sexta-feira, 21 de maio de 2010

Oi amigos!

Que seu dia seja de muita paz e alegria,
e que você contagie a todos a sua volta!
abraço amiga Angel

Relacionamento Pais e Filhos

01 - Frente à atual liberdade pregada pela mídia e pela psicologia moderna, como os pais devem desenvolver a educação dos filhos?
Apesar das grandes mudanças no comportamento do homem moderno e da liberdade defendida na atualidade, os pais devem continuar desenvolvendo a educação dos filhos de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Evangelho de Jesus, cuja moral tem caráter de eternidade. Quem tem acesso às obras espíritas, dispõe dos ensinamentos dos Espíritos que nos oferecem sábias orientações neste campo.
02 - Mas como explicar à criança ou ao adolescente que a educação liberal que ele vê o amiguinho receber não pode ser a mesma para ele?
Os pais devem conscientizar os filhos de que a sua preocupação é a de preparar o espírito para avida na Terra e no plano espiritual. Para atingir estes objetivos, precisa desenvolver nos filhos as qualidades do coração, as virtudes, os valores internos. E isto não se consegue sem um comportamento diferente do homem que vive de forma materialista.
03 - Como deve ser o ensinamento religioso para os filhos?
Os pais devem cuidar do ensino religioso para os filhos desde a mais tenra idade, tanto no lar, como no templo religioso. Os pais espíritas não devem deixar de levar os filhos às aulas de doutrina dentro do centro espírita.
04 - Se um filho não quiser seguir a Doutrina Espírita, o que fazer?
Os filhos têm a liberdade de escolher a religião que desejarem, o que não impede aos pais espíritas de envidarem esforços para fazê-los seguir o espiritismo. Para convencê-los, os pais devem mostrar a fundamentação lógica da Doutrina Espírita, o que a torna uma doutrina ímpar no mundo.
Às vezes, um filho recusa-se a ir ao centro, por preguiça ou outros motivos. Neste caso, os pais podem utilizar de mecanismos que o forcem a ir, como fazem quando ele recusa-se a ir à escola.
Naturalmente que estes recursos devem ser de natureza mais pedagógica e adequados ao grau de desenvolvimento do filho.
05 - Quando e como começar a falar sobre sexo com os filhos?
Os pais devem aproveitar todas as oportunidades para passar aos filhos noções de sexo equilibrado. Isto desde a infância. No início, irão passando os conhecimentos sobre reprodução. Posteriormente, falarão de sexo equilibrado.
O ideal é que estas informações sejam dadas de forma gradativa, de acordo com a compreensão dos filhos. A abordagem deve ser feita de forma natural, sem constrangimentos. Para isto, os pais precisam preparar-se, sobretudo libertando-se dos tabus que cercam esta questão. Muitos pais alegam que não se sentem à vontade para chamar os filhos para conversar sobre sexo.
Esta dificuldade pode ser superada, elaborando-se um programa de esclarecimentos e estudos que contenham, ao lado de outros conteúdos, o assunto sexo.
06 - É correta a regra que diz que, em matéria de educação sexual, o pai deve só falar com o filho e a mãe só com a filha?
A educação dos filhos é tarefa dos pais. Ambos podem abordar a questão com filhos e filhas.
Podem, inclusive, transmitir os esclarecimentos juntos. Isto não impede que a mãe tenha colóquios mais íntimos com a filha e o pai com o filho, para aprofundar em alguns detalhes. É importante salientar que a regra que estabelece que o pai fale com o filho e a mãe com a filha é uma das conseqüências dos tabus. Quem se liberta desses tabus, naturalmente deixa de seguir esta regra, por que descobre que o sexo é belo e sublime, podendo ser abordado com toda naturalidade.
07 - Se os filhos começam a conviver com colegas que os influenciam em vícios, com tóxicos, álcool e fumo, como devem agir os pais?
O ideal que os pais acompanhem os filhos de perto, influenciando na escolha de suas amizades, desestimulando as inconvenientes e reforçando as boas. Se, apesar destes cuidados, os filhos começarem a conviver com colegas que tenham costumes inadequados e vícios, os pais dispõem do recurso de fazer um trabalho educativo e preventivo, conscientizando os filhos quanto à nocividade destes vícios e costumes, tanto para o corpo, como para o espírito. É muito importante também conservar um ambiente harmonioso em casa, procurando fazer com que os filhos sejam felizes e não precisem destes estimulantes para sentirem-se bem.
08 - E se o filho já estiver com algum vício, como os pais devem ajudá-lo?
Os pais devem se aproximar, o máximo possível, do filho e sondar-lhe o íntimo, tentando identificar as razões que o levaram a se envolver no vício e procurar resolver o problema, atacando a causa.
Não adianta desesperar ou ameaçar o filho. É importante sondar se existe alguma influência espiritual e adotar as medidas adequadas. Também não pode exigir resultados imediatos. De modo geral, a solução definitiva de problemas desta natureza demanda tempo e paciência.
09 - Como deve ser a convivência dos pais frente aos filhos? Devem evitar as costumeiras discussões na frente das crianças? E os exemplos?
Um ambiente harmonioso é extremamente importante para a boa educação dos filhos. Os pais devem procurar resolver os seus problemas conversando com serenidade e evitando discussões agressivas. Agindo assim, estarão dando bons exemplos para os filhos. Se não conseguem proceder desta maneira, é melhor acertar as suas diferenças longe deles, sobretudo se costumam discutir sem a devida serenidade.
10 - Em caso de pais separados, como conseguir dar uma boa educação para os filhos, sem deixá-los complexados pela situação de desunião?
Quando os pais são separados, para que a educação dos filhos não fique muito prejudicada, o pai (ou a mãe) que estiver morando longe dos filhos deve procurar conviver com eles com a maior freqüência possível e procurar agir com a máxima atenção e aproveitar todas as oportunidades para cuidar da sua educação e amenizar os efeitos negativos da separação. É importante também não envolver os filhos nos problemas da separação e orientá-los no sentido de evitar tomar partido.
11 - Como agir com o filho problema? Aquele ser cheio de complexos, introvertido, arredio, difícil de lidar?
Os resultados melhores na solução deste tipo de problema têm sido obtidos com o trabalho conjunto de pais e psicólogos especializados em atender adolescentes. Muitos pais, entretanto, não têm condições de contratar os serviços de um psicólogo. Neste caso, terão de agir sozinhos. Entre os recursos que poderão utilizar está o diálogo, que deve ser empregado com insistência. Os pais devem estimular o filho portador deste tipo de problema a dar respostas em frases completas.
Cuidarão igualmente para que converse olhando nos olhos do interlocutor. Outra medida consiste em ajudá-lo a fazer amizade e conviver com crianças ou jovens da sua idade. É importante utilizar recursos psicológicos que reforcem a comunicação e enfraqueça a timidez, os complexos, o medo, o sentimento de inferioridade. Os pais podem se valer destes conhecimentos para libertar os filhos deste tipo de problema.
12 - Quando o pai deve optar pela repreensão física (moderada), ao invés do diálogo?
Nem sempre os pais conseguem resolver todos os problemas de comportamento dos filhos com o amor, o diálogo e os diversos recursos pedagógicos que se utilizam na educação dos filhos. Nesta situação, a utilização da repreensão física moderada pode evitar males maiores, sendo, portanto, medida compreensível.
13 - Até quando deve haver cuidados dos pais para com os filhos? Quando devemos deixá-los "andar com as próprias pernas"?
Após a adolescência, os jovens já têm condições de saber separar o certo do errado e podem escolher seu próprio caminho. Nesta fase da vida, o tratamento entre pais e filhos deve passar a ser de adultos para adultos.

