segunda-feira, 25 de abril de 2011

BOM DIA!


ESPERANÇA
 
A fé que nunca morre.
Se apoia na confiança no Pai.
Acreditemos sempre na Sua Justiça e Bondade.
Muitas vezes não nos concede aquilo que queremos, mas sim, aquilo que precisamos.
 
Angel
 

A PÁSCOA

A Páscoa, como todos sabemos, é comemorada por judeus e por cristãos, embora por motivações diferentes.
No caso dos descendentes de Israel, a data assinala a partida dos hebreus que viviam no Egito, rumo à Terra da Promissão. Constitui uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias.
Em nossa língua, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam-na de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.

A Páscoa comemorada pelos adeptos do Cristianismo recorda-nos a ressurreição de Jesus, conforme havia sido anunciado nas Escrituras, a qual ocorreu no terceiro dia a partir dos lamentáveis acontecimentos patrocinados pelo Sinédrio que levaram à crucificação de nosso Mestre.

A diferença entre a visão católica e a visão espírita acerca do mesmo episódio é, porém, bastante nítida.
O Espiritismo não vê naqueles fatos um caso de ressurreição de alguém que morrera, mas sim um caso de aparição de uma entidade desencarnada, que se manifestou de modo perceptível aos olhos de Maria e dos apóstolos, não com seu corpo carnal, mas com seu corpo espiritual, assunto a que Paulo de Tarso se refere em sua 1ª Epístola aos Coríntios (15:44), quando disse: “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual”.

A prova evidente de que Jesus não ressuscitou com seu corpo material é o fato de Maria não havê-lo reconhecido, pois ele não trazia as marcas dos ferimentos e dos suplícios a que o submeteram, nem o sangue que jorrou de suas chagas. Esses sinais impregnavam o corpo que morreu, não o corpo espiritual, que sobrevive à morte corpórea.

Seja como for, a Páscoa é uma festa cristã importante que devemos respeitar, embora não faça parte de modo específico das comemorações que nós espíritas geralmente realizamos.

O ESPÍRITO NA VELHICE

O espírito não envelhece, torna-se experiente.
A velhice do espírito é a experiência que ele vem acumulando durante os milênios.
Todavia, quando estamos reencarnados nosso corpo envelhece, isto é, apresenta os sinais do desgaste próprio das coisas materiais.
A velhice é a fase gloriosa de nossa vida.
Ao relembrarmos o passado distante, vemos que vão longe os trabalhos e as canseiras e próximo vem o dia da alforria, o dia em que voltaremos para nossa colônia espiritual, de onde há tanto tempo partimos.
Um misto de esperanças e de receios nos assalta: de esperança pela certeza que temos de nossa imortalidade, da continuação de nossa vida em outros planos luminosos do Universo, na companhia dos entes queridos que nos precederam na partida; e de receio por sentirmos que nos vamos defrontar com algo que nos parece desconhecido.

A nossa felicidade na velhice não consiste em termos amealhado copiosos bens materiais; ela consiste em possuirmos a tranquilidade de consciência, a paz interior, a satisfação de nunca termos prejudicado ninguém, de termos vivido uma vida reta, moralizada, honesta; e fossem quais fossem as tempestades e as tentações que nos assaltaram em nossa jornada, sempre soubemos conservar nossa dignidade, nossa honradez e prezar nosso caráter.
Felizes, três vezes felizes os velhos que possuem uma consciência tranquila, uma consciência que não os acuse de nada! Que ao recordarem a vida já vivida, verificam que cumpriram nobremente todos os seus deveres, mesmo no meio de circunstâncias penosas!
Esse é o maior tesouro; o grande tesouro que levarão consigo para a pátria espiritual; é o tesouro que nem as traças corroem, nem os ladrões roubam.”

Eliseu Rigonatti
O espiritismo aplicado.

VARIAÇÕES DE HUMOR

                                      
- Eu estava muito bem , saudável , animada...De repente, sem motivo palpável , caí na "fossa" - uma angústia invencível , uma profunda sensação de infelicidade, como se a vida não tivesse mais graça...

Em psicologia o paciente poderia ser definido como ciclotímico , alguém com temperamento sujeito a variações intensas de humor - alegria e tristeza , euforia e angústia , serenidade e tensão.
Tem períodos de grande energia , confiança , exaltação, alternados com aflições.
Muita disposição e iniciativas hoje; amanhã temores e inibições.
Os períodos negativos podem prolongar-se , instalando a depressão , a exigir tratamento especializado na área da psiquiatria. Como ela se alterna com estados de euforia, em que o paciente parece totalmente recuperado, sem que nada tenha ocorrido para justificar a mudança de humor, emprega-se a expressão "depressão endógena" , algo que tem sua origem nas tendências constitucionais herdadas, algo que faz parte da personalidade do indivíduo.

