sexta-feira, 2 de setembro de 2011

BOM DIA!


"O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, a certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. E por fim, não há más inclinações que, com fé, não possam ser vencidas." E.S.E

A fé se prova nas dificuldades que enfrentamos, pois na alegria e no gozo ela se apresenta apenas nos lábios de quem as pronuncia. Eu tenho fé!


Provai-a, no momento em que as dificuldades baterem a tua porta, tirando-te da acomodação a que sempre se disponha a ficar.

A fé é a certeza que se abarca no coração, que Deus jamais desampara seus filhos amados.

O Pai não criou seus filhos para sofrerem, mas permitiu que escolhessem seu próprio caminho; e pela sua infinita bondade sempre nos ampara nos caminhos íngremes que decidimos passar, e nos leva de volta ao caminho mais suave quando humildemente rogamos a Ele.

Abraço
Angel

APENAS O AMOR PODE AUXILIAR...

...A AMAR MELHOR A PESSOA COM QUE SE VIVE.



A única coisa que não se pode tirar de nós é aquilo que doamos
(Jean-Yves Leloup).

Idealizamos certo tipo de homem ou certo tipo de mulher e esta imagem debilita a aceitação da pessoa que está à nossa frente, pois o significado valioso do encontro emerge também da compreensão relativa às imperfeições (de si mesmo e do outro) de onde pode nascer uma relação que caminhe em direção ao amor real.

Recebo, com frequência, relatos de pessoas que dizem ter um relacionamento duradouro, mas se afirmam infelizes pelo desagradável revelado durante a convivência e pela sensação de que deixaram de progredir como pessoas e, por isso, sentem-se como “indivíduos sem pensamentos”.


Amar envolve amar-se.
Assim, amar é ser generoso consigo mesmo e com o outro e, por isso, não deixar de cuidar de si, não abdicar dos próprios dons e necessidades de trabalho com a própria alma, motivando o outro também a desenvolver-se para ser feliz. Do contrário, será um amor muito superficial, frágil aos ventos e às intempéries dos egos, quase sempre suscetíveis aos caprichos.


Uma questão principal: como fazer para sofrer menos e, principalmente, como servir-se do amor para viver melhor?
Porque amar é ser feliz, é desejar a felicidade do outro.

Como sair da confusão?
A confusão existe quando exigimos do nosso companheiro, por exemplo, que substitua o pai que nos faltou, quando cobramos da nossa esposa que seja mãe de tempo integral, livrando-nos das pequenas responsabilidades diárias com a casa, com os filhos, com nosso próprio crescimento.

É sabido que as pessoas que não são capazes de se envolver em uma relação particular são ainda imaturas. Estamos onde estamos, cada um com sua narrativa e habilidades. E isso me faz pensar sobre as diferentes nuanças de amor.

Há uma palavra grega, Pathé, que assinala tanto o nascimento da palavra patologia como instaura na pessoa o amor-doença, pois, aqui, o amor não é qualidade de ser, mas apenas necessidade e dependência, aquilo que Ovídio, em sua Arte de Amar, chamou amor-posse, possessão, que dá causa à mania...

Creio que isso alude aos aspectos (e feridas) narcisistas, que se revelam inaptos para reconhecer a alteridade. Tu me dás, somente.
Para muitos terapeutas antigos, então, a doença é girar em círculos. Assim, o amor-posse mantém o casal aprisionado no caminho...


Mas não é o coração humano capaz de amar sem retorno?
Alguém me diria que isso somente para os perfeitos.
Digo-lhe que é para cada um de nós, embora, muitas vezes, possamos amar como bebês, consumindo o outro.

Qual seria, então, a solução?
Passar, em primeiro lugar, do consumo à partilha.
Abrir o coração e aprender a dar, pois conviver, no amor, exige disciplina.

