segunda-feira, 3 de outubro de 2011

BOM DIA AMIGOS!

                                                           


"Muitos viam em Zaqueu o avarento incorrigível; ele, no entanto, nele identificou o homem rico de nobre coração, capaz de transfigurar a riqueza em trabalho e beneficência. Em Bartolomeu, a multidão enxergava o infortúnio de um cego; ele anotou os obstáculos de um doente, suscetível de ser curado para glorificar a Bondade de Deus. Em Maria de Magdala, cuja personalidade apresentava a mulher obsidiada por sete Espíritos infelizes, reconheceu a criatura decidida a renovar-se e que lhe seria, mais tarde, a mensageira da própria ressurreição. Em Pedro, que o povo definia por discípulo frágil, a ponto de negá-lo três vezes, descobriu o amigo sincero que, convenientemente amadurecido na fé, lhe presidiria o apostolado em formação. "Chico Xavier - obra: caridade 


Procuremos ver nossos irmãos pela lente da caridade os defeitos que aparentemente demonstram.

Lembrai sempre que nós estamos no caminho do aprendizado, por isso não julgue as atitudes, cada um dá aquilo que pode e tem para dar, se você pode mais, feliz de você que já conseguiu isso, mas a sua responsabilidade também é maior do que aqueles que ainda não conseguem.

Jesus se acercou de discípulos simples, sem instrução, grosseiros pescadores com defeitos visando melhoramento, mas na fraqueza de cada um procurou justificá-los, e foi além, exaltou o melhor que dispunham para o serviço da Boa Nova que foram chamados. Por isso receberam o título de discípulos.

O discípulo não é aquele que se encontra perfeito para exemplificar os ensinamentos, mas aquele que tem a consciência da dificuldade de trilhar os caminhos do mestre, e compreende mais do que ninguém as dificuldades alheias; pois se passou por elas sabe o esforço que precisou dispor e se ainda não passou, não julga, pois tem a consciência que seu desempenho talvez não seja melhor.

Fique atento, não julgue para não ser julgado, faça o melhor que puder e permita aos irmãos darem aquilo que podem, afinal estamos no mesmo barco rumo à perfeição.

Abraço
Angel

O FUTURO É AGORA

Quem se prepara em demasia para o futuro, acaba não vivendo o presente, nem tendo um passado para se orgulhar, aguardando um futuro acompanhado da velhice, onde as vibrações não serão as mesmas, nem mesmo os prazeres serão iguais aos da mocidade, até mesmo o sabor das frutas lhe serão amargas e mal digeridas pela falência dos dentes, é claro que para todas as regras sempre há exceções.

Porque se preparar tanto para uma fase decadente, num futuro que não se sabe exatamente como seria, onde a velhice e o tempo da aposentadoria é bem mais curto que uma existência inteira de muita vigorosidade quando se pratica esportes com muitas esperanças no coração, contra uma velhice de pouco empenho e poucas atividades pela falta de interesse da própria idade.

Como não temos como saber o dia de amanhã é interessante que se procure uma certa estabilidade, pois quando as atividades são reduzidas junto com nossa vontade é a hora de nos abastarmos de nossas reservas, justamente a que fizemos numa fase muito operante de nossas vidas.

Enquanto outros nem sequer conseguem fazer o bastante para o seu dia-a-dia, não devemos nos descabelar pelo insucesso, porque não há nada melhor que um dia após o outro para que tudo se ajeite e nem por isso deixar de viver, como um penitenciado passando por própria vida, sem fazer nada de interessante em nome de uma economia escassa.

Como bola de cristal é ficção, não dá para saber como será nosso próximo minuto de vida, temos que saber separar o supérfluo, mesmo que seja diminuto com inteligência saber aproveitá-lo, para que num futuro outros não briguem pela partilha daquilo que deixamos em nome de uma economia descabida, quando pensávamos num futuro que talvez nem chegue acontecer, onde outros pouco valor darão a tudo que foi feito com muito sacrifício.

Caso fôssemos enumerar através da Historia, muitos autores não completaram suas obras ficando par seus sucessores suas conclusões, quantos projetos obras não dependiam de seus autores, ficando o mundo reclamando por suas conclusões sem conhecer seu valores cujo autores jamais retornarão.

Devemos pensar em viver, com muita responsabilidade, uma vez que a vida é muito curta e nossa bagagem acumulada ficará por aqui mesmo, enquanto boas idéias continuarão seus percursos, beneficiando quem delas necessite, diferente do material que mofa e apodrece.

