terça-feira, 27 de abril de 2010

Com Carinho: Angel

Aproveitamento

"Medita estas coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos." - Paulo. (I TIMÓTEO, 4:15.)

Geralmente, o primeiro impulso dos que ingressam na fé constitui a preocupação de transformar compulsoriamente os outros.
Semelhante propósito, às vezes, raia pela imprudência, pela obsessão. O novo crente flagela a quantos lhe ouvem os argumentos calorosos, azorragando costumes, condenando idéias alheias e violentando situações, esquecido de que a experiência da alma é laboriosa e longa e de que há muitas esferas de serviço na casa de Nosso Pai.
Aceitar a boa doutrina, decorar-lhe as fórmulas verbais e estender-lhe os preceitos são tarefas importantes, mas aproveitá-la é essencial.
Muitos companheiros apregoam ensinamentos valiosos, todavia, no fundo, estão sempre inclinados a rudes conflitos, em face da menor alfinetada no caminho da crença.
Não toleram pequeninos aborrecimentos domésticos e mantêm verdadeiro jogo de máscara em todas as posições.
A palavra de Paulo, no entanto, é muito clara.
A questão fundamental é de aproveitamento.
Indubitável que a cultura doutrinária representa conquista imprescindível ao seguro ministério do bem; contudo, é imperioso reconhecer que se o coração do crente ambiciona a santificação de si mesmo, a caminho das zonas superiores da vida, é indispensável se ocupe nas coisas sagradas do espírito, não por vaidade, mas para que o seu justo aproveitamento seja manifesto a todos.

Vinha de luz
Chico Xavier
espírito Emmanuel

Aborto

Como fica a relação entre a consciência da mãe e a prática do aborto?Uma mãe que não tem muita consciência do que seja realmente o aborto, poderá vir a sofrer sua prática da mesma forma que uma mãe que o pratica com plena consciência?
A lei de causa e efeito é profundamente dinâmica e se assenta na intencionalidade daquele que produz as suas ações e pensamentos. Os efeitos portanto são relativos ao grau de consciência daquele(a) que agiu. Logo uma mãe que não tem consciência de que o aborto é um crime terá os atenuantes inerentes ao seu nível de percepção da verdade. Outrossim, quem faz aborto, mesmo tendo a consciência que é um crime, necessariamente não será abortado, porque a Lei Divina encontra mil formas disponíveis ao homem/espírito para reverter um efeito negativo mediante novas ações construtivas assim refazendo o resultado final do uso do seu livre-arbítrio. Diz Emmanuel que o mal só chega se o bem não chegar primeiro. Considerando as ações do homem e suas repercussões finais. Refazemos o destino a cada dia dentro da lei de causa e efeito.

No momento do aborto, o espírito da criancinha assassinada sempre está presente, ou é socorrido antes do início do ato macabro?
O nível de consciência do abortado varia de acordo com o grau de evolução dele podendo sofrer ou não as conseqüências funestas do ato descabido.

Para onde vai o Espírito do nenenzinho abortado logo após o seu desencarne? Por quem ele é recebido, o que ocorre com ele?
O espírito abortado habitualmente assume a sua consciência de "adulto" passando a enfrentar a situação problema/desafio podendo reagir com ódio até o extremo oposto de agir perdoando.

Quando de um aborto, quem contrai maior dívida: a mãe que aborta? O médico que pratica o aborto? As pessoas próximas da mãe que não lhe garantiram apoio para aceitar a criancinha?
A responsabilidade derivada do crime do aborto se distribui de acordo com o nível de entendimento por parte daqueles envolvidos no crime. Há responsabilidade da mãe, do pai, das famílias e da sociedade. Quando um aborto é exercido num bolsão de miséria entre pessoas indigentes, este crim e se contabiliza sobretudo à sociedade. Allan Kardec destaca a responsabilidade do homem em três níveis: o pessoal, o familiar e perante a sociedade. Logo essas três instâncias estão envolvidas em maior ou menor proporção em cada aborto cometido.

Duas perguntas: Como agir diante de mulheres gestantes vítimas de estupro, desejosas de fazerem aborto? No caso de um abuso, qual sua opinião?
O crime foi cometido pelo violador da integridade física e sexual da mulher e a penalidade deve recair sobre ele. À criança (espírito) resultado do estupro não se lhe pode imputar nenhuma culpa, logo ela é tão "vítima" quanto a mãe necessitando ambas de apoio integral. Que a mãe permita a gestação chegar a termo e doe a criança ao Estado caso não se sinta capaz de criá-la. Abortar entretanto, é solução enganosa pois que não resolve a violência já ocorrida, ao contrário, é outra violência que se superpõe à anterior.

