domingo, 29 de julho de 2012

OLÁ AMIGOS!


A presença de Deus se nota em toda parte, pois o homem com toda a sua inteligência jamais criaria uma natureza tão perfeita.
Somos parte dessa natureza, somos parte de Deus.
Obrigado Senhor por tudo!
Angel

O ESPIRITISMO EM NÓS

A doutrina dos Espíritos é o farol que ilumina, continuamente, a estrada por onde devemos transitar para alcançarmos a felicidade.
Sempre que somos tentados a penetrar em algum atalho, a luz desse farol brilha mais intensamente, estimulando-nos a não fazê-lo. Muitas vezes, fechamos os olhos e nos deixamos guiar pelo que nos atrai, afastando-nos do caminho por ele iluminado, por fraqueza oriunda das nossas próprias imperfeições, mas ele, o farol lá está, sempre iluminando a estrada principal, facilitando o retorno.
Esse farol está dentro de nós, em consequência ao aprendizado dos ensinos espíritas, quando os entendemos e os aceitamos.
Com clareza e lógica, o espiritismo nos define o objetivo maior da nossa existência na Terra, que é o desenvolvimento espiritual através do estudo, do trabalho, da auto-educação e nessa definição do ideal a ser conquistado, é também o estímulo racional ao esforço perseverante dessa conquista.

Assim, o espiritismo nos dá a finalidade do nosso viver e a estratégia, o método, a maneira do como viver para alcançarmos o desenvolvimento possível.
Mostra-nos que não podemos nos tornar anjos, em poucos anos, mas devemos e podemos viver, visando o ideal da melhoria constante, dentro das nossas possibilidades reais, as quais costumamos subestimar.

O Espiritismo define, com precisão, a responsabilidade de cada um no seu processo evolutivo. Sempre há a ajuda dos Espíritos desencarnados e encarnados, mas a decisão e a tarefa desse desenvolvimento pertencem a cada filho de Deus.

Destaca a importância do conhecer-se a si mesmo para o desenvolvimento das qualidades intrínsecas ao ser espiritual que somos, levando-nos à introspecção interior. Esta ação propicia-nos a perceber, com objetividade, nossos sentimentos, emoções, atitudes e comportamentos, levando-nos ao conhecimento de nós próprios.
A introspecção íntima, honesta, aliada ao esforço no bem, leva-nos a gostar de nós, a termos confiança em nossas possibilidades de aperfeiçoamento, reforçando a confiança em Deus e nas suas leis.

O Espiritismo deixa bem claro que, por mais feio seja o nosso interior, o importante, no estágio evolutivo presente, é o esforço no bem, pelo bem e para o bem, ainda que não consigamos, muitas e muitas vezes, sair da intenção. Ainda assim, em havendo a vontade ativada no bem, estaremos percorrendo o caminho iluminado, que o é para facilitar o trabalho de aprendizado na Terra.
Quanto mais perseveramos nele, mais facilidade, mais aproveitamento teremos nas diversas experiências que a vida nos oferta.

O Espiritismo nos dá uma maneira lógica e racional de interpretarmos o universo, a Terra e os seres que evoluem, continuamente, sob leis justas e sábias, para a perfeição e a felicidade.
Por mais difíceis sejam os percalços da existência de cada um e da sociedade, esta doutrina nos faz compreender que tudo é parte do processo evolutivo e todas as experiências concorrem para o progresso contínuo.
Aliás, aprendemos mais com os erros e desacertos, com as experiências desagradáveis do que com as certas e agradáveis, pois as primeiras, incomodando-nos, estimulam-nos ao esforço de para delas libertarmo-nos, levando-nos a acionar a vontade no uso de todas as nossas energias intelectuais e morais. Aprendemos, então, eliminar ou evitar as causas que as provocam.

O Espiritismo dentro de nós incita-nos ao desenvolvimento dos sentimentos nobres e leva-nos ao esforço de perceber nos outros irmãos iguais a nós, filhos de Deus, também em processo evolutivo.
Essa constatação indica-nos, racionalmente, que se aceitamos Deus e o amamos, não podemos deixar de aceitar e amar a sua criação. E, na vontade de aceitar a todos como irmãos, vamos desenvolvendo o Amor em nós, síntese da lei divina, origem e destino da vida.

