segunda-feira, 6 de junho de 2011

ABENÇOADO DIA PARA VOCÊ!


A fé sincera é dominadora e contagiosa. Comunica-se aos que não a possuíam, e nem mesmo desejariam possuí-la; encontra palavras persuasivas, que penetram na alma, enquanto a fé aparente só tem palavras sonoras, que produzem o frio e a indiferença. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para transmiti-la aos homens; pregai pelo exemplo das vossas obras, para que vejam o mérito da fé; pregai pela vossa inabalável esperança, para que vejam a confiança que fortifica e estimula a enfrentar todas as vicissitudes da vida.” E.S.E
Sem fé não teríamos a esperança e possivelmente não acreditaríamos num Deus de amor, que concede o melhor a seus filhos.

Tendes fé, acreditai que tudo que passamos nesta vida tem uma razão de existir. Tudo está conforme as providências divina que apenas oferece-nos os meios e as oportunidades de desenvolvermos os valores essenciais para a alma imortal.

As virtudes conquistadas serão as chaves que abrirão as portas da eternidade com o Pai.

Olhai para o céu nos momentos difíceis e pedi ao Pai mais força para sua fé.

Cristo carregou a sua cruz provando sua fé nos desígnos de Deus. Fraquejamos muitas vezes, mas jamais devemos desistir de prosseguir até o cume da montanha de onde vislumbraremos a ressurreição do espírito para a verdadeira vida
 A Espiritual.
Angel

A ORAÇÃO É UMA FORÇA EM NOSSA VIDA...

E PODE TORNAR MELHOR A HUMANIDADE.

A principal obra da doutrina espírita dedica um capítulo especial à lei de adoração e à prece, definindo esta como um legítimo ato de adoração ao Criador da vida, o qual tem para nós, seres humanos, uma importância muito grande e bem superior à que geralmente imaginamos.

“Orar a Deus – ensina o Espiritismo – é pensar n’Ele; é aproximar-se d’Ele; é pôr-se em comunicação com Ele.” (“O Livro dos Espíritos”, item 659.)

Ensinada por Jesus e pelos Espíritos Superiores, a prece é uma manifestação da alma em busca da Presença Divina ou de seus prepostos; é uma conversa com o Criador ou com seus emissários e, por isso, deve ser despida de todo e qualquer formalismo.
A prece não pode ser paga, porque “é um ato de caridade, um lance do coração".
A prece deve ser secreta, não precisa ser longa e deve ser antecedida do ato do perdão.
A prece deve ser espontânea, objetiva, robusta de sentimentos elevados, que precisam ser cultivados sempre, porque não aparecem como por encanto só nos momentos de oração.


Requisitos da prece
A forma da prece nada vale, mas sim o conteúdo. A atitude daquele que ora é íntima, eminentemente espiritual.
Atitudes convencionais, posição externa e rituais são vestes dispensáveis ao ato de orar.
Pela força do pensamento, após estarmos concentrados, procuramos traduzir nossa vontade com o melhor dos nossos sentimentos por uma prece, que não deve ser formulada segundo um esquema pré-fabricado.
A prece deve traduzir o que realmente estamos sentindo, pensando e querendo naquele momento, de uma forma precisa, sem que isso constitua uma repetição de termos que, na maioria das vezes, são ininteligíveis para quem os profere.
"A prece deve ser o primeiro ato no nosso retorno às atividades de cada dia e, por isso, precisa ser cultivada diariamente."

O Espírito de Monod assim o recomenda expressamente em lição constantes do capítulo 27, item 22, de "O Evangelho segundo o Espiritismo".

O exemplo da prece do fariseu e a do publicano, narrado no Evangelho, é expressivo e mostra que a humildade e a sinceridade são requisitos fundamentais na oração.
O outro requisito essencial é o esquecimento e o perdão que devemos conceder aos que nos tenham prejudicado. Jesus recomenda reconciliar-nos com os adversários, antes de orarmos.


