quarta-feira, 27 de julho de 2011

BOM DIA AMIGOS!

        

"Todos os homens vivem na Obra de Deus, valendo-se dela para alcançarem, um dia, a grandeza divina. Usufrutuários de patrimônios que pertencem ao Pai, encontram-se no campo das oportunidades presentes, negociando com os valores do Senhor.
Em razão desta verdade, meu amigo, vê o que fazes e não te esqueças de subordinar teus desejos a Deus, nos negócios que por algum tempo te forem confiados no mundo."
Vinha de luz.
Não somos donos de nada.
Tudo nos foi emprestado para que pudesse passar um tempo neste plano terreno, e tirar dessa experiência, lições importantes para o aprendizado da alma.

Sem nada viemos e sem nada retornaremos.
A nossa bagagem espiritual consiste somente nas virtudes e defeitos que cultivamos em nós.

Amealhar coisas matérias sem torná-la útil ao outros.
Sofreremos quando formos chamados a deixar este mundo; pois o apego é um dos maiores entraves a libertação da alma.

Desenvolva os dons do espírito.
As virtudes conquistadas são o passaporte para felicidade da alma, não apenas na vida espiritual, mas começando aqui mesmo, na vida terrena.

Desapegue-se das coisas da matéria.
O desapego não consiste em menosprezar os talentos que Deus colocou em nossas mãos, mas utilizados em benefício de todos.

Seja mais feliz vivendo a vida material com vista a vida espiritual.
Isso lhe trará mais paz sabendo que tudo que possui não é seu e que deve ser apenas um fiel depositário, e quando chegar o momento, devolverá ao verdadeiro dono com satisfação por ter feito bom uso, multiplicando as bênçãos que recebeu.


Abraço
Angel

POR QUE HÁ ESPÍRITAS VAIDOSOS E ARROGANTES ?

Por que alguém que estuda, que pratica e sempre comparece às reuniões Espíritas, pode acabar caindo na vaidade, na arrogância de achar que é superior às outras pessoas? Como isso poderia acontecer, se ela estuda todos os preceitos do espiritualismo?

O conhecimento das verdades espirituais por si só não basta.

Jesus nos ensinou: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”

Veja que o ensinamento é simples, mas praticá-lo em sua essência é um grande desafio para toda a humanidade. Independente da religião, todos fomos criados e destinados a um mesmo fim: a perfeição moral. E esta se dará somente através da vivência prática destes ensinamentos sublimes. Mas tal perfeição, segundo a visão espírita, não é alcançada em apenas uma existência. Ela só é alcançada através das reencarnações sucessivas, através das quais os homens se aperfeiçoam mediante existências distintas recheadas de provas que os ajudam a lapidar o seu caráter. Num entremeado de bem aventuranças e sofrimentos, o homem, vivendo múltiplas vidas, tem diversas chances de se tornar melhor e mais próximo de cumprir em sua plenitude os mandamentos que o Mestre Jesus nos ensinou.

Portanto, não é o fato de ser espírita e de estudar a Doutrina que fará com que a pessoa se torne melhor. O progresso espiritual não advém simplesmente do conhecimento adquirido, mas sim da prática do amor e da caridade em todas as inúmeras oportunidades que a vida nos apresenta para isso. Seja no seio da família, no trabalho, entre amigos ou com inimigos.

Paulo de Tarso sintetizou esta verdade de uma forma muito simples e direta: “Fora da caridade, não há salvação”.

A Doutrina Espírita traz esclarecimentos adicionais ao Evangelho, elucida questões sobre a vida após a vida, enfatiza a importância da transformação moral, mas nada do que ela ensina é maior do que o direito e o dever que todos nós temos de cumprir os mandamentos divinos revelados pelo Mestre.

Allan Kardec, por esta mesma razão, nos alertou com muita sabedoria, que o Espírita não é melhor do que ninguém. É um ser humano comum que se esforça, muitas vezes com grande dificuldade, para superar suas imperfeições. Disse Kardec: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.”