Deixemos pois, que o Espiritismo, o consolador prometido por Jesus, penetre dentro de nós, dirigindo nossa inteligência e nossa sensibilidade para que nosso desenvolvimento espiritual aconteça internamente, expressando-se em nossas atitudes e comportamentos externos, mostrando a nós e aos outros, que ele, o Espiritismo nos torna melhores pessoas.


Leda de Almeida Rezende Ebner
de Ribeirão Preto, SP

(Jornal Verdade e Luz Nº 181 de Fevereiro de 2001)

O LIVRO DOS ESPÍRITOS E AS COLÔNIAS ESPIRITUAIS

Na questão 234 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos Instrutores, no item - Mundos Transitórios - quando aborda questões relativas à “Vida Espírita”:

234 – “Há de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes?
RESPOSTA - “Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre penoso. (...)

É claro que, como são graduais as revelações dos Espíritos Superiores à humanidade, eles não poderiam em 1857 falar de comunidades de Espíritos errantes, isto é, de Espíritos que aguardam novas reencarnações até chegarem à perfeição espiritual, habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida na atmosfera terrestre sobre terreno fértil à vegetação, e, em tudo, com estreita semelhança ao que conhecemos na crosta. Seria bem possível que os adversários do Espiritismo diante dessa revelação, e de tamanha heresia, mandassem reacender certamente uma fogueira inquisitorial para queimar Allan Kardec como herege.

Ora, se nos idos de 1980, quando estive pessoalmente com Chico Xavier, em sua casa em Uberaba, ele me contou que, quando estava psicografando o livro Nosso Lar na década de 30, foi tachado de “médium fascinado”, e que ele mesmo ficou muito confuso com toda aquela situação.
Porém, para desfazer tudo isso, o Benfeitor Espiritual André Luiz levou-o em desprendimento num ponto bem acima de “Nosso Lar”, para que ele visse de cima a cidade, e pudesse constatar a realidade do que estava psicografando. Nesse momento, Chico esclareceu-me ainda, que o que ele viu naquela noite está exatamente desenhado no mapa da planta baixa da colônia pela médium Heigorina Cunha, apresentado no livro Cidade No Além.
“NOSSO LAR”, POR CHICO XAVIER

Aos dezesseis anos de idade despertou-me a curiosidade de saber como se vivia “do lado de lá”. Ao ganhar de um amigo espírita o exemplar do livro Nosso Lar, fiquei sabendo como vivem os Espíritos desencarnados na outra dimensão, segundo as narrativas do Espírito André Luiz, pelo médium Chico Xavier que, em sua última existência na Terra, foi médico, descrevendo a vida deles em “Nosso Lar”, cidade localizada no mundo espiritual.

André Luiz conta que após a sua desencarnação permaneceu durante oito anos em estado de perturbação no plano espiritual, em consequência dos erros cometidos, principalmente, na sua juventude. Depois de ser socorrido por uma equipe de Benfeitores Espirituais, residentes em “Nosso Lar”, ele foi levado para tratamento em um hospital dessa cidade, na condição de enfermo espiritual.
Já refeito do seu desequilíbrio, André Luiz descobriu um mundo palpitante pleno de vida e atividades, constatando que os Espíritos desencarnados procedentes da Terra, como ele, passam por um estágio de recuperação e educação espiritual em diversos departamentos especializados dessa cidade. Constatou, também, que lá existem setores para planejamento de novas reencarnações na Terra para esses Espíritos, que trata da escolha da família, da configuração do seu novo corpo, o mapa das provas que deverá passar etc.

OUTRO MÉDIUM FALA DE “NOSSO LAR”
A existência dessa cidade foi comprovada posteriormente pela médium Heigorina Cunha, que, durante o sono, em desdobramento espiritual visitou varias vezes Nosso Lar, utilizando a volitação que é a faculdade que o Espírito goza para deslocar-se pelo espaço afora. Ao despertar no corpo, Heigorina desenhava o que via em suas visitas durante a emancipação de sua alma ao dormir, retratando jardins, avenidas, prédios e até a planta baixa da cidade, que abriga cerca de um milhão de Espíritos desencarnados. Esses desenhos estão reunidos no livro “Cidade no Além”, trabalho mediúnico que recebeu a assistência pessoal do médium Chico Xavier, além de, à guisa de introdução, o Espírito André Luiz, pelo próprio Chico, apresentar 22 anotações em torno de “Nosso Lar”.

