segunda-feira, 23 de agosto de 2010

BOM DIA AMIGOS!

Se alguém lhe mostrasse uma semente escura e feia,
dizendo que dentro dela havia bela e perfumada flor,
você acreditaria, porque sabe que da semente
nasce a planta que produz a flor.
Pois bem, acredite também que, dentro de você,
por mais imperfeito que seja, nascerá,
purificada e bela, a sua alma imortal
que alcançará a felicidade!
Tenha fé em si mesmo, e busque aperfeiçoar-se.
* * * * * * * * * * * * * * *
Deus nos fez perfeitos em espíritos.
Através da nossa evolução consciencial na carne, fomos adquirindo comportamentos conforme a necessidade exigia, vivíamos na total ignorância, da rudeza, do instinto- necessário a conservação de nossos corpos. Mas agora que estamos mais conscientes da nossa verdade, da nossa essência pura, temos que nos livrar das animalidades, resquícios daquelas épocas; e ir em busca da angelitude, porque somos filhos de Deus e como tal possuímos a sua herança espiritual.
Abraço

PROBLEMAS DA ALMA

“... O corpo não dá cólera àquele que não a tem, como não dá os outros vícios; todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito; sem isso, onde estariam o mérito e a responsabilidade?...”
(Capítulo 9, item 10.Evangelho Segundo Espiritismo)

Em primeiro lugar, é necessário conceituar que vícios são dependências vigorosas e profundas de uma pessoa que se encontra sob o controle de outras ou de determinadas coisas.
Portanto, deve ser considerado como vício não apenas o consumo de tóxicos e de outros produtos de origem natural ou sintética. O conceito é mais amplo. Analisando-o em profundidade, podemos interpretá-lo como atitude mental que nos leva compulsoriamente à subjugação a pessoas e situações.

Muitos de nós aprendemos a ser dependentes desde cedo, dirigidos por adultos superprotetores que nos imprimiram “clichês psíquicos” de repressão, que se refletem até hoje como mensagens bloqueadoras dentro de nós e que não nos deixam desenvolver o “senso de autonomia” e de independência.
Outros ainda, por terem sofrido experiências conflitantes em outras encarnações, em contato com criaturas desequilibradas e em clima de inconstância e desarmonia, são predispostos a renascer hoje com maior identificação com a instabilidade emocional.

Vícios
Dessa forma, entendemos que os fatores que propiciam os vícios e as compulsões ocorrem em ambientes familiares-sociais desarmônicos, desta ou de outras encarnações, onde deixamos as pressões, traumas, coações, desajustes e conflitos se enraizarem em nossa “zona mental” ou “perispiritual”, porquanto os vícios não passam de efeitos externos de nossos conflitos internos.

O vício do álcool, sexo, nicotina, jogos diversos ou drogas farmacológicas são formas amenizadoras que compensam, momentaneamente, áreas frágeis de nossa alma desestruturada.
Aliviam as carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e reduzem os impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado “mal-estar interior”.
Pode parecer que as opções vício-dependência disfarcem ou abrandem a “pressão torturante”, porém o desconforto permanece imutável.


Há manias ou vícios comportamentais tão graves e sérios que nos levam a ser tratados e considerados como pessoas de difícil convivência, isto é, inconvenientes:

Vício de falar descontroladamente, sem raciocinar, desconectando-nos do equilíbrio e do bom senso.
Vício de mentir constantemente para nós mesmos e para os outros, por não querermos tomar contato com a realidade.
Vício de nos lamentarmos sistematicamente, colocando-nos como vítima em face da vida, para continuarmos recebendo a atenção dos outros.
Vício de nos acharmos sempre certos, para podermos suprir a enorme insegurança que existe em nós.
Vício incontido de gastar desnecessariamente, sem utilidade, a fim de adiarmos decisões importantes em nossa vida.
Vício de criticar e mal julgar as pessoas, para nos sentirmos maiores e melhores que elas.
Vício de trabalhar descontroladamente, sem interrupção, para nos distrairmos interiormente, evitando desse modo os conflitos que não temos coragem de enfrentar.
 Quaisquer que sejam, contudo, os motivos e a origem de nossos “velhos hábitos”, urge estabelecermos pontos fundamentais, a fim de que comecemos indagando “por que somos” dependentes emocionalmente e “qual é a forma” de nos relacionarmos com essa dependência.


