segunda-feira, 19 de abril de 2010

Bom Dia

O Verdadeiro Deus
 
O Deus que Moisés mostrou,
Cheio de maldade e ira,
Até a crença me tira.
Deus assim eu desconheço
Mas o que Jesus nos trouxe,
Um Pai de Bondade e Amor,
Que jamais teve rancor,
Esse, sim, eu conheço esse.
Não Fosse Ele tão bom,
Como o homem estaria,
Com toda hipocrisia
Que possui milenarmente?
E pleno de ingenuidade
Pensa, conquanto o mal o faça.
Que disfarçando a trapaça
Vai ter o Céu "de presente!
Mas quando a morte, enfim, chega,
Não tem pr´a onde correr...
E passa então a entender
O que é viver a esmo ...
Ai, surpreso, descobre
Com enorme decepção,
Que o "Céu "e o "inferno" estão
Ali dentro dele mesmo!
 
José Viena Gonçalves

Casas ou Grupos?

“Nos agregados pouco numerosos, todos se conhecem melhor e a
mais segurança quanto à eficácia dos elementos que para eles entram. O silêncio e o recolhimento são mais fáceis e tudo se passa como em família. As grandes assembléias excluem a intimidade, pela variedade dos elementos de que se compõe; exigem sedes especiais, recursos pecuniários e um aparelho
administrativo desnecessários nos pequenos grupos.”
O Livro dos Médiuns — capítulo 29 — ítem 335

Feliz e inspirada a fala do educador excelente e magno codificador do Espiritismo, Allan Kardec.
Casas ou grupos? O que atende melhor aos anseios de crescimento e desenvolvimento das potencialidades para “ser”?
As Casas pedem regulamentos, paredes e esforço físico. Os grupos são criados por relações, vivências e esforço moral.
As Casas abrigam-nos das intempéries materiais, enquanto os grupos são recantos de estímulos contra as investidas dos reveses da alma.
As Casas formalizam os movimentos para fora, enquanto os grupos consolidam elos essenciais voltados para os valores íntimos.
As Casas têm chefes, os grupos têm líderes.
As Casas são estáticas; os grupos, dinâmicos.
As Casas são “dependências”; os grupos, autonomia.
As Casas são o corpo; os grupos, sua alma.
Casas priorizam a instituição; grupos laboram por mentalidades e idéias.
Casas são submissas a normas; grupos são expressões de criatividade e responsabilidade, harmonia e cooperação.
As Casas pedem hierarquia; os grupos apelam para a participação promocional.
As Casas podem servir de troféus à vaidade pessoal, enquanto os grupos são fontes inesgotáveis de serviço coletivo contra as artimanhas do personalismo.
As Casas reúnem pessoas, os grupos unem as pessoas.
Nas Casas as pessoas encontram-se, nos grupos elas convivem.
Nas Casas onde não encontramos grupos que se amam e respeitam pode-se desenvolver os ambientes de frieza afetiva e menor valor à individualidade, conquanto possam prestar relevantes serviços à sociedade.
O centro espírita, enquanto Casa, precisa reciclar seus paradigmas, contextualizar seus métodos, renovar sua forma de agir e decidir, agilizar suas atividades para atendimento dos inumeráveis e surpreendentes desafios que ora solapam as vidas humanas com dores acerbas.
A renovação dessa mentalidade deve iniciar-se pela formação de equipes, os grupos.
Relembremos a origem da palavra grupo que vem de “gruppo”, do italiano, que
significa “nó”. No caso, um nó entre seus membros.
Entretanto, formar e manter os serviços de equipes é iniciativa que demanda preparo dos dirigentes.

Laços de Afeto
WANDERLEY S. DE OLIVEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ERMANCE DUFAUX

Sentimentos Fraternos

“Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES, CAPÍTULO 4, VERSÍCULO 9.)

Forte contra-senso que desorganiza a contribuição humana, no divino edifício do Cristianismo, é o impulso sectário que atormenta enormes fileiras de seus seguidores.
Mais reflexão, mais ouvidos ao ensinamento de Jesus e essas batalhas injustificáveis estariam para sempre apagadas.
Ainda hoje, com as manifestações do plano espiritual na renovação do mundo, a cada momento surgem grupos e personalidades, solicitando fórmulas do Além para que se integrem no campo da fraternidade pura.

Que esperam, entretanto, os companheiros esclarecidos para serem efetivamente irmãos uns dos outros?

Muita gente se esquece de que a solidariedade legítima escasseia nos ambientes onde é reduzido o espírito de serviço e onde sobra a preocupação de criticar. Instituições notáveis são conduzidas à perturbação e ao extermínio, em vista da ausência do auxílio mútuo, no terreno da compreensão, do trabalho e da boa-vontade.

Falta de assistência? Não.
Toda obra honesta e generosa repercute nos planos mais altos, conquistando cooperadores abnegados.
Quando se verifique a invasão da desarmonia nos institutos do bem, que os agentes humanos acusem a si mesmos pela defecção nos compromissos assumidos ou pela indiferença ao ato de servir.

E que ninguém peça ao Céu determinadas receitas de fraternidade, porque a fórmula sagrada e imutável permanece conosco no
“amai-vos uns aos outros”.
Livro Pão-Nosso


Chico Xavier

Os animais no plano espiritual

André Luiz, nas obras psicografadas por Chico Xavier, mostra-nos a existência de animais no plano espiritual, cachorros, cavalos servindo de instrumento de auxílio para os Samaritanos, em tarefas de socorro nas zonas umbralinas.
Na questão 593 de “O Livro dos Espíritos” os Espíritos explicam que domina nos animais o instinto, mas que têm eles inteligência, embora limitada.
Estamos vendo isso e, o melhor, estamos vendo também no dia-a-dia e na ciência a constatação de sua evolução.
Na questão 597, os Espíritos nos dizem que eles sobrevivem à morte do corpo.

597. Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum princípio independente da matéria?
“Há e que sobrevive ao corpo.”

a) - Será esse princípio uma alma semelhante à do homem?
“É também uma alma, se quiserdes, dependendo isto do sentido que se der a esta palavra. É, porém, inferior à do homem. Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à que medeia entre a alma do homem e Deus.”

598. Após a morte, conserva a alma dos animais a sua individualidade e a consciência de si mesma?
“Conserva sua individualidade; quanto à consciência do seu eu, não. A vida inteligente lhe permanece em estado latente.”

604- Os animais, mesmo os aperfeiçoados, existentes nos mundos superiores, são sempre inferiores ao homem, segue-se que Deus criou seres intelectuais perpetuamente destinados à inferioridade, o que parece em desacordo com a unidade de vistas e de progresso que assinalam todas as suas obras?

“Tudo em a Natureza se encadeia por elos que ainda não podeis apreender. Assim, as coisas aparentemente mais díspares têm pontos de contacto que o homem, no seu estado atual, nunca chegará a compreender. Por um esforço da inteligência poderá entrevê-los; mas, somente quando essa inteligência estiver no máximo grau de desenvolvimento e liberta dos preconceitos do orgulho e da ignorância, logrará ver claro na obra de Deus. Até lá, suas muito restritas idéias lhe farão observar as coisas por um mesquinho e acanhado prisma. Sabei não ser possível que Deus se contradiga e que, na Natureza, tudo se harmoniza mediante leis gerais, que por nenhum de seus pontos deixam de corresponder à sublime sabedoria do Criador.”

O livro dos Espíritos
Os animais e o homem
PARTE 2ª - CAPÍTULO XI

Joanna de Ângelis

O homem, vivendo em sociedade, tem deveres para com ela, cumprindo-he contribuir para o seu progresso, participando ativamente do programa estabelecido.

Alienar-se, a pretexto de servir a Deus, portanto, à vida espiritual, jamais se justifica, não encontrando apoio no exemplo que o próprio Mestre ofereceu, Ele que jamais se escusava.

Participou de uma boda, santificando-a; das Festas habituais do povo, não se imiscuindo nas venalidades e paixões que estas permitiam; visitou um cobrador de impostos, que O convidara, dignificando-lhe o lar; hospedou-se com a família de Betânia, inúmeras vezes, alargando o círculo da fraternidade; albergou no coração a mulher equivocada, lecionando solidariedade; esteve no Templo e na Sinagoga reiteradas vezes, sem preconceito nem desprezo, e todos os Seus atos se fizeram caracterizar pela naturalidade, discrição e honorabilidade. Nasceu num período festivo. A ocasião do recenseamento – e morreu durante as alegrias evocativas da Páscoa, demonstrando que a vida é um poema de júbilos em nome o Amor. Nunca, tampouco, se apartou de Deus e do dever.

Dá a tua contribuição a Deus. Não, através de coisas e palavras. Sejam: a tua hora de misericórdia – o momento de Deus; o teu instante de reflexão elevada – o de união com Deus; o teu silêncio ante a ofensa – o de cooperação com Deus; a tua ação caridosa – a de contributo a Deus; a tua dedicação ao próximo. A dádiva que encaminhas a Deus; o teu sofrimento resignado – a demonstração de confiança em Deus...

Todos os teus recursos morais canalizados para a verdade e a elevação constituam o teu concurso, oferenda a Deus.
Viver no mundo, amando a vida e servindo ao mundo sem escravidão e a Deus com emoção, eis o ideal para que o homem alcance a finalidade excelente, para a qual se encontra reencarnado.