COLÔNIA EM ISRAEL
No livro Quando se pretende falar da vida, o jovem de formação israelita Roberto Muszkat, desencarnado em 14 de março de 1979, apresenta 22 mensagens psicografadas através do médium Chico Xavier, endereçadas aos seus pais e familiares. Na mensagem de 16 de novembro de 1979, ele, relatando para a mãe o seu desligamento do corpo, diz da ajuda de seu avô Moszek Aron, o qual, ao pronunciar as palavras “Leshaná Habaá bi-Yerushalayim” (era um adeus, significando o ano que vem em Jerusalém), tranquilizou-o, e fê-lo dormir como uma criança.
Quando acordou, viu-se num leito alvo com a sua avó Rachel velando por ele. Depois de algum tempo, o seu avô Moszek foi ao seu encontro, levando-o ao encontro de outros Espíritos amigos para um recinto dedicado à oração, no amplo educandário-hospital. Esses amigos cantaram o hino Shalom Aleichem (hino que dá as boas-vindas aos anjos da paz, cantado na sexta-feira à noite). “Meu avô em seguida abençoou-me. As lágrimas banharam-me o rosto, enquanto o meu avô promovia o Seder (reunião festiva na primeira e na segunda noite da Páscoa judaica), em cuja reunião tive a oportunidade de fazer muitas perguntas.”
Diz ainda textualmente na mensagem, o Espírito Roberto Muszkat: “Vim, a saber, então, que me achava em Erets Israel (Terra de Israel), ou Terra do Renascimento, cuja beleza é indescritível. Ali, naquela província do Espaço Terrestre, se erguia uma outra cidade luminosa dos Profetas (...). Com estes apontamentos não quero dizer que estava, tanto quanto prossigo, numa cidade privilegiada, porque outras nações as possuem nas esferas que cercam o Planeta, mas aquele recanto era o meu coração pulsando com milhares ou milhões de outros corações, consagrados ao Pai Único”.
Diante dessas informações, acredito que devam existir milhares de colônias em torno da Terra, cada uma reunindo Espíritos afins, de acordo com a raça, religião, cultura, progresso moral etc.

PROVAS CIENTÍFICAS
Agora, se dependermos da oficialização da Ciência humana para comprovar a existência de colônias espirituais, lembremos que, se Allan Kardec precisasse da confirmação científica da existência da alma ou da reencarnação para publicar O Livro dos Espíritos, até hoje ele estaria aguardando o pronunciamento oficial e por muito tempo ainda. Ora, não podemos perder de vista o aspecto REVELADOR do Espiritismo que se antecipou ao conhecimento humano a respeito da existência da alma, da reencarnação, inclusive a do perispírito.
Exemplo dessa antecipação reveladora do Espiritismo é o caso da existência de água no solo de Marte. Desde 1939, o Espírito Humberto de Campos, através do médium Chico Xavier, no livro Novas Mensagens, fala dessa existência, no entanto, somente em 2004, ou seja, 65 anos após a publicação dessa obra, a NASA apresentou as primeiras provas químicas e geológicas diretas da existência de água no passado. Porém, em 31 de julho de 2008, com a sonda Phoenix, o cientista William Boynton, da Universidade do Arizona, declarou “que eles tinham evidência de gelo nas observações da sonda Mars Express, mas essa é a primeira vez que a água em Marte é tocada”.

Se para “tocar” coisas materiais, a ciência humana levou mais de 60 anos para confirmar a mensagem mediúnica, o que dirá para “tocar coisas da dimensão espiritual”, no caso, as Colônias Espirituais, como também chegar à conclusão de que a alma existe e que ela reencarna várias vezes. Vamos esperar muitos séculos, naturalmente.

