sábado, 10 de abril de 2010

Bom Dia

SAUDAÇÕES

Toda saudação deve basear-se em pensamentos de paz e alegria.
Pense no seu contentamento quando alguém lhe endereça palavras de
afeto e simpatia, e faça
o mesmo para com os outros.
Mobilize o capital do sorriso e observará que semelhante investimento
lhe trará precioso
rendimento de colaboração e felicidade.
Uma frase de bondade e compreensão opera prodígios na construção
do êxito.
Auxilie aos familiares com a sua palavra de entendimento e esperança.
Se você tem qualquer mágoa remanescendo da véspera, comece o dia,
à maneira do Sol: -
esquecendo a sombra e brilhando de novo.

Sinal Verde
Francisco Cândido Xavier
Espírito André Luiz

Lembrança das Existências anteriores

A estrada da vida

A questão da pluralidade das existências há muito tempo preocupa os filósofos, e mais de um viu, na anterioridade da alma, a única solução possível dos problemas mais importantes da psicologia; sem esse princípio, encontraram-se parados a cada passo e acolhidos num impasse de onde não puderam sair senão com a ajuda da pluralidade das existências.

A maior objeção que se possa fazer a essa teoria é a ausência da lembrança das existências anteriores. Com efeito, uma sucessão de existências inconscientes umas das outras; deixar um corpo para retomar logo um outro sem a memória do passado, equivaleria ao nada, porque isso seria o nada do pensamento; isso seria tantos pontos de partida novos, sem ligação com os precedentes; isso seria uma ruptura incessante de todas as afeições que fazem o encanto da vida presente e a esperança mais doce e mais consoladora do futuro; isso seria, enfim, a negação de toda responsabilidade moral.

Semelhante doutrina seria tão inadmissível e tão incompatível com a justiça de Deus, quanto aquela de uma só existência com a perspectiva de uma  eternidade absoluta de penas para faltas temporárias. Compreende-se, pois, que aqueles que formam semelhante idéia da reencarnação a repilam, mas não é assim que o Espiritismo no-la apresenta.

A existência espiritual da alma, nos diz ele, é sua existência normal, com lembrança retrospectiva indefinida; as existências corpóreas não são senão intervalos, curtas estações na existência espiritual, e a soma de todas essas estações não é senão uma parte mínima da existência normal, absolutamente como se, numa viagem de vários anos, se parasse de tempos em tempos durante algumas horas.

Se, durante as existências corpóreas, parece nela haver solução de continuidade pela ausência da lembrança, a ligação se estabelece durante a vida espiritual, que não tem interrupção; a solução de continuidade não existe, em realidade, senão para a vida corpórea exterior e de relação; e aqui a ausência da lembrança prova a sabedoria da  Providência que não quis que o homem fosse muito desviado da vida real, onde tem deveres a cumprir; mas, no estado de repouso do corpo, no sono, a alma retoma em parte o seu vôo, e aí se restabelece a cadeia interrompida somente durante a vigília.

A isso se pode ainda fazer uma objeção e perguntar que proveito se pode tirar de suas existências anteriores para a sua melhoria, se não se lembra das faltas que se cometeu.
O Espiritismo responde primeiro que a lembrança de existências infelizes, juntando-se às misérias da vida presente, tornaria esta ainda mais penosa; é, pois, um acréscimo de sofrimentos que Deus quis nos poupar; sem isso, freqüentemente, quanto não seria nossa humilhação pensando no que fomos!

Quanto ao nosso adiantamento, essa lembrança é inútil. Durante cada existência, damos alguns passos adiante; adquirimos algumas qualidades e nos despojamos de algumas imperfeições; cada uma delas é, assim, um novo ponto de partida, em que somos o que nos houvermos feito, em que nos tomamos por aquilo que somos, sem ter que nos inquietarmos com aquilo que fomos.

