sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BOM DIA!

Entre o passado onde estão nossas lembranças,
e o futuro, onde estão nossas esperanças,
no meio fica o presente, aonde está o nosso viver
e o nosso dever de ser feliz!
E ser feliz, nem sempre é buscar aquilo que se sonha,
mas ver com outros olhos aquilo que se tem!
Que você encontre a Paz no seu coração.
Abraço

ORAR PELOS MORTOS

A filosofia religiosa que prega a não obrigação de orar pelos mortos,alegando que a prece por eles nada acrescentará para a sua salvação e sua melhora, porque eles se encontram ligados aos corpos na sepultura, esperando o dia do juízo,  pois o que fizeram na Terra está feito, se esqueceu de aceitar Jesus.
Do modo que eles pregam, uns irão para a direita, outros diretamente para a esquerda, ou seja, para o inferno eterno.
Inferno Eterno!?
Como poderia Deus, que é amor, que fez seus filhos todos iguais, e sendo onisciente, não saber que eles, ou alguns deles, iriam para o sofrimento eterno?
A resposta à pergunta em estudo foi dada por um pastor protestante em "O Livro dos Espíritos", que foi oportuna, mas se esqueceu de dizer que Jesus orava, sim, pelos mortos.
Quantas vezes o Senhor subiu ao monte, para orar!
Isso acontecia sempre e Ele chamava à Sua companhia alguns dos Seus discípulos. Ele, o Mestre dos mestres que conhecia tudo, toda a ciência e filosofia espiritual, não iria se esquecer dos mais necessitados, daqueles que vivem fora do corpo, em desespero.


Quem poderia dizer que o Cristo quando orava não incluía os mortos? Os vivos, principalmente os judeus, tinham muitos profetas e inúmeros sacerdotes que lhes ensinavam a orar e lhes ditavam as regras estabelecidas por Moisés, enquanto os mortos sofredores em regiões umbralinas precisavam disso tanto quanto os chamados vivos. Quem pensa que no Evangelho não aparece Jesus orando pelos mortos, está completamente enganado, porque Jesus orou, e muito, pelos desencarnados, e falanges desses Espíritos despertaram e acompanharam Jesus até o último momento da Sua gloriosa despedida da Terra, regressando para as regiões resplandecentes de onde veio.

A prece é tão divina que é usada em todos os planos da vida maior, como força de Deus em favor da harmonia. A oração é o canal através do qual poderemos nos comunicar com Deus, e d'Ele receber a vida e doar amor.

Religião alguma pode negar a existência dos Espíritos, nem a certeza de que quando o corpo perece e vai para a sepultura, a alma continua a viver.

Jesus subiu ao monte Tabor para orar, e nesse exercício divino aparecem para ele Moisés e Elias, com os quais confabulou demoradamente, chegando a ponto de os discípulos os perceberem de tal forma visíveis, que queriam fazer tendas para eles.

Os livros sagrados se encontram repletos de relatos de intervenções dos Espíritos na Terra, conversando com os homens. Se não fora essas intervenções, como surgiriam as religiões?

São valiosas as preces dos encarnados em favor dos desencarnados. Os "anjos de guarda" oram sempre para o melhor entendimento dos seus tutelados.

Disse Jesus, anotado por Marcos, no capítulo doze, versículo dezessete:
Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E muitos se admiraram dele.

Com o dai a César, poderemos interpretar os cuidados que devemos ter na separação dos valores ante a sociedade, a família e Deus; são as obrigações morais. A oração é uma delas; orar pelos que sofrem e nos caluniam. Orar pelos mortos é nosso dever, porque a oração bem sentida e com amor alivia e dá esperança aos sofredores.

A oração é força de Deus que nasce no coração do Espírito, em todos os planos da vida.

Espírito Miramez

MARAVILHOSO E SOBRENATURAL

1. Por que o sobrenatural e/ou o maravilhoso pode ser considerado uma derrogação da lei naturais?

R.Porque estaria contrariando a Lei Natural; qualquer coisa que venha a ser contrário a qualquer Lei Natural, ou seja, que não possa ser por elas explicado, seria um milagre, algo sem fundamentação, o que não acontece no Universo encadeado perfeitamente por Deus.

2. Com base no texto lido, quais fatos poderiam ser considerados sobrenaturais ou um milagre?

R.Por exemplo, a ressurreição do corpo físico.

3. Se um materialista lhe dissesse que milagres e o sobrenatural são bobagens, que não existem, o que vc responderia?

R.Sim, concordaria com ele, pois, de fato, milagres não existem, pois todos os fenômenos têm uma explicação dentro das Leis Naturais.

4. Em relação aos críticos do espiritismo, para que se desse crédito a algum deles, que características teria que reunir? Por quê?

R.Teriam que conhecer profundamente a Doutrina, em primeiro lugar, e estar embuídos de espírito de boa vontade para que o preconceito não falasse mais alto, pois não se pode dizer que uma coisa está errada quando nada sabemos sobre ela.

5. Ao crítico que não reúna essas qualidades, que atitude deve ter o espírita?

R. Dar o exemplo e explicar quando houver, de fato, desejo sincero de conhecer, de saber; ao que apenas quer polemizar e já vem de má vontade, não é necessário gastar energia com pessoas assim dispostas.

