quarta-feira, 27 de abril de 2011

BOM DIA!


A felicidade consiste em sermos felizes com aquilo que temos.

Saiba reconhecer sua felicidade, pois aqueles que não a enxergam talvez só perceberão quando a perderem.

Não espere isso para entender que eras feliz e não sabia.

Seja feliz e aproveite ao máximo os momentos de paz, de amor, de união; são eles que nos fortalecem para passar os momentos mais difíceis.

A vida é um aprendizado, seremos felizes ou não por conta de nossa visão.

Angel





JOGO DO CONTENTE

O famoso clássico americano de Eleanor Hodgeman Porter (1868- 1920), POLLYANNA, recentemente reeditado pela Companhia Editora Nacional. Quer dizer, famoso para mim, que passei a infância ouvindo minha mãe e minha madrinha falando deste romance. Aliás, só pela data de nascimento e falecimento da autora, já dá para perceber o quanto é antiga esta história. Mas será que as novas gerações já tiveram tempo de ouvir falar do “jogo do contente”?

Para quem não conhece, Polyanna é uma garotinha de onze anos, órfã de mãe, e logo depois também de pai, que vai morar com uma tia materna muito fria e amarga, a qual lhe destina um quartinho minúsculo e empoierado, embaixo das escadas de sua enorme mansão. Ainda assim, Polyanna se sente a mais feliz das criaturas. Este é seu segredo. Chova ou faça sol, aconteça o que acontecer, Polyanna está sempre contente. Nisto consiste o jogo. Encontrar o que há de bom em cada situação. E Polyanna não só o joga com sua máxima seriedade infantil, como contagia a todos os que vivem a sua volta, convidando-os a enxergarem o mundo de uma forma mais otimista, valorizando a oportunidade de aprender algo com a vida.

Tudo isto, sem jamais perder o bom humor. Em um dos pontos que considero mais fantásticos do livro, ela se depara com um homem carrancudo, a quem insiste em cumprimentar todos os dias com a máxima delicadeza. “Escute aqui, menina”, diz ele num rompante típico de quem não está acostumado a ser tratado com carinho, “Tenho coisas mais importantes para pensar do que se o dia está bonito ou não.” “Eu sei”, responde Polyanna, sempre sorridente. “Justamente por isso sempre lhe digo como está o tempo”.

Polyanna é a exemplificação da reforma íntima de que tanto ouvimos falar no meio espírita. É a própria benevolência em pessoa. O tempo todo nos mostra que a existência terrena nada mais é do que uma imensa escola de aprimoramento moral, “onde as circunstâncias adversas funcionam como um buril lapidador do caráter, convidando as criaturas a uma renovação de valores para uma posterior mudança de conduta”, como bem define o espírito Albino de Santa Cruz através da psicografia de José Maria de Medeiros, no livro “Semanário das Reflexões” (SP: Didier, 2002).

No fim da história, Polyanna percebe que modificou uma cidade inteira e chega ao cúmulo de bendizer o acidente que a deixou sem os movimentos da perna, feliz pelo bem que conseguiu proporcionar às outras pessoas, apesar de toda a sua dor.

Sinceramente, penso que se todos conseguíssemos, se nos esforçássemos de verdade para jogar o jogo do contente pelo menos algumas horinhas por semana, a reforma íntima não seria uma coisa tão complicada e o mundo mais rapidamente se tornaria um lugar melhor de se viver. Sem contar que, com o impulso do pensamento positivo, da nossa atitude de gratidão, seria muito mais fácil a nossa conexão com os benfeitores espirituais. Eles estão sempre a postos para nos ajudar. Nós é que dificultamos o processo de auxílio com nossas atitudes de revolta, indignação, descrença e azedume.

Talvez seja esta a grande lição que precisamos aprender. Pensamento é poder. Pensamento contagia. Pensamento modifica.

“Desejo é realização antecipada”, sintetiza André Luiz no livro “Sinal Verde”.

“O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal”, destaca.