Há uma retificação a fazer. A tendência à depressão é uma herança ,realmente , não de nossos pais , mas de nós mesmos , porquanto as características fundamentais de nossa personalidade representam, essencialmente , a soma de nossas experiências em vidas pretéritas.

O que pesa sobre nossos ombros , favorecendo os estados depressivos, é a carga dos desvios cometidos , das tendências inferiores desenvolvidas , dos vícios cultivados, do mal praticado.
Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento , com o que comprometem a própria estabilidade física , favorecendo a evolução de desajustes intermináveis.

De certa forma somos todos ciclotímicos , temos variações de humor, sem que isso se constitua num estado mórbido: hoje em paz com a vida; amanhã brigados com a humanidade. Nas nuvens por algum tempo; depois na "fossa".

Essa ciclotímia guarda relação com os processos de influência espiritual.
Estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores , que consciente ou inconscientemente nos assediam.
Há outro aspecto muito interessante , abordado pelo Espírito François de Genève, no capítulo V , de "O Evangelho Segundo o Espiritismo":
"Sabeis porque , às vezes , uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que o vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota , jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços , cai no desânimo e , como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia e vos julgais infelizes. "Crede-me , resisti com energia a essas impressões , que vos enfraquecem a vontade."

Podemos concluir , em resumo , que a ciclotimia de nossa personalidade ocorre em função de pressões ambientes , de influências espirituais , do peso do passado e das saudades do além.

E como superar as variações de humor , mantendo a serenidade e a paz em todas as situações ?
É evidente que não a faremos da noite para o dia , como quem opera um prodígio , mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir , o que pede o concurso do tempo.
Considerando , entretanto , que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento , podemos começar com o esforço por disciplinarmos nossa mente , não nos permitindo idéias negativas.

Obra: "Uma Razão Para Viver"
Richard Simonetti


REFLEXÃO

Há muito tempo atrás, havia um mestre que vivia junto com um grande número de discípulos em um templo arruinado.Os discípulos sobreviviam através de esmolas e doações conseguidas numa cidade próxima.
Logo, muitos deles começaram a reclamar sobre as péssimas condições em que viviam. Em resposta, o velho mestre disse um dia:
- Nós devemos reformar as paredes do templo. Desde que nós somente ocupamos o nosso tempo estudando e meditando, não há tempo para que possamos trabalhar e arrecadar o dinheiro que precisamos. Assim, eu pensei numa solução simples.
Todos os estudantes se reuniam diante do mestre, ansiosos em ouvir suas palavras. O mestre disse:
- Cada um de vocês devem ir para a cidade e roubar bens que poderão ser vendidos para a arrecadação de dinheiro. Desta forma, nós seremos capazes de fazer um boa reforma em nosso templo.
Os estudantes ficaram espantados por este tipo de sugestão vir do sábio mestre. Mas, desde que todos tinham o maior respeito por ele, não fizeram nenhum protesto.
O mestre disse logo a seguir, de modo bastante severo:
- No sentido de não manchar a nossa excelente reputação, por estarmos cometendo atos ilegais e imorais, solicito que cometam o roubo somente quando ninguém estiver olhando. Eu não quero que ninguém seja pego.
Quando o mestre se afastou, os estudantes discutiram o plano entre eles.
- É errado roubar, disse um deles, Por que nosso mestre nos solicitou para cometermos este ato ?
Outro respondeu em seguida:
- Isto permitirá que possamos reformar o nosso templo, na qual é uma boa causa.
Assim, todos concordaram que o mestre era sábio e justo e deveria ter uma razão para fazer tal tipo de requisição. Logo, partiram em direção a cidade, prometendo coletivamente que eles não seriam pegos, para não causarem a desgraça para o templo.
- Sejam cuidadosos e não deixe que ninguém os veja roubando, incentivavam uns aos outros.
Todos os estudantes, com exceção de um, foram para a cidade. O sábio mestre se aproximou dele e perguntou-lhe:
- Por que você ficou para trás?
O garoto respondeu:
- Eu não posso seguir as suas instruções para roubar onde ninguém esteja me vendo. Não importa aonde eu vá, eu sempre estarei olhando para mim mesmo. Meus próprios olhos irão me ver roubando
O sábio mestre abraçou o garoto com um sorriso de alegria e disse:
- Eu somente estava testando a integridade dos meus estudantes e você foi o único que passou no teste!
Após muitos anos, o garoto se tornou um grande mestre.

O errado sempre será errado, e mesmo que ninguém veja os olhos de nossa consciência estará nos vigiando.

Minuto Poético