Mecanismo e tipos de prece
O mecanismo da prece é este: estamos engolfados no fluido universal que ocupa o espaço. Esse fluido, que é o veículo do pensamento, recebe a impulsão da vontade.
Quando o pensamento é dirigido a um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de um encarnado a um desencarnado, ou vice-versa, estabelece-se uma corrente fluídica que liga um e outro. É dessa maneira que os Espíritos podem ouvir-nos o apelo e transmitir, pelas vias do pensamento, sua resposta.
Como se sabe e a experiência comprova, os Espíritos podem não apenas ler, mas, de certa forma, ouvir nossos pensamentos. Não é preciso dizer que, com relação aos desencarnados, é vã toda tentativa de iludi-los, porque o que nos vai na alma não lhes pode ser ocultado.
Três coisas podemos fazer por meio da prece: louvar, pedir e agradecer (O Livro dos Espíritos, item 659).
Louvar é reconhecer e enaltecer a Deus por tudo o que Ele criou. Significa aceitar com alegria tudo o que nos rodeia, que, no tocante à participação do Senhor em nossa vida, é sempre justo, equilibrado e perfeito.
Exemplo de prece de louvor é o Salmo 23 de Davi:

"O Senhor é o meu Pastor,
Nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos,
Guia-me mansamente
A águas mui tranquilas.
Refrigera minh'alma,
Guia-me nas veredas da justiça
Por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse
Pelo vale das sombras da morte,
Não temeria mal algum
Porque Tu estás comigo...
A tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas-me o banquete do amor.
Na presença dos meus inimigos,
Unges de perfume a minha cabeça..."
A prece nas reuniões espíritas
Allan Kardec nos ensina:
"É, sem dúvida, não apenas útil, porém necessário rogar, através de uma invocação especial, por uma espécie de prece, o concurso dos bons Espíritos. Essa prática predispõe ao recolhimento, condição especial a toda a reunião séria" ("Viagem Espírita em 1862", cap. XI, pág. 144).
No início e no término das reuniões espíritas fazemos a prece para que o ambiente espiritual seja favorável e tenhamos a presença de Espíritos elevados, que a prece atrai, o que será uma garantia de proteção contra o mal.
No decurso da sessão mediúnica, a oração será utilizada em benefício dos companheiros e dos Espíritos, pelo potencial de forças fluídicas que a prece consegue aglutinar.
O poder da prece.
A prece, contudo, será sempre mais poderosa se partir de uma alma elevada, de um Espírito de conduta ilibada, de uma criatura de bons sentimentos.
Há pessoas que, por haverem conseguido libertar-se das paixões animalizantes e dos interesses egoísticos da Terra, fazem de sua vida uma prece permanente.
A prece nelas é cultivada com naturalidade e eficiência extraordinária, enquanto que nós temos ainda que nos esforçar para que nossa rogativa atinja o objetivo colimado.
Despojados da ignorância e da perturbação que o mal engendra em nós, iremos aos poucos descobrindo que pela prece muita coisa pode ser conseguida em nosso benefício espiritual e das pessoas que nos cercam.
Entenderemos então que a prece é uma manifestação espontânea e pura da alma, e não apenas uma repetição formal de termos alinhados convencionalmente, como se fosse uma fórmula mágica para afastar o sofrimento e os problemas.

* continua na próxima postagem.
THIAGO BERNARDES
De Curitiba

COMO SER GRATO? RODEADOS DE INGRATOS.


Quando pensamos em gratidão, nos vem quase sempre à cabeça aquilo que desejamos que os outros nos fizessem em troca de uma "boa ação" que realizamos.
Ao ajudar alguém, o "caridoso" deseja ser lembrado, reverenciado por toda a vida. Tanto tem essa necessidade que, se não recebe as lisonjas que espera, diz que nunca mais irá fazer nada pelos outros ... Pois os outros são ingratos.
Muitas vezes a pessoa que recebeu a ajuda, a ação boa, está com saúde e ânimo, está ajudando outros. Isso não basta. A ajuda deve ser lembrada todos os dias e falada aos quatro ventos.
Além de bajular, aquele que é "grato" deve ser garoto propaganda do seu benfeitor.
Talvez por manter essa visão de gratidão, poucos se acham gratos. Poucos se ajoelham diante de Deus e o bajulam com palavras recitadas. Não têm tempo para isso e se sentem ingratos ... Têm culpa.

Reconceituando a gratidão. Mas então o que é ser grato?
É reconhecer as graças recebidas. É fazer da vida uma demonstração de gratidão.
O trabalho bem feito, sério e construtivo, é demonstração de gratidão.
Os pais que, por amor, educam seu filho, ao presenciarem o seu êxito, o seu sucesso como pessoa, como trabalhador, como pai de família, percebem que o filho é grato por tudo que recebeu, pois está fazendo bom uso de tudo.
Árvores, flores, animais, todos são gratos à vida. Todos vivem plenamente. Dão ao mundo seu melhor, sua beleza, sua abundante vida. Isso é gratidão.
As pessoas que se dedicarem ao bem, aproveitando a dádiva da vida, da saúde, do discernimento, demonstram, sem dúvida, uma gratidão imensa.

