segunda-feira, 31 de outubro de 2011

BOM DIA AMIGOS!

"Aprendamos a viver com todos, tolerando para que sejamos tolerados, ajudando para que sejamos ajudados, e o amor nos fará viver, prestimosos e otimistas, no clima luminoso em que a luta e o trabalho são bênçãos de esperança."
 Fonte Viva

A fraternidade é o caminho para paz universal.

Sem ela jamais alcançaremos o Reino de Deus que habita em nós!

A felicidade se encontra nos corações daqueles que transformam o sentimento de amor em ação.

Feliz é aquele que descobriu que a maior alegria está na ajuda que se pode oferecer.

Abraço
 
Angel

ABORTO ABUSIVO – DOR DILACERANTE APÓS A MORTE

Já vivenciamos muitas vidas aqui no mundo espiritual, mas sempre ainda nos impressionamos com as existências que nos chega as mãos.
O nosso trabalho aqui tem a ver diretamente com várias tarefas, mas uma que gostamos de fazer e nos identificamos bastante, são as tarefas dos hospitais espirituais onde recebe uma quantidade de Espíritos em fase de muito sofrimento e presos aos problemas conscienciais. Muitos deles chegam aqui em deplorável situação de calamidade perispiritual. O seu perispírito dilacerado pelos problemas de consequências carnais, onde o corpo foi muito maltratado e sua mente em fase terrível de sofrimento constante com situações de plena loucura. As suas conciências totalmente sangrando (1) de tantos problemas existenciais.
Uma dessas entidades nos chamou atenção pelo caos em que aqui chegou, tanto do corpo perispiritual como de consciência. O corpo totalmemte dilacerado com feridas enormese sangrando sem parar por períodos de tempo intermináveis.
Sentia dores em toda extensão do seu corpo e um mar de sangue jorrava com suas lágrimas e, foi muito difícil para todos nós da equipe poder lidar com um caso tão penoso e triste de um Espírito nessa fase de difícil compreensão da sua real identidade e com o passado sendo seu eterno carrasco.
Ficara em zona inferior (2) por aproximadamente mais ou menos oito anos na contagem do tempo terrestre e conseguimos resgatá-la depois desse período, graças à intervenção de uma entidade que se dizia ter sido seu esposo na última existência terrena e por ela pedia ajuda.
O Espírito que recebera na Terra o nome de Maria de Lourdes, ao ser trazida para o hospital espiritual a colocamos de imediato em um quarto somente dela e tínhamos pessoas da nossa equipe que trabalhava 24 horas sem parar ao seu lado, tentando amenizar seu sofrimento e diminuir a quantidade de sangue que brotava de seu corpo.
Tinha vários furos em toda extensão do corpo. Tumores enormes e uma infinidade de pequenos caroços, que apresentavam uma cor de um preto horripilante. Mas, a nossa equipe não descansava um minuto siquer em busca de aliviar o seu sofrimento. Descobrimos alguns de seus parentes do passado e verificamos que alguns poderiam ajudar com suas orações e, foi o que fizemos. Convocamos todos que poderiam e estavam em condições de auxiliar. Fizemos uma corrente de prece todos os dias, que foi de uma ajuda extraordinária.
Depois de seis meses de lutas sem descanso vibratório e de remédios, conseguimos estancar o sangue e os tumores desapareceram. Além desse trabalho no corpo espiritual, foi também chegado o momento dos pensamentos. Trabalhar sua mente. Os passes foram constantes, líquidos de vários tipos foram recomendados pelos médicos espirituais e várias modalidades de exercícios mentais e físicos foram administrados.
Graças a Deus e aos Espíritos de várias ordens, ao cabo de um ano de tratamento ela recuperou a memória e já se reconhecia e estava caminhando normalmente. Aos poucos foram administrados, também, reuniões de esclarecimentos sobre tudo que lhe aconteceu, com bastante cuidado e amor para não causar mais um choque mental e aos poucos notávamos que ela se recuperava muito bem depois de tão dificil estado que vivenciou.