Viva hoje, porque o amanhã ninguém tem conhecimento do que vai ser, apenas sabemos os nossos limites, que também podem ser truncados a qualquer momento pelos mais variados motivos, portanto, somos a incerteza vivendo, até que sejamos chamados a um vôo bem superior.


Haroldo Salleti - Jornal Espírita - junho/08

MISTICISMO NOS CENTROS

É clara a Doutrina Espírita em seus monumentais ensinamentos.

Nem sempre, porém, as Casas que a representam ou utilizam seu bom nome seguem corretamente suas orientações, enxertando-se de práticas estranhas, exóticas e totalmente distantes da prática espírita.

A prática espírita visa o bem da criatura humana, pelo esclarecimento e socorro que pode proporcionar e dispensa qualquer manifestação de ordem exterior ou material. Isto significa que o material utilizado pela prática espírita situa-se exclusivamente na mente e no coração. Mente para raciocinar, coração para sentir...

Vemos com total estranheza grupos que cobram pelos serviços que prestam. Centros que tornam o passe obrigatório ou transformam a mediunidade em consultório dos espíritos. São procedimentos distantes da Doutrina Espírita. São grupos mediúnicos porém, não espíritas.

Vez por outra se defronta com locais onde a música e a prece se tornam rituais (ao invés de utiliza-las como recurso de aproximação com Deus). É o caso da prece demasiadamente longa ou repetitiva sem emoção conduzida como mera obrigação onde os presentes ao invés de senti-Ia pela emoção, repetem simplesmente pela boca.
É a música quando se torna indispensável, misturando-se à atividade propriamente dita.
É o apagar de luzes como ritual, é também o exigir-se um auto-passe para entrar no Centro (será que todo sabem o que é um auto-passe? Como faze-lo? etc. ).

São grupos de estudos que vivem dependentes de orientação de espíritos desencarnados, a eles obedecendo cegamente, sem o discernimento analisar tais propostas e recomendações.

É também o uso de imagens e roupas especiais no Centro. O benzimento de roupas e fotos, a valorização demasiada de passes e reuniões mediúnicas em detrimento do estudo...

É também a consulta aos espíritos para qualquer assunto, a realização de casamentos e batizados no Centro, etc.

Como ficamos com Kardec?

"(...) Admitimos que todo espírita crítico, consciente e não alienado de suas responsabilidades está no dever intransferível de lutar contra essas ondas de poluições mentais. Na verdade, ninguém tem o direito de cruzar os braços em nome de uma falsa tolerância com assuntos doutrinários, o que os levará à cumplicidade. Não há lugar para o Misticismo Popular nem para o Cientificismo vulgar na Doutrina Espírita.

Ora, sejamos coerentes com o que já sabemos. Dispensemos, sem medo de errar, práticas que nada têm a ver com a Doutrina. Há muito o que fazer, o que estudar. Como se envolver com questões distantes da Doutrina, quando ela nos pede o trabalho de ir ao encontro daquele que busca esclarecimento, que muito mais que solução de suas dificuldades pede apoio e orientação para saber corno defender-se..."


O grande problema do uso dessas práticas que se introduzem dentro do Centro, muitas vezes sem se perceber, é que elas fogem dos objetivos primeiros do Centro Espírita e pior, criam dependências justamente em quem ali está para tornar-se independente. Não estamos no Centro para criar dependências de pessoas ou situações. Estamos no Centro para aprendermos a voar com as próprias asas do conhecimento e do amor, fazendo também isto pelo semelhante.


Como receita, que tal estudarmos Kardec, sem ficarmos presos a condicionamentos de fora?

Autor: Orson Carrara
O Espiritismo

llivro CIVILIZAÇAO DO ESPÍRITO
autor DULCIDIO DIBO

A PREGAÇAO FUNDAMENTAL

Um aprendiz de Nosso Senhor Jesus Cristo entusiasmou-se com os ensinamentos do Evangelho e decidiu propagá-los, enquanto vivesse. Leu, atencioso, as lições do Mestre e começou a comentá-las por toda parte, gastando dias e noites nesse mister.

Chegou, porém, o momento em que precisou pagar as próprias despesas e foi compelido a trabalhar.

