A psicografia e a psicofonia obedecem ao mecanismo geral da mediunidade de efeito inteligente, não se diferenciando destas em nenhum aspecto.
O fenômeno mediúnico necessita obrigatoriamente de um médium, ou seja, um encarnado com a faculdade de propiciar a comunicação mediúnica, de um espírito que vá transmitir sua comunicação e das variáveis ambientais favoráveis a comunicação, além da permissão da espiritualidade superior para que a comunicação ocorra.
É evidente que a vontade do médium e do espírito em participar do processo de comunicação é fundamental no processo, pois nenhuma das duas partes pode ser obrigada a tal.
Para que o fenômeno se processe com agilidade e facilidade, muitas vezes o espírito comunicante é colocado em contato com o médium antecipadamente, durante o sono, para que possa haver melhor afinidade fluídica.
No momento da comunicação, o médium, devidamente concentrado, expande seu perispírito, suas vibrações energéticas, o mesmo ocorrendo com o espírito comunicante.
Estando próximos, os perispíritos de médium e do espírito se interpenetram, “misturando” sua energias e vibrações, constituindo o que se denomina de “atmosfera fluídico-espiritual comum”.
Através da atmosfera fluídico-espiritual comum, que constitui uma verdadeira “ponte” entre espírito e médium, é que o desejo, a vontade e a mensagem do espírito flui até o médium.
No caso específico da psicografia e da psicofonia intuitiva, o espírito faz chegar até o consciente do médium suas idéias, pensamentos e sentimentos na forma de impressões, que o médium, em plena consciência de seus sentidos, capta e “traduz” na forma de uma mensagem aquilo que “percebeu” e entendeu.
Na psicografia semi-mecânica e na psicofonia consciente, o espírito faz um acesso mais direto aos centros nervosos que controlam a escrita e a fala, mas também faz passar pelo consciente do médium seus pensamentos.
Assim sendo, o médium mantém plena consciência da comunicação, em seu teor, mas sente um impulso na mão na psicografia, ou a formação de palavras no seu sistema fonador.
Na psicografia mecânica, o espírito controla diretamente os centros nervosos que possibilitam a escrita, “conduzindo” a mão do médium, sem que o conteúdo da mensagem passe pelo consciente do médium, que no entanto, está ativo e presente.
Na psicofonia inconsciente, o espírito comunicante faz um acesso intenso aos núcleos responsáveis pela fala, sem utilizar o “consciente” do médium, que fica num estado de “dormência”, embora seu espírito fique ativo e vigilante, participando ativamente do processo. Terminada a comunicação, o médium não se lembrará do conteúdo da mensagem.
É preciso lembrar que as condições de preparo do médium, a organização do grupo mediúnico, a harmonização de pensamentos e vibrações, a disciplina, a seriedade e o amor ao próximo são condições ambientais indispensáveis para que os fenômenos mediúnicos possam ocorrer.
Extraído da apostila do Centro Espírita Luz Eterna
Nenhum comentário:
Postar um comentário