Por último, é preciso lembrar que Allan Kardec, em A Gênese, ao tratar dos “Caracteres da Revelação Espírita”, esclarece: “A revelação Espírita, por sua natureza, tem uma dupla característica: é ao mesmo tempo uma revelação Divina e uma revelação científica”. 
Portanto, o ônus da prova das revelações feitas pelo Espiritismo cabe à ciência humana, e não a ele.

GERSON SIMÕES MONTEIRO
O consolador
gerson@radioriodejaneiro.am.br

MÉDIUNS VIDENTES

Aparições acidentais e espontâneas

São frequentes, sobretudo no momento da morte das pessoas que aquele que vê amou ou conheceu e que o vêm prevenir de que já não são deste mundo. Há inúmeros exemplos de fatos deste gênero, sem falar das visões durante o sono. Doutras vezes, são, do mesmo modo, parentes, ou amigos que, conquanto mortos há mais ou menos tempo, aparecem, ou para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um serviço.

O serviço que o Espírito pode solicitar é, em geral, a execução de uma coisa que lhe não foi possível fazer em vida, ou o auxílio das preces. Estas aparições constituem fatos isolados, que apresentam sempre um caráter individual e pessoal, e não efeito de uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito freqüente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. A posse desta faculdade é o que constitui, propriamente falando, o médium vidente.

Faculdade propriamente dita de ver os Espíritos

Entre esses médiuns, alguns há que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos de que parecem animados. Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.

Desenvolvimento Mediúnico

A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.

Quando dissemos serem frequentes os casos de aparições espontâneas, não quisemos dizer que são muito comuns. Quanto aos médiuns videntes, propriamente ditos, ainda são mais raros e há muito que desconfiar dos que se inculcam possuidores dessa faculdade. E prudente não se lhes dar crédito, senão diante de provas positivas.

Não aludimos sequer aos que se dão à ilusão ridícula de ver os Espíritos glóbulos; falamos apenas dos que dizem ver os Espíritos de modo racional. E fora de dúvida que algumas pessoas podem enganar-se de boa-fé, porém, outras podem também simular esta faculdade por amor-próprio, ou por interesse. Neste caso, é preciso, muito especialmente, levarem conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais; todavia, nas particularidades, sobretudo, é que se encontram meios de mais segura verificação, porquanto algumas há que não podem deixar suspeita, como, por exemplo, a exatidão no retratar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encamados.

Clarividência 
É a faculdade mediúnica de ver com detalhes não apenas os espíritos mas cenas do plano espiritual. A percepção, via clarividência, é mais aprofundada. A pessoa entra em transe, permanecendo, mesmo que por breve tempo, em estado sonambúlico.

