terça-feira, 7 de setembro de 2010

BOM DIA

“O primeiro dever de toda criatura humana,
o primeiro ato que deve assinalar
o seu retorno à atividade diária é a prece.
Vós orais, quase todos,
mas quão poucos sabem realmente orar!”
E passa a discorrer sobre a oração
e a melhor maneira de fazê-la, acentuando:
“Pedi, antes de tudo, para vos tornardes melhores
e vereis que torrentes de graças e consolações
se derramarão sobre vós”.
Peçamos a nosso Pai não com
palavras decoradas e automatizadas,
mas com palavras sinceras, saidas do nosso coração.
Com certeza, nosso Pai não se importa com palavras belas e bem colocadas, mas sim, com os sentimentos que chegam até ele, quando nos postamos para orar.

Muita paz ao teu coração!
Abraço Fraterno

PERTUBAÇÕES NOS PERÍODOS PRÉ-MEDIÚNICOS

SINAIS PRECURSORES
Além das perturbações psíquicas em si mesmas há ainda vários Outros sinais que indicam o afloramento de faculdades e que variam segundo a natureza desta. Assim, para a Lucidez temos:

SONHOS E VISÕES
Nesse período de que estamos tratando o médium sonha com intensidade e nitidez cada vez maiores. Em seguida, no semi-sono, os sonhos passam a ser verdadeiras visões, cada vez mais perfeitas e significativas. E, em grau mais avançado, muitas vezes mesmo em plena vigília, primeiro no escuro e mais tarde no claro, passa a distinguir as cores áuricas das pessoas e dos objetos, formas indistintas e confusas dos planos hiperfísicos.
Na maioria das vezes as visões são desagradáveis; representam animais estranhos, e formas ou seres humanos grotescos e mesmo repugnantes e isso porque o desenvolvimento começa, quase sempre com a interferência de Espíritos inferiores, que provocam tais visões, quando não é o próprio médium que diretamente vê tais coisas, nas esferas inferiores do Umbral.

AUDIÇÃO
O médium ouve vozes, rumores, de princípio incompreensíveis, mais ou menos nítidos em seguida, mesmo não se tratando de mediunidade auditiva.
Outros padecem de zumbido nos ouvidos e muitos há que de tal maneira se tornam sensíveis a tais coisas, que chegam a não poder conciliar o sono, com grave risco para sua saúde física e mental.
* * *
Para a Incorporação temos:

ADORMECIMENTO
Os médiuns que, por efeito de sua própria perturbação, não conseguem concentrar-se ou dominar-se, mormente no curso dos trabalhos práticos, são submersos, pelos próprios protetores invisíveis, em um sono mais ou menos profundo, durante o qual agem sobre eles, afastando as causas perturbadoras ou trabalhando nos órgãos da sensibilidade, para a necessária preparação.
Agem também assim sobre aqueles que vem para o trabalho espiritual em condições físicas impróprias, por cansaço ou moléstia ou ainda por efeito de preocupações intensas, ligadas à vida material; todas estas condições são incompatíveis com o trabalho e exigem cuidados reparadores.
FLUÍDOS
À medida que a sensibilidade se apura o médium sente, cada vez desencarnados presentes à sessão; e, conforme seja o grau dessa sensibilidade podem também provir de entidades de maior hierarquia protetores do trabalho ou para os quais, durante ele, se apelou e que, nestes casos enviam, às vezes de grandes distâncias, suas radiações poderosas.
Pelo seu teor vibratório esses fluidos agem sobre o perispírito do sensitivo de forma agradável ou não, produzindo boa ou má impressão, provocando reação suave e reparadora ou violenta e dolorosa.
Pela natureza, pois, dos fluidos que sente, pode o médium determinar a presença ou a ação de entidades ou forças boas ou más, do mundo invisível.
Convém também dizer que os fluidos agem de preferência em determinadas regiões do organismo, ou melhor, refletem sua ação em lugares de eleição do organismo físico, segundo sua própria natureza e variando de indivíduo para indivíduo. Assim uns sentem fluidos pesados, (de Espíritos inferiores) no alto da cabeça, àesquerda, outros à direita, outros no braço, nas pernas, no epigastro, e fluidos leves (de Espíritos superiores) nestes ou naqueles pontos do corpo, sistematicamente.

IDÉIAS E IMPULSÕES ESTRANHAS
Sensíveis como são aos fenômenos hiperfísicos os médiuns começam a perceber, nesse período pré-medíúnico, idéias estranhas, que lhes surgem na mente de forma às vezes obsidiante, bem como impulsos de ‘agirem em determinados sentidos, de fazerem tal ou qual coisa, de que também jamais cogitaram.
E como podem, nesses primeiros tempos, devido à sua natural inexperiência, sofrer arbitrariamente influência de bons e maus Espíritos, é necessário vigiar sempre, interferir com a razão continuamente, analisando tais idéias e impulsos, não se deixando levar por eles e optando sempre pelo que for mais criterioso e justo.

