segunda-feira, 23 de abril de 2012

BOM DIA AMIGOS


A todo o momento o perdão nos exige a prática.
Jesus nos ensinou quantas vezes perdoar, assim devemos agir para merecermos o perdão, pois não há ninguém neste mundo que nunca precisou ou que nunca precisará dele.
Pense nisso queridos e desculpe sempre.
Estamos no caminho do aprendizado e os erros fazem parte da nossa caminhada evolutiva.

Oferta um ramo de flor a cada espinho
Por mais que doa a mágoa que tortura.
Para quem chora a benção de carinho.
É como estrela para a noite escura.
Verás que em tudo se descerra.
O amor de Deus na gloria da beleza,
Que em cascatas de Luz envolve a Terra!
Auta de Souza


Abraço
Angel

TUDO A SEU TEMPO

Do capítulo 24 – Não coloqueis a candeia sob o alqueire –, item 7, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, colhemos essa pérola:


“O Espiritismo vem hoje lançar luz sobre uma multidão de pontos obscuros; entretanto, não a lança inconsideradamente. Os Espíritos procedem nas suas instruções com uma admirável prudência; não foi senão sucessiva e gradualmente que abordaram as diversas partes conhecidas da doutrina e é assim que as outras partes serão reveladas à medida que o momento tenha chegado para fazê-las sair da sombra. Se a tivessem apresentado completa desde o início, ela não teria sido acessível senão a um pequeno número; teria mesmo assustado os que para isso não estavam preparados, o que teria prejudicado a sua propagação. Se, pois, os espíritos não dizem ainda tudo ostensivamente, não é porque haja na doutrina mistérios reservados a privilegiados, nem que coloquem a candeia sob o alqueire, mas porque cada coisa deve vir no seu tempo oportuno; eles deixam a uma idéia o tempo de amadurecer e se propagar antes de apresentarem um outra, e aos acontecimentos o de lhe preparar a aceitação.”

O trecho nos chama a atenção ao pensarmos nos vôos intelectuais que todos temos, os espíritas, diante das questões doutrinárias e hipóteses levantadas diante dos fatos extraordinários que ocorrem no cotidiano da vida e que nem sempre encontramos as respostas. Isso, principalmente nos avanços da tecnologia, das conquistas tecnológicas e científicas de alto padrão, como ocorre atualmente.

As teorias sobre origem e expansão do universo, por exemplo, ou mesmo dos universos paralelos, entre outros empolgantes temas, abrem-nos a visão e colocam-nos diante de perspectivas e possibilidades antes nunca imaginadas, especialmente diante da grandeza da Doutrina Espírita, que nos aponta imensas áreas de entendimento e interpretação. 

Todavia, falta-nos ainda a revelação do componente espiritual que nos respondam a intrigantes questionamentos que as novas descobertas da ciência nos apresentam.
Muitas vezes agimos com pressa, precipitação, provocando inclusive opiniões sem bases que ocasionam divisões. Entretanto, há que se prestar muita atenção na observação acima transcrita:

“(...) outras partes serão reveladas à medida que o momento tenha chegado (...) cada coisa deve vir no seu tempo oportuno (...)”

Os negritos são nossos e desejamos refletir sobre a extensão de tais advertências. Tudo virá a seu tempo, de acordo com a evolução que alcancemos. Portanto, cabe a nós mesmos, avançar para conquistar tais revelações, a seu tempo... 
Para não ficarmos apenas em cogitações vazias ou entregues a disputas tolas que só causam divisões.

Orson Peter Carrara

REFORMA ÍNTIMA

1) Qual o conceito de reforma íntima?

Reforma íntima nada mais é do que o desenvolvimento latente que jaz em nosso espírito. É um requisito indispensável à própria saúde.

2) Perdeu-se, com o tempo, seu sentido conceitual?

Sim. A repetição de um termo faz com que se perca o seu conceito original. Observe a palavra Evangelho, que de tanto ser repetida, perdeu sua feição de boa nova. O mesmo se dá com o termo reforma íntima. Não tem mais o sentido de desenvolvimento das virtualidades inscritas no âmago de cada ser. Significa, sim, proibição: não faça isso; deixe de fazer aquilo; isso é "pecado".

3) Em vez de reforma íntima, não seria preferível usar o termo "mudança comportamental"?