Espíritos glóbulos
Às considerações precedentes acrescentaremos o exame de alguns efeitos de ótica, que deram lugar ao singular sistema dos Espíritos glóbulos. Nem sempre é absoluta a limpidez do ar e ocasiões há em que são perfeitamente visíveis as correntes das moléculas aeriformes e a agitação em que as põe o calor. Algumas pessoas tomaram isto por aglomerações de Espíritos a se agitarem no espaço. Basta se cite esta opinião, para que ela fique desde logo refutada. Há, porém, outra espécie de ilusão não menos estranha, contra a qual bom é também se esteja precavido. 
O humor aquoso do olho apresenta pontos quase imperceptíveis, que hão perdido alguma coisa da sua natural transparência. Esses pontos são como corpos opacos em suspensão no líquido, cujos movimentos eles acompanham. Produzem no ar ambiente e a distância, por efeito do aumento e da refração, a aparência de pequenos discos, cujos diâmetros variam de um a dez milímetros e que parecem nadar na atmosfera. Pessoas conhecemos que tomaram esses discos por Espíritos que as seguiam e acompanhavam a toda parte. Essas pessoas, no seu entusiasmo, tomavam como figuras os matizes da irisação, o que é quase tão racional como ver uma figura na Lua. Uma simples observação, fornecida por essas pessoas mesmo, as reconduzirá ao terreno da realidade.
Os aludidos discos ou medalhões, dizem elas, não só as acompanham, como lhes seguem todos os movimentos, vão para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo, ou param, conforme o movimento que elas fazem com a cabeça. Isto nada tem de surpreendente. Uma vez que a sede da aparência é no globo ocular, tem ela que acompanhar todos os movimentos do olho. Se fossem Espíritos, forçoso seria convir em estarem eles adstritos a um papel por demais mecânico para seres inteligentes e livres, papel bem fastidioso, mesmo para Espíritos inferiores e, pois, com mais forte razão, incompatível com a ideia que fazemos dos Espíritos superiores.
Verdade é que alguns tomam por maus Espíritos os pontos escuros ou moscas amauróticas esses discos, do mesmo modo que as manchas negras, têm um movimento ondulatório, cuja amplitude não vai além da de um certo ângulo, concorrendo para a ilusão a circunstância de não acompanharem bruscamente os movimentos da linha visual. Bem simples é a razão desse fato. Os pontos opacos do humor aquoso, causa primária do fenômeno, se acham, conforme dissemos, como que em suspensão e tendem sempre a descer. Quando sobem, é que são solicitados pelo movimento dos olhos, de baixo para cima; chegados, porém, a certa altura, se o olho se torna fixo, nota-se que os discos descem por si mesmos e depois se imobilizam. Extrema é a mobilidade deles, porquanto basta um movimento imperceptível do olho para fazê-los mudar de direção e percorrer rapidamente toda a amplitude do arco, no espaço em que se produz a imagem. Enquanto não se provar que uma imagem tem movimento próprio, espontâneo e inteligente, ninguém poderá enxergar no fato de que tratamos mais do que um simples fenômeno ótico ou fisiológico.
O mesmo se dá com as centelhas que se produzem algumas vezes em feixes mais ou menos compactos, pela contração do músculo do olho, e são devidas, provavelmente, à eletricidade fosforescente da íris, pois que são geralmente adstritas à circunferência do disco desse órgão.
Tais ilusões não podem provir senão de uma observação incompleta. Quem quer que tenha estudado a natureza dos Espíritos, por todos os meios que a ciência prática faculta, compreenderá tudo o que elas têm de pueril. Do mesmo modo que combatemos as aventurosas teorias com que se atacam as manifestações, quando essas teorias assentam na ignorância dos fatos, também devemos procurar destruir as ideias falsas, que indicam mais entusiasmo do que reflexão e que, por isso mesmo, mais dano do que bem causam, com relação aos incrédulos, já de si tão dispostos a buscar o lado ridículo.

A era do espírito
http://www.aeradoespirito.net/AutoajudaMS/IND_AUTOAJUDA_MS.html

PERDOA-TE

A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.

Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.

Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.

A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.

Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.

Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem revitalizes o erro através de sua incessante recordação.

Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu e regulariza a ocorrência.

És discípulo da vida em constante crescimento.

Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.

Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.

Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.

Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.

Quando acertes, avança, eliminando receios.

Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.

O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Joanna de Ângelis – psicografia de Divaldo Pereira Franco

segunda-feira, 30 de abril de 2012

BOM DIA!!

Somente o AMOR é capaz...
De mudar o Mundo.
A transformação começa em nós; em mim em você.
Não basta desejar é preciso fazer; a todo o momento Deus nos manda o trabalho necessário para renovação do mundo, já possuímos as ferramentas, mas raros aqueles que se dispõe ao trabalho com verdadeira vontade.
Preste atenção meu irmão, quais os trabalhos que Deus te enviará neste dia: um amigo para consolar; um sorriso para dar, um filho para entender; uma esposa para compreender; um marido para aceitar; uma boca faminta para saciar;  são tantos trabalhos a realizar!
Não pense que não é capaz, pois Deus sabe que é.
 Ele não mandaria aquilo que você não está apto a realizar, 
talvez falte um pouquinho mais de vontade.
No dia de hoje, não perca as oportunidades de realizar as obras que Deus te enviar.

Um abraço fraterno

Angel

O ANJO E O MALFEITO

Este é um pequeno conto, do escritor desencarnado Humberto de campos (Irmão X), psicografado por Chico Xavier em 1969, no livro "Estante da vida". 