Apenas sei que devemos manter o passo.
Por isso, independente do amor que sentimos, seu grau ou qualidade, independente do companheiro (ou da companheira) com o qual dividimos o pão, a oração e a esperança, apenas precisamos nos dispor a ajudá-lo a desenvolver sua autonomia sem que percamos a nossa autonomia – duas autonomias que seguem unidas e procuram humanizar-se... No lugar de apenas exigir (ou necessitar), pôr em prática o acolher – e este, sim, pode ser um começo rumo a um amoroso conviver.


Penso na alma gêmea*
“alguém do mesmo comprimento de onda”, diria Jean-Yves Leloup.

Neste caso, seria mais fácil amar?
Em razão da sintonia natural, uma compreensão natural. Mas isso extinguiria os pequenos dramas da rotina?
Não, mas ao menos aqui ambos procurarão expandir tanto o si-mesmo (Self) como a capacidade de amar, confiantes no devir, pois o “amor jamais passará“ (São Paulo).
* espíritos afins

EUGÊNIA PICKINA
O Consolador

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

É de suma importância que todos nós, espíritas, que tomamos parte de uma tarefa qualquer na área da mediunidade em nossas casas espíritas, estejamos devidamente preparados para esse sublime mister espiritual.

Primeiramente, instruídos em todos os seus fundamentos através dos estudos sérios e aprofundados sobre a matéria em análise, constantes da codificação do Espiritismo, mais particularmente, O Livro dos Médiuns, além de inúmeras outras obras de reconhecido cunho doutrinário, trazidos ao nosso conhecimento por médiuns de grande capacidade mediúnica e respeito no meio espírita, como Chico Xavier, Divaldo Franco, Raul Teixeira entre outros.


Precisamos atentar para os sérios e nobres objetivos da mediunidade para nós médiuns, pois, como nos esclarecem os Nobres Emissários da Espiritualidade Superior, a mediunidade é uma sagrada ferramenta colocada ao nosso dispor pela Soberana Sabedoria do Universo, para o nosso aprimoramento espiritual e crescimento como Ser imortal a caminho da pureza e da felicidade que nos está reservada, aguardando por nossa decisão de empreender os necessários esforços por conquistá-la.

Somente através do adequado uso dos talentos mediúnicos de que somos portadores é que verdadeiramente poderemos nos tornar úteis aos Arquitetos Divinos para realizar as atividades da mediunidade de forma perfeita em nosso proveito próprio e do nosso semelhante, na Seara bendita do nosso Mestre e Guia, Jesus de Nazaré.

Para que melhor entendamos as responsabilidades que nos estão depositadas no exercício da mediunidade com Jesus, ouçamos a reposta de Divaldo Franco sobre o assunto.

Qual o objetivo de uma sessão mediúnica?

Divaldo – “É acima de tudo uma oportunidade de o indivíduo autorreformar-se; de fazer silêncio para escutar as lições dos Espíritos que nos vêm, depois da morte, chorando e sofrendo, sendo este um meio de evitar que caiamos em seus erros. É também esquecer a ilusão de que nós estejamos ajudando os Espíritos, uma vez que eles podem passar sem nós. No mundo dos Espíritos, as Entidades Superiores promovem trabalhos de esclarecimento e de socorro em seu favor; nós, entretanto, necessitamos deles, mesmo dos sofredores, porque são a lição de advertência em nosso caminho, convidando-nos ao equilíbrio e à serenidade. Assim, vemos que a ajuda é recíproca.

O médium é alguém que se situa entre os dois hemisférios da vida. O membro de um labor de socorro medianímico é alguém que deve estar sempre às ordens dos Espíritos Superiores para os misteres elevados.

À hora da reunião, deve-se manter, além das atitudes sociais do equilíbrio, a serenidade, um estado de paz interior compatível com as necessidades do processo de sintonia, sem o que, quaisquer tentames neste campo redundarão inócuos, senão negativos.

Depois da reunião é necessário manter-se o mesmo ambiente agradável, porque, à hora em que cessam os labores da incorporação, ou da psicografia, o fenômeno objetivo externo, em si, não cessam os trabalhos mediúnicos no mundo espiritual. Quando um paciente sai da sala cirúrgica, o pós-operatório é tão importante quanto a própria cirurgia. Por isso, o paciente fica carinhosamente assistido por enfermeiros vigilantes que estão a postos para atendê-lo em qualquer necessidade que venha a ocorrer.

Quando termina a lide mediúnica, ali vai encerrada, momentaneamente, a tarefa dos encarnados, a fim de recomeçá-la, logo mais, no instante em que ele penetre a esfera do sono, para prosseguir sob outro aspecto, ajudando os que ficaram de ser atendidos e não puderam, por uma ou outra razão. Então, convém que, ao terminar a reunião mediúnica, seja mantida a psicosfera agradável em que as conversas sejam edificantes. Pode-se e deve-se fazer uma análise do trabalho realizado, um estudo, um cotejo no campo das comunicações e depois uma verificação da produtividade; tudo isto em clima salutar de fraternidade, objetivando dirimir futuras inquietações e problemas outros”.

Assim sendo, irmãos e amigos, estejamos preparados sempre que nos apresentarmos aos amigos celestes para juntos participarmos de tarefas tão dignas, de forma a contribuir com o nosso melhor na construção da paz e da luz nos nossos caminhos, enquanto estamos usufruindo da presente oportunidade que Deus por amor e bondade nos concedeu.


Francisco Rebouças
Referência:
Diretrizes de Segurança – Questão 31. Divaldo P. Franco/ José Raul Teixeira.
O consolador

MÉDIUNS

Não procures o médium dos Espíritos Benfeitores, qual se fosses defrontado por um ser sobrenatural.

Quem se empenha a semelhante adoração, copia a atitude dos compa­nheiros de Moisés, quando se devota­vam aos ídolos inativos, com a diferença de que a nossa fantasiosa adoração estaria centralizada em torno de um ídolo animado e naturalmente falível.

O médium é um companheiro.

É um trabalhador.

É um amigo.

E é sobretudo nosso irmão, com dificuldades e problemas análogos àque­les que assediam a mente de qualquer espírito encarnado.

O nosso objetivo é buscar a luz do Espírito, que flui da lição que se derra­ma da Vida Maior, e não o garimpo de fenômenos superficiais, que brilham quais foguetes de artifício, impressionando a imaginação sem proveito real para ninguém.

Lembremo-nos de que nós outros, os aprendizes do Evangelho, estamos em torno do Médium de Deus, que é Jesus, há quase dois mil anos, não mais qual Tomé, sondando-lhe as chagas, mas na posição de discípulos redivivos, que procuram e encontram, não a figu­ração material do Senhor, mas a sua palavra de vida eterna, estruturada no espírito imperecível em que se lhe gravaram os ensinamentos imortais.

Livro Mediunidade e Sintonia
Emmanuel
Médium Francisco Cândido Xavier

REFLEXÃO FINAL

Vidro e Espelho

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho porque toda sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu a sua ajuda.
O sábio o conduziu até uma janela e pediu para que olhasse para fora com atenção e perguntou:
- O que você vê através do vidro, meu rapaz?
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- E já não vê os outros, não é verdade?
Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro.
Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.
Fez uma pausa e continuou:
- Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição.
Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.

Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.

Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar.

E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com seus filhos em dificuldades, afinal, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.

E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar:
Pode ser um sorriso gentil...
Uma palavra que anima e consola...
Um abraço de ternura...
Um aperto de mão...
Um pedaço de pão...
Um minuto de atenção...
Um gesto de carinho...
Uma frase de esperança...

E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas não é verdade?
Portanto vamos aproveitar e doar um pouco do muito que temos: Amor, Alegria, Paz e e os nossos bons sentimentos.
(minuto Poético)

UM ÓTIMO FINAL DE SEMANA!