6. Para se concluir que um fenômeno não é um milagre, a que circunstâncias deve atender?

R. Deve estar de acordo com as leis divinas ou naturais, pois tudo no universo está sujeito a esas leis.

7. Qual papel desempenha o espiritismo em relação ao que foi considerado sobrenatural?

R. O de esclarecer, isto é, levantar o véu de sobre o que estava oculto, mostrando que existe coerência e explicações plausíveis para tudo o que existe

O livro dos Médiuns
(itens 7-11)Parte 1 (Estudo 4 de 109)
(itens 12-17) - Parte 2 (Estudo 5 de 109)

A CONVIVÊNCIA PERFEITA

Mário Vicente era vidrado na idéia das famílias espirituais, que se sobrepõem às precárias ligações sanguíneas.
– Pois é – dizia, entusiasmado, a um confrade espírita
 –Os Espíritos tendem a formar grupos afins nos caminhos da vida.
– Reencarnam juntos?
– Sim, sempre que possível, compondo lares ajustados e harmônicos, “um por todos, todos por um”.
– Você vive com sua família espiritual?
Mário Vicente esboçou um sorriso triste.
– Quem me dera! Lá em casa nosso relacionamento funciona mais na base de “cada um por si e Deus por todos”.
Estamos longe de um entendimento razoável. É muita discussão, muita briga… Somos velhos adversários amarrados pelo sangue, a fim de nos reconciliarmos.
– Recebeu alguma revelação?
– Não… nem seria preciso! Basta observar nossos conflitos.
– A barra é pesada?
– Bem… não é tanto assim. Gosto muito de minha mulher. Até pensei, durante os primeiros tempos, fosse uma alma gêmea. Ela é dedicada ao lar, mãe prestimosa. Ocorre que é um tanto voluntariosa e, não raro, agressiva. Faz tempestade em copo d’água. Considero a Ernestina meu teste de paciência. Nossos “santos” estranham-se freqüentemente.
– E os filhos?
– Adoro todos eles, mas são Espíritos imaturos que me dão trabalho e, não raro, desgostos. Pedro, o mais velho, envolveu-se com drogas! Júnior, o do meio, “aborrescente” típico, vive a me questionar; Jussara é delicada e sensível mas puxou o gênio da mãe. Se contrariada, sai de perto! Um horror!
– São seus credores. Cobram prejuízos que você lhes causou em vidas anteriores…
– Certamente! Estou consciente desse compromisso. Tento o fazer o melhor, sustentando a estabilidade do lar. No entanto, não é fácil. Às vezes perco o controle. Envergonho-me das brigas em que me envolvo… Convenhamos, porém, que ninguém é de ferro!…
Mário Vicente suspirou, emocionado:
– Sinto falta de um relacionamento familiar sustentado por legítima afinidade. Todos olhando na mesma direção, empenhados em cultivar a paz, o trabalho do bem, a amizade, a compreensão… Seria o paraíso! Vejo-me como um retardatário, preso a compromissos decorrentes de besteiras que andei cometendo, purgando meus débitos. Certamente aprontei muito!
– Espera alcançar a família espiritual?
– Claro! Quero cumprir minhas obrigações, fazendo o melhor… Hei de merecer um retorno ao convívio de meus queridos, em estágios mais altos… Tenho convicção de que uma companheira muito amada espera por meu sucesso nas provações humanas, favorecendo abençoado reencontro.
***
Animado por seus sonhos, Mário Vicente esforçava-se por superar as dificuldades de relacionamento junto à esposa e filhos. Tolerava suas impertinências. Fazia de tudo para ajudá-los. Exercitava carinho e compreensão.
O cumprimento de seus deveres junto à família humana haveria de lhe proporcionar o sonhado reencontro com a família espiritual.
Passaram-se os anos.
Os filhos casaram, vieram netos, ampliou-se o grupo familiar, sucederam-se compromissos e problemas…
Nosso herói até que conseguiu sair-se relativamente bem, acumulando méritos.
Aos setenta e dois anos, retornou à Pátria Espiritual.
Espírita esclarecido, não teve dificuldade para reconhecer-se livre do escafandro de carne, amparado por generosos benfeitores.
Após os primeiros tempos, já adaptado à nova situação, procurou dedicado orientador da instituição socorrista que o abrigara.
Foi logo pedindo, inspirado pelo ideal que acalentava:
– Estimaria, se possível, receber notícias de minha família espiritual…
– Seus familiares estão bem, nas lutas de sempre, sofrendo e aprendendo, como todos os homens.
– Estão reencarnados? Pensei que os encontraria aqui!
– Você conviveu com eles… Não sabe que continuam na Terra?
– Não me refiro à família humana. Anseio abraçar os entes queridos de priscas eras, sobretudo a amada companheira perdida nas brumas do passado…
O mentor sorriu:
– Falou bonito, mas está equivocado, meu amigo. Sua família espiritual é aquela que lhe marcou a experiência na carne. Sua esposa é uma alma de eleição. Os filhos são antigos companheiros de jornada evolutiva. Desde remoto passado vocês vivem experiências em comum.
– Mas e os nossos problemas de relacionamento?
– Haveriam de experimentá-los mesmo que se transferissem para a esfera do Cristo. Como ensinava o Mestre, ainda há muita dureza no coração humano.
– Que devo fazer?
– Você julga-se um retardatário. Na verdade, não obstante suas limitações, está um pouco à frente do grupo familiar, ainda lento na aquisição de valores espirituais. Tem, portanto, o dever de ajudar. Foi essa a sua tarefa na última existência. Será esse o seu compromisso agora, exercitando a função de protetor espiritual junto aos seus.
E Mário Vicente, que tanto ansiara por sua família espiritual, constatou que estivera com ela durante décadas, sem se dar conta disso.
Muita água rolaria no rio do tempo, até que todos ganhassem asas, habilitando-se à convivência perfeita.


Livro "O Destino em Suas Mãos"
Editora CEAC - Bauru

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