Nele, um Mensageiro do Alto desce ao mundo em apoio às centenas de criaturas mergulhadas na enfermidade e no crime, na miséria e na ignorância, mas, necessitando de ajuda dos próprios encarnados, começou a fazer publicações de apelos do Próprio Evangelho, induzindo corações, em nome do Cristo, à compaixão e a caridade.

Entretanto, todos os habitantes do local se comoviam com os textos, mas não se encorajavam à menor manifestação de amparo ao próximo. Então o Enviado Celestial, convicto de que fora recomendado pelo Senhor a servir (e não a questionar), julgou mais acertado assumir a forma de um homem e solicitar, sem delongas, o apoio de alguém que lhe pudesse prestar auxílio.

Materializado, procurou pela colaboração dos homens considerados mais responsáveis. Humilde e resoluto, repetia sempre o mesmo convite à prática evangélica, registrando respostas que o surpreendiam pela diferença:

O VIRTUOSO - Não posso manchar meu nome em contato com os viciosos e transviados.

O SÁBIO - Cada qual está na colheita daquilo que semeou. Falta-me tempo para ajudar vagabundos, voluntariamente distanciados da própria restauração.

O PRUDENTE - Não posso arriscar minha posição dificilmente conquistada, na intimidade de pessoas que me prejudicariam a estima publica.

O FILANTROPO - Dou o dinheiro que seja necessário, mas de modo algum me animaria a lavar feridas de quem quer que seja.

O PREGADOR - Que diriam de mim se me vissem na companhia de criminosos?

O FILÓSOFO - Nunca desceria a semelhante infantilidade... Aspiro a alcançar as mais altas revelações do Universo. Devo estudar infinitamente... Além disso, estou cansado de saber que, se não houvesse sofrimento, ninguém se livraria do mal...

O PESQUISADOR DA VERDADE - Não sou a pessoa indicada. Caridade é capa de muitas dobras, que tanto acolhe o altruísmo quanto a fraude. Não me incomode... Procuro tão somente as realidades essenciais.

Desencantado, o Mensageiro bateu à porta de conhecido malfeitor (aliás, a pessoa menos categorizada para a tarefa) e reformulou a solicitação. O convidado, embora os desajustes íntimos, considerou, de imediato, a honra que o Senhor lhe fazia, propiciando-lhe o ensejo de operar no levantamento do bem geral, e meditou, agradecido, na Infinita Bondade que o arrancava da condenação para o favor do serviço. Não vacilou. Seguiu aquele desconhecido de maneiras fraternais que lhe pedia cooperação e entregou-se decididamente ao trabalho. Em pouco tempo conheceu a fundo o martírio das mães desamparadas, entre a doença e a penúria, carregando órfãos de pais vivos; o pranto das viúvas relegadas à solidão; as aflições dos enfermos que esperavam a morte nas arcas de ninguém; a tragédia das crianças abandonadas; o suplício dos caluniados sem defesa; os problemas terríveis dos obsediados sem assistência; a mágoa das vítimas dos preconceitos levados ao exagero pelo orgulho social; a angústia dos sofredores caídos em desespero pela ausência de fé...

Modificado nos mais profundos sentimentos, o ex-malfeitor consagrou-se ao alívio e à felicidade dos outros, e, percebendo necessidades e provações que não conhecia, procurou instruir-se e aperfeiçoar-se. Com quarenta anos de abnegação, adquiriu as qualidades básicas do Virtuoso, os recursos primordiais do Sábio, o equilíbrio do Prudente, as facilidades econômicas do Filantropo, a competência do Pregador, a acuidade mental do Filósofo e os altos pensamentos do Pesquisador da Verdade...

Quando largou o corpo físico, pela desencarnação - Espírito lucificado no cadinho da própria regeneração, ao calor do devotamento ao próximo -, entrou vitoriosamente no Céu, para a ascensão a outros Céus...

Um dia, chegaram ao limiar da Esfera Superior o Virtuoso, o Sábio, o Prudente, o Filantropo, o Pregador, o Filósofo e o Pesquisador da Verdade...