O que dizer de alguém que reza a Deus agradecendo, mas age de forma imoral no mundo ?
O que dizer de um filho que bajula os pais, mas passa a vida à custa deles?
O que dizer de alguém que sempre nos agradece, mas não fez bom uso do que lhe oferecemos?
É uma gratidão inútil. É uma gratidão dos lábios e não do coração.

Ser grato nos faz feliz
Quando entendemos a vida, quando ampliamos nossa consciência, somos mais alegres, sorrimos mais, nos tornamos mais leves.
Ser grato por um dom é usá-lo bem. E isso nos faz feliz: fazer o que manda nossa vocação. Cumprir o propósito é ser grato.
Quando nos casamos com alguém que amamos, somos felizes. Mas não basta agradecer a Deus, ou à pessoa que aceitou "o desafio". Viver em comunhão, respeito e atenção plena é uma demonstração de gratidão.
Quando arranjamos o emprego dos sonhos, nossa gratidão deve ser expressa nas atitudes corretas e no dever cumprido com seriedade. Não adianta agradecer ao patrão e prestar um serviço ruim.
Diante da doença, surge a cura. Não bastará agradecer ao médico. A gratidão engloba mudanças de hábito e uso ético do corpo saudável.

Viver a gratidão é viver a vida. É viver em ampla consciência. É realizar coisas boas, é alimentar a compaixão, a benevolência, a indulgência, o perdão, é sorrir, conhecer, amar...
Agradecer à vida é abrir-se a ela plenamente, como as árvores ao darem frutos, as flores ao exalarem perfumes, as crianças rindo nas brincadeiras e descobertas...
Cristian Macedo - Jornal Espírita

CAIR SEM FICAR NA LAMA


"Cair é próprio dos que caminham; refocilar na lama é próprio dos que se animalizam". Emmanuel



Esse ensinamento nos leva a uma série de considerações de ordem prática.
Por exemplo: a queda deve ser encarada como lição no nosso caminho evolutivo, desde que não nos habituemos a andar permanentemente no charco em que caímos.
Essa não-conformação deve traduzir-se em trabalho, esforço pessoal; nunca em revolta.
Se cairmos e nos revoltarmos, estaremos fatalmente "refocilando na lama" e, consequentemente, nos animalizando.
Não é vergonha nenhuma a gente cair; vergonhoso é chafurdar na lama.
Aquele que permanece sempre parado não cai.
Mas, também, não vai para a frente; não aprende nada.
Não estamos, com isto, convidando à imprudência, à execução de atos precipitados.
O imprudente e o afoito podem, muitas vezes, estar também em busca da lama em que refocilar.
Se a vida nos exige esforço e persistência, pede-nos também raciocínio e responsabilidade.
Um amigo meu, vendedor de grande indústria da Capital, há poucos dias relatou-me fato que se passou com ele. Foi chamado por um de seus grandes clientes que, após lhe apresentar uma série de reclamações infundadas, comunicou-lhe que não compraria mais nada de sua firma.
É evidente que foi um choque muito grande, principalmente por serem infundadas as críticas.
Essa foi a queda. Não teria ocorrido se esse indivíduo não tivesse trabalhado um grande número de clientes importantes, entre os quais se incluía o que agora se desligava.
Contudo, o vendedor não se revoltou. Não chafurdou na lama.
Usando-se expressão vulgar, ele realmente estava "lá embaixo". Mas não ficou remoendo o acontecido. Ou, como muitos dizem, "esperando a volta para dar o troco". Fora, sim, injustiçado. Mas, raciocinava, isto é próprio dos que têm realizações. Ninguém cometerá injustiças contra quem não tem nada a apresentar de serviço. Assim, partiu para a conquista de outro cliente, que preenchesse a falta do desistente. E continuou amigo desse último.
Passados alguns dias, teve a grata surpresa: um telefonema do cliente, chamando-o para uma entrevista.
Lá chegando, teve a informação de que houvera um mal-entendido e que os negócios seriam imediatamente reatados.

Isso é próprio de nosso dia-a-dia. Quantas vezes somos mal-interpretados e, até, caluniados. Se entrarmos na faixa vibratória dos mal-entendidos, jamais conseguiremos nos explicar. Ou nos entender. É preciso nos mantermos fora; deixar que os maledicentes não nos arrastem aos planos animalizados onde chafurdam.
Se nos fizerem cair, não é preciso que comamos o mesmo lodo de que se nutrem.
A flor que floresce no charco, alimenta-se também de luz e oxigênio. Ela aspira a planos mais altos.