ENTORPECIMENTO, FRIO E RIGIDEZ
Os protetores, durante esse período que estamos analisando, agem sobre os órgãos da sensibilidade, bem como sobre todo o sistema nervoso justamente visando o preparo do campo para as atividades mediúnicas e essa ação muitas vezes provoca reflexos nos músculos, inibições na corrente sanguínea e nas terminações nervosas, do que resultam os fenômenos citados, se bem que sempre em carater passageiro.
O entorpecimento ora é nos braços e mãos, ora nas pernas e pés, sendo também às vezes precedido de uma incômoda sensação de formigamento da epiderme em geral.

ALHEAMENTO, ESVAIMENTO, VERTIGEM
Nos casos de semi-incorporação ou incorporação total o processo mais ou menos profundo da exteriorização do Espírito do médium provoca tais fenômenos, também passageiramente.
Em casos anormais porém, podem eles ser provocados pela ‘influenciação de Espíritos obsessores que, não tendo em mira objetivos benignos em relação ao médium, interferem com brutalidade, produzindo distúrbios no campo da vida nervosa ou psíquica.
São comuns os casos em que médiuns incipientes e indefesos são acometidos por delíquios e vertigens na própria via pública, com grave risco para sua saúde e vida.

“BALLONNEMENT”
Adotamos esta expressão francesa para indicar a sensação de dilatação, estufamento, inchamento de mãos, pés e rosto do médium, que muitas vezes ocorre antes do transe. E’ ainda efeito da exteriorização, do deslocamento do perispírito do médium dentro do arcabouço físico para ceder lugar, parcial ou totalmente, ao Espírito comunicante.

RUÍDOS EXTERNOS
Por último, são os seguintes os sinais prévios, no campo exterior, referentes aos casos de efeitos físicos: “raps”, rumores. diferentes, deslocação de objetos de uso, batidas em móveis, paredes, luzes e formas fluídicas, de ocorrência arbitrária e imprevista, tanto no lar como nos lugares freqüentados pelos médiuns.
Quando ocorrem esses fenômenos, como sucede em muitas casas que, por isso, ficam mal vistas pelo povo, procure-se logo o responsável que, invariàvelmente é um médium de efeitos físicos.
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Todas estas perturbações são próprias do período pré-mediúnico e podem mesmo avançar um pouco a dentro no período do próprio desenvolvimento mas terminam sempre por cessar à medida que as faculdades se desenvolvem e educam, entrando em atividade normal.

Mediunidade
Edgar Armond

CONDIÇÕES DA LIBERDADE

O princípio da liberdade é um anseio natural do homem e constitui o fundamento de todas as realizações duradouras. Sabemos que o homem é, na Terra, entre os seres visíveis que a povoam, o único realmente dotado de livre arbítrio. Mas a liberdade é condicionada pela responsabilidade, sendo que a responsabilidade, por sua vez, não pode existir sem liberdade.
Estamos diante do que poderíamos chamar a dialética da autonomia. Da interação de liberdade e responsabilidade surge a síntese da independência, tanto em plano individual como no coletivo.
A questão 825 de O Livro dos Espíritos é a seguinte:

Há posições no mundo em que o homem possa gabar-se de gozar de liberdade absoluta?
— Resposta: Não, porque vós todos necessitais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes".

Esse problema foi amplamente analisado por Kardec no estudo "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", publicado em Obras Póstumas. Ali encontramos esta proposição:
"Do ponto de vista do bem social a fraternidade figura em primeira linha, é a base. Sem ela não poderá haver igualdade nem liberdade verdadeiras.A igualdade decorre da fraternidade e a liberdade é uma consequência das duas".

Temos assim duas condições sociais para a liberdade, que são os princípios de igualdade e fraternidade, e uma condição moral que é a responsabilidade.
A essas condições Emmanuel propõe os corolários da obediência e do serviço. Sem obediência as leia divinas, que nos mandam servir ao próximo por amor, não há liberdade. Por outro lado, a liberdade absoluta não existe, é apenas um sofisma. Vivemos no relativo e não no absoluto.

Mas o que são as leis divinas? Um código de moral escrito?
Para o Espiritismo as leis divinas são as próprias leis naturais, criadas por Deus. Existem desde os planos inferiores da Natureza.
Os sofistas modernos pedem a liberdade dos instintos animais do homem, mas o Espiritismo nos adverte da existência dos instintos espirituais que constituem as exigências da consciência. E entre esses acentua a presença da lei de adoração que nos impulsiona a todos em direção a Deus.
Irmão Saulo
Do livro “Na Era do Espírito”.


Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires.
Espíritos Diversos

EXPULSOS DO PARAÍSO

a)Como devemos entender a expressão "anjos decaídos"?

