segunda-feira, 29 de agosto de 2011

BOM DIA

“Aconteça o que acontecer, esteja feliz porque a vida é a melhor escola para que você cresça”

Todos os momentos difíceis que passamos são lições a nos ensinar.

A vida nos mostra apenas aquilo que precisamos aprender.

Muitas vezes nos julgamos melhores e superiores as pessoas, queremos dominar sempre, e nos achamos auto-suficientes.

A realidade é que precisamos das pessoas,que precisamos de carinho e de amor.

Não maltrate aqueles que estão ao seu lado e te oferecem ajuda, pois são esses os verdadeiros amigos que entram na tempestade ou na caverna que nos afundamos para nos resgatar.

Tudo passa, entenda isso!
A vida é feita de ciclos que se completam e se fecham, abrindo novos. O apego emocional em algo que se acabou gera revolta e mágoa.

Permita-se viver novos momentos, novas experiências. Afinal, viemos aqui para quê?

Para vivermos e deixarmos viver!

Um ótimo dia e que Jesus ilumine seus pensamentos para que haja compreensão e amor pelo seu próximo e por você mesma.

Abraço
Angel

INFORTÚNIOS OCULTOS

Nas grandes calamidades, a caridade se emociona e observam-se impulsos generosos, no sentido de reparar os desastres. Mas, a par desses desastres gerais, há milhares de desastres particulares, que passam despercebidos: os dos que jazem sobre um grabato sem se queixarem. Esses infortúnios discretos e ocultos são os que a verdadeira generosidade sabe descobrir, sem esperar que peçam assistência.

Quem é esta mulher de ar distinto, de traje tão simples, embora bem cuidado, e que traz em sua companhia uma mocinha tão modestamente vestida?
Entra numa casa de sórdida aparência, onde sem dúvida é conhecida, pois que à entrada a saúdam respeitosamente. Aonde vai ela? Sobe até a mansarda, onde jaz uma mãe de família cercada de crianças.
À sua chegada, refulge a alegria naqueles rostos emagrecidos. E que ela vai acalmar ali todas as dores.
Traz o de que necessitam, condimentado de meigas e consoladoras palavras, que fazem que os seus protegidos, que não são profissionais da mendicância, aceitem o benefício, sem corar.
O pai está no hospital e, enquanto lá permanece, a mãe não consegue com o seu trabalho prover às necessidades da família. Graças à boa senhora, aquelas pobres crianças não mais sentirão frio, nem fome; irão à escola agasalhadas e, para as menorzinhas, o leite não secará no seio que as amamenta. Se entre elas alguma adoece, não lhe repugnarão a ela, à boa dama, os cuidados materiais de que essa necessite. Dali vai ao hospital levar ao pai algum reconforto e tranquilizá-lo sobre a sorte da família.
No canto da rua, uma carruagem a espera, verdadeiro armazém de tudo o que destina aos seus protegidos, que todos lhe recebem sucessivamente a visita.
Não lhes pergunta qual a crença que professam, nem quais suas opiniões, pois considera como seus irmãos e filhos de Deus todos os homens.
Terminado o seu giro, diz de si para consigo: Comecei bem o meu dia. Qual o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, é um nome que nada indica; mas é o anjo da consolação.
A noite, um concerto de benções se eleva em seu favor ao Pai celestial: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.
Por que tão singelo traje? Para não insultar a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha? Para que aprenda como se deve praticar a beneficência. A mocinha também quer fazer a caridade. A mãe, porém, lhe diz: "Que podes dar, minha filha, quando nada tens de teu? Se eu te passar às mãos alguma coisa para que dês a outrem, qual será o teu mérito? Nesse caso, em realidade, serei eu quem faz a caridade; que merecimento terias nisso? Não é justo. Quando visitamos os doentes, tu me ajudas a tratá-los. Ora, dispensar cuidados é dar alguma coisa. Não te parece bastante isso? Nada mais simples.
Aprende a fazer obras úteis e confeccionarás roupas para essas criancinhas. Desse modo, darás alguma coisa que vem de ti." É assim que aquela mãe verdadeiramente cristã prepara a filha para a prática das virtudes que o Cristo ensinou. E espírita ela? Que importa!
Em casa, é a mulher do mundo, porque a sua posição o exige. Ignoram, porém, o que faz, porque ela não deseja outra aprovação, além da de Deus e da sua consciência. Certo dia, no entanto, imprevista circunstância leva-lhe a casa uma de suas protegidas, que andava a vender trabalhos executados por suas mãos. Esta última, ao vê-la, reconheceu nela a sua benfeitora. "Silêncio! ordena-lhe a senhora. Não o digas a ninguém." Falava assim Jesus.

Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

TRABALHANDO A SENSIBILIDADE

Será possível um Espírito Superior que não se emocione com a beleza de um pôr de sol, com o sorriso de uma criança, com a mão trêmula de um velho operoso, com uma música de encantadora melodia, com a beleza de uma poesia otimista e construtiva, com as palavras de uma sentida oração, com uma obra de rara beleza retratada numa tela de pintura, com o rosto coberto de suor de um trabalhador anônimo, com a agilidade das mãos de um cirurgião salvando uma vida, com as boas lições de um verdadeiro professor, com o abrigo e o sustento que a natureza propicia, com o gesto de quem socorre o seu próximo, diante de um coração sensibilizado pelo bem, que pronuncia frases de soerguimento do ânimo, da esperança e da fé?

Haverá possibilidade de um coração comum de dentre os homens destacar-se dos demais, pelas conquistas da chamada elevação espiritual, sem antes ter se conscientizado e se sensibilizado com a verdadeira razão de viver, a ponto de encontrar Jesus nos irmãos de toda parte?

Não e não, responderíamos nós rapidamente.

Então, alma amiga, na qualidade de aprendiz da Vida Maior, como vai a sua sensibilidade para com a vida e os seres viventes?

Consegue ver encanto no pôr do sol e enxergar no sorriso da criança o encanto de um novo e ensolarado dia que vai raiando para a humanidade? Tem estado ao lado do seu filho para enxergar-lhe o sorriso provocado pelo seu afeto, pelo seu estímulo carinhoso, pela sua palavra de conforto e orientação?

Consegue enternecer-se com a respeitosa idade dos seus progenitores, qual música de grande enlevo espiritual que apresente seus últimos acordes num gran finale? Tem estado ao lado dos seus pais como alguém que ali se apresenta como amigo que apoia e sustenta, fazendo das suas mãos as substitutas na continuidade das boas obras começadas pelas mãos que ora tremulam pelo peso da idade, a fim de que eles possam contar com você a qualquer hora?

Consegue alcançar a beleza de uma poesia em forma de oração, que busca rimar com os ensinos de Jesus em todos os versos? Na prática, tem estado presente e ativo no templo de orações da sua religião, fazendo do seu trabalho e do seu exemplo, ali, estrofes de um significativo hino de louvor a Deus?

Consegue identificar no suor do trabalhador os reflexos de luz, que conseguem iluminar os mais escondidos cantos de uma bela e resplandecente tela de pintura? Tem estado vinculado ao seu labor diário como sendo este uma fonte de bênçãos, não só pelo pão que permite, mas como alimento que sacia a alma, de maneira que as energias que despende em nome dos compromissos cotidianos sejam-lhe qual combustível que impulsione o seu entusiasmo pelo aperfeiçoamento constante, como pessoa, como profissional, com cidadão, como membro de uma família?

Consegue ver na adestrada mão de um cirurgião o resultado do trabalho do professor incansável? Tem estado atento na identificação e no aproveitamento das sublimes lições que a vida lhe proporciona ininterruptamente, a fim de adestrar-se na senda do bem, no mínimo em retribuição ao empenho do Mestre Nazareno por nós?

Consegue bem reconhecer, colher e agradecer o socorro que a natureza oferece-lhe todos os dias com a noite e com o dia, com o ar e com a água? Tem estado ao lado dos que mais necessitem, como sendo o socorro natural que Deus oferece aos aflitos?

Consegue sensibilizar-se na presença de um coração devotado ao bem, de quem sempre ouvimos frases de ânimo, de esperança e de fé? Tem estado junto do bem, externando-o onde quer que falseiem o ânimo, a esperança e a fé?

Trabalhe a sua sensibilidade, alma irmã, com as mais singelas expressões nobres da vida, pois assim, sondando a simplicidade da grandeza divina que palpita na flor, você estará indagando acerca dos infindáveis mistérios do Céu.

André Luiz, Espírito, leciona com sua sabedoria invulgar: você deseja oportunidades de crescimento e ascensão na espiritualidade superior, mas, frequentemente, foge aos degraus do esforço laborioso e humilde de cada dia, concedidos a você pela Infinita Bondade, a título de misericórdia.

Lembre-se, a estrada real que conduz a Deus chama-se caridade. Quando encontrares Jesus nos irmãos de toda parte, Jesus tomar-te-á para companheiro, em qualquer lugar.
dsse-nos Mariano da Fonseca, através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.