Valentim Lorenzetti
Comunidade Espírita.

UM MINUTO APENAS

Lúcia era uma mulher feliz, como poucas, acreditava. Casada com o homem por quem se apaixonara nos verdes anos da adolescência, vivia o sonho da mulher realizada. Um filho lhe viera coroar a felicidade.

Que mais ela poderia desejar? Acordava pela manhã e saudava o dia cantarolando. Com alegria realizava as tarefas do lar, cuidava do filho, aguardava o marido. Tudo ía muito bem até o dia em que descobriu que o homem que tanto amava, a traía. E não era de agora.

O problema vinha tomando corpo ha algum tempo. Magoada, se dirigiu ao marido e exigiu-lhe respeito. A resposta foi brutal, violenta. O homem encantador tornou-se raivoso, briguento. Chegou a bater-lhe.Foi nesse dia que Lúcia teve a certeza de que seu casamento acabara.

Não poderia continuar vivendo com alguém que chegara à agressão física. Então, acordou na manhã de tristeza, depois de uma noite de angústia, e tomou uma séria decisão. Iria se matar. Acabar com a própria vida. Mais do que isto, ela desejava vingança.

Por isso, tomou o filho de quatro anos pela mão e decidiu que o mataria. Queria que o marido ficasse com drama de consciência. Seu destino era o farol da Barra, na cidade de Salvador, Bahia, onde residia. Ela sabia que era um local onde o mar batia com violência no penhasco.

A rua por onde transitava era muito movimentada. Enquanto aguardava para fazer a travessia, a criança escapou da sua mão e correu por entre os carros. Ela se desesperou. Estranho paradoxo. Conduzia a criança para jogá-la ao mar mas, quando a vê correr perigo, esquece de si mesma e vai-lhe no encontro, agarra-a e a puxa pela mão, um tanto nervosa.

Neste momento, a criança se abaixa, alheia a tudo que se passava, e recolhe do chão um papel. Lúcia o toma das mãos do pequeno e um título, em letras grandes, lhe chama a atenção: UM MINUTO APENAS.

Ela lê: "num minuto apenas, a tormenta acalma, a dor passa, o ausente chega. O dinheiro muda de mão, o amor parte, a vida muda." Vai andando, puxando a criança e lendo a página.

Era uma página mediúnica que vinha assinada por um Espírito. Ela terminou de ler. Passou o ímpeto. Em um minuto. Parou, olhou ao redor e verificou que tinha chegado ao seu destino. O penhasco estava próximo. Sentou-se e teve uma crise de choro.

O impulso de se matar havia desaparecido. Tornou a ler a mensagem. Ela se recordou de um senhor que era espírita e trabalhava no banco, no mesmo onde seu marido trabalhava.

Foi para casa. Lembrou que um dia, jantando em casa dele, ele falara algo sobre Espiritismo. Algo que ela e o marido, por terem outra formação religiosa, rechaçaram de imediato. Ela lhe telefonou, pediu-lhe orientação e ele a encaminhou a uma Casa Espírita. Atendida por companheiro dedicado, que lhe ouviu os gritos da alma aflita, passou a buscar na oração sincera, na leitura nobre, no passe reconfortante, as necessárias forças para superar a crise.

O marido, notando-lhe a mudança, a calma, no transcorrer dos dias, a seguiu em uma das suas saídas do lar. Desconfiado adentrou ele também na Casa Espírita, para descobrir uma fonte de consolo e esclarecimento.

Hoje, ambos trabalham na seara Espírita. Reconstituíram sua vida, refizeram-se. Os anos rolaram, o garoto é um adolescente e mais dois filhos se somaram a ele.

Mudança de rumo. A vida muda, em um minuto apenas. Em um minuto apenas Deus providencia o socorro. Pode ser um coração atento, uma mão amiga ou um pedaço de papel impresso, caído na calçada.

Papel que o vento não levou para longe. Um minuto apenas e o amor volta, a esperança renasce. Um minuto apenas e o sol rompe as nuvens, clareando tudo. Não se desespere, espere. Um minuto apenas. O socorro chega.

O panorama se modifica. A vida refloresce. Tenha paciência. Não se entregue à desesperança. Aguarde. Enquanto você sofre, Deus providencia o auxílio. Aguarde. Um minuto apenas.


Minuto Poético.