Conta-se que os presentes que o Chico recebiam eram imediatamente transferidos aos menos favorecidos.
É o caso daquele relógio suiço que um admirador lhe deu de presente e que momentos depois Chico, ao visitar uma pessoa em um casebre na periferia, deixou a jóia àquela criatura, pois ela não possuía relógio para tomar seus medicamentos em hora certa.
Um outro enviou ao Chico um automóvel - zero -; no momento que chegava o dito carro, chega em sua casa um comerciante. Aproveitando, Chico lhe diz:
"- Olha aqui, meu irmão, faça o seguinte: leve este carro e envie-nos macarrão para nossos irmãos em dificuldades..."
Também um grupo de senhoras, vindo da Venezuela, trouxe para o Chico um belíssimo tapete, que elas mesmas confeccionaram e disseram ao médium:
"- Olha Chico, nós lhe trouxemos este tapete; nós mesmos tecemos para você com muito carinho..."
"- Irmãs, nem sei como agradecer-lhes tamanha generosidade para com esse pequeno servidor. Mas é meu mesmo? Posso guardá-lo mesmo?..."
"- Claro. E, por favor, não dê para ninguém. Ele é seu..."
"- Obrigado, queridas irmãs. Agora eu gostaria que as senhoras nos fizessem um favor de imenso valor. É o seguinte: As senhoras fiquem com este tapete, guardando-o em sua casa, para mim..."
Dezenas de cidades dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e outros, têm outorgado o título de Cidadão Honorário a Chico Xavier. A maioria destes títulos o médium não conseguiu recebê-los, motivado por problemas de saúde e por suas atividades. Até três capitais lhe concederam o honroso título - Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.
Importante que em todas as vezes que Chico recebeu o título, ali mesmo, de público, ele transfere para a Doutrina Espírita, de quem ele se considera um humilde tarefeiro. E diz que fica zelando pelo título, uma vez que pertence - afirma - a todos os cristãos - católicos, evangélicos e espíritas...
Digno de nota é a sincera e autêntica humildade de Chico Xavier, um dos motivos que o médium mineiro não tenha fracassado em sua luminosa missão, sem dúvida.
Nem seu gigantesco trabalho, nem a fama, nem os elogios conseguiram afastá-lo daquela humildade exemplar e rara.
DO LIVRO: Chico Xavier - O Homem, o Médium, o Missionário
AUTOR: Antônio Matte Noroefé
Grupo Espírita Renascer