Empregou-se sob as ordens de um orienta­dor que lhe não agradou. Esse diretor de serviço achava-se muito distante da fé e, por isto, con­trariava-lhe as tendências religiosas. Controla­va-lhe as horas com rigor e observava-o com apontamentos acrimoniosos e rudes.

O pregador do Crucificado não mais se mo­vimentava com a liberdade de outro tempo. Era obrigado a consagrar largos dias a trabalhos di­fíceis que lhe consumiam todas as forças. Prosseguia, ensinando a boa doutrina, quanto lhe era possível; porém, não mais podia agir e falar, como queria ou quando pretendia. Tinha os mi­nutos contados, as oportunidades divididas, as semanas tabeladas e, porque se julgasse vítima das ordenações de sua chefia, procurou o diretor do serviço e despediu-se.

O proprietário que o empregara indagou do motivo que o levava a semelhante resolução.

Um tanto irônico, o rapaz explicou-se:

– Quero ser livre para melhor servir a Jesus. Não posso, pois, aceitar o cativeiro de sua casa.

Nesse dia de folga absoluta, sentiu-se tão independente e tão satisfeito que discorreu, animadamente, sobre a doutrina cristã, até depois de meia-noite, em várias casas religiosas.

Repousando, feliz, alta madrugada sonhou que o Mestre vinha encontrá-lo. Reparou-lhe a beleza celeste e ajoelhou-se para beijar-lhe a túnica resplandecente.

Jesus, porém, estampava na fisionomia dolo­rosa e indisfarçável tristeza.

O discípulo inquietou-se e interrogou:

– Senhor, porque te sentes amargurado?

O Cristo, respondeu, melancôlicamente:

– Por que desprezaste, meu filho, a prega­ção que te confiei?

– Como assim, Senhor? – replicou o jo­vem – ainda hoje abandonei um homem tirânico para melhor ensinar a tua palavra. Tenho dis­cursado em vários templos e comentado a Boa-Nova por onde passo.

– Sim – exclamou o Mestre – , esta é a pregação que me ofereces e que desejo continues fervorosamente; todavia, confiei ao teu espírito a pregação fundamental da verdade a um homem que administra os meus interesses na Terra e não soubeste executá-la. Classificaste-o de igno­rante e cruel; entretanto, olvidas que ele ignora o que sabes. E pretendes, acaso, desconhecer que o orientador humano que te dei somente poderia abordar-me os ensinos, nesta hora, atra­vés de teu exemplo? Tua humildade construtiva, no espírito de serviço, modificar-lhe-ia o cora­ção... Se lhe desses cinco anos consecutivos de demonstrações evangélicas, estaria preparado a caminhar, por si mesmo, na direção do Reino Divino!... E ele, que determina sobre o tempo de duzentos homens, se faria melhor, mais hu­mano e mais nobre, sem prejuízo da energia e da eficiência... Poderás ensinar o caminho ce­lestial a cem mil ouvidos, mas a pregação do exemplo, que converta um só coração ao Infinito Bem, estabelece com mais presteza a redenção do mundo!...

O aprendiz desejou perguntar alguma coisa; entretanto, o Cristo afastou-se num turbilhão de luminosa neblina.

Acordou, sobressaltado, e não mais dormiu naquela noite.

De manhã, pôs-se a caminho do estabeleci­mento em que trabalhara, procurou o diretor de quem se despedira e pediu humildemente:

– Senhor, rogo-lhe desculpas pelo meu ges­to impensado e, caso seja possível, readmita-me nesta casa! aceitarei qualquer gênero de tarefa.

O chefe, admirado, indagou:

– Quem te induziu a esta modificação?

– Foi Jesus – respondeu o rapaz – ; não podemos servi-lo por intermédio da indisciplina ou do orgulho pessoal.

O diretor concordou sem vacilação, excla­mando:

– Entre! Estamos ao seu dispor.

Anotou a boa vontade e o sincero desejo de servir de que o empregado dava agora vivo testemunho e passou a refletir na grandeza da doutrina que assim orientava os passos de um homem no aperfeiçoamento moral. E o aprendiz do Evangelho que retomou o trabalho comum, intensamente feliz, compreendeu, afinal, que po­deria prosseguir na propaganda verbal que dese­java e na pregação básica do exemplo que Jesus esperava dele.