Se, numa existência anterior, fomos antropófagos, o que isso nos faz se não o somos mais? Se tivemos um defeito qualquer do qual não resta mais os traços, é uma conta liquidada, com a qual não temos nada a nos preocupar.

Suponhamos, ao contrário, uma falta da qual não se corrigiu senão a metade, o saldo se reencontrará na vida seguinte e é em corrigi-lo que é preciso se fixar. Tomemos um exemplo: um homem foi assassino e ladrão; disso foi punido, seja na vida corpórea, seja na vida espiritual; arrepende-se e se corrige da primeira tendência, mas não da segunda; na existência seguinte, ele não será senão ladrão; talvez grande ladrão, mas não mais assassino; ainda um passo adiante e ele não será senão pequeno ladrão; um pouco mais tarde, não
roubará mais, mas poderá ter a veleidade de roubar, que sua consciência neutralizará; depois um último esforço, e, todo traço da doença moral tendo desaparecido, será um modelo de probidade. Que lhe faz então o que foi? A lembrança de ter morrido no patíbulo não seria uma tortura, uma humilhação perpétuas?

Aplicai este raciocínio a todos os vícios, a todas as manias, e podereis ver como a alma se melhora passando e repassando pela estamenha da encarnação.
Deus não é mais justo por ter tornado o homem árbitro de sua própria sorte pelos esforços que pode fazer para se melhorar, do que ter feito a sua alma nascer ao mesmo tempo que seu corpo, e de condená-la a tormentos perpétuos por erros passageiros, sem dar-lhe os meios de se purificar de suas imperfeições?

Pela pluralidade das existências, seu futuro está em suas mãos; se leva muito tempo para se melhorar, disso sofre as conseqüências: é a suprema justiça; mas a esperança jamais lhe é obstruída.

Livro: Obras Póstumas
Allan Kardec

Elucidações

35ª Como pode o Espírito de uma criança, que morreu em tenra idade, responder com conhecimento de causa, se, quando viva, ainda não tinha consciência de si mesma?

"A alma da criança é um Espírito ainda envolto nas faixas da matéria; porém, desprendido desta, goza de suas faculdades de Espírito, porquanto os Espíritos não têm idade, o que prova que o da criança já viveu. Entretanto, até que se ache completamente desligado da matéria, pode conservar, na linguagem, traços do caráter da criança."

NOTA. A influência corpórea, que se faz sentir, por mais ou menos tempo, sobre o Espírito da criança, igualmente é notada, às vezes, no Espírito dos que morreram em estado de loucura. O Espírito, em si mesmo, não é louco; sabe-se, porém, que certos Espíritos julgam, durante algum tempo, que ainda pertencem a este mundo.
Não é, pois, de admirar que, no louco, o Espírito ainda se ressinta dos entraves que, durante a vida, se opunham à livre manifestação de seus pensamentos, até que se encontre completamente desprendido da matéria, Este efeito varia, conforme as causas da loucura, porquanto há loucos que, logo depois da morte, recobram toda a sua lucidez.

36ª Pode evocar-se o Espírito de um animal?
"Depois da morte do animal, o princípio inteligente que nele havia se acha em estado latente e é logo utilizado, por certos Espíritos incumbidos disso, para animar novos seres, em os quais continua ele a obra de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos, não há, errantes, Espíritos de animais, porém unicamente Espíritos humanos."

a) Como é então que, tendo evocado animais, algumas pessoas hão obtido resposta?
"Evoca um rochedo e ele te responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a tomar a palavra, sob qualquer pretexto."

41ª Que sucederia se, durante o sono e na ausência do Espírito, o corpo fosse mortalmente ferido?
"O Espírito seria avisado e voltaria antes que a morte se consumasse."

a) Assim, não poderá dar-se que o corpo morra na ausência do Espírito e que este, ao voltar, não possa entrar?
"Não; seria contrário à lei que rege a união da alma e do corpo."

b) Mas, se o golpe for dado subitamente e de improviso?
"O Espírito será prevenido antes que o golpe mortal seja vibrado."