Aqui estão alguns itens a ser também observados e que provavelmente nos ajudarão a ser mais independentes, além de capazes de satisfazer nossos desejos e vocações naturais.
Ao mesmo tempo, nos permitirão estar junto a pessoas e situações sem tomarnos parcial ou totalmente dependentes delas:

— Aguçar nossa capacidade de decidir, de optar e de escolher cada vez mais livre das opiniões alheias.
— Combater nossa tendência de ser “bonzinhos”, ou melhor, de desejar ser sempre agradáveis aos outros, mesmo pagando o preço de nos desagradar.
— Estimular nossa habilidade de dizer “não”, quantas vezes forem necessárias, desenvolvendo assim nosso “senso de autonomia”, a fim de não cair nos “modismos” ou “pressões grupais”.
— Estabelecer no ambiente familiar um clima de respeito e liberdade, eliminando relações de superdependência “simbióticas”, para que possamos ser nós mesmos e deixemos os outros ser eles mesmos.
— Criar padrões de comportamentos positivos, pois comportamentos são hábitos, e nossos hábitos determinam a facilidade de aceitarmos ou não as circunstâncias da vida.
— Conscientizar-nos de que somos seres humanos livres por natureza, mas também responsáveis por nossos atos e pensamentos, pois recebemos por herança natural o livre-arbítrio.
Cultivar constantemente o autoconhecimento:
- reforçando nossa visão nos traços de nossa personalidade que já conhecemos;
- buscando nossos traços interiores, que ainda nos são desconhecidos;
- analisando as opiniões de outras pessoas que, ao contrário de nós, já conhecemos nosso perfil psicológico;
- aceitando plenamente nosso lado “inadequado”, sem jamais escondê-lo de nós mesmos e dos outros, tentando, porém, equilibrá-lo.
Meditemos, pois, sobre essas ponderações que, com certeza,  nos ajudarão a libertar-nos dessas “necessidades constrangedoras”, cujas verdadeiras matrizes se encontram na intimidade de nós mesmos.

Fonte:
Renovando Atitudes
Francisco do Espírito Santo
Espírito Hammed

A AJUDA DOS ESPÍRITOS SUPERIORES

"Eles têm, como atribuições únicas, as de zelar pelo funcionamento harmonioso, perfeito, das Leis Divinas, fazendo a vontade de DEUS, e as de soerguer os caídos ".(1).

São notórios, para o espírita, certos pontos doutrinários da doutrina abraçada, tão logo ele penetra nos estudos com maior profundidade, quais sejam: a sua condição de espírito imortal; de infrator das Leis Divinas e, consequentemente, de que haverá de sofrer o resultado de suas faltas, que padecerá o que fez sofrer. Sabe mais que não há uma só infração que permaneça sem o correspondente corretivo. O tamanho da dor, ele se conscientiza, acha-se proporcionado à gravidade da falta. Ele veste a roupagem com estes tecidos e começa todo um esforço hercúleo para não infringir nenhum dos preceitos evangélicos.

De posse destas informações de alto teor doutrinário, ele, o espírita, dá início a todo um processo de desligamento de seu passado, de hábitos lá incrustados em seu inconsciente os quais o escravizaram há séculos e séculos, em existências transatas.

Fortalecer-se moral e espiritualmente vai constituindo-se numa necessidade imperiosa para ele. Onde buscar e encontrar a força, a reserva de energias para o propósito de “combater o bom combate”? Dentro dele mesmo - é a resposta acertada - , justamente porque dispomos dessa reserva pela condição divina existente em nós, os Espíritos, as criaturas de DEUS.

A verdade é que ignoramos essa realidade e não recorremos ao dispositivo capaz de despertar tal condição fornecida por DEUS, ao nos criar. Primeiro de tudo, diz a lógica, não se pode retirar algo do nada, ou alguma coisa onde ela não exista.
No nosso íntimo existe essa realidade - reserva de força moral, energia pura - aguardando a ordem de comando que só pode partir de nós mesmos, os donos dela. Metaforicamente, criemos uma analogia numa tentativa de explicitarmos o afirmado: uma pessoa somente nada cinquenta metros. Largada a cem metros da praia, perguntamos, deixa-se morrer antes de tentar salvar-se nadando a distância que a separa da praia? Claro que não! Nadará os cem metros ou mais! Estará impulsionada pela vontade de viver, de salvar-se da morte (Lei de Conservação).
Mas será que somente quando ameaçados pelo morte devemos e podemos recorrer a esta reserva de energias? Por que também não buscá-la para vencer as nossas imperfeições, dentre elas a preguiça, a acomodação?

Assim conscientes, então, devemos orar aos Espíritos Superiores, nossos Guias, e Eles, com certeza, e naturalmente, haverão de nos ajudar no sufocamento e desligamento do mal que existe dentro de nós. Todo Espírito traz o selo da condição humana, é real, mas, sobretudo, todo um potencial divino. Exploremo-lo, com fé!

“A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões” (2)
Daí resultando a necessidade imprescindível de a ela recorrermos para não nos deixar conduzir pelas paixões acalentadas, as quais remanescem ao menor apelo, caso permaneçamos invigilantes. Precisam ser removidas, tais paixões, substituindo-as pelos sentimentos e emoções superiores, todos eles encontrados e vivenciados pelos Espíritos que se projetam como faróis luminosos da Humanidade, como estão relatados no Espiritismo.

