quinta-feira, 11 de novembro de 2010

BOM DIA AMIGOS!

 

ESPIRITISMO O SENTIDO DA VIDA

O ESPIRITISMO - UMA RELIGIÃO?

O Espiritismo não é apenas uma religião instituída.
As informações contidas na doutrina que constitui seu arcabouço teórico são profundas e suas implicações alteram significativamente o modo de viver humano. É uma religião de autotransformação, exigindo constante reflexão e responsabilidade pessoal pelo próprio destino. A visibilidade da vida espiritual mostrada pelo Espiritismo possibilita uma ampliação imensa do sentido e do significado da vida. Tudo passa a ser compreendido numa perspectiva diferente e a partir de paradigmas novos.
Parece salutar uma religião que, além de consolar, apresente uma proposta de vida que contemple o máximo possível ao ser humano, em termos de satisfação íntima.
Não parece coerente uma doutrina religiosa que leve a pessoa a se tornar escravo de conceitos ou de alguém. Tal doutrina deve ser compreensiva em relação às demais, que visam o mesmo objetivo, mesmo que não proporcionem uma visão da totalidade da Vida. Esta doutrina deve incluir tudo que concorra para o equilíbrio e a adaptação do ser humano à coletividade na qual está imerso.
Neste sentido, o Espiritismo deve se revestir de propostas transformadoras do ser humano sem lhe tolher a felicidade na Terra. Tornar-se espírita, além de integrar a consciência da imortalidade pessoal, deve levar o indivíduo a perseguir o estado íntimo de felicidade.

obs:Continua...

Mito Pessoal e Destino
Adenáuer Novaes

A PARÁBOLA DA TORRE

                                    
Certa vez, um fazendeiro quis construir uma torre, a fim de defender sua propriedade. Assim se fazia antigamente, nos tempos de Jesus. No alto da torre ficavam os vigias; a torre tinha outras utilidades também.
Vários amigos o animaram na construção da pequena fortaleza. Dizia-lhe um, muito animado, que começasse imediatamente a lançar os alicerces.
Outro companheiro, também muito otimista, lhe disse que nada deveria temer, pois quem muito pensa e muito teme nada consegue fazer.
Outro amigo, igualmente entusiasmado, o animou a iniciar logo a construção da torre, afirmando-lhe que o ajudaria com o trabalho e lhe daria uma parte das pedras necessárias.
O fazendeiro, porém, não começou logo a construir a torre. Pensou primeiro e primeiro fez o cálculo das despesas da construção. Procurou saber, antes de tudo, o preço das pedras, dos tijolos e de todo o material necessário para a edificação da sua pequena fortaleza. Buscou saber, também, quanto teria que pagar aos operários e ao mestre construtor, que era um arquiteto estrangeiro. Depois de tudo examinar com cuidado e exatidão, depois de verificar que as despesas estavam ao seu alcance, resolveu contratar os trabalhadores, comprar o material e iniciar as obras.
Os amigos criticaram o fazendeiro pela sua demora. Mas, ele lhes explicou que tudo na vida tem um preço. E que ele, para ser honesto, só poderia fazer o que fez: calcular primeiramente as despesas da construção, a fim de não dar prejuizo a ninguém.
— Meus amigos — disse o fazendeiro — eu sou um homem de responsabilidade. Não posso prejudicar a ninguém e tendo de zelar pela honra de meu nome. Se eu começasse a construção da torre sem fazer os cálculos que fiz, poderia não ter recursos para terminar a obra e todos zombariam de mim. Diriam: “Este homem começou a edificar e não pôde acabar”. E que significaria isso, se tal acontecesse? Todos diriam que eu sou um homem sem juízo, que se pôs a fazer o que não podia, causando prejuízo aos outros. Mas, graças a Deus, não procedi assim; fiz os cálculos, vi que poderia construir a torre e... ei-la pronta!
O fazendeiro mostrou, então, a bela torre aos seus amigos animados, mas, apressados. Todos ficaram muito contentes, porque a pequena fortaleza poderia defender com segurança as propriedades do sábio e honrado fazendeiro. Além disso, seus amigos compreenderam a grande lição...
*********
Que grande lição é esta. querida criança?
E a seguinte: todas as coisas, neste mundo e na Eternidade, tem um custo exato. Tudo tem seu preço na vida. Preço material, representado pelo valor em dinheiro, ou preço espiritual, que significa outro valor — valor moral — , diante de Deus.
Compreende bem isso, filhinho? Veja, então:
você sabe o preço de seus livros, sabe o preço do sorvete, sabe o custo da bola e do lápis. Todas essas coisas têm um custo. Se você quer um sorvete, tem que saber primeiro se pode pagar o custo dele. Se pode, você o compra.
Antes de comprar a bola, você busca saber quanto ela custa, se você possue o dinheiro suficiente, você pode adquiri-la.
Assim também, querida criança, são os valores espirituais para quem quer seguir a Jesus.
Se você quer ser bom, se quer ser honesto e digno, se quer ser um verdadeiro discípulo do Evangelho, você tem que “pagar” alguma coisa por isso. Mas, não é pagar dinheiro. O dinheiro não compra virtudes.
As virtudes, os valores morais, as qualidades superiores da alma são conquistadas pelo esforço no bem, com a renúncia do mal. Eis ai o preço: você tem de se esforçar muito e abandonar tudo que prejudica seu progresso espiritual.
Se você der todas as suas forças para tornar-se bondoso, honesto, cumpridor dos seus deveres; abandonando os maus costumes, os vícios, não acompanhando os maus exemplos, você estará construindo sua torre (que significa seu valor moral, o aperfeiçoamento espiritual).
Para sermos cristãos verdadeiros, filhinho, épreciso que paguemos o preço do esforço e da renúncia.
Esforço no caminho do bem e renúncia de tudo que prejudica nosso espírito.
Examine sua alma. Pense no que você é. Faça os cálculos de seus valores morais e de seus defeitos, tal como fez o construtor da torre. Analise, num exame de consciência, seu próprio espírito, filhinho.
Faça isso sinceramente. Pergunte a você mesmo:
— Gosto mais de estudo ou da vadiagem?
— Gosto mais das coisas de Deus ou das inutilidades do mundo?
— Quero ser mesmo um seguidor de Jesus? Ou tenho ambições de grandeza terrena?
— Sou honesto nos meus negócios ou não me incomodo de prejudicar os outros?
- Sou vingativo ou perdoador? Sincero ou mentiroso? Obediente ou rebelde? Humilde ou orgulhoso? Cumpridor das minhas tarefas ou preguiçoso?
Reconhecido aos meus benfeitores ou ingrato?
Se você reconhece que ainda é um menino que tem muitos defeitos, procure corrigir-se, filhinho. Renuncie ao mal, abandone o que mancha sua alma, largue o que impede seu progresso, recuse o que ofende a Deus e a consciência. Com seu esforço, “compre” no Evangelho os bens materiais de
construção, as “pedras” do bem e da sabedoria de Jesus. Proceda como o fazendeiro da parábola e você edificará uma torre de virtudes no seu coração.
Tenha a certeza de que Jesus, que é o Mestre Construtor de nossas vidas, abençoará seu esforço no bem e sua renúncia ao mal. E ajudará sua alma.
Sua torre espiritual será, para sempre, a poderosa fortaleza de seu Espírito.