Alberto, qual a opção mais correta nos casos em que a mãe corre risco de vida, qual a prioridade de escolha e há mérito para a mãe que opta pela vida de seu filho?
A mãe deve estar com todas as informações oferecidas pela equipe médica sobre o percentual de risco de vida que corre levando a gestação adiante. Daí poderá optar pela sua vida (na linguagem do direito estado de necessidade), ou optar por correr o risco (na linguagem espírita estado de amor/sacrifício). Entretanto, se ela quiser sofrer o risco por desejar ocultamente morrer, nesse caso, há suicídio e não devotamento.

Como se poderia reparar, pelo amor, um aborto?
Amando a vida, musicalizando a existência através de ações que promovam e protejam a vida de qualquer tamanho de qualquer espécie e em qualquer circunstância. Ser "mãe/pai" dos "filhos" necessitados do mundo, maternar e "paternar" onde houver necessidade e onde for chamado a dar o seu testemunho. Bem afirmava Pedro em sua carta "O amor cobre a multidão dos erros".

Palestra virtual promovida por irc-espiritismo
Palestante: Alberto Almeida, de Belém do Pará, médico homeopata,formado em transpessoal com especialização em terapia regressiva a vivências passadas.Espírita de berço.

O Servo inconstante

À frente do todos os presentes, o Mestre narrou com simplicidade:
— Certo homem encontrou a luz da Revelação Divina e desejou ardentemente habilitar-se para viver entre os Anjos do Céu.
Tanto suplicou essa bênção ao Pai que, através da inspiração, o Senhor o enviou ao aprimoramento necessário com vistas ao fim a que se propunha.
Por intermédio de vários amigos, orientados pelo Poder Divino, o candidato, que demonstrava acentuada tendência pela escultura, foi conduzido a colaborar com antigo mestre, em mármore valioso. No entanto, a breve tempo, demitiu-se, alegando a impossibilidade de submeter-se a um homem ríspido e intratável; transferiu-se, desse modo, para uma oficina consagrada à confecção de utilidades de madeira, sob as diretrizes de velho escultor. Abandonou-o também, sem delongas, asseverando que lhe não era possível suportá-lo. Em seguida, empregou-se sob as determinações de conhecido operário especializado em construção de colunas em estilo grego. Não tardou, entretanto, a deixá-lo, declarando não lhe tolerar as exigências.
Logo após, entregou-se ao trabalho, sob as ordens de experimentado escultor de ornamentações em arcos festivos, mas, finda uma semana, fugiu aos compromissos assumidos, afirmando haver encontrado um chefe por demais violento e irritadiço. Depois, colocou-se sob a orientação de um fabricante de arcas preciosas, de quem se afastou, em poucos dias, a pretexto de se tratar de criatura desalmada e cruel.
E, assim, de tarefa em tarefa, de oficina em oficina, o aspirante ao Céu dizia, invariavelmente, que lhe não era possível incorporar as próprias energias à experiência terrestre, por encontrar, em toda parte, o erro, a maldade e a perseguição nos que o dirigiam, até que a morte veio buscá-lo à presença dos Anjos do Senhor.
Com surpresa, porém, não os encontrou tão sorridentes quanto aguardava. Um deles avançou, triste, e indagou:
— Amigo, por que não te preparaste ante os imperativos do Céu?
O interpelado que identificava a própria inferioridade, nas sombras em que se envolvia, clamou em pranto que só havia encontrado exigência e dureza nos condutores da luta humana.
O Mensageiro, no entanto, observou, com amargura:
— O Pai chamou-te a servir em teu próprio proveito e, não, a julgar. Cada homem dará conta de si mesmo a Deus. Ninguém escapará à Justiça Divina que se pronuncia no momento preciso. Como pudeste esquecer tão simples verdade, dentro da vida? O malho bate a bigorna, o ferreiro conduz o malho, o comerciante examina a obra do ferreiro, o povo dá opinião sobre o negociante, e o Senhor, no Conjunto, analisa e julga a todos. Se fugiste a pequenos serviços do mundo, sob a alegação de que os outros eram incapazes e indignos da direção, como poderás entender o ministério celestial?
E o trabalhador inconstante passou às conseqüências de sua queda impensada.
Jesus fez uma pausa e concluiu:
— Quem estiver sob o domínio de pessoas enérgicas e endurecidas na disciplina, excelentes resultados conseguirá recolher se souber e puder aproveitar-lhes a aspereza, inspirando-se na madeira bruta ao contacto da plaina benfeitora. Abençoada seja a mão que educa e corrige, mas bem-aventurado seja aquele que se deixa aperfeiçoar ao seu toque de renovação e aprimoramento, porque os mestres do mundo sempre reclamam a lição de outros mestres, mas a obra do bem, quando realizada para todos, permanece eternamente.

Jesus no Lar
Pelo Espírito de Neio Lúcio Franciso C Xavier

Homem sábio

"Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras, e as observa, será comparado ao homem sábio,
que edificou a sua casa sobre a rocha."