segunda-feira, 2 de agosto de 2010

BOM DIA!

Seja forte e corajoso.
Não se deixe vencer pela adversidade,
pela doença, pela dor.
Saiba que a Força Divina jamais o abandona,
porque está dentro de você mesmo.
Reaja com firmeza,
porque o auxílio lhe chegará na hora oportuna.
A mesma força que está dentro de você
dirige os universos infinitos...
Tenha confiança e seja corajoso.
Seja forte!
Tenha bom ânimo!
* * * * * * * * * * * * * * *
abraço

GRAVIDEZ INDESEJADA

Se você não desejava o filho ou se sentia ainda despreparado (ou despreparada) para tê-lo, por não ter condições psicológicas e materiais satisfatórias, então deveria ter pensado nisso antes, não depois que ele está a caminho.
Não assuma, perante o filho que está para nascer, uma atitude hostil, negativa, de rejeição ou de desamor e indiferença. Se foi iniciado o processo da gestação, sejam quais forem as condições, alguma razão existe para que aquele espírito tenha se aproximado para acoplar-se ao corpo físico em formação no ventre de sua futura mãe. O mais provável é que se trate de alguém anteriormente ligado a ela ou ao pai, ou, ainda mais certo, a ambos.
Trata-se de um ser vivo que tem uma tarefa a cumprir junto deles. A gestação de um corpo físico pode resultar de uma aventura irresponsável, mas o espírito que nele veio habitar não resulta de mero jogo de imponderáveis e acasos — é uma criatura humana preexistente, que se prepara para mais um estágio na carne. Não o despache de volta, não comece a agredi-lo com pensamentos negativos de rejeição e desamor, não o hostilize. Você já não está bastante adulto e fisicamente amadurecido para gerá-lo? Pois, então, deve ser psicologicamente amadurecido para assumir, nem que seja sozinho ou sozinha, as consequências do impulso inicial.
Vamos repetir aqui — e o faremos até a exaustão — o fato irrecusável de que a criança é um ser humano, com direitos, obrigações, responsabilidades e planos, como você, eu, ou quem quer que seja. Não pense você que, por ser um mero feto, com poucas semanas ou meses de existência no ventre da mãe, “aquilo” seja apenas “uma coisa” viva. Nada disso, é uma pessoa, tão gente quanto você.
Dificilmente você saberá, com suficiente precisão, de quem se trata e quais as vinculações anteriores que os unem. Pode ser, contudo, algum amigo muito querido de outras eras, que vem para testemunhar-lhe seu amor, para ajudá-lo na difícil tarefa de viver, para fazer-lhe companhia, quando chegarem os cinzentos anos de solidão e velhice, ou até para ser o suporte material de sua vida.
É certo que poderá também ser o adversário de outrora, que conserva ainda rancores e desafeições pelo que, obviamente, você lhe causou. Vem, contudo, para que possam ajustar-se na conciliação, para que se perdoem mutuamente e tenham condições de seguir, dali em diante, em paz, como amigos fraternos, ou, pelo menos, não mais como adversários.
Seja qual for a situação, não é por acaso que aquele espírito se aproxima de você, em busca da oportunidade do renascimento. Seja qual for a condição, cabe aos pais assumirem a responsabilidade daquilo que, de forma deliberada ou inconseqüente, provocaram, isto é, o início de um processo de gestação.

Nossos filhos são Espíritos
Hermínio C.Miranda

PAI ALCOÓLATRA

1 - Meu pai é alcoólatra. Afundou no vício, perdeu o emprego e o respeito por si mesmo. Estamos numa situação difícil por sua culpa. Já estivemos em boa situação. Sobrevivemos com o esforço de dois irmãos mais velhos. Por mim o expulsávamos de casa...
E se ele tivesse câncer? Certamente você se compadeceria, procuraria cercá-lo de cuidados.

2 - Ele não tem câncer. É apenas um fraco que se deixou dominar pela bebida. Não merece compaixão.
Engano seu. Saiba que o alcoolismo é classificado pela medicina como doença grave, problemática, incurável e de difícil controle.

3 - Ainda que seja uma doença, não consigo aceitar que um homem forte e decidido como ele tenha se deixado dominar tão intensamente, a ponto de destruir sua vida e complicar a nossa.
Jesus ensinava que não devemos julgar. Você não sabe de suas limitações, de seus problemas íntimos, nem das forças espirituais que o assediam.

4 - Está querendo situá-lo como vítima?
Todo viciado é uma vítima de si mesmo, de suas tendências, em principio. Vítima depois dos condicionamentos e de tenebrosas influências espirituais.

5 - Não consigo evitar a revolta quando lembro que passamos por privações, vivemos uma existência difícil porque ele torrou todo o patrimônio da família com suas bebedeiras e loucuras decorrentes delas.
Ninguém passa por provações imerecidas. Vocês não estariam vinculados a seu pai sem razão ponderável. Cuidado com a revolta. Quando a alimentamos a vida fica intolerável.

6 - Tudo seria diferente se ele tivesse juízo.
Seria diferente se você não o desprezasse. Se tentasse aceitá-lo como alguém que precisa de você, de sua mãe e irmãos.

7 - Como vamos dar-lhe o carinho que nunca recebemos, a ajuda que sempre nos negou, o apoio que nunca se colocou em condições de nos oferecer?
Exatamente isso: não teve condições. Segundo Jesus nos ensina não podemos exigir das pessoas mais do que podem dar, que nos ofereçam o que não possuem. Seu pai é um doente que precisa disso tudo e se você e seus familiares não estão dispostos a ampará-lo, deixam passar excelente oportunidade de vivenciar os ensinamentos cristãos.