Autor: Umberto Ferreira

Ciência e Progresso

O saber é a melhor fortuna que o homem pode conquistar. É pela aquisição de conhecimentos que a alma se desenvolve e se prepara para os surtos da vida imortal.
Diz o prolóquio que “o saber não ocupa lugar”. Esta proposição é toda falsa.
Um Espírito sem sabedoria é semelhante a uma casa sem móveis e desabitada; a ninguém oferece comodidade, e em breve vê a sua própria ruína. Ao passo que uma casa bem mobiliada, com todos os requisitos de boa vivenda, bem iluminada, onde não faltam objetos de repouso para o corpo e repouso para o Espírito, se constitui num paraíso por todos desejado.
Assim é a alma: deserta de sabedoria e de virtudes, embora pareça grande é como um desses antigos castelos isolados e temidos, teatro fantasmagórico onde se acendem os “fogos fátuos” da superstição e do fanatismo a denunciar a noite da ignorância que o entenebrece.
Na alma do ignorante, macilenta, abatida, magra, perpassam sombras cruéis, espectros vingadores, visões terríficas!
“O saber ocupa muito lugar”, mas quanto mais sabemos, mais lugar temos para oferecer ao saber, porque a nossa individualidade cresce à medida que cresce em nós os conhecimentos; nossa inteligência se dilata, nosso raciocínio se amplia, nosso sentimento aumenta na razão do nosso aperfeiçoamento, tornando-se as nossas percepções mais nítidas, mais puras, mais espiritualizadas! Por isso o saber precisa entrar no nosso Espírito gradativamente, iluminando nossos passos na vida espiritual, como o Sol que nos acompanha gradualmente desde o nosso nascimento e sob cujos influxos exprimimos os primeiros sorrisos.
A alma não começa no berço, nem termina no tumulo. “O vento sopra onde quer, e não sabemos donde ele vem”. Nasce a criança impulsionada pelo princípio anímico, e também compreendemos que, como o vento, ela vem de longe. É um Espírito que se envolveu na carne, que renasceu na carne, e que vem de remotas eras, formando sua consciência, engrandecendo a sua individualidade, para, um dia, galgar os cimos da vida superior!
Excelsa e admirável Doutrina que não nos compara à matéria bruta!