Examinados na Justiça Divina, foram considerados dignos perante as Leis do Senhor; entretanto, para o mérito de seguirem adiante, luzes acima, faltava-lhes trabalhar na seara do amor aos semelhantes... Enquanto na Terra não haviam desentranhado os tesouros que Deus lhes havia conferido em benefício dos outros, cabia-lhes, assim, o dever de regressar às lides da reencarnação; Mas, porque haviam abraçado conduta respeitável no mundo, o Virtuoso receberia, na existência vindoura, mais veneração, o Sábio mais apreço, o Prudente mais serenidade, o Filantropo mais dinheiro, o Pregador mais inspiração, o Filósofo mais discernimento e o Pesquisador da Verdade mais luz...

Observando, porém, que o malfeitor, muito conhecido deles todos, vestia alva túnica resplandecente, estava funcionando entre os agentes da Divina Justiça, começaram a discutir entre si, incapazes de reconhecer que, na obra do amor, qualquer filho de Deus encontra os instrumentos e caminhos da própria renovação. Desalentados, passaram a reclamar... Em nome dos companheiros, o Virtuoso aproximou-se do orientador maior - que lhes revisava os interesses no Plano Espiritual - e indagou:

Venerável Juiz, por que motivo um malfeitor atravessou antes de nós, as fronteiras do Céu?!...

O magistrado, porém, abençoou-lhe a inquietação com um sorriso e informou, simplesmente.

- Serviu.


Site: saindodamatrix

É TEMPO...


Em cada estação se faz necessária mudanças de atitudes, cuidados com a pele, com os cabelos, com as roupas, com a alimentação, então porque não cuidar do coração?
Não apenas o coração físico, mas o coração- sentimento; o que abriga o nosso sentir, o nosso amor, então vamos renová-lo  com mais amor; já sabemos que quem dá  recebe muito mais.
Separe algumas roupas de inverno para doar, não deixe guardado sabendo que pode ser útil a alguém.
Muitas vezes pensamos se as roupas chegarão às mãos de quem realmente precisa; não se preocupe com isso, Deus fará com que elas cheguem.
Faça sua parte, essa é a mais importante!
Que a satisfação de poder ajudar tome seu coração e lhe deixe feliz!
Ótima semana
Angel



segunda-feira, 23 de abril de 2012

BOM DIA AMIGOS


A todo o momento o perdão nos exige a prática.
Jesus nos ensinou quantas vezes perdoar, assim devemos agir para merecermos o perdão, pois não há ninguém neste mundo que nunca precisou ou que nunca precisará dele.
Pense nisso queridos e desculpe sempre.
Estamos no caminho do aprendizado e os erros fazem parte da nossa caminhada evolutiva.

Oferta um ramo de flor a cada espinho
Por mais que doa a mágoa que tortura.
Para quem chora a benção de carinho.
É como estrela para a noite escura.
Verás que em tudo se descerra.
O amor de Deus na gloria da beleza,
Que em cascatas de Luz envolve a Terra!
Auta de Souza


Abraço
Angel

TUDO A SEU TEMPO

Do capítulo 24 – Não coloqueis a candeia sob o alqueire –, item 7, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, colhemos essa pérola:


“O Espiritismo vem hoje lançar luz sobre uma multidão de pontos obscuros; entretanto, não a lança inconsideradamente. Os Espíritos procedem nas suas instruções com uma admirável prudência; não foi senão sucessiva e gradualmente que abordaram as diversas partes conhecidas da doutrina e é assim que as outras partes serão reveladas à medida que o momento tenha chegado para fazê-las sair da sombra. Se a tivessem apresentado completa desde o início, ela não teria sido acessível senão a um pequeno número; teria mesmo assustado os que para isso não estavam preparados, o que teria prejudicado a sua propagação. Se, pois, os espíritos não dizem ainda tudo ostensivamente, não é porque haja na doutrina mistérios reservados a privilegiados, nem que coloquem a candeia sob o alqueire, mas porque cada coisa deve vir no seu tempo oportuno; eles deixam a uma idéia o tempo de amadurecer e se propagar antes de apresentarem um outra, e aos acontecimentos o de lhe preparar a aceitação.”

