenado a viver esta vida, com sua descendência, por castigo. Desta forma a dor é punição e castigo, resultado desse pecado original e de outros, que também constituem um desrespeito a autoridade divina.

PARA OS CRISTÃOS
Jesus é o salvador, no sentido de que ele veio ressarcir a dívida da humanidade para com o criador, restaurando a possibilidade dos homens poderem voltar a desfrutar do convívio com a divindade, na eternidade.
Jesus, para eles, é o próprio Deus encarnado: a segunda pessoa – o filho.
A ofensa dirigida a Deus que pesa sobre os homens é a do pecado original, proporcional a sua grandeza, infinita, portanto, não estando nas suas possibilidades ressarci-la.
Por isso o Altíssimo fez-se homem na pessoa do filho para, com o sacrifício na cruz, resgatar a dívida, liberando o homem desse ônus que ele não poderia eliminar.
Mas este, em vida, para poder beneficiar-se desta liberação, tem que filiar-se a Igreja, receber o batismo, submeter-se aos diferentes sacramentos, não cometer mais pecados e receber a absolvição final, através dos representantes da Igreja. Mas acima de tudo, praticar o bem, as virtudes cristãs: a caridade, a humildade, a brandura, a justiça a bondade...
Morto, sobrevive-lhe a alma que terá de aguardar a ressurreição no fim dos tempos, o juízo final, oportunidade em que a alma retomará o próprio corpo, reconstituindo a pessoa integral, após o que será reconduzido à convivência com Deus, ou condenado as penas eternas.
Isto porque a alma, segundo esta concepção, não constitui uma pessoa; a alma não pode exercer separada do corpo, todas as funções de um ser completo: não tem sensações vive apenas a vida racional. E que a ressurreição existe, provando-a pela ressurreição do Cristo, acontecida três dias após a sua morte, na qual, retomando o próprio corpo, subiu aos céus para sua gloria eterna.
Esta é a razão pela qual se designa Jesus de Salvador.

A Ciência e a Filosofia
Estas concepções correspondem ao estágio evolutivo de uma época em que o conhecimento do homem era ainda muito incipiente, fundamentado em parcos recursos, estruturado na simbologia mitológica.
Diz-se que a filosofia é a mãe de todas as ciências, porque o saber, de uma maneira geral, iniciou-se com ela.
As ciências se originaram dela sempre que se conseguiu isolar um aspecto da realidade e estudá-lo isoladamente, com método particularizado, mas compatível, concorde com o mais geral da construção do conhecimento estabelecido pela primeira.
Ciência e filosofia constituem hoje dois ramos do saber com finalidades próprias, mas compatíveis, coerentes, mutuamente apoiados, uma servindo-se da outra, para as edificações próprias. Mas, antes da filosofia, a Religião, filha da revelação, constituía o reduto do conhecimento em geral.
Dela que isolando um aspecto do conhecimento integral, formou-se a filosofia e destas as ciências, permanecendo, porém, entre elas, um liame comum que as compatibiliza, as conjuga num único fim, que é edificação do conhecimento integral.

Discordância entre Religião, Ciência e Filosofia
A discordância existente em nossos dias, entre religião, ciência e filosofia, é apenas aparente; é muito mais devido a posições irredutíveis dos dogmáticos que elegeram a metafísica como o único conhecimento desejável, e a crença como forma absoluta de fundamentar o saber, relegando a plano desprezível toda outra forma, incapacitando-se a avaliar as novas revelações que adentraram no conhecimento via ciência -  de acesso tão legítima para a revelação, quanto às outras.

Espiritismo: Restabelece a unidade
O que o Espiritismo realiza é a reconstituição da concordância. Redescobrindo os liames que unem ciência, filosofia e religião, restabelecendo a unidade, e o reconhecimento do que, para o desenvolvimento da verdade, hoje a base é o saber científico, cujas descobertas se compõem em inesgotáveis mananciais de informações; descortina um mundo ampliado em todos os seus aspectos, decomponível ao infinito no macro e no microcosmo, dando sentido as expressões infinitamente grande e infinitamente pequeno que, em seu significado, exprimem o profundo mistério com que se depara a inteligência humana em ambos os sentidos.

NO LIMIAR DA VIDA DE ALÉM TÚMULO

Para mim, meu caro filho, as últimas impressões da existência terrena e os primeiros dias transcorridos depois da morte foram muito amargos e dolorosos.
Quero crer que a angústia, que naquele momento avassalou a minh’alma, originou-se da profunda mágoa que me ocasionava a separação do lar e dos afetos familiares, pois, apesar de crer na imortalidade, sempre enchiam-me de pavor de crer na imortalidade, sempre enchiam-me de pavor os aparatos da morte; e dentro do catolicismo, que eu professava fervorosamente, atemorizava-me a perspectiva de uma eterna ausência.Lutei, enquanto me permitiram as forças físicas, contra a influência aniquiladora do meu corpo; mas foi uma luta singular a que sustentei, como sói acontecer aos corações maternos, quando periga a tranquilidade dos seus filhos. Unicamente esse amor obrigava-me ao apego à vida, porque os sofrimentos, que já havia experimentado, desprendiam-me de todo o prazer que ainda pudesse me advir das coisas terrestres.
Desejava orar... Todavia, os pensamentos não conseguiam obedecer-me, dispersos pela confusão estabelecida em meu mundo interior, em virtude dos padecimentos que me percorriam os centros da atividade orgânica; e a minha vontade era semelhante a uma voz de comando, totalmente desobedecida por elementos rebeldes e indisciplinados.
Hoje sei que naqueles angustiosos momentos muitos seres se conservavam, embora intangíveis, ao meu lado, amparando-me com os seus braços tutelares e compassivos, porém não os distinguia.
Sentia-me sucumbir lentamente... A princípio, gemidos de sofrimento escapavam-se do meu peito torturado, compreendendo a ineficácia dos esforços que fazia para não morrer; mas tão rude era aquela suprema tentativa de resistência, que me abandonei, finalmente, àquelas forças poderosas e invencíveis que me subjugavam..

Maria João de Deus
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

REFLEXÃO:

Muitas vezes, pensamos que podemos medir a nossa elevação espiritual por aquilo sabemos.
Mas...infelizmente não!
Nossa elevaçao espiritual é medida pela nossa capacidade de amar nos momentos mais difíceis!
Angel