A reforma pressupõe conserto, remendo, reparo. A imagem mais clara é quando precisamos fazer uma reforma em nossa casa: quebramos, para depois construir outra coisa, mais bela e mais de acordo com os tempos atuais. Assim, em vez de reforma, que pressupõe conserto, o termo mudança comportamental, entendida como desenvolvimento, seria mais conveniente. Como o Espírito foi criado simples e ignorante, mas sujeito ao progresso, a mudança pressupõe que esse Espírito esteja crescendo, evoluindo.

4) Relacione reforma íntima e reflexos condicionados.

Uma forma didática de se entender a reforma íntima é relacioná-la aos reflexos condicionados. Todos nós somos herdeiros de um automatismo, vindo de longa data. Dado um estímulo, respondemos automaticamente. Se xingados, queremos revidar. Observe as nossas respostas, as nossas reações no trânsito: uma leve "fechada" pode até ocasionar morte. E se mudássemos essa resposta automática. E se, em vez de querermos briga, perdoarmos aquele nosso irmão? Não haveria um ganho para o infrator e para nós?

5) Conhecer a si mesmo é reformar-se?

Sócrates, quando nos revelou o "conhece a ti mesmo", não estava interessado numa mudança comportamental. Queria apenas que cada um de nós tomasse consciência da sua própria ignorância. Quando o termo passou para o latim, "nosce te ipsum", começaram a modificar-lhe o sentido e colocaram-no como condição moral para que o ser humano pudesse mudar os seus hábitos e os seus costumes.

6) Como proceder em relação à reforma íntima?

Uma vez iniciada, convém dar-lhe continuidade. Parar é regredir, é voltar aos mesmos erros que cometíamos no passado. Um bom exercício é o ser humano se colocar no meio de uma montanha. Tem que ir em frente, porque a queda pode ser violenta.

7) Qual é o grande erro que se comete na reforma íntima?

É querer fazer uma reforma radical. Lembremo-nos de que os ensinamentos veiculados por Jesus, e por outros grandes lideres da humanidade, são modelos que devemos ter em mente. É como um ideal, uma meta a alcançar, porque a evolução não dá saltos. Querer melhorar a qualquer custo é também uma forma de violência.

Sérgio Biagi Gregório
Aprofundamento Doutrinário

TIPOS DE ESPÍRITAS

Em diferentes obras, Kardec dedicou-se a definir e caracterizar os espíritas de acordo com a forma com que lidam com o conhecimento doutrinário que lhes chega ao coração.

Em O Livro dos Espíritos, ao apresentar o Espiritismo em seus três aspectos, o Codificador classifica os espíritas em três graus: os que crêem nas manifestações e as comprovam, sendo, portanto, experimentadores; os que percebem as consequências morais dessa experimentação e os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral. Seguindo a mesma linha de raciocínio, em O Livro dos Médiuns, ele propõe uma nomenclatura para cada tipo de adepto, a saber:

Os que crêem nas manifestações: espíritas experimentadores. Só se importam com os fenômenos e sua explicação científica.

Os que, além dos fatos, compreendem as consequências morais, mas não as colocam em prática: espíritas imperfeitos, que não abrem mão de ser como são.

Aqueles que praticam a moral espírita e aceitam todas as suas consequências: os verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos, apresentando duas características básicas: a caridade como regra de proceder e, pela compreensão dos objetivos da existência terrestre, o esforço "por fazer o bem e coibir seus mau pendores".

Os demasiadamente confiantes em tudo o que se refere ao mundo invisível, aceitando sem verificação ou reflexão todos os conteúdos que lhes chegam ás mãos: espíritas exaltados. Este tipo de adeptos é mais nocivo que útil à causa espírita.

Vamos nos deter nos dois últimos tipos


Em primeiro lugar, o verdadeiro espírita, reconhecível "pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más". Chama-nos a atenção os termos usados por Kardec "coibir" e "domar". Ou seja, o esforço da transformação moral requer do interessado uma luta íntima fortíssima que, absolutamente, não é desamor a si mesmo, mas tenacidade na tarefa de substituir valores do mundo por valores espirituais. 

Ouve-se muito, dentro das casas espíritas, que a reforma interior não deve ser um sofrimento, e o desculpismo toma conta das criaturas que se reconhecem imperfeitas, mas... continuam sendo como são, ou melhor espíritas imperfeitos. A luta pela mudança interna é reconhecida, por inúmeros autores espirituais confiáveis, como imprescindível ao nosso amadurecimento espiritual. 