8 - O que poderemos fazer em seu beneficio?
Sob o ponto de vista médico e psicológico, procurem orientação. Há várias organizações governamentais e filantrópicas que atendem a problemas de alcoolismo. No Centro Espírita há tratamentos espirituais, trabalhos de desobsessão. Mas, sobretudo, não o marginalizem. Tentem fazê-lo sentir que tem uma família empenhada em ajudá-lo. No fundo, ainda que aparentemente não se importe, é o que ele mais precisa, é o que mais deseja.

Não Pise na Bola
Richard Simonetti

FILHOS ADOTIVOS

Uma Orientação sobre Filhos Adotivos
Há pouco tempo, depois de uma palestra, uma senhora me procurou para expôr o seu problema. Não pudera gerar seus próprios filhos e, em consequência, adotara três lindas crianças.
Ninguém, a não ser o médico pediatra conhecia o problema; nos éramos a segunda pessoa com quem conversava abordando o assunto que a preocupava muito.
Durante a sua narrativa percebemos o imenso amor pelas crianças; de quando em vez, seus olhos marejavam. Contou que seu esposo era excelente, um verdadeiro pai também para as duas garotas e o robusto menino. Os três foram adotados quando ainda contavam poucos dias.
Conversamos com ela longamente, dando-lhe as explicações espíritas de praxe, alicerçadas na reencarnação e na lei de causa e efeito. De nossa parte, comovidos, dissemos a ela que não se precipitasse nada, porquanto ela estava em dúvida se dizia ou não a verdade para os filhos.
Sentimos que ela era muito mais mãe deles do que as que puderam gerál-os.
No final falamos com aquela senhora que, se surgisse oportunidade, procurariamos ouvir nosso irmão Chico sobre o assunto.
Num sábado à noite, no Grupo Espírita da Prece, após as tarefas habituais, expusemos para ele o caso. Depois de ouvir-nos, foi claro em dizer que ela deveria revelar para as crianças a verdade, porquanto não conhecia ninguém que sabendo de tudo depois de crescido não se revoltasse; a idade infantil —
os três irmãos têm idades que variam de seis a oito anos — era propícia, favorável.
Mas diga a ela, Baccelli — prosseguiu Chico — que tem que ser com muito amor, muito carinho. Se um animal nos atende quando nos dirigimos a ele com amor, quanto mais um ser humano! Diga a ela para reuni-los, orar com eles e dizer que gostaria muito que tivessem nascido dela, mas que Deus resolveu diferente.
Sim, quantos ficam sabendo depois de adultos — e não há nenhum que não fique sabendo — a verdade a respeito de suas origens e se rebelam, saem de casa, causam desgostos, procuram as drogas, quando não o suicídio.
Ao contrário, contando a verdade, as crianças crescem com reconhecimento, estima, gratidão e compreensão.
Quando não se conta, arrisca-se a ver o amor transformar-se em inexplicável aversão; quando se diz a verdade, o máximo que pode acontecer é ter os nomes de “pai” e “mãe” substituidos por “tio e “tia”.
Aquela senhora daria a vida pelos seus filhos adotivos, mas temos certeza que ela compreendeu e, com a revelação, surgiu um relacionamento muito mais forte, muito mais sadio, consciente, entre ela e os meninos.
Esconder a realidade é trair-lhes a confiança, e poucos entenderão que tal foi feito por muito amor. Mas há também os que ocultam por preconceito, por vergonha de não terem podido gerar seus próprios rebentos.
Aqui a culpa, se é que podemos classificar a atitude de culpa, é maior, porqüanto pensou-se mais em si do que nos filhos, no trauma que mais tarde poderia vir a pesar-lhes nos ombros. Enfim, a verdade deve ser dita mas com amor; verdade dita com carinho nunca magoa ninguém.
Estamos escrevendo enfocando o tema porque sabemos que por aí afora existem centenas de pais vivendo drama semelhante; o período infantil é o mais propício à revelação.
Escreveu o célebre Gibran: “Os filhos vêm através de vós, mas não vêm de vós...”.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, lemos: “O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito” , quer dizer: Pai mesmo só Deus o é.
Nossos filhos não são nossos filhos, são, antes, irmãos. Os corpos que têm é que são filhos dos nossos corpos, mais nada.
E, depois, o que é mais importante: os filhos consanguíneos ou os filhos do coração? Os chamados filhos adotivos são os do coração; estão unidos a nós por indestrutíveis laços espirituais.
É puro convencionalismo humano o que nos leva a classificá-los de adotivos; somos todos adotivos uns do outro.
É preciso contar a verdade, para não chorar depois, ou vê-los chorar mais tarde, perdendo a confiança, sentindo-se abortados do nosso carinho.
(agosto de 1983)


Lições de Sabedoria
Marlene Rossi Severino Nobre

A MÁGOA

À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica.
A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis.
Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o maceram.
Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando- a a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.


Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.
Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.
Não estás no mundo por acaso; antes, com finalidades adredemente estabelecidas que deves atender.
Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos ressentimentos destrutivos.
Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é portadora a mágoa.


Divaldo Pereira Franco 
Episódios Diários
Pelo Espírito Joanna de Ângelis