(Lucas, capítulo 14º, versículos 28 a 30)

Histórias que Jesus Contou
Clóvis Tavares

O MESMO CAMINHO

Deus é pleno de misericórdia para com Seus filhos.
A todos faculta incontáveis experiências, a fim de que se aperfeiçoem e se enriqueçam dos mais variados dons.
Entretanto, os homens, com frequência, dizem faltar em suas vidas elementos indispensáveis à felicidade.
Um reclama da ausência de uma companheira amorosa e digna.
Outro brada porque enfrenta problemas profissionais.
Há quem se ressinta da falta de saúde.
Um terceiro clama aos céus porque seus filhos são desequilibrados.
Parece haver um descompasso entre a amorosa e rica Providência do Pai Celeste e a carência experimentada por Seus filhos.
Contudo, a ordem universal não é feita de regalias e privilégios.
Os recursos são amorosamente distribuídos no intuito do progresso.
Quem os recebe fica na condição de depositário e precisa prestar contas do uso que deles faz.
Talentos não podem ser enterrados, a denotar preguiça de quem os recebe.
Com maior razão, não devem receber uso pervertido.
Todo Espírito é paulatinamente cumulado de dons, para que os utilize com dignidade.
O uso digno sempre implica o progresso próprio e alheio.
Quem se permite atitudes indignas ou levianas arca com as consequências.
Para aprender a valorizar o tesouro desperdiçado, experimenta a sua falta.
Assim, o homem que hoje se ressente da ausência de uma esposa digna não deve se imaginar vítima do acaso.
Talvez ainda ontem ele tenha sido o marido infiel de uma grande mulher.
Provavelmente, a alma enobrecida o perdoou e seguiu em frente.
Mas ele se vinculou a quem foi sua cúmplice no adultério.
Hoje sonha com uma figura digna de mulher, que não está mais presente.
O enfermo crônico lamenta a ausência de saúde.
Contudo, no passado pode ter desperdiçado a ventura de um organismo físico perfeito e vigoroso.
Pôs a perder a saúde em vícios e noitadas e agora tem a oportunidade de perceber o tesouro que é um corpo sadio.
O mau rico de ontem renasce hoje na miséria.
O político corrupto do pretérito experimenta agruras por falta de serviços públicos essenciais, na região pobre em que renasceu.
Não se trata de castigo, mas de justiça e responsabilidade.
Na rota evolutiva, o Espírito trilha várias vezes o mesmo caminho e o encontra conforme o haja deixado.
Ciente disso, cesse de reclamar pelas dificuldades de sua vida.
Lembre-se de que, hoje pode sofrer a ausência de algo importante que teve no passado e não valorizou.
Viva com dignidade o momento presente e trate de merecer o retorno do tesouro que jogou fora.
Cuide muito bem do caminho que agora trilha, para encontrá-lo florido na próxima jornada que empreender.

Redação do Momento Espírita.
Em 07.05.2010

REFLEXÃO: