quinta-feira, 10 de junho de 2010

Olá

Na maioria das vezes,
esperamos que Deus faça algo por nós, 
sem que nós, façamos a nossa parte.
Deus ajuda quem se ajuda!
Já dizia o velho ditado popular.
Abraço Angel

Deus

Iniciaremos o estudo da Verdade aprendendo a conhecer Deus.
Todos nós já temos ouvido falar em Deus e mais do que uma vez perguntamos quem é Ele. 
Deus é o criador do Universo e Pai de todos nós. 
Deus nos criou para povoar o Universo; por isso somos filhos de Deus e como todos nós somos filhos do mesmo Pai, nós todos somos irmãos. O nosso pequeno progresso moral não nos permite saber qual é a natureza íntima de Deus. Entretanto, sabemos que Ele é um espírito puríssimo cujos fluidos enchem completamente o Universo. Nós estamos mergulhados no fluido divino; por isso é que nós estamos em Deus e Deus está em nós.
Por meio de seus fluidos Deus irradia sua presença por toda a parte.
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. Quando formos espíritos puros nós o veremos e o compreenderemos. Podemos adorá-lo em qualquer lugar: nas cidades ou nos desertos; nos mares ou nas florestas; nos palácios ou nas cabanas. Sendo Deus um espírito, é pelo pensamento que devemos adorá-lo. Também pelas boas obras podemos adorar a Deus; porque as boas obras que praticamos são um ato de adoração a Deus.Deus governa o universo por meio de suas sábias e imutáveis leis. Conhece até os nossos mais escondidos atos e pensamentos e provê nossas necessidades.
Deus é eterno: não teve princípio e não terá fim. Deus é único: há um só Deus.
Deus é bom: ama todas suas criaturas com o mesmo amor. Deus é justo: todos somos iguais diante de Deus. Ele dá a cada um de nós exatamente o que merecemos. A cada um segundo suas obras.


AMOR A DEUS
O nosso primeiro dever é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.Deus nos deu a vida e tudo o que precisamos para mantê-la; concede-nos os meios necessários para a purificação e para o aperfeiçoamento de nosso espírito.
Pai bondoso está sempre pronto a receber os filhos que se afastam dele. Perdoa-nos todos os erros e nos faculta infinitas oportunidades de regeneração. Trabalha sem descanso pela nossa felicidade e recompensa todas nossas boas ações. A mais bela maneira de se amar a Deus é amando ao nosso próximo. A humanidade inteira é nosso próximo e a todos devemos amar como irmãos, filhos do mesmo Pai. É amando a nossos irmãos que nós demonstramos o nosso amor a Deus. Quem ama seu próximo está sempre pronto a perdoar e a esquecer as ofensas que recebe.Trata a todos com delicadeza e não faz distinção entre o pobre e o rico, entre o preto e o branco, entre o forte e o fraco. É bondoso, obediente e serviçal; gosta de prestar um favor sem se importar com a recompensa.
Não se prevalece de uma posição superior para humilhar os que lhe estão abaixo.Não discute e não diz palavras grosseiras; não fala nem pensa mal de ninguém. Tem palavras de carinho e conforto para dirigi-las aos que sofrem e aos que estão desanimados; socorre todos os necessitados na medida de suas forças.
Sabe que só Deus é superior a tudo e por isso não se julga superior a seus irmãos. Respeita o modo de pensar dos outros e não lhes critica as idéias.Evita tudo o que lhe possa prejudicar o corpo ou o espírito ou causar prejuízos aos outros.Esforçando-nos por praticar todos esses preceitos, estaremos amando Deus na pessoa de nosso próximo e em nós mesmos; porque Deus está em cada uma de suas criaturas.


52 Lições de Catecismo Espírita
Eliseu Rigonatti

AMOR E FAMÍLIA EM NOVOS TEMPOS

Ninguém colocou melhor o problema da família do que Allan Kardec, pois não se apoiou apenas na pesquisa das aparências formais, mas penetrou na substância da questão, no plano das causas determinantes. Por isso nos oferece um esquema tríplice das formações familiais do nosso tempo, a saber:
 

a) a família carnal, formada a partir dos clãs primitivos, evoluindo nas miscigenações raciais, através de inumeráveis conflitos ao longo das civilizações progressivas, na fermentação dialética do amor e do ódio. Os grupos assim formados subdividem-se, nas reencarnações progressivas, em inumeráveis subgrupos, que também crescerão e se subdividirão na temporalidade, ou seja, na imensa esteira do tempo, que, segundo Heedegger, acolhe o espírito. São essas as famílias consangüíneas, que se desfazem com a morte.
 
b) a família mista, carnal e espiritual, em que os conflitos do amor e do ódio entram em processo de solução, nos reajustamentos das lutas e experiências comuns, definindo-se e ampliando-se as afinidades espirituais entre diversos grupos, absorvendo elementos de outras famílias, nas coordenadas da evolução coletiva. O condicionamento familial, nas relações endógenas e necessárias da vivência em comum, quebra a pouco e pouco as arestas do ódio e das antipatias, restabelecendo na medida do possível as relações simpáticas que se ampliarão no futuro. A desagregação provocada pela morte permitirá reajustes mais eficazes nas sucessivas reencarnações grupais.
 
c) a família espiritual, resultante de todos esses processos reencarnatórios, que aglutinará os espíritos afins no plano espiritual, nas comunidades dos espíritos superiores que se dedicam ao trabalho de assistência e orientação aos dois tipos familiais anteriores, mesclando-as de elementos que nelas se reencarnam para modificá-las com seu exemplo de amor e dedicação ao próximo. Essa família não perece, não se desfaz com a morte, crescendo constantemente para a formação de Humanidades Superiores. 

E fácil, usando-se as medidas da Escala Espírita em O Livro dos Espíritos, identificar-se nas famílias terrenas a presença de vários tipos descritos na referida escala, percebendo-se claramente as funções que exercem no processo evolutivo familial.
 

A concepção espírita da família, como se vê, é muito mais complexa e de importância muito maior que a das religiões cristãs, que conferem eternidade e inviolabilidade ao sacramento do matrimônio, mas não podem impedir que, na morte, o marido vá parar nas garras do Diabo, a esposa estagiar no Purgatório e os filhos inocentes curtir a sua orfandade nos jardins do céu. 

A concepção jurídica e terrena da família não vai além dos interesses materiais de uma existência. O mesmo se dá com a concepção sociológica, que faz da família a base da sociedade, ambas perecíveis e transitórias. 

As pessoas que acusam o Espiritismo de aniquilar a família através da reencarnação revelam a mais completa ignorância da Doutrina ou o fazem por má-fé, na defesa de interesses religiosos — sectários.
 

A família nasce do amor e dele se alimenta. Não é apenas a base da sociedade, mas de toda a Humanidade. É na família que as gerações se encontram, transmitindo suas experiências de uma para outra. 

Combater a instituição familial, negar a sua necessidade e a sua eficácia no desenvolvimento dos povos e dos mundos.

CURSO DINÂMICO DE ESPIRITISMO 
por J. Herculano Pires

Conduta Espírita



NA VIA PÚBLICA
Demonstrar, com exemplos, que o espírita é cristão em qualquer local.A Vinha do Senhor é o mundo inteiro. Colaborar na higiene das vias públicas, não atirando detritos nas calçadas e nas sarjetas.
As pessoas de bons costumes se revelam nos menores atos.
Consagrar os direitos alheios, usando cordialidade e brandura com todo transeunte, seja ele quem for. O culto da caridade não exige circunstâncias especiais. Cumprimentar com serenidade e alegria as pessoas que convivem conosco, inspirando-lhes confiança.
A saudação fraterna é cartão de paz.Exteriorizar gentileza e compreensão para com todos, prestando de boamente informações aos que se interessem por elas, auxiliando as crianças, os enfermos e as pessoas fatigadas em meio ao trânsito público, nesse ou naquele mister. Alguns instantes de solidariedade semeiam simpatia e júbilo para sempre. Coibir-se de provocar alarido na multidão, através de gritos ou brincadeiras inconvenientes, mantendo silêncio e respeito, junto às residências particulares, e justa veneração diante dos hospitais e das escolas, dos templos e dos presídios.
A elegância moral é o selo vivo da educação. Abolir o divertimento impiedoso com os mutilados, com os enfermos mentais, com os mendigos e com os animais que nos surjam à frente.
Os menos felizes são credores de maior compaixão.
Proteger, com desvelo, caminhos e jardins, monumentos e pisos, árvores e demais recursos de beleza e conforto, dos lugares onde estiver. O logradouro público é salão de visita para toda a comunidade.

“Vede prudentemente como andais.” — Paulo. (EFÉSIOS, 5:15.)

A Ironia e a Verdade

Nas grandes horas, nunca falta a ironia, em derredor dos servidores da Verdade Eterna. E, para confortar os seus seguidores, suportou-a Jesus, heroicamente, no extremo testemunho. Amara a todas as criaturas de seu caminho, com igual devotamento, servira-as, indistintamente, entregando-lhes os bens de Deus, sem retribuição, exemplificara a simplicidade fiel e multiplicara os benefíciários de todos os matizes, em torno de seu coração por onde passasse. Desdobrava-se-lhe o Apostolado Divino, sem vantagens materiais e sem interesses inferiores, mas os homens arraigados à Terra não lhe toleraram as revelações do Céu. Porque não podiam destruir-lhe a verdade, entregaram-no à justiça do mundo e, tão logo organizado o processo infamante, a ironia rondou o Senhor até a crucificação.

Emmanuel
Coletâneas do Além