Só pensando o bem e fazendo o bem caminharemos para o bem. Por isso, ao invés de perdermos tempo pensando no que não podemos fazer, pensemos no que podemos fazer. Já é meio caminho andado. Com o coração contente, então, fica ainda mais fácil. Querem saber de uma coisa? Se um dia, por ventura, eu vier a ter mais uma filha, vai se chamar Polyanna. Para que nunca mais venhamos a esquecer sua lição.

Confesso que, embora “burra velha”, esta adaptação infantil mexeu profundamente com os meus hábitos. Com os meus só, não. Também minhas meninas se deixaram sensibilizar pela mensagem de Polyanna. “Mamãe, hoje você não está jogando o jogo do contente”, faz questão de me lembrar Alice, do alto de seus quatro anos, sempre que percebe que estou começando a ficar irritada.


Lygia Barbiére Amaral: Jornalista e escritora, mestre em literatura brasileira e especializada no estudo de telenovelas. Natural do Rio de Janeiro, reside em Caxambu, no sul de Minas Gerais, desde 1995. É autora dos romances O Jardim dos Girassóis, A Luz Que Vem De Dentro, O Silêncio dos Domingos e O Sono dos Hibiscos, todos não mediúnicos.

ALIMENTAÇÃO DOS ESPÍRITOS


Se as pessoas duvidam que os Espíritos se vestem, que pensarão elas a respeito da existência de alimentos no Mundo Espiritual?
Entretanto, os Espíritos errantes sentem fome.
Na maioria das vezes, os desencarnados, logo após o desligamento do corpo físico, são atormentados pelo desejo de satisfazerem suas necessidades fisiológicas, como sede e fome incontroláveis. Para atendimento dessas necessidades básicas, afirmam os Espíritos que existem fábricas de concentrados de frutas e sopas sujeitos à manipulação específica da Espiritualidade.

Nos hospitais das Colônias, alimentos são fornecidos aos enfermos, a fim de se revigorarem.
Esses manjares espirituais, segundo informações do Outro Mundo, possuem gosto e aroma que não têm similar na Terra. Nos centros de reeducação para onde são conduzidos os Espíritos recém-chegados do Umbral, faz parte do tratamento a ingestão, pelos enfermos, de alimentos semelhantes aos terrenos, porém menos densos, até que se adaptem a sistemas de sustentação das Esferas Superiores.

O Espírito André Luiz declara na obra Nosso Lar que, recém-chegado ao Mundo Espiritual, recebeu igual tratamento: "A essa altura, serviram-me caldo reconfortante, seguido de água muito fresca, que me pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela reduzida porção de líquido reanimava-me inesperadamente. Não saberia dizer que espécie de sopa era aquela; se alimentação sedativa, se remédio salutar."

Entretanto, segundo colocações deste mesmo Espírito, não só os convalescentes têm necessidade de alimentos.
Os trabalhadores das Colônias recebem, regularmente, a sua cota de provisões:
Cada habitante de Nosso Lar recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; (. . .).

Muitos Espíritos já informaram que a água tem imenso valor no Mundo Espiritual. E esse líquido poderoso veículo de fluidos de qualquer natureza, sendo utilizado, também, como medicação. Segundo ele, já sentira, certa feita, a ação magnética da água que lhe provocou um delicioso e revigorante bem estar.


Situação bastante curiosa é essa necessidade de os Espíritos reberem alimentos já manufaturados, exatamente como ocorre na vida terrestre, uma espécie de cesta básica que os setores públicos socialistas costumam fornecer à população.

Todavia, os Espíritos chamam a atenção dos encarnados para o fato de que, nas faixas superiores da Espiritualidade, o corpo não tem necessidade de alimentação, no sentido que entendemos. À proporção que se aproxima das esferas mais elevadas, o Amor, que é o verdadeira substância de nutrição das almas, torna-se mais intenso e menos denso, constituindo-se no maior sustentáculo das criaturas. Daí o preceito evangélico: Amai-vos uns aos outros.