É a "decisão de ser feliz" proposta por Joanna de Ângelis, que passa pela revisão de toda a nossa conduta diante de Deus e do próximo, pela coragem de enfrentar a si mesmo, reconhecendo os erros e iniciando o processo de correção de rumo.

Sobraram os espíritas exaltados, apaixonados por modismos, novidades, revelações (principalmente quem foi quem em existências passadas). Frequentam, muitas vezes, reuniões de estudo doutrinário, mas não estudam; citam best sellers do momento, mas não sabem dar exemplos da literatura consagrada de autores encarnados ou desencarnados. São ávidos por lançamentos editoriais sem conhecer as obras básicas ou o trabalho de Instrutores como Emmanuel, André Luiz e Joanna de Ângelis. Prejudicam a Doutrina porque divulgam conceitos equivocados, estimulando novos companheiros a seguir pelo mesmo caminho.

É André Luiz que alerta, quanto a alguns "modos como nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo":

- esquecer a reforma íntima

- afastar-se das obras de caridade

- negar-se ao estudo

- abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área do conhecimento espírita com preconceitos e ilusões.

O verdadeiro espírita ou o espírita cristão é aquele que adquiriu a "maturidade do senso moral" segundo o Codificador. Entendamos que essa maturação ainda não se completou (estamos na Terra!), mas representa o rompimento com o passado de erros e a obrigação de nos reformarmos, sem desculpas, contemporizações ou omissões. 

Em um texto de Obras Póstumas encontramos o estímulo e o consolo para as dificuldades encontradas em nosso processo renovador:

"Se passarmos à categoria dos espíritas propriamente ditos, ainda aí depararemos com certas fraquezas humanas, das quais a doutrina não triunfa imediatamente. As mais difíceis de vencer-se são o egoísmo e o orgulho, as duas paixões originárias do homem. (...) Pode dar-se que a coragem e a perseverança fraquejem diante de uma decepção, de uma ambição frustrada, de uma preeminência não alcançada, de uma ferida no amor próprio, de uma prova difícil. 
Há o recuo ante o sacrifício do bem-estar, ante o receio de comprometer os interesses materiais, ante o medo do "que dirão?"; há o ser-se abatido por uma mistificação, tendo como conseqüência, não o afastamento, mas o esfriamento; há o querer viver para si e não para os outros, o beneficiar-se da crença, mas sob a condição de que isso nada custe.(...) Sem dúvida, podem os que assim procedem ser crentes, mas, sem contestação, crentes egoístas, nos quais a fé não ateou o fogo sagrado do devotamento e da abnegação; às suas almas custa o desprenderem-se da matéria. Fazem nominalmente número, porém não há contar com eles." 

Temos, ainda, inúmeras fragilidades, mas já não queremos, por certo, "fazer número", ser estatística. Desejamos que o Espiritismo possa contar conosco, e acima de tudo, precisamos e queremos SERVIR A JESUS, aliando conhecimento doutrinário e prática evangélica.

Tereza Rodrigues
Espaço Espírita

REFLEXÃO

Havia um museu com o piso completamente coberto por belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada. Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a bonita estátua de mármore.

Uma noite, os azulejos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua de mármore:

__ Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem gente do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós, e só para admirá-la? Não é justo!

__ Meu querido amigo, azulejo de mármore. Você ainda se lembra de quando estávamos, de fato, na mesma caverna? __ Respondeu a estátua.

__ Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! __ Ele chorou novamente.

__ Então, Você ainda se lembra do dia que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?

__ Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito! Como pode ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu muito!

__ Isso é certo! Ele não pode trabalhar nada em você porque você resistiu em ser trabalhado.

__ Sim. E daí?

__ Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim ao invés de resistir como você, eu soube imediatamente que eu me tornaria algo diferente depois dos esforços dele. Eu não resisti . . . Ao invés disso eu agüentei todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.

__ Mmmmm . . . Resmungou o azulejo.

__ Meu amigo, há um preço para tudo na vida. E nem sempre é fácil. As vezes é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender a suportar os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformarmos em algo mais belo. Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar qualquer pessoa que agora pisa em você.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco