terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

BOM DIA!

Cada um recebe aquilo que necessita para o desenvolvimento do seu espírito.

Quanto mais angariamos, mais responsabilidades e encargos adquirimos perante a lei da caridade e da Justiça.

Estejamos atentos aos nossos deveres, que condiz com nossas condições abarcadas. Utilizando os recursos para o nosso aprimoramento e também a dos nossos irmãos.


Aquele que mais recebe deverá prestar contas pela aplicação das concessões que lhe foram confiadas a título de fazer progredir a humanidade.


Não apenas os recursos materiais, mas também os morais, os intelectuais e os espirituais.

Estejamos conscientes dos deveres que nos imputam tais conquistas.

Angel

"Contentar-se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo-Poderoso. Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua-te a valorizar as concessões do Céu".
Pão Nosso

EINSTEIN E KARDEC - A CONEXÃO ENTRE A CIÊNCIA E A FÉ

Ambos os personagens históricos usaram o raciocínio em suas áreas.


História
Albert Einstein nasceu em Ulm, pequena cidade ao sul da Alemanha, em 14 de março de 1879, dez anos após o desencarne de Allan KardecPara a Matemática e as Ciências Naturais, ele era mais do que bem-dotado, possuidor de grande intuição e habilidade lógica; porém, para as disciplinas que exigiam capacidade de memória era um fracasso.
Prêmio Nobel de Física em 1921, fugindo da Alemanha nazista, chega aos EUA em 17 de outubro de 1933, época em que se interessa por três temas: teoria da relatividade geral, teoria do campo unificado e fundamentos da mecânica quântica.

Religiosidade
"Existe uma coisa que a longa existência me ensinou: toda a nossa ciência, comparada à realidade, é primitiva e inocente; e, portanto, é o que temos de mais valioso.” Einstein.

Percebe-se na vida desse extraordinário cientista uma preocupação com os valores do espírito, levando-o a um esforço muito grande para aproximar a Ciência da Religião.
Sua fé raciocinada revelou durante toda a sua vida uma religiosidade genuína e uma integração cósmica com a realidade que transcende a diminuta realidade em que vivemos, por isso afirmou:

“A situação pode ser expressa por uma imagem: a ciência sem religião é aleijada, a religião sem ciência é cega.”
“Um conflito surge, por exemplo, quando uma comunidade religiosa insiste na absoluta veracidade de todos os relatos registrados na Bíblia. Isso significa uma intervenção da religião na esfera da ciência; é aí que se insere a luta da Igreja contra as doutrinas de Galileu e Darwin. Por outro lado, representantes da Ciência têm constantemente tentado chegar a juízos fundamentais com respeito a valores e fins com base no método científico, pondo-se assim em oposição à Religião. Todos esses conflitos nasceram de erros fatais".

Percebe-se claramente em seus conceitos uma profunda preocupação em dilatar as fronteiras da Fé e da Ciência, procurando despertar em ambas uma visão em torno do que transcende às acanhadas fronteiras estabelecidas pela vã cultura humana.

Conceitos Espíritas
O interessante é que nas observações e conceitos desse gênio da ciência surge uma incrível semelhança com os conceitos espíritas. Dá-nos a impressão de que ele os conhecia, ao menos de forma intuitiva. Suas afirmações e a sua visão de mundo são muito parecidas até mesmo na forma com que desenvolve os seus pensamentos.

Vejamos alguns dos pensamentos de Einstein e de Kardec sobre a fé:
Kardec: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”

Einstein: “Pois uma doutrina que não é capaz de se sustentar à “plena luz”, mas apenas na escuridão, está fadada a perder sua influência sobre a humanidade, com incalculável prejuízo para o progresso humano.”

A linha de raciocínio seguida pelo pensamento de ambos é algo realmente surpreendente, principalmente pelo fato de exercerem atividades em campos diferentes.

Vejamos o pensamento desenvolvido por ambos sobre como reconhecer um criador:
Kardec: “Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeitos sem causa.”

Einstein: A religiosidade de um sábio consiste em espantar-se e extasiar-se diante da harmonia das leis da natureza, revelando uma inteligência tão superior que, todos os pensamentos humanos e todo seu talento, não podem desvendar. Esse sentimento desenvolve a regra dominante da sua vida, de sua coragem, na medida em que supera a escravidão dos desejos egoístas.”

Kardec revela a lei de causa e efeito atuando sobre a vida humana. Einstein a define de forma muito peculiar aos sábios:

“A vida é como jogar uma bola na parede: se jogar uma bola azul, ela voltará azul; se jogar uma bola verde, ela voltará verde; se jogar a bola fraca, ela voltará fraca; se jogar a bola com força, ela voltará com força. Por isso, nunca “jogue uma bola na vida” de forma que você não esteja pronto a recebê-la. A vida não dá, nem empresta; não se comove, nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos”.

Albert Eisntein atuou na ciência sem se descuidar da importância do transcendente; Allan Kardec trabalhou o transcendente sem se descuidar da importância da ciência. Com isso, construíram um caminho para o encontro da Ciência com a Fé.

Allan Kardec foi o cientista da alma, Albert Einstein deu alma à ciência!
Essas duas admiráveis personalidades trabalharam animadas pelo mesmo espírito de compreensão, almejando o mesmo objetivo: contribuir para desenvolver nos corações humanos uma religiosidade genuína, fundamentada no conhecimento mais amplo e mais profundo da natureza humana.
É inegável que marchamos para o desenvolvimento de uma religiosidade cósmica resultante do encontro da ciência com a fé, o qual trará à lume a natureza espiritual do ser humano e o reconhecimento do Grande Autor das maravilhas do Universo.
O conhecimento espiritual de que dispomos, nós espíritas, reveste-nos da intransferível responsabilidade de estruturarmos nossos celeiros da fé raciocinada despidos do ranço remanescente das religiões dogmáticas e mesmo do ranço acadêmico, entendendo que, enquanto a Ciência prepara as inteligências para esse inevitável encontro, a nós, espíritas, compete prepararmos os corações para essa nova era que se aproxima.

Bibliografia:
“Ciência e Religião” (1939-1941) - Págs. 25 a 34. Einstein, Albert, 1870-1955 Título original: “Out of my later years.”
Escritos da Maturidade: artigos sobre ciência, educação, relações sociais, racismo, ciências sociais e religião. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges - RJ: Editora Nova Fronteira, 1994.
“Einstein & Kardec” – A Conexão Entre a Ciência e a Fé – Nelson Moraes – Editora Aulus Ltda. – SP - SP.
*O autor é escritor e conferencista espírita:Nelson Moraes*

UM OLHAR AMOROSO SOBRE O MAL DO OUTRO

O olhar moral enviesado sobre o mundo pode nos afastar da visão de totalidade e da percepção do significado espiritual pleno da vida.
Nem sempre nosso estado de espírito permite-nos a percepção desejada quando observamos as atitudes humanas.
Quando nos detemos na análise, por exemplo, de um vício de alguém e o fazemos numa perspectiva moralista, vendo-o como um mal em si, desconectado da totalidade existencial do indivíduo, poderemos atingir somente a superficialidade do problema.
Devemos lembrar que o ser humano é individual e coletivo ao mesmo tempo, isto é, ele age por seu livre arbítrio e motivação própria, mas também pelas influências que recebe, sejam de seu meio ambiente ou pelas interferências espirituais.
Suas ações não decorrem apenas do momento atual, tampouco apenas de seu passado reencarnatório.
Tudo se conecta, passado, presente e expectativas futuras para que um comportamento tão complexo como um vício se instale.
Nossa visão não se deve limitar a estabelecer o que é bem e o que é mal e a partir daí determinar qual o tratamento para o mal.
Os limites ao ser humano são necessários, mas não se devem constituir numa prisão que o impeça de avançar no conhecimento de si mesmo e na sua ascensão espiritual.
Aqueles que se constituem em intérpretes das claridades do Evangelho devem buscar evitar se transformarem em profetas do apocalipse para que não lhe embace a luminosidade que deve conduzir o ser humano à felicidade.
As advertências são válidas e preciosas, visto que alertam aos menos avisados quanto às conseqüências de seus equívocos, porém são igualmente necessárias propostas de aplicabilidade na vida material e em suas rotinas para que não se preguem atitudes exequíveis apenas num mundo imaginário ou que se situe no além.
O vício, o erro ou mesmo alguma atitude inadequada, devem ser considerados como parte de um contexto psíquico maior do que sua ocorrência. O combate a eles não se deve limitar a advertências punitivas, mas também se estender a levar o indivíduo à reflexão sobre os motivos que levaram a que se instalassem em sua personalidade; que ele identifique o sistema de valores que o leva a classificar suas atitudes como erro.
Portanto, aquele que tem luz suficiente para iluminar os equívocos alheios deve possuí-la para apontar caminhos exequíveis com o fim de transformá-los em virtudes a partir de seu próprio exemplo.


Evangelho e Família
Adenáuer Novaes

POR QUE TANTO SOFRIMENTO ?

“Deus não daria maior prova de amor às suas criaturas criando-as infalíveis, perfeitas, nada mais tendo a adquirir, quer em conhecimento quer em moralidade?”

"Mas a resposta é óbvia. Deus poderia tê-lo feito, mas não o fez para que o progresso constituísse uma lei geral. Deixou o bem e o mal entregue ao livre-arbítrio de cada um, a fim de que o homem sofresse as dores dos seus erros, mas também o prazer dos seus acertos. E dando “a cada um, segundo as suas obras, no Céu como na Terra.”

Esta é a Lei da Justiça Divina. Se assim não fosse, a vida não teria tempero.
O sofrimento, em resumo, é inerente à imperfeição. Livre-se o homem da imperfeição pela sua própria vontade e anulará os males dela decorrentes; conquistará nesse momento a sonhada felicidade.


Livro Céu e Inferno
Allan Kardec

CRER E CONFIAR

Um certo homem saiu em uma viagem de avião.
Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria.
Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.
Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água.
Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte.
Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas.
Conseguiu derrubar algumas arvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele.
Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas.
Porém significava proteção.
Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha.
Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes.
Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca.
Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada.
Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos :
-- Deus ! Como é que o Senhor podia deixar isto acontecer comigo?
O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha.
Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo :
-- Vamos rapaz?
Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo:
-- Vamos rapaz, nós viemos te buscar.
-- Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?
-- Ora, amigo ! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro.
O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante.
Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus entes queridos.
Quantas vezes nossa casa se queima e nós gritamos como aquele homem gritou?
Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus.
Às vezes, é muito difícil aceitar isto, mas é assim mesmo.
É preciso crer e confiar!

Renato Antunes Oliveira
Colaboração: http://www.contandohistorias.com.br
Núcleo Espírita Nosso Lar