Devemos, através da prece, saber o que pedir. Oremos, então, ao deitar e ao acordar, todos os dias. Oremos: antes das realizações profissionais; liguemo-nos, pela prece, quando tivermos de lidar com pessoas de mal com a vida; quando a saúde periclitar; quando o lar estiver sob a ameaça de sombrio desmoronamento; para agradecer por vivermos num país que aceitou o Espiritismo e a Ele podermos nos entregar, divulgando-O através de Sua vivência em nós.

Inútil é pedir a DEUS pelo abrandamento das provas e que Ele nos propicie alegrias e riquezas. Roguemos, sim, que nos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Peçamos pela nossa melhoria moral, pelas oportunidades de fazer o bem, pela capacitação de sermos tolerantes, compreensivos, caridosos e prontos a perdoar e amar a todos, até os que se dizem nossos inimigos.

Não percamos o nosso tempo pedindo a DEUS que nos perdoe, porque Ele não se magoa, não se ressente, não fica triste nem aborrecido. ELE, simplesmente, É. Em vez de pedirmos perdão a DEUS, peçamos a nós próprios, prometendo não incorrer nos mesmos erros que nos levaram a reencarnar na Terra, mundo onde ainda impera a violência em todas as suas formas de manifestações, seguindo os ditames do orgulho e do egoísmo, além do sexo em desalinho.

Deste modo, pensando e agindo, tenhamos a certeza de que o “Buscai e achareis”, o “Pedi e dar-se-vos-á” e o “Batei e abrir-se-vos-á” são uma realidade.

Sigamos em busca da nossa felicidade, sim, mas que empreendamos tal “viagem” de consciência tranquila, com a paz no coração, com a certeza de estarmos praticando o bem, ajudando a alguém, com a mente despojada de sentimentos de culpa, evitando, desta forma, encharcá-la de vibrações inferiores que só podem reacender os dramas, conflitos e traumas psíquicos alojados no inconsciente.

“Somos o que pensamos”, o que cultivamos no recesso de nossa casa mental.

( 1 ) “O Livro dos Espíritos”, perguntas 113, 558, 562 e 910, edição da FEB.
( 2 ) “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XXVII, item 23, edição da FEB.

ADÉSIO ALVES MACHADO
Grupo Espírita Renascer

A INFÂNCIA DO ESPÍRITO ENCARNADO

O espírito que anima o corpo de uma criança pode ser tão desenvolvido quanto o de um adulto, ou ainda mais, caso seja mais evoluído, “pois são apenas os órgãos imperfeitos que o impedem de se manifestar. Age de acordo com o instrumento de que se serve”.

“Encarnando-se com o fim de aperfeiçoar-se, o espírito é mais acessível, durante esse tempo, às impressões que recebe e que podem ajudar seu adiantamento, para o qual deve contribuir os que estão encarregados da sua educação. (...) É, então, que se pode reformar seu caráter e reprimir suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder.”

Há, portanto, um período em que, mais ligado ao corpo do que propriamente encarnado, o espírito conserva-se em estado de relativa liberdade. Enquanto durar essa condição, ele tem conhecimento das coisas que se passam à sua volta e do que dizem e até pensam as pessoas que o cercam. À medida que seu corpo físico se desenvolve, porém, e coloca à sua disposição os órgãos necessários à vida na carne, sua integração ao meio ambiente e à expressão de seu pensamento, ele vai se deixando como que aprisionar pelas limitações de seu instrumento físico, de onde lhe competirá exercer sua função coordenadora, na complexa arte de viver na Terra.
Começa, portanto, a perder o uso pleno de suas faculdades de espírito em estado de liberdade. Daí em diante ele reage e participa da vida como ser encarnado, dentro do exíguo espaço mental proporcionado pelas contingências fisicas. Já não percebe mais pensamentos e emoções alheios, entendendo apenas o que lhe é transmitido através da linguagem que está aprendendo. Em compensação, começará a expressar, mesmo com seu limitado vocabulário, suas emoções e reações.
A partir dessa fase, somente quando dorme seu espírito gozará de certa liberdade, proporcionada pelo desprendimento parcial provocado pelo sono comum.

O processo da encarnação acarreta ao espírito uma perturbação “muito maior e sobretudo muito mais longa” do que o da morte. “Na morte” — como consta da questão número 339 — “o espírito sai da escravidão; no nascimento entra nela.”
Fica ele na situação de um ‘viajante que embarca para uma travessia perigosa e não sabe se vai encontrar a morte nas vagas que afronta”, de vez que “as provas da existência o retardarão ou farão avançar, segundo as tiver bem ou mal suportado”.

Fontes:
*O livro dos Espíritos
*Nossos filhos são Espíritos.

REFLEXÃO

É sempre possível achar a porta do
entendimento mútuo, quando nos
dispomos a ceder, de nós mesmos,
em pequeninas demonstrações de
renúncia a pontos de vista”.
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