terça-feira, 23 de novembro de 2010

SER MÉDIUM

                                            
Ser médium é algo de sublime, determinando tàcitamente o imperativo da realização interior, a necessidade de o indivíduo conquistar a si mesmo pela superação das qualidades negativas.
Ser médium é investir-se a criatura de sagrada responsabilidade perante Deus e a própria consciência, uma vez que é ser intérprete do pensamento das esferas espirituais, medianeiro entre o Céu e a Terra.
Convenhamos que será muito difícil aos Mensageiros Celestes utilizarem-se, de modo permanente, de companheiros encarnados sem a mais leve noção de responsabilidade, negligentes no cumprimento dos deveres morais, impontuais, inteiramente alheios ao imperativo da própria renovação para o Bem, ou, ainda, inclinados à exploração inferior.
A este respeito, ouçamos a palavra de Emmanuel:
“O perfume conservado no frasco de cristal puro não será o mesmo, quando transportado num vaso guarnecido de lodo.”
Poderão os Bons Espíritos, reconheçamos, comunicar-se algumas vezes.
Poderão transpor barreiras vibratórias e superar obstáculos da mente irresponsável, para estender benefícios aos estropiados do caminho.
Poderão, ainda, extrair notas harmoniosas de mal cuidado instrumento, exaltando, assim, o Poder e a Glória, o Amor e a Sabedoria do Senhor da Vida.
Todavia, cumpre-nos admitir, dificilmente tornarão eles, os Grandes Instrutores, por medianeiro definitivo para as grandes realizações do Cristo o médium que vê, apenas, na sua faculdade, espetaculoso meio de produzir fenômenos, sem finalidade educativa para si e para os outros.

ESTUDANDO A MEDIUNIDADE
MARTINS PERALVA

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