quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DESEJO UM ÓTIMO DIA!

Coração em desajuste,
Servindo recobra a paz...
Aquele que nunca erra
Decerto que nada faz.
Gastão de Castro
Trovas do Além







A paz, ainda neste mundo,
é encontrada no íntimo de nós mesmos.
Muitos encontraram a sua, no auxílio do próximo.
Somente erra aquele que faz ou tenta fazer,
pelos resultados aprendemos qual o jeito certo,
inteligente, é aquele que aprende com a sabedoria daqueles que passaram.

Abraço

23ªAULA- G.E DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Perguntas aos Espíritos
A comunicação entre o Espírito encarnado e o Espírito desencarnado vem ocorrendo desde as mais remotas épocas. Na história de todos os povos encontramos provas irrefutáveis deste fato.
Estando o Ser Humano, encarnado na Terra, na faixa evolutiva própria de nosso planeta, não é de se estranhar que logo visse na possibilidade de comunicação com os "mortos" uma maneira de tirar algum proveito. A evocação era praticada por alguns povos da Antiguidade, sem o verdadeiro respeito, afeição ou piedade; era, antes, um recurso para brincadeiras e adivinhações, exploradas pelo charlatanismo e pela superstição. Por este motivo, o legislador hebreu, Moisés, 1500 a.C., para educar o seu povo, utilizou-se de uma Lei Disciplinar e proibiu a comunicação com os mortos.
Muitas religiões do passado, tinham no culto e comunicação com os mortos, a base de sua Doutrina. Entretanto, somente os ditos iniciados poderiam praticar o intercâmbio com os mortos, o povo em geral era proibido de conhecer ou exercitar esta prática. Na Idade Média, como em outras épocas, os feiticeiros e bruxos eram queimados em praça pública, como um exemplo para amedrontar o povo.

Allan Kardec [LM - cap XXVI] estuda detalhadamente a comunicação entre os "vivos e os mortos", e esta análise recebeu o nome de: "Perguntas que se podem fazer aos Espíritos". É importante, para todos nós, analisarmos alguns aspectos:
A natureza da pergunta pode provocar uma resposta exata ou falsa. Devemos nos lembrar que existem perguntas que os Espíritos não podem responder, por três motivos principais:
1) não sabem a resposta;
2) não querem responder;
3) não têm permissão para responder.
Quando insistimos nestas perguntas, os Espíritos sérios se afastam e os Espíritos inferiores podem, às vezes, responder.

Vamos analisar alguns pontos importantes, colocados por Allan Kardec

a) Os Espíritos sérios respondem de bom grado às perguntas que têm por objetivo o nosso progresso e o bem da Humanidade, os Espíritos infelizes respondem a tudo.
b) Uma pergunta séria não nos dará a certeza de uma resposta também séria.
c) Não é a pergunta que afasta o Espírito leviano, mas o caráter moral daquele que pergunta.

Vejamos agora alguns tipos de perguntas

Perguntas Sobre o Futuro
Grande é a curiosidade do Homem em saber o seu futuro. Mesmo não vivendo de maneira adequada o seu presente e tendo motivos para arrepender-se muito de seu passado, o Homem quer conhecer o seu futuro. Este tipo de comportamento tem facilitado, desde as épocas mais remotas e até os dias atuais, o charlatanismo. Muitas pessoas aceitam de bom grado a "adivinhação do futuro", com o uso de artifícios variados, como jogo de cartas, de conchas, bolas de cristal, etc.

O Codificador do Espiritismo deixa claro vários aspectos relacionados à previsão do futuro
a) em princípio, o futuro é sempre oculto ao Homem; excepcionalmente permite Deus
seja ele revelado;
b) o conhecimento do futuro pode ser extremamente prejudicial ao Homem;
c) o futuro depende forçosamente de nosso presente, e nosso presente não é fruto do acaso, mas sim da utilização de nosso livre arbítrio.

São características das predições falsas: feitas a toda hora e em qualquer local, feitas sempre que solicitadas, marcam o momento exato dos acontecimentos previstos, respondem a solicitações pueris.

Perguntas sobre Existências Passadas:
A curiosidade do Espírito encarnado em saber o que foi em existências anteriores, não é menor. Espera que tenha sido um sábio, um grande cientista, um rei. A lógica nos mostra que a natureza não dá saltos e, sendo assim, estudando o nosso comportamento atual, nossas tendências e sentimentos, com certa facilidade poderemos imaginar o que fomos no passado.
As perguntas sobre nossas vidas passadas dificilmente serão respondidas pela Espiritualidade Maior; quando isso ocorre, quase sempre se faz de modo espontâneo e com finalidade superior.

Perguntas sobre a Sorte dos Espíritos:
Todo aquele que se distancia, momentaneamente de um ente querido que desencarnou, fica ansioso para receber deste um conselho, um consolo, uma notícia. É comum pessoas procurarem os Centros Espíritas em busca de informações (o nosso Chico Xavier, se defronta com milhares de pessoas a procurá-lo em busca de boas notícias). Sobre isso, vejamos alguns aspectos importantes: muitas vezes o Espírito que desencarnou necessita de algum tempo para reequilibrar-se antes de comunicar; às vezes, a separação temporária é necessária e importante para ambos. A insistência em conseguir notícias poderá gerar sofrimento para o Espírito desencarnado, como também gerar a oportunidade de falsas notícias, trazidas por Espíritos levianos. A orientação é ter paciência, orar muito, pois, se for possível e útil, a notícia virá
espontaneamente e em ocasião oportuna. O tempo e o espaço são grandezas insignificantes quando comparadas ao poder do amor.