COMUNIDADE ESPÍRITA
LUCIA LOUREIRO

A PAZ VOS DOU

Havia um pequeno sítio à beira de uma estrada movimentada, onde existia uma humilde casinha, habitada por um casal de idosos lavradores.
Eram pessoas simples e sem instrução intelectual, mas com a sabedoria que só a vida laboriosa e sofrida sabe dar.
O senhor saía todas as manhãs bem cedinho para o seu trabalho na lavoura e voltava ao cair da tarde quando o sol já estava mergulhando no horizonte.
Um certo dia, vinha ele voltando de mais uma jornada e encontrou pelo caminho um grupo de pessoas sentadas à sombra de uma árvore conversando. Quando ele se preparava para passar ao largo, um jovem que parecia ser o líder, o chamou e disse: O senhor tem um pouco de água e comida para mim e os meus companheiros? Ele respondeu que tinha e os levou à sua casa, onde a sua esposa com os poucos recursos que tinha começou a preparar uma refeição simples para todos.
Enquanto isto o senhor da casa acomodou os hóspedes e lhe ofereceu valioso líquido para saciarem a sede.
Fez isto com muito boa vontade e cordialidade que só as pessoas simples e sofridas têm a oferecer.
Depois da refeição em que o grupo falou pouco, ele os convidou para repousarem em sua pequena casa.
Mas o estranho líder do grupo recusou o convite e com o olhar penetrante lhe desejou paz e prosperidade e seguiram o seu caminho.
Depois desta rápida visita, o senhor daquela casa notou várias diferenças na sua vida.
O seu corpo não doía mais, a sua visão tinha melhorado, o sono vinha com mais rapidez e tranquilidade. A sua esposa estava mais disposta e feliz com a vida. O casal conversava mais entre si; e havia mais sorrisos.
As colheitas começaram a melhorar e a proporcionar a eles um vida menos sofrida e rude.
Depois de alguns anos o senhor daquela casa ficou sabendo que aquele jovem tinha feito muitas coisas extraordinárias e também muitos inimigos e que um dia ele foi preso, condenado e morto na cruz humilhante.
O senhor pensou sobre o que aconteceu e concluiu que na sua casa o jovem não tinha feito nada que chamasse a atenção ou algum milagre.
Mas que o jovem só tinha deixado uma coisa que ele precisava muito, mas até então não sabia, que era a Paz de Espírito.
O nome do jovem ele ficou sabendo depois: Jesus de Nazaré.


A histórias aqui narradas são produtos da psicografia* realizada semanalmente no Grupo Espírita Apóstolo Paulo.

RECOMECEMOS


“Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho." - Jesus. (Mt, 9:16.)
Não conserves lembranças amargas.
Viste o sonho desfeito.
Escutaste a resposta de fel.
Suportaste a deserção dos que mais amas.
Fracassaste no empreendimento.
Colheste abandono.
Padeceste desilusão.
Entretanto, recomeçar é bênção na Lei de Deus.
A possibilidade da espiga ressurge na sementeira.
A água, feita vapor, regressa da nuvem para a riqueza da fonte.
Torna o calor da primavera, na primavera seguinte.
Inflama-se o horizonte, cada manhã, com o fulgor do sol, reformando o valor do dia.
Janeiro a janeiro, renova-se o ano, oferecendo novo ciclo ao trabalho.
É como se tudo estivesse a dizer: !Se quiseres, podes recomeçar".
Disse, porém, o Divino Amigo que ninguém aproveita remendo novo em pano velho.
Desse modo, desfaze-te do imprestável.
Desvencilha-te do inútil.
Esquece os enganos que te assaltaram.
Deita fora as aflições improfícuas.
Recomecemos, pois, qualquer esforço com firmeza, lembrando-nos, todavia, de que tudo volta, menos a oportunidade esquecida, que será sempre uma perda real.

(Do livro “Palavras de Vida Eterna”, de Chico Xavier – Emmanuel)