quarta-feira, 2 de março de 2011

BOM DIA AMIGOS!


Em todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes, companheiros ou contemporâneos.
Há quem se faz maior na experiência física, no conhecimento, na virtude ou na competência.
De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.
Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encontra o destaque científico faz-se vaidoso e quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.
A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.
Segundo os princípios divinos, todo progresso legítimo se converter em bênçãos para a coletividade inteira.
A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.
Cresce a árvore para a frutificação.
Cresce a fonte para benefício do solo.
Se cresceste em experiência ou em elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.
O Sol, com seus raios de luz, não desampara a furna barrenta e não desdenha o verme.
Desenvolvimento é poder. Repara como empregas as vantagens de que a tua existência foi acrescentada.
O Espírito Mais Alto de quantos já se manifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.
Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino:
..."o menor é abençoado pelo maior".
Paulo. (HEBREUS. 7:7).

Linda Mensagem!
Compartilhemos as dádivas Divinas que recebemos.
Só o amor fraterno salvará o mundo da miséria que prevalece por conta do egoísmo nos corações.
Abra o seu coração e
espalhe o amor de Deus que existe nele!

Abraço
Angel

DEUS TEM PREFERÊNCIA?

Como explicar tantas diferenças entre os seres humanos? E não são apenas diferenças morais, intelectuais, de habilidades, dificuldades, saúde ou oportunidades. Vejamos o que ocorre com as tragédias todas que tem sacudido o planeta com as chuvas intensas, furacões, terremotos, tsunamis, naufrágios, guerras, epidemias e a violência tão comum da sociedade.

Se adentrarmos, então, na avaliação individual, como explicar a situação favorável para uns e completamente desfavorável para outros. Uns enfermos a vida toda, outros travados na cama, outros absolutamente saudáveis; outros ricos ao lado de outros sem o mínimo para sobreviver com dignidade.

Alguns poucos gênios convivendo com criaturas em extrema dificuldade de aprendizado. A maioria sem oportunidades, alguns com todas as facilidades e portas abertas para tudo. Mas não é só. Se considerarmos ainda as vítimas das tragédias acima citadas, enquanto outros não são atingidos, ficamos a pensar:
Deus tem preferência por uns em detrimento de outros?
Não! Absolutamente, isso é inconcebível.

E as crianças que nascem com doenças terminais, sem cérebro, ao lado de outras saudáveis, bem amparadas, contrastando com a orfandade, o abandono, e tudo mais que o leitor já conhece e nem é preciso relacionar. O que é isso?

Deus ama os filhos e nos criou todos para o progresso, a felicidade. Todavia, é impossível num curto espaço de 80 anos, em média, para construir uma vida moral saudável e mesmo a felicidade, ou o progresso intelectual que a evolução desafia a cada dia.
Por isso, somos alunos de uma única vida em diferentes existências. Isso é a reencarnação, a oportunidade renovada.
O que não fizemos agora, faremos mais tarde. O que negligenciamos fazer hoje, teremos que fazer amanhã.

As lesões que causamos ao próximo e a nós mesmos ontem, estamos reparando hoje, por exigência consciencial.
Por consequência, o bem que fazemos hoje nos trará felicidade amanhã. Ela é um mecanismo justo porque traz a cada um o resultado de suas ações, nos aprendizados, provas e reparações para com a própria consciência e à própria vida.
Somos o que fizermos de nós. Daí as diferenças em todos os sentidos. Os que se esforçam, alcançam mais, os que negligenciam, colhe tais frutos.

O sofrimento, em qualquer área, contudo, não significa reparação, mas pode ser necessidade de aprendizados. Embora ninguém esteja abandonado ou esquecido, mas todos teremos que nos esforçar para progredir. Isso é Lei!

Já sabemos: a cada um segundo suas próprias obras. Note-se a base no Evangelho, que aliás é da essência do Espiritismo. É da lei, por um princípio de justiça, que colhamos o que fizemos ou estejamos vivendo circunstâncias ou situações que nos tragam aprendizados que necessitamos. Seria absolutamente injusto que uma vida decidisse o futuro em definitivo. E para os que não tiveram oportunidade? Seria um privilégio? Como conciliar isso?

A reencarnação, ou a pluralidade das existências, está, pois, baseada num critério de justiça. Não há preferências ou privilégios, somos os artífices da felicidade ou do sofrimento de nós mesmos, individual e coletivamente considerado. E tem bases no Evangelho. E, por outro lado, não é invenção, nem exclusividade do Espiritismo. É lei natural que embasa o conhecimento espírita e com origens na própria história humana. Sócrates já a ensinava.

Para compreender isso devidamente e mesmo falar sobre o tema, é preciso estudá-lo em sua profundidade. Não podemos emitir opinião do que não conhecemos devidamente. Para falar, debater ou criticar qualquer tema é preciso antes aprofundar conhecimentos. Não podemos falar do que não sabemos, sob risco do ridículo e do desrespeito à liberdade de expressão, crença, opção e opinião de qualquer indivíduo ou grupo social.


*Orson Peter Carrara é consultor editorial, escritor e palestrante.

