segunda-feira, 23 de abril de 2012

REFLEXÃO

Havia um museu com o piso completamente coberto por belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada. Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a bonita estátua de mármore.

Uma noite, os azulejos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua de mármore:

__ Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem gente do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós, e só para admirá-la? Não é justo!

__ Meu querido amigo, azulejo de mármore. Você ainda se lembra de quando estávamos, de fato, na mesma caverna? __ Respondeu a estátua.

__ Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! __ Ele chorou novamente.

__ Então, Você ainda se lembra do dia que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?

__ Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito! Como pode ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu muito!

__ Isso é certo! Ele não pode trabalhar nada em você porque você resistiu em ser trabalhado.

__ Sim. E daí?

__ Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim ao invés de resistir como você, eu soube imediatamente que eu me tornaria algo diferente depois dos esforços dele. Eu não resisti . . . Ao invés disso eu agüentei todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.

__ Mmmmm . . . Resmungou o azulejo.

__ Meu amigo, há um preço para tudo na vida. E nem sempre é fácil. As vezes é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender a suportar os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformarmos em algo mais belo. Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar qualquer pessoa que agora pisa em você.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco

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