R - Os mundos progridem física e moralmente, por meio da purificação dos espíritos que constituem as suas humanidades encarnada e desencarnada. Quando um mundo sobe um degrau na hierarquia dos mundos, sua humanidade sofre as mutações necessárias a fim de que se torne compatível com a nova condição. É a ocasião em que se dão as grandes emigrações e imigrações de espíritos, em que aqueles que, apesar de sua evolução intelectual, não acompanharam, moralmente, o progresso desse mundo. Para que não se tornem embaraço ao futuro progresso moral dos bons, são, então excluídos da humanidade a que pertencem e emigrados para mundos menos adiantados, onde aplicarão a inteligência para o progresso daqueles dentre os quais passam a viver. A esses espíritos emigrados para mundos inferiores é que a gênese mosaica dá o nome de "anjos decaídos", numa alusão à condição em que se encontram na humanidade em que passam a viver.

Rica em simbolismos e escrita numa época em que a humanidade ainda não evoluíra o bastante para adquirir a compreensão correta dos fatos, "a queda do homem" foi a forma que a gênese mosaica encontrou para explicar ao povo hebreu as consequências do descumprimento das Leis Naturais, que denominou "pecado".
A "queda" é a simbologia da situação desses espíritos decaídos, vindos de outro planeta, onde possuíam melhores condições de vida.

b) E "perda do paraíso"?

R - Como "paraíso perdido" entende-se o mundo de onde foram emigrados. Esse mundo, para eles, se comparado àquele para o qual foram expulsos e onde viverão em condições mais difíceis, relegados por milhares de séculos, constitui-se um verdadeiro paraíso, cuja vaga lembrança lhes faz recordar o que perderam por culpa própria.

c) Podemos identificar nos espíritos que constituíram a chamada raça adâmica os "anjos decaídos"?

R - A raça adâmica, com efeito, apresenta todas as características de uma raça proscrita. Os espíritos que a integram foram exilados para a Terra, que, então, já era povoada por homens primitivos, ignorantes, que eles tiveram que fazer progredir, com seu próprio trabalho. Sua superioridade intelectual prova que o mundo de onde vieram era mais adiantado do que a Terra. Havendo ingressado esse mundo numa nova fase de progresso e não tendo esses espíritos acompanhado a sua evolução moral, a sua permanência lá constituiria um obstáculo à marcha do progresso.

d) Que consequências trouxe para a Terra a chegada desses "anjos decaídos"?

R - A raça adâmica, que constitui exemplo de migração interplanetária, ao chegar à Terra, como dissemos, teve por missão fazer o planeta progredir intelectualmente, através das conquistas intelectuais que trouxeram. Com sua inteligência superior, esses espíritos desempenharam o papel de impulsionadores do progresso intelectual do planeta, influenciando no adiantamento de toda a humanidade que até então o habitava.

Doutrina dos anjos decaídos e da perda do paraíso - 1ª pte. (itens 43 a 45)
A Gênese - Allan Kardec
CVDEE

INFALIBILIDADE

Filhos, não vos considereis criaturas isentas de erros, para que a compaixão vos inspire na apreciação da conduta alheia.
Todos, a qualquer momento, poderemos cair, equivocados.
Em sua maioria, os adeptos da Doutrina estão longe de ser os missionários que se imaginam, ou que companheiros desavisados os supõem nas tarefas em que se redimem.
Não vos consintais a idolatria e nem provoqueis elogios a vosso respeito, suscitando ilusões que muito vos haverão de custar.
Esquecei o passado e, sob qualquer hipótese ou pretexto, fugi de rememorá-lo, principalmente no que tange às vossas ligações afetivas do pretérito.
O esquecimento das vidas que se foram representa uma das maiores dádivas da Lei Divina para o espírito na reencarnação.
Observai as vossas tendências e inclinações no presente e tereis uma idéia aproximada do que fostes e do que fizestes outrora.
Se reparardes um companheiro em queda, em vez de injuriá-lo, procurai socorrê-lo para que se levante e prossiga no desempenho das obrigações que lhe pesam.
Quem escarnece da Humanidade, escarnece de si mesmo; quem apedreja o pecador, lança pedras sobre a sua própria imagem...
Feliz de quem já sabe reconsiderar o caminho percorrido e, se necessário, alterar o curso da caminhada.
Quase sempre, os erros que identificais nos outros vos servem apenas de justificativa para os erros que cometestes ou pretendeis cometer.
Não contemporizeis com o mal que subsiste em vós. Dos outros procurai, única e tão-somente, imitar o que for bom.
Pretender a infalibilidade, vossa ou do próximo, na atual conjuntura evolutiva do espírito humano no Planeta, seria pretender o inexequível.
Filhos, compadecei-vos uns dos outros e não fomenteis discórdias entre vós.
Cada qual se encontra estagiando em um degrau especifico da simbólica escada do conhecimento espiritual, de que as mais diversas religiões não passam de simples representantes na Terra.

A CORAGEM DA FÉ
BEZERRA DE MENEZES
CARLOS BACCELLI