quarta-feira, 17 de março de 2010

JUSTIÇA


875. Como se pode definir a justiça?

— A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um.

875. a) O que determina esses direitos?

— São determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens feito leis apropriadas aos seus costumes e ao seu caráter, essas leis estabeleceram direitos que podem variar com o progresso. Vede se as vossas leis de hoje, sem serem perfeitas, consagram os mesmos direitos que as da Idade Média. Esses direitos superados, que vos parecem monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. O direito dos homens, portanto, nem sempre é conforme à justiça. Só regula algumas relações sociais, enquanto na vida privada há uma infinidade de atos que. são de competência exclusiva do tribunal da consciência.
876. Fora do direito consagrado pela lei humana, qual a base da justiça fundada sobre a lei natural?
— O Cristo vos disse: “Querer para os outros o que quereis para vós mesmos”. Deus pôs no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo que tem cada um de ver os seus direitos respeitados. Na incerteza do que deve fazer para o semelhante, em dada circunstância, que o homem pergunte a si mesmo como desejaria que agissem com ele. Deus não poderia dar um guia mais seguro que a sua própria consciência.

Comentário de Kardec: O critério da verdadeira justiça é de fato o de se querer para os outros aquilo que se quer para si mesmo, e não de querer para si o que se deseja para os outros, o que não é a mesma coisa. Como não é natural que se queira o próprio mal, se tomarmos o desejo pessoal por norma ou ponto de partida, podemos estar certos de jamais desejar ao próximo senão o bem. Desde todos os tempos e em todas as crenças, o homem procurou sempre fazer prevalecer o seu direito pessoal. O sublime da religião crista foi tomar o direito pessoal por base do direito do próximo.


O Livro dos Espíritos
cap.11
Lei de Justiça, Amor e Caridade

AUTO-JUSTIFICAÇÃO


Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: “Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?” (Mateus 7:2-4)

Criamos mecanismos de justificativa para nossos erros, obviamente baseados naquilo que nos é conveniente, sempre nos dando razão.
Justificar nossas ações, comparando com os erros do nosso irmão, em nada nos ajuda.
É o que fazemos na maioria das vezes para mostrar que nos achamos melhores do que eles.

"Você deveria agradecer por eu ser assim, diferente do fulano que é muito pior"

Cada um de nós é responsável por sua próprias ações, devemos olhar para nós mesmos, e identificar nossas fraquezas, e buscar melhorá-las, e não concentrarmos nas fraquezas dos outros, utilizando para justificar nossos erros, e julgando as atitudes dos nossos imãos.

BOM DIA!