Por Cairbar Schutel
Em Gênese da Alma

Julgamento Precipitado

Analisar os fatos à nossa volta com os olhos do não-julgamento é uma atitude de sabedoria frente à vida, e certamente nos proporcionaria um estado de absoluta harmonia se assim agíssemos com mais frequência.
Infelizmente, porém, estamos condicionados a fazer leituras e interpretações de fragmentos, apenas fragmentos, precipitando-nos em julgamentos equivocados.
Uma pessoa começa a nos contar algo e logo a interrompemos adiantando o final ou apresentando uma solução para o suposto problema. Sequer ouvimos o que o outro tem para falar e já nos precipitamos em avaliações e julgamentos, deixando clara a nossa dificuldade de saber ouvir.
Com muita propriedade, a narrativa acima ilustra-nos que a leitura da página de um livro não nos autoriza dizer se ele é bom ou ruim; a leitura de uma palavra não nos possibilita conhecer a frase inteira. Da mesma forma, avaliar um fato sem levar em conta o contexto em que está inserido, significa tornar deficiente a nossa capacidade de análise.
O Juiz de Direito, por exemplo, ao solucionar um conflito de interesses que lhe é apresentado em juízo, proporciona às partes durante o processo judicial o exercício do chamado contraditório, princípio segundo o qual as alegações deduzidas por uma parte devem chegar ao conhecimento da outra, com vistas ao exercício da ampla defesa. Somente ao final, depois da análise de todas as alegações e alicerçado nas provas apresentadas, ele profere o julgamento.
Saliente-se, por sua vez, que o Juiz de Direito age por dever de ofício, não podendo escusar-se de julgar o caso concreto, ao passo que somos apenas convidados a uma análise mais ampla dos fatos, com o objetivo de fazermos um juízo de valor dotado de maior lucidez, tendo a faculdade de proferir ou não um julgamento.
Recentemente, um amigo, médium, relatou-me que uma senhora de meia idade o procurou reclamando de uma forte dor de cabeça. Ela já havia procurado várias Casas Espíritas, que diagnosticaram o problema como sendo uma terrível obsessão. Todavia, após analisar "desapaixonadamente" todos os fatos que envolviam o problema, ele sugeriu que ela procurasse um neurologista. Após os exames, ela foi imediatamente submetida a uma
intervenção cirúrgica, tendo em vista que o seu quadro clínico já era bastante grave, podendo ser fatal a demora da cirurgia. O problema não era e nunca foi obsessão, mas sim, um grave problema neurológico.
Não diferente, relatou-me uma amiga que o seu início no Espiritismo se deu de forma, no mínimo, interessante. Na primeira vez em que assistiu a uma palestra, foi convidada a tomar passe ao final da reunião. Colocou-se em espera à porta de entrada do local onde se aplicavam os passes, aguardando a sua vez, quando, no momento em que entrou na sala, a "piranha" (presilha que prendia o seu o cabelo) soltou-se e começou a machucar o seu couro cabeludo.
Durante o momento em que recebeu o passe foi um desconforto enorme, pois ela mexia a cabeça com vistas a diminuir o desconforto da dor. Ao final da aplicação do passe, o médium pediu a ela para freqüentar a reunião de desobsessão, pois havia um "espírito" ligado a ela durante a aplicação do passe, que a fazia movimentar a cabeça para desconcentrá-la. O famigerado espírito obsessor era, na verdade, a "presilha" do cabelo.
Estes relatos são apenas alguns pequenos exemplos das nossas interpretações equivocadas, praticadas também nos atendimentos feitos nas Casas Espíritas, onde tomamos um fato pelo contexto, muitas vezes de forma irresponsável, colocando em risco a vida daqueles que buscam o socorro espírita.
Por essa razão, convém o exercício da análise e do questionamento diante dos fatos que nos são apresentados, para os quais devemos evitar o julgamento precipitado. Também diante dos conflitos que nos marcam a existência, a prudência recomenda a análise do contexto no qual estamos inseridos, no qual devemos avaliar os nossos atos e atitudes, as crenças que alimentamos, a nossa postura comportamental, tudo com o propósito de enxergarmos de forma mais ampla os recados inarticulados que a Vida Maior nos apresenta, reconhecendo que todos os caminhos nos levam sempre a um único destino: a felicidade.

Fonte: Revista Literária
Espírita Delfos.
Silvio Carlos

Reflexão