Perguntas Sobre a Saúde:
Qual o remédio a tomar? Qual exame a fazer? Operar ou não operar? São perguntas frequentes à espiritualidade. Algumas pessoas se esquecem que a doença do corpo é, muitas vezes, o remédio para a cura do Espírito e querem, de qualquer forma, a cura do corpo sem saber que podem estar desprezando a cura do Espírito. Devemos lembrar sempre que a medicina da Terra não compete e não é inimiga da medicina espiritual, elas se somam e se completam.
Se a medicina da Terra cresceu em conhecimento e recursos, é porque isso é necessário a todos nós. Da mesma forma, como aqui na Terra, algumas pessoas têm a capacidade de prescrever, orientar e esclarecer sobre este aspecto, também no Mundo Espiritual existem Espíritos capazes de desenvolverem tal tarefa. No entanto, se interrogarmos sem critério, seremos vítimas de Espíritos levianos.

Bibliografia

1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Médiuns e Mediunidades - Vianna de Carvalho / Chico Xavier
3) O Céu e o Inferno - Allan Kardec
4) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
5) Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda
6) O Consolador - Emmanuel / Chico Xavier

O ESPÍRITA DEVE SER

Equilíbrio
O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de convertê-la em tacape na pele dos semelhantes.
Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de cultivar a ternura.
Generoso, mas não perdulário(1) que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.
Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifuidade(2), incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão justa, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem.
Claro, mas não desabrido(3), dando a idéia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.
Franco, mas não insolente, ferindo os outros.
Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.
Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra.
Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça.
Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio.
Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se.
Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.

"Conhece-te a ti mesmo" - diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.
(1) gastador
(2) hesitante suavidade
(3) ríspido
LE - Questão 843
Opinião Espírita

ASSIM OS FIZEMOS

Os familiares desagradáveis são hoje o que deles fizemos ontem. Nada acontece por acaso, sem razão, em nossas vidas. Por isso diz Emmanuel: "Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser."
Nesta própria existência terrena isso acontece com frequência. Ao nos tornarmos adultos não suportamos as peraltices das crianças, sem nos lembrarmos das que também já fizemos quando crianças. Ao nos enriquecermos não toleramos os peditórios ou a incapacidade dos parentes pobres, esquecidos do que fazíamos quando necessitados. Ao nos ilustrarmos não suportamos nos outros a ignorância em que ontem vivíamos.
Educamos mal os nossos filhos e muitas vezes os deseducamos a gritos e pancadas. Mas quando eles crescem não suportamos o seu comportamento desrespeitoso, pelo qual somos responsáveis. Não os corrigimos em criança nem os ajudamos na adolescência, mas os fizemos desorientados e depois não os toleramos. Nas vidas sucessivas, através das reencarnações, procedemos também dessa maneira. E quando eles voltam ao nosso convívio não queremos aceitar e muito menos corrigir os seus defeitos.
Na verdade, se não os aceitarmos hoje como são, teremos de aceitá-los amanhã, pois as leis da vida exigem, segundo ensinou Jesus, que nos entendamos com os companheiros "enquanto estivermos a caminho com eles".
A fuga aos deveres atuais será paga mais tarde com os juros devidos. Usando o livre arbítrio podemos rejeitá-los hoje, mas a contabilidade divina anotará o nosso débito para depois, com os acréscimos legais.
O item 8 do Capítulo XIV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, trata do problema das famílias corporais e espirituais, e o item 9 desse mesmo capítulo nos explica a mecânica dos pagamentos de dívidas morais, através da reencarnação. Os que desejarem aprofundar este problema devem ler com atenção os dois tópicos citados.

Do livro “Na Era do Espírito”.
Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires.
Espíritos Diversos

RETO PENSAR

Inclina tua mente para o mais saudável.
Não te faças fiscal do lixo moral da sociedade, nem te permitas coletar os detritos do pessimismo como da vulgaridade.
De maneira nenhuma censures o teu próximo, especialmente quando este se encontre ausente.
Busca os valores positivos que existem nos outros e aprimora aqueles em ti existentes.
Sê equânime* no teu foro íntimo e nas tuas expressões exteriores.
Fala menos e reflexiona mais em torno do amor.
Insiste nas idéias que estimulam a vontade a tornar-se forte quão disciplinada.
Planeja a ascensão e pensa sobre ela, raciocinando a respeito da perda de tempo com as ilusões e futilidades.
Supera o temor de qualquer natureza com a confiança de que nenhum mal de fora poderá fazer-te mal se estiveres bem interiormente, e que somente te sucederá o que venha a contribuir para a tua paz e progresso espiritual.
*imparcial
Momentos de Meditação
Divaldo Franco
Esp.Joanna de Ângelis