NOTA. Interrogado sobre este fato, respondeu o Espírito de um vivo: "Se o corpo pudesse morrer na ausência do Espírito, este seria um meio muito cômodo de se cometerem suicídios hipócritas."

58ª Evocando-se reciprocamente, poderiam duas pessoas transmitir de uma a outra seus pensamentos e corresponder-se?
"Certamente, e essa telegrafia humana será um dia um meio universal de correspondência."

a) Por que não será praticada desde já?
"É praticável para certas pessoas, mas não para toda gente. Preciso é que os homens se depurem, a fim de que seus Espíritos se desprendam da matéria e isso constitui uma razão a mais para que a evocação se faça em nome de Deus. Até lá, continuará circunscrita às almas de escol e desmaterializadas, o que raramente se encontra nesse mundo, dado o estado dos habitantes da Terra."

O Livro dos Médiuns
cap. XXV - Evocações

Falsos Cristos e Falsos Profetas

A palavra profeta no sentido evangélico, aplica-se a todo enviado de Deus, com a missão de instruir os homens e de revelar as coisas ocultas , ou seja os mistérios da vida espiritual.
Profetas, legisladores e sábios, têm sido os mensageiros, de que Deus utilizou, através dos tempos, afim de que homem, na vida terrena, pudesse encontrar o caminho seguro para buscar seu crescimento espiritual.
Entre todos, Jesus foi o tipo mais perfeito que Deus nos enviou, para nos servir de guia e de modelo. Ele viveu totalmente dentro das leis morais, submeteu pacificamente a sua missão; ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício a Lei do amor que resumem todas as outras.

ADVERTÊNCIA DE JESUS
Há dois mil anos, Jesus advertiu, que nos últimos dias, antes da transformação moral do mundo, surgiriam muitos falsos profetas dispostos a enganar.

“..por que virão muitos em meu nome, dizendo: eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E levantar-se-ão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E porquanto multiplicar-se-a a iniqüidade, se resfriará a caridade de muitos.”

No capítulo XXI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” encontramos significativos alertas para que possamos ficar atentos a esses falsos profetas.
Por que eles se multiplicam nos tempos hoje, explorando a fé e o sofrimento das pessoas. Dizem-se investidos de poder divino e que são os detentores da verdade. Mostrando, que os traços, que os dominam são a vaidade e o orgulho. No evangelho diz que:

“o verdadeiro missionário de Deus tem de justificar, pela sua superioridade, pelas suas virtudes, pela grandeza, pelo resultado e pela influencia moralizadora de suas obras, à missão de que se diz portador.”

Ou seja, os verdadeiros profetas se revelam por seus atos. Eles possuem no mais alto grau as virtudes cristãs, caridade, amor, e indulgência; são mansos e humildes de coração, outra consideração, é que, a maior parte dos verdadeiros missionários de Deus ignora que o sejam, enquanto os falsos se consideram enviados de Deus.

OS FALSOS PROFETAS MODERNOS
Na televisão, podemos ver uma série de pseudo- profetas, que falam em nome de Deus, e colocam como se as graças do alto pudessem ser alcançadas através do dinheiro. Usam de suas igrejas para iludir a boa fé dos ignorantes sobre os ensinos cristãos.
Falam do evangelho, exaltam a Jesus, contudo ligam suas orações a troca com Deus, aonde quem der mais, poderá ter mais benefícios, ou seja, doar seus bens em troca de uma graça ou de falsa salvação. Esses são os modernos vendedores de indulgência.
“Desconfiai dos falsos profetas”, as palavras de Jesus são úteis em todos os tempos, mas, sobretudo agora, que se elabora uma transformação da humanidade e uma multidão de ambiciosos e farsantes estão aparecendo para rebanhar as pessoas, aproveitando dos sofrimentos e da busca do consolo na fé, diante da situação caótica que está o nosso mundo.

Bibliografia:
O Evangelho Segundo Espiritismo

Reflexão

Religiao Espírita