(Jornal Mundo Espírita de Julho de 1998)
Maurício R. Silva

TRAUMAS DE VIDAS ANTERIORES

Existem muitas situações na nossa vida para as quais não encontramos explicação. Situações que nos condicionam, e por vezes fazem-nos sofrer. Limitações que não nos deixam viver com a liberdade e intensidade desejadas. Como resolvê-las? Vamos abordar este tema sob um ponto de vista um pouco diferente.

O dia era como um outro qualquer. Encontrei pessoa conhecida e no meio de dois dedos de conversa ela acaba por desabafar: «Não consigo estar em espaços onde esteja muita gente junta». Mais à frente refere que «Só tem medo é de morrer e ser enterrada viva».

Essa situação leva-nos a muitas outras, em que pessoas sofrem de fobias, umas menos incomodativas mas outras muito limitativas. Por exemplo, imaginem alguém que trabalha num escritório, num 25º andar e não consegue andar de elevador, ou que tem fobia das alturas? Existem muitas outras situações no nosso quotidiano que seria fastidioso enumerar aqui.

Mas voltemos à nossa conhecida. Como explicar estas situações que a moderna psicologia e psiquiatria rotula com expressões próprias? De onde vêm estes receios, em pessoas que nunca passaram nenhuma situação traumática, nesta vida, nessa área? E que dizer daquelas pessoas que passando por estas situações de fobias, conseguem racionalizar, verificar que não é isso que pensam, mas que a emoção é mais forte, levando-as a sentir esse medo que a razão não consegue controlar?

Usualmente usam-se várias técnicas em psicoterapia que procuram anular ou atenuar esta sintomatologia, no entanto, a grande maioria das vezes com resultados diminutos.

Curiosamente já existem em Portugal vários médicos, psicólogos, psiquiatras que pertencem ao ramo da medicina transpessoal, isto é, são médicos e psicólogos que tratam os seus doentes, cientes de que eles não são apenas um bocado de carne, mas sim espíritos eternos temporariamente num corpo carnal. Esses médicos conseguem analisar o homem numa perspectiva holística e não apenas num ponto de vista bastante sectário e restrito, como o campo do corpo carnal.

Alguns cientistas andam a investigar a possibilidade científica da reencarnação, como explicação para muitas das situações que os seus pacientes revelam nos seus consultórios.

Nomeadamente existem terapias regressivas, seja utilizando a técnica da hipnose profunda seja utilizando outras técnicas como a regressão de memória em estados modificados da consciência, que levam a explorar cada vez mais a hipótese da reencarnação como uma realidade que a experiência nos consultórios vai cimentando, abrindo assim novos horizontes no campo das terapias psíquicas.

Veja-se a título de exemplo, a Fundação Bial, que tem fornecido bolsas de investigação científica para projectos que abordam a área da regressão de memória, entre outras áreas, onde cientistas libertos dos atavismos da ciência contemporânea vão em busca de novos horizontes para o entendimento do ser humano numa perspectiva global.

O espiritismo mostra-nos que a reencarnação é uma das leis da natureza, à qual não nos podemos furtar. O ser humano é um Espírito imortal, que vai tendo várias vidas, umas após outras, onde desempenha vários papéis na sociedade, evoluindo assim aos poucos, e reparando também erros efectuados no passado. Todas as aquisições do passado ficam gravadas no nosso subconsciente e muitas vezes, ao passarmos por vivências similares, numa vida seguinte, essas emoções provenientes de situações traumáticas do passado podem emergir, trazendo um transtorno comportamental que não se consegue explicar na vida atual. Assim sendo, temos por exemplo o caso de pessoas que têm um medo quase irracional de serem enterradas vivas, poderem estar na situação de pessoas que eventualmente foram enterradas vivas em vidas anteriores, já que antigamente não havia os meios de diagnóstico da morte que temos atualmente, e por vezes considerava-se morta uma pessoa que apenas estava em estado de catalepsia ou outros similares. Por exemplo pessoas que tenham morrido em vidas anteriores vítimas de quedas de um penhasco ou situações idênticas, podem trazer uma fobia pelas alturas, se por acaso essa situação foi traumatizante para si.