Assim, quando observares alguém que se diz espírita, não o julgue se é espírita com base nos seus erros humanos; atente sobretudo se há nele esforço sincero e abnegado de ser uma pessoa um pouquinho melhor a cada dia. O mesmo vale para o católico, o protestante, o muçulmano…

Espírita é, no fundo, um rótulo que não deveria ser exclusivo de uns poucos. Afinal, quando a ciência comprovar e divulgar a existência (e sobrevivência) do espírito do homem, as verdades espirituais valerão para todos. E aí perceberemos que cada um se encontra em um estágio de adiantamento moral.

Seja qual for a religião praticada hoje na Terra, em todas elas veremos pessoas mais ou menos adiantadas moralmente, o que, no fundo, nada tem a ver com a prática religiosa atual, e sim com o conjunto de experiências acumuladas ao longo de suas múltiplas existências regeneradoras.

Tenhamos, então, paciência e compreensão com os menos adiantados independente da fé que professem, pois a natureza não dá saltos.


Um Caminho.com

CENTRO ESPÍRITA NO COMBATE AO SUICÍDIO

O Centro Espírita deve ser um foco de luz na Terra que clareia caminhos, apazigua corações, cura feridas da alma, instrui, conforta e faz a criatura sentir-se num ambiente familiar, como se estivesse em sua própria casa em conversa com amigos queridos, em que pode falar de seus dramas, medos e angustias, sem qualquer constrangimento.

Pode parecer estranho o início deste artigo, mas irei explicar melhor. É que na Terra deparamo-nos com dores das mais diversas e muita gente arrefece o ânimo, literalmente cai e se entrega ao desalento. Quando isto ocorre as portas para que a idéia do suicídio comece a perseguir a pessoa estão abertas.

Trabalhando neste tema com mais dois amigos – o suicídio – que, aliás, foi abordado por Kardec diversas vezes, deparamo-nos com uma infinidade de casos que nos entristecem e mostram a urgência e necessidade que se tem de fazer ecoar a voz dos Espíritos por todos os cantos deste planeta para que livre toda e qualquer criatura da idéia de exterminar a sua existência.

No presente texto não iremos levantar dados, tampouco nos aprofundar nas questões que levam o sujeito a tentar colocar um ponto final em sua aventura na Terra. Nosso intento é o de apenas sugerir para que dirigentes, diretores e coordenadores se reúnam e procurem alguma forma de montar uma central de atendimento direcionada ao público que acalenta a idéia do suicídio.

Muitos dirão que há o atendimento fraterno e que os trabalhadores estão preparados para desenvolver tal atividade. Concordo, há, sim, o sublime trabalho de atendimento fraterno. A própria USE Intermunicipal Bauru tem um grupo competente que promove cursos para diversas casas espíritas que querem implantar o atendimento fraterno em suas fileiras.

Todavia, refiro-me mais precisamente a oferecer algo que seja específico aos casos de suicídio. Seja atendimento por telefone, carta ou email – muitas vezes a pessoa fica constrangida de comparecer pessoalmente ao local, mas que os centros espíritas pensem seriamente na proposta de fornecer um atendimento personalizado ao público que intenta exterminar a própria vida, como uma espécie de marketing anti suicídio.

Pesquisas apontam: quem cogita em se matar não está apenas falando da boca para fora. Pode, sim, executar a sua triste pretensão.

E por qual razão abordar o assunto suicídio?

É que há algum tempo, por conta do trabalho na literatura espírita, venho recebendo emails de pessoas dispostas a partir desta para uma pior.

Uma delas diz que não mais aguenta o peso da existência, ainda não se matou por causa dos pais. Outra diz que não aguenta mais a solidão, enfim, os relatos são os mais diferentes, mas que em seu bojo trazem a tristeza, insatisfação e falta de fé da criatura diante da existência.

Em face da procura resolvemos pesquisar e trabalhar em uma obra sobre o suicídio. E, pasmem: os números são assustadores, mas por algumas razões não os repassaremos aqui. Entretanto, fico a refletir:

É preciso que façamos alguma coisa para exterminar ou diminuir o número de pessoas que chegam ao cúmulo do suicídio. O Espiritismo tem as respostas. Sua divulgação ajuda? Sim, e muito. Entretanto, pensemos seriamente em conversar e montar uma central para trabalhar especificamente com esses casos.