Através das palestras que ainda assiste e participa com bastante carinho, ela também já encontrou seu esposo e sua mãe que também vivenciaram o grande sofrimento de ordem física e mental do Espírito debilitado.
No momento, até permissão para visitar seus parentes no plano físico já recebeu e, agora, já tem uma mente mais tranquila, apesar de saber que no futuro vai ter talvez, uma tarefa bastante árdua quando voltar a um novo corpo, graças a oportunidade que Deus oferece. Acreditamos que apesar de tantas coisas que fez, mexeu com ela e com toda sua vida na sua última existência, em breve, quem sabe, faça tudo diferente.
E que as lições em parte, tenham sido assimiladas com carinho e respeito.
Nesse período de convalescência, o que mais este Espírito via eram as cobranças de todos os fetos (Espiritos) que ela tirou do ventre. Eram cobranças sobre a vida e oportunidades
que perderam por causa de tantos abortos registrados no passado. As imagens vistas eram dos Espiritos banhados em sangue saindo dentro dela e se transformando em monstros horríveis rasgando seu corpo, dilacerando sua alma. Todos
os Espíritos que rejeitou se apresentavam agora em seu passado de culpa, registrado no seu perispírito. Eram vidas que devia de alguma forma, amenizar seu sofrimento. Acreditamos que todos, talvez, não trouxessem nenhum resgate para com ela, mas só o ato de não respeitar a vida já pesou muito no registro perispiritual, dando consequência a terriveis sofrimentos após a morte do corpo físico.
As histórias são várias que dariam livros, mas tem algumas que nos chamam a atenção em virtude da grande aflição do Espírito e a forma pela qual se recupera diante de tantas atrocidades que reflete no seu corpo após a morte física. São muitos sofrimentos e só Deus é capaz de aliviar tantas dores.
Nós Espíritos, preocupados com o sofrimento de nossos irmãos, apenas contribuimos com simples ajuda, mas o grande mérito sempre é do Criador, porque não temos capacidade de avaliar e julgar por mais sofrimentos que vivenciamos a dimensão por traz de uma história de vida.
O aprendizado é constante e cada vez mais ficamos surpresos com o que presencíamos e vivencíamos no Mundo Espiritual, nessa escola de almas. Pensamos que o aprendizado só é na Terra, mas as lições são eternas em todas as esferas do mundo espiritual e material.
Na certeza que Deus nos oferece oportunidades cada vez mais para compreender o que nos acontece através dos exemplos a que estamos constantemente vivenciando aqui no Mundo Espiritual. E que possamos continuar nessa tarefa, aliviando o sofrimento dos nossos irmãos, e assim, também, estaremos aliviando os nossos. Temos tanto ainda por fazer, porque os nossos débitos são enormes e só através do trabalho é que poderemos um dia compreender Deus em sua plenitude de amor e bondade.
Obrigado Senhor por sua bondade para conosco e essas oportunidades de grande aprendizado que nos oferece. E que teus mensageiros de luz possam iluminar nossas mentes e a todos que sofrem.
Muita paz e obrigado por essa oportunidade.
Venâncio.
(Página psicografada pelo médium Alcioli Santos no dia 14.03.2011, em Carpina-PE.)
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N. da R. - (1) – sangrando – linguagem figurada do autor espiritual, com o fim de explicar a realidademental do Espírito em estado de sofrimento.
(2) – Zona Inferior, ou seja, o Espírito se encontra ainda no estado de pertubação pós-morte de forma que sente todas as sensações do corpo carnal. Zona Inferior da região umbralina
é a perturbação pós-morte aguda, que o autor espiritual quis dizer e que tanta confusão faz na mente das pessoas.
Zona Inferior, ainda podemos dizer é o estado de todo Espírito ignorante. Zona Inferior não é um lugar, assim como Umbral, mas reflete a intensidade mental do Espírito desencarnado,que se encontra na Erraticidade.
Lampadário Espírita