APRENDENDO COM CHICO

Na Prática da Solidariedade
Corria o ano de 1928, Francisco Cândido Xavier estava na reunião do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, quando algumas pessoas chegaram pedindo socorro para um mendigo cego que, sendo guiado por um companheiro embriagado, caira de um viaduto, de uma altura de quatro metros.
O cego sem ninguém, pois o guia tinha sumido, vertia sangue pela boca.
Chico atendeu imediatamente e, mesmo sendo muito pobre, alugou pequeno pardieiro, a fim de abrigar o doente, que foi atendido, gratuitamente, por caridoso médico.
Trabalhando no comércio, o médium ficava junto ao mendigo à noite, porém o enferemo precisava ser assistido durante o dia. Chico Xavier providenciou a publicação de um apelo em pequeno jornal da cidade, de circulação semanal, rogando a presença de alguém que pudesse atender ao cego Cecílio, durante o dia. Poderioa ser espírita, católico, ateu, não importava.
Decorridos seis dias e nada. Nenhum voluntário se apresentou.
Entretanto, no final da semana, duas meretrizes, muito conhecidas na cidade, se apresentaram, dizendo àquele jovem espírita:
- Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir...
- Ah! Como não? Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.
Todas as noites, antes de sair, elas oravam com o Chico, perto do enfermo.
Um mês depois o velhinho estava restabelecido e feliz. Reuniram-se, pela última vez, em prece de agradecimento a Jesus. Quando Chico Xavier terminou a oração, os quatro choravam.
- Chico - disse uma das mulheres - a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.
Uma foi servir numa tinturaria; a outra conquistou o título de enfermeira.
(do livro "Lindos Casos de Chico Xavier", de Ramiro Gama).


Dívida e Resgate
Uma das cunhadas do Chico teve um filho anormal. Braços e pernas atrofiadas. Os olhos, cobertos por uma espessa névoa, mantinham-no mergulhado na mais completa escuridão. Inspirava medo às pessoas que o viam. Era tão deformado que a mãe ao vê-lo teve um choque e foi internada num hospital de doentes mentais.
O Chico ficou com o sobrinho.
Cuidar dele não era fácil. Medicá-lo, banhá-lo e aplicar-lhe um clister diariamente. O menino não deglutia e para alimentá-lo, o Chico tinha que formar uma pequena bola com a comida, colocar em sua garganta e empurrar com o dedo.
Isto, durante doze anos aproximadamente.
Quando o sobrinho piorava, o Chico rezava muito para que ele não desencarnasse. Já o amava como um filho.
Um dia o Espírito Emmanuel lhe disse:
_ Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço. Aí, então, qualquer resfriado pode se transformar numa pneumonia e ele partirá.
Quando estava próximo dos doze anos, foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.
Na hora do desencarne, seus olhos voltaram a enxergar. Ele olhou para o Chico e procurou traduzir toda a sua gratidão naquele olhar.
Emmanuel, presente, explicou:
_ Graças a Deus. É a primeira vez, depois de cento e cinquenta anos, que seus olhos se voltam para a luz. As suas dívidas do passado foram liquidadas. Louvado seja Jesus.


(do livro "Chico, de Francisco, de Adelino da Silveira, Ceu, 1987).

EM DEFESA DA VIDA

Eutanásia
Segundo um conceito generalizado, o homicídio eutanásico deve ser entendido como aquele que é praticado para abreviar piedosamente o irremediável sofrimento da vítima, e a pedido ou com o assentimento desta. A tese de Binding e Hoche, que patrocinavam a extensiva permissão da eutanásia, não teve ressonância alguma no direito positivo, representando apenas um culminante paradoxo de exasperado e cru materialismo.
Segundo os citados autores alemães, deveria ser oficialmente reconhecido o direito de matar os indivíduos desprovidos de valor vital ou mental.
Os enfermos incuráveis, de corpo ou de espírito, deveriam ser eliminados em nome da sociedade, para que esta se aliviasse de um peso morto.
Seria o calculado sacrifício dos desgraçados em holocausto ao maior comodismo dos felizes. Seria o regime do egoísmo brutal da jungle transplantado para o seio da sociedade civilizada.

A licença para a eutanásia deve ser repelida, principalmente, em nome do direito. Mesmo admitindo-se que o assentimento da vítima pudesse anular a criminalidade do fato, não seria ele jamais o produto de uma vontade consciente ou de uma inteligência íntegra. De outro lado, reconhecer no intuito caritativo do matador um motivo de plena exculpação importaria, como acentuava Carrara, na adoção de um precedente subversivo em matéria penal: aquele que, numa sexta-feira, furtasse a ração de carne do vizinho, poderia dizer, para garantir-se isenção de pena: “Assim procedi para impedir que o meu vizinho pecasse”; aquele outro que prevaricasse com a mulher do amigo que em vão deseja descendência, poderia alegar: “Meu intuito foi proporcionar-lhe o consolo de um filho...” E assim por diante.

Defender a eutanásia é, sem mais, nem menos, fazer a apologia de um crime. Não desmoralizemos a civilização contemporânea com o preconício do homicídio. Uma existência humana, embora irremissivelmente empolgada pela dor e socialmente inútil, é sagrada.
A vida de cada homem, até o seu último momento, é uma contribuição para a harmonia suprema do Universo e nenhum artifício humano, por isso mesmo, deve trunca-la.
"Não nos acumpliciemos com a Morte.”

Nelson Hungria
Orientação Espírita

MENSAGEM FINAL


"Quem dá o bem é o primeiro beneficiado, quem acende uma luz é o que se ilumina em primeiro lugar".
(André Luiz)