Como faremos? Questão de planejar. Dará trabalho? Com certeza. Todos sabemos que precisaremos de voluntários capacitados para identificar e lidar com o suicida em potencial. Teremos, portanto, que buscar conhecimento para qualificar nossos trabalhadores, assim como parcerias e visitar instituições que já oferecem este tipo de trabalho.

Não resta dúvida de que a Doutrina Espírita tem muito a colaborar para que o ser humano possa ser feliz o tanto quanto é possível neste planeta, deixando de lado a nefasta idéia de atentar contra a própria vida.

Vários livros foram escritos sobre o tema. Destaco, pela linguagem simples e acessível a todos a obra “Suicídio, tudo o que você precisa saber”, de Richard Simonetti.

Porém, é preciso fazer mais. Pensemos seriamente nestas questões. O desafio está lançado e o Espiritismo é um eficaz antídoto para os males humanos que ameaçam jogar a criatura no fundo do poço.


Fundação Espírita André Luiz
Wellington Balbo

CHICO XAVIER

Os rumores persistiam na cidade. Um padre de Belo Horizonte fez um discurso inflamado na igreja de Pedro Leopoldo contra o espiritismo e encerrou o sermão mandando Chico Xavier para o inferno. O rapaz, impressionado, correu para o colo invisível da mãe, contou seu drama e ouviu dela o muxoxo:
- E daí? Ele te mandou para o inferno, mas você não vai. Fique na Terra mesmo...
Poucas semanas depois, um intelectual, também de Minas, desembarcou na cidade. Chico vestiu sua melhor roupa e, com a pasta de poemas debaixo do braço, foi levado por um amigo até o forasteiro. O literato passou os olhos pelos versos, classificou tudo como "bobagem" e, com os olhos fixos no autor, encheu a boca:
- Este rapaz é uma besta.
O amigo de Chico defendeu a inteligência dele, sua dedicação aos espíritos, seu cuidado com os poemas vindos do outro mundo. O intelectual reviu seu julgamento.
É uma besta espírita.
Chico, inconformado, buscou abrigo, mais uma vez, sob as saias de Maria João de Deus.
Viu como eu fui insultado?
Ouviu mais um muxoxo materno:
- Não vejo insulto algum. Acho até que você foi muito honrado. Uma besta é um animal de trabalho. E é valioso e útil, a serviço do espiritismo, quando não dá coices.
Preocupado com a própria "rebeldia" e em estado de depressão, Chico teve mais uma visão. Um burro teimoso atrelado a uma carroça carregada de documentos puxava a carga e encarava com inveja os companheiros livres no pasto. De vez em quando, enquanto era alimentado com água e alfafa, assistia, de longe, às brigas violentas entre os colegas. Uma sucessão de coices sanguinolentos. Chico olhou aquele burro e pensou: talvez fosse melhor estar sob freios do que estar solto no pasto da vida para escoicear e ser escoiceado.
- Aprendi a lição - disse ele, pronto para receber os arreios.
Chico já estava cansado. Trabalhava, lutava no centro, fazia caridade, escrevia quase por compulsão e continuava desacreditado. Ele reclamava dos incrédulos, se queixava dos comentários envenenados e se entregava à reza. Após uma das várias orações, Maria João de Deus voltou à cena e, em vez de um conselho, sugeriu um remédio.
- Meu filho, para curar essas inquietações, você deve usar água da paz.
Chico saiu à procura do remédio em todas as farmácias de Pedro Leopoldo. Nada.
Recorreu a Belo Horizonte. Nada de novo. Ao fim de duas semanas, comunicou à mãe o fracasso da busca. A aparição ensinou:
- Não precisava viajar. Você poderá obter o remédio em casa mesmo. Pode ser a água do pote.
- Como assim?
- Quando alguém lhe fizer provocações, beba um pouco de água pura e conserve-a na boca. Não a lance fora nem a engula. Enquanto persistir a tentação de responder,guarde a água da paz banhando a língua.
Chico engoliu a lição do silêncio. E digeriu.
Nessa noite, sentiu o braço movido por alguém. Tomou o lápis e despejou os versos:
"Meu amigo, se desejas:
paz crescente e guerra pouca,
ajuda sem reclamar
e aprende a calar a boca".

As vidas de Chico Xavier
Marcel Souto Maior

REFLEXÃO FINAL