VOLTANDO PARA CASA

É chegado o momento de voltar para casa. Os olhos, o corpo e o coração de quem caminha preferem, desta vez, não olhar para trás. Talvez estes sejam alguns dos passos mais duros e inesquecíveis dados no decorrer de uma vida.
A poucos metros dali, ficou o corpo do ser querido, velado sob a amarga vigília das horas choradas, diante das quais as lembranças ininterruptas de todos os momentos vividos
em comum se fizeram presentes, bem como os infindáveis porquês dos que se viram no direito de perguntar a Deus a razão dEle ter querido levar o ente amado daquela forma, naquele momento.
O ato de entrar de novo em casa, agora um pouco mais vazia, inaugura também o ingresso emocional nos lutos da perda e solidão, que invadem o coração de forma silenciosa,
para ocuparem por algum tempo o espaço ausente do outro.
Os armários e as gavetas, repletos das lembranças de quem acabou de partir, insistem em deixar no ar uma atmosfera de que aquilo é um sonho e que, como ocorre todos os dias,
também vai passar e tudo voltará ao normal. Alguns fazem a opção de pedir um prazo ao tempo e mergulham no cultivo da saudade, que se manifesta no ato de diariamente arrumar o quarto daquele que já morreu.

Conheço pessoas que agiram de forma diferente, nessa hora. De imediato, arrumaram as roupas, os pertences, os brinquedos que não mais serviriam naquele ambiente e distribuíram para creches, hospitais e asilos. Só que o fizeram com o coração trancafiado pela ausência de perdão aos desígnios divinos, e então iluminaram pela metade o que poderiam ter feito por inteiro.
O gesto de amor e desprendimento acabou por não desprendê-las do fardo da tristeza, que mais tarde volta a aparecer, fazendo com que a vida se transforme em um mar de lamentações e de lágrimas.
Mais difícil do que vencer as lembranças dos que foram para o além é a descoberta de que a morte passou perto e, da mesma maneira firme e serena como levou nosso amor, deixou no ar um desafio, a nos instigar constantemente: por que você não aproveita a oportunidade e tenta descobrir o que os sábios querem dizer, quando afirmam que eu sou uma mensageira da vida, e não o retrato do fim?

A respeito desse assunto de tão grande importância, um primo que não via há muito tempo proporcionou-me uma vivência muito interessante, certa vez. Sua mãe morrera havia alguns anos, o que lhe causara uma dor profunda, quase insuperável. Materialista de convicções arraigadas, jamais aceitara ao menos refletir sobre alguns dos pontos de vista e idéias que eu, seu primo, sustentava, uma vez por outra, quando passava com ele algumas horas.
Todas as vezes em que conversávamos, fazia questão de sobrepor-se aos argumentos espíritas, afirmando que os temas “vida após a morte”, “imortalidade da alma” e “reencarnação” provocavam-lhe especial enfado, não preenchendo nenhuma das necessidades intelectuais de sua vida de magistrado.
Depois da desencarnação da mãe, meu parente sofreu outra dor profunda. O irmão com que ele mais se afinava também morreu, deixando-o em preocupante estado de consternação
e revolta.
No dia do enterro, ele ficou com a incumbência de acompanhar a preparação do jazigo da família, a fim de colocar ali o corpo inerte do companheiro inesquecível. Assim que o último tijolo que cobria a entrada do túmulo foi retirado, viu, reunidos em um saco plástico, os ossos daquela que em vida fora sua mãe; perto do embrulho, observou ainda alguns maços de cabelo da mãezinha adorável, cuja partida tanto lhe fez sofrer.
Diante daquele quadro, ele, acompanhado apenas da esposa, parou por um instante e sentiu uma vibração diferente bater-lhe no íntimo do peito.
Levantando-se depois de alguns minutos, olhou para a mulher e afirmou:
— Meu bem, acho que neste momento estou descobrindo que a alma é realmente imortal. Preste bem atenção na cena que vemos nesse túmulo, onde colocaremos dentro em
breve o corpo de meu irmão. Os ossos e os restos de cabelo de minha mãe estão me falando, com silenciosa persistência, que a mulher franzina que cuidou de mim com imenso amor durante tão longos anos, sem nunca ter reclamado atenção e carinho; que se dedicou feito missionária ao apostolado da renúncia, sem jamais ter pedido reconhecimento pela fiel execução das árduas tarefas, não pode ter acabado dessa forma.
Recuso-me a crer que minha mãezinha resume-se hoje a esse monte de ossos.
NÃO É O FIM!
Procurando-me depois dessa belíssima vivência, perguntou- e, de imediato: — “Diga-me logo, onde está mamãe? Abra, por favor, para mim, as portas da espiritualidade para que eu mesmo faça a viagem da busca”.
Depois de um longo e afetuoso abraço, disse-lhe que o anseio da procura começava no esforço do estudo incessante das obras de Allan Kardec e ia se concretizando aos poucos, à medida que ele se transformasse no homem de bem que a vida nos pede que sejamos, uma vez que essa efetiva mudança pessoal para melhor remete o novo ser aos ambientes elevados, aonde estão as chances de reencontro com os que nos merecem amor.
Naquele dia, meu primo voltou para casa, após o enterro do corpo do irmão, com os pés e a alma buscando outra direção. Não mais com a pesada sensação de vazio e revolta, mas com a esperança de que por trás da experiência da morte há a expectativa do reencontro, a realidade infinita da vida e a grandeza da misericórdia de Deus, a dizer, para os que aprenderam a ouvir, que morrer é sobretudo uma volta e que ninguém ficará sem estar de novo com aqueles que ama verdadeiramente.

CARLOS AUGUSTO ABRANCHES
Revista Reformador 1997

A NATUREZA DA MEDIUNIDADE

Limitando-nos daqui para frente à acepção restrita do termo 'médium', que é a mais usual e relevante, estaremos, no que se vai seguir, entendendo a mediunidade como a aptidão especial que certas pessoas possuem para servir de meio de comunicação entre os Espíritos e os homens.

A questão que naturalmente surge neste ponto é a de se determinar qual é a natureza da faculdade mediúnica: quais as suas causas, por que surge somente em determinadas pessoas e em modalidades e graus diversos, se é passível de desenvolvimento forçado mediante alguma técnica etc.
Um aspecto central relativo à natureza da mediunidade acha-se exposto na resposta à questão que Kardec endereçou aos Espíritos no parágrafo 226 de O Livro dos Médiuns:

O desenvolvimento da mediunidade guarda proporção com o desenvolvimento moral dos médiuns?
“Não; a faculdade propriamente dita prende-se ao organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom ou mau, conforme as qualidades do médium.”

Como observamos pela resposta dos Espíritos, a capacidade de servir de “ponte” entre o mundo espiritual e o mundo material está ligada a fatores de ordem orgânica.
Esse ponto encontra-se exarado em vários lugares das obras de Kardec e de outros autores espíritas abalizados, passando, no entanto, despercebido à maioria das pessoas, mesmo espíritas.

Já em 1859 Kardec afirmava, em seu livro Instrução Prática sobre as Manifestações Espíritas que “essa faculdade depende de uma disposição orgânica especial, suscetível de desenvolvimento.”.
 Em O Livro dos Médiuns as referências nesse sentido são numerosas.
No parágrafo 94, por exemplo, que trata das manifestações físicas espontâneas, os Espíritos informam que a aptidão de ser médium de efeitos físicos “se acha ligada a uma disposição física”.
Bem mais adiante, ao estudar a formação dos médiuns, Kardec retorna ao assunto:
Têm-se visto pessoas inteiramente incrédulas ficarem espantadas de escrever [mediunicamente] a seu mau grado, enquanto que crentes sinceros não o conseguem, o que prova que esta faculdade se prende a uma disposição orgânica.
Notemos que nesta última passagem há referência a mais um princípio importante: a mediunidade não depende das convicções filosóficas ou das crenças religiosas do médium.

Por fim, em resposta à questão 19 do parágrafo 223 desse mesmo livro os Espíritos esclarecem que “a mediunidade propriamente dita independe da inteligência bem como das qualidades morais” do médium. Portanto a mediunidade independe também do desenvolvimento intelectual do médium.

Resumindo o que vimos até aqui:
A mediunidade é a faculdade especial que certas pessoas possuem para servir de intermediárias entre o Espíritos e os homens. Ela tem origem orgânica, e independe:
- da condição moral do médium;
- de suas crenças;
- de seu desenvolvimento intelectual.

No parágrafo 200 de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec deixa claro que “não há senão
um único meio de constatar [a existência da faculdade mediúnica em alguém]: a experimentação.” Ou seja, só poderemos saber que uma pessoa é médium observando que efetivamente é capaz de servir de intermediário aos Espíritos desencarnados.

Isso naturalmente remete à importante questão do desenvolvimento da mediunidade.
Por sua importância e pelas confusões e equívocos a que se tem prestado, merece ser abordada numa seção especial.

O CANSAÇO

Quando te sintas sitiado pelo desfalecimento de forças ou o cansaço se te insinue em forma de desânimo, pára um pouco e refaze-te.
O cansaço é mau conselheiro.
Produz irritação ou indiferença, tomando as energias e exaurindo- as.
Renova a paisagem mental, buscando motivação que te predisponha ao prosseguimento da tarefa.
Por um momento, repousa, a fim de conseguires o vigor e o entusiasmo para a continuidade da ação.
Noutra circunstância, muda de atividade, evitando a monotonia que intoxica os centros da atenção e entorpece as forças.
Não te concedas o luxo do repouso exagerado, evitando tombar na negligência do dever.
Com método e ritmo, conseguirás o equilíbrio psicológico de que necessitas, para não te renderes à exaustão.

Jesus informou com muita propriedade, numa lição insuperável, que “o Pai até hoje trabalha e eu também trabalho”, sem cansaço nem enfado.
A mente renovada pela prece e o corpo estimulado pela consciência do dever não desfalecem sob os fardos, às vezes, quase inevitáveis do cansaço.
Age sempre com alegria e produze sem a perturbação que o cansaço proporciona.

Divaldo Pereira Franco
Episódios Diários
Pelo Espírito Joanna de Ângelis