Página psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier,
cap. 28 do livro Alvorada Cristã.
Neio Lúcio consolador

A EXISTÊNCIA DE DEUS

Certa professora estava tendo problemas em sua classe com os alunos.
Um deles, Luizinho, de família afastada da religião e de idéias profundamente negativas, começou a passar essas mesmas idéias para as outras crianças.
Afirmava, esse menino, que Deus não existia e que tudo era uma invenção do homem.
As outras crianças, surpresas e inquietas, não sabiam como refutar as palavras do colega e começaram a se sentir inseguras.
Chegando ao conhecimento da professora, preocupada com o problema, ela pensou como poderia modificar aquela situação, resolvendo a questão.
Pensou... pensou... e, afinal, teve uma idéia.
Certo dia avisou aos alunos que, na manhã seguinte, iriam fazer uma experiência. Deveriam trazer todas as peças de um relógio, um rádio, um toca-fitas, ou qualquer outro objeto que estivesse quebrado. E deveriam trazer também uma caixa que coubesse esse objeto.
Os alunos estavam cheios de curiosidade, mas a professora não quis adiantar nada, afirmando sorridente:
— Amanhã vocês ficarão sabendo.
No dia seguinte, compareceram todos os alunos, sob intensa expectativa, portando o material solicitado.
A aula transcorreu normalmente. No final do período, a professora pediu que colocassem o material para a experiência sobre a carteira.
Em seguida, mandou que cada um colocasse o objeto quebrado dentro da caixa, com todas as peças, e tampasse bem.
Eles assim o fizeram, sem entender o propósito a que a professora queria chegar.
— Muito bem! Agora, agitem a caixa com força, tentando fazer com que as peças todas se encaixem em seus lugares e os maquinismos voltem a funcionar.
— Mas, professora!... — gaguejou uma das crianças.
— Não discutam. Façam o que estou mandando.
As crianças agitaram as caixas durante um minuto, cinco minutos, dez minutos, quinze minutos...
Já não agüentavam mais. Estavam exaustas!
Após esse tempo, a professora pediu que abrissem as caixas e verificassem o resultado do esforço despendido.
— Como estão os aparelhos?
Desanimadas, as crianças olharam o conteúdo de suas caixas e uma delas respondeu:
— Continuam quebrados, professora.
Fingindo surpresa, ela perguntou à classe:
— NINGUÉM? — disse, frisando bem a palavra. — Ninguém conseguiu consertar a sua máquina?!...
Todos responderam negativamente balançando a cabeça.
Um deles afirmou, convicto:
— Claro, professora! Nem que ficássemos aqui o dia inteiro, o mês inteiro ou o ano inteiro, conseguiríamos consertá-las desta maneira!
— Ah! — exclamou a professora. — E por quê?
— Porque para que alguma coisa funcione é preciso que “alguém” coloque as peças no lugar, ajuste os parafusos etc. Enfim, é preciso a mão de uma pessoa que conheça aquele mecanismo e saiba fazer o serviço.
Os outros alunos foram unânimes em concordar com o colega.
Satisfeita, a professora questionou:
— Muito bem. Então todos concordam que para que alguma coisa funcione é preciso o esforço de alguém?
Fez uma pausa, passando o olhar lentamente pela sala, depois continuou:
— Ótimo! E o Universo, que é tão imenso? Quem pode me dizer quem é que faz com que o Sol nasça todas as manhãs? Ou que faz as plantinhas brotarem? Ou que as estações aconteçam sempre em épocas certas?
Percebendo, afinal, onde a professora pretendia chegar, as crianças sorriram satisfeitas.
O garoto que afirmara que Deus não existia, baixou a cabeça, envergonhado.
A professora aproveitou o momento para fixar a lição, perguntando a todos:
— Então, quem faz todas estas coisas maravilhosas?
E todos responderam em uníssono:
— DEUS!
— Alguém tem alguma dúvida?
Luizinho levantou a cabeça e respondeu:
— Não, professora!
Satisfeita, a professora concluiu o assunto:
— Muito bem. Deus criou tudo o que existe, inclusive nós mesmos. Por isso é NOSSO PAI. O Universo é regido por leis sábias e justas, perfeitas e imutáveis, e todos estamos sujeitos a elas. Mas, sobretudo, devemos nos lembrar que Deus nos ama a todos, porque é profundamente bom e misericordioso.
Luizinho, afinal, disse para alegria de todos:
— Vou passar a lição para meus pais, professora. Acho que eles nunca pensaram nisso que a senhora explicou!

Tia Célia
O consolador