Situações mal arquivadas em vidas anteriores podem aparecer hoje como traumas muito limitativos da nossa vida atual

Embora exista ainda muito para descobrir no campo das ciências psíquicas, seria muito bom que as pessoas que sofrem deste tipo de limitações, recorressem a um psicólogo ou psiquiatra para assim procurarem ultrapassar essas limitações existenciais. Se possível, aconselhávamos um médico ou psicólogo que conhecesse a filosofia espírita ou que esteja dentro das idéias reencarnacionistas, pois sem dúvida esses especialistas estão melhor preparados para essa tarefa complicada que é lidar com o nosso psiquismo. E felizmente já existem bastantes médicos e psicólogos que dominam bem esses conhecimentos.

Para mais informações sobre esta temática, a reencarnação, sugerimos a leitura de «O Livro dos Espíritos», de Allan Kardec.


Escrito por José Lucas
Panorama Espírita

AS FAMÍLIAS ESPÍRITAS

O dia decorria com naturalidade e normalidade, numa tarde soalheira de Verão, quando uma adolescente nos pergunta com a rapidez e frontalidade características da sua faixa etária:

"As famílias espíritas são diferentes?
Pensei que eram diferentes, que todos se dessem muito bem e que nunca tivessem problemas, afinal, são como as outras... No entanto a minha família está muito melhor desde que conheceu o espiritismo. É assim?"

Depois da surpresa da pergunta, quando o pensamento estava bem longe, talvez nos motivos do Verão, como a praia ou outro assunto com ele relacionado, não pudemos deixar de verificar a pertinência de tão arguta observação por parte de uma adolescente.

Aproveitando a oportunidade, lá lhe explicamos que as famílias espíritas são pessoas que apenas adotaram o espiritismo (ou doutrina espírita) como filosofia de vida, mas que continuam a serem pessoas, com as suas virtudes e defeitos, com os seus problemas existenciais como toda a gente, bem como que em muitas famílias acontece inclusive que um dos cônjuges é espírita e o outro não, sem que isso signifique qualquer motivo de problema no lar.

O espiritismo, ou doutrina espírita explica-nos que somos seres imortais que estamos temporariamente num corpo carnal, objetivando o nosso crescimento pessoal nesta existência corpórea (reencarnação). Assim sendo, somos espíritos que caminhamos, de reencarnação em reencarnação, buscando novas experiências, nova aprendizagem, objetivando um dia sermos espíritos puros.

Os espíritos agrupam-se em famílias espirituais, isto é, grupos de espíritos mais ou menos numerosos que se encontram na mesma faixa evolutiva. São os chamados espíritos simpáticos, ou espíritos que simpatizam entre si, que sentem afinidade entre si, derivada da sintonia vibratória em que se encontram, na mesma faixa evolutiva.

Quando voltam a Terra, esses espíritos pertencentes a uma determinada família espiritual podem estar reencarnados em vários locais, cidades, países. Podem por vezes encontrar alguns desses companheiros na sua própria família carnal, outras vezes encontram-nos mais facilmente fora da mesma.

A família carnal funciona como que um pequeno laboratório onde se transmutam os sentimentos, objetivando a paz interior, a tranquilidade íntima, onde podemos encontrar seres amigos ou inimigos provenientes do nosso passado. Nesse sentido, as famílias carnais são passageiras, mudam de acordo com a necessidade evolutiva de cada um, podendo numa próxima reencarnação voltarmos juntos de novo ou não. O verdadeiro laço familiar é pois o laço pelo espírito, pelos sentimentos e não o laço do sangue.

Nesse sentido a família afigura-se como abençoada escola onde se encontram amigos do passado para se apoiarem mutuamente e em conjunto aprenderem, e inimigos do passado para através dos laços de sangue aos poucos irem diluindo as clivagens que criaram em vidas anteriores. Assim surgem as simpatias naturais com este ou aquele familiar e as antipatias naturais com um ou outro membro da família.

Curiosamente a jovem amiga já nos tinha dado a resposta na sua oportuna intervenção, ao dizer que desde que conhecem o espiritismo, o ambiente familiar está muito melhor, os pais já nãos discutem tanto, notando-se uma franca melhoria no relacionamento interpessoal familiar.

Esse é o objetivo da doutrina espírita, que não sendo mais uma religião nem mais uma seita, afigura-se como uma doutrina que fornece ao homem conceitos lógicos e pesquisáveis sobre a existência humana neste planeta, fornecendo-lhe pistas fundamentadas sobre quem é, de onde vem e para onde vai no concerto da vida eterna, no universo. Nesse sentido a doutrina espírita leva o homem a interrogar-se, e a modificar-se interiormente no sentido de ter uma postura ética, favorecendo assim a paz, o relacionamento saudável entre todos, a harmonia social.


Bibliografia:
“O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec;
www.adeportugal.org , e www.acecr.org
José de Lucas