O trecho nos chama a atenção ao pensarmos nos vôos intelectuais que todos temos, os espíritas, diante das questões doutrinárias e hipóteses levantadas diante dos fatos extraordinários que ocorrem no cotidiano da vida e que nem sempre encontramos as respostas. Isso, principalmente nos avanços da tecnologia, das conquistas tecnológicas e científicas de alto padrão, como ocorre atualmente.

As teorias sobre origem e expansão do universo, por exemplo, ou mesmo dos universos paralelos, entre outros empolgantes temas, abrem-nos a visão e colocam-nos diante de perspectivas e possibilidades antes nunca imaginadas, especialmente diante da grandeza da Doutrina Espírita, que nos aponta imensas áreas de entendimento e interpretação. 

Todavia, falta-nos ainda a revelação do componente espiritual que nos respondam a intrigantes questionamentos que as novas descobertas da ciência nos apresentam.
Muitas vezes agimos com pressa, precipitação, provocando inclusive opiniões sem bases que ocasionam divisões. Entretanto, há que se prestar muita atenção na observação acima transcrita:

“(...) outras partes serão reveladas à medida que o momento tenha chegado (...) cada coisa deve vir no seu tempo oportuno (...)”

Os negritos são nossos e desejamos refletir sobre a extensão de tais advertências. Tudo virá a seu tempo, de acordo com a evolução que alcancemos. Portanto, cabe a nós mesmos, avançar para conquistar tais revelações, a seu tempo... 
Para não ficarmos apenas em cogitações vazias ou entregues a disputas tolas que só causam divisões.

Orson Peter Carrara

REFORMA ÍNTIMA

1) Qual o conceito de reforma íntima?

Reforma íntima nada mais é do que o desenvolvimento latente que jaz em nosso espírito. É um requisito indispensável à própria saúde.

2) Perdeu-se, com o tempo, seu sentido conceitual?

Sim. A repetição de um termo faz com que se perca o seu conceito original. Observe a palavra Evangelho, que de tanto ser repetida, perdeu sua feição de boa nova. O mesmo se dá com o termo reforma íntima. Não tem mais o sentido de desenvolvimento das virtualidades inscritas no âmago de cada ser. Significa, sim, proibição: não faça isso; deixe de fazer aquilo; isso é "pecado".

3) Em vez de reforma íntima, não seria preferível usar o termo "mudança comportamental"?

A reforma pressupõe conserto, remendo, reparo. A imagem mais clara é quando precisamos fazer uma reforma em nossa casa: quebramos, para depois construir outra coisa, mais bela e mais de acordo com os tempos atuais. Assim, em vez de reforma, que pressupõe conserto, o termo mudança comportamental, entendida como desenvolvimento, seria mais conveniente. Como o Espírito foi criado simples e ignorante, mas sujeito ao progresso, a mudança pressupõe que esse Espírito esteja crescendo, evoluindo.

4) Relacione reforma íntima e reflexos condicionados.

Uma forma didática de se entender a reforma íntima é relacioná-la aos reflexos condicionados. Todos nós somos herdeiros de um automatismo, vindo de longa data. Dado um estímulo, respondemos automaticamente. Se xingados, queremos revidar. Observe as nossas respostas, as nossas reações no trânsito: uma leve "fechada" pode até ocasionar morte. E se mudássemos essa resposta automática. E se, em vez de querermos briga, perdoarmos aquele nosso irmão? Não haveria um ganho para o infrator e para nós?

5) Conhecer a si mesmo é reformar-se?

Sócrates, quando nos revelou o "conhece a ti mesmo", não estava interessado numa mudança comportamental. Queria apenas que cada um de nós tomasse consciência da sua própria ignorância. Quando o termo passou para o latim, "nosce te ipsum", começaram a modificar-lhe o sentido e colocaram-no como condição moral para que o ser humano pudesse mudar os seus hábitos e os seus costumes.

6) Como proceder em relação à reforma íntima?

Uma vez iniciada, convém dar-lhe continuidade. Parar é regredir, é voltar aos mesmos erros que cometíamos no passado. Um bom exercício é o ser humano se colocar no meio de uma montanha. Tem que ir em frente, porque a queda pode ser violenta.

7) Qual é o grande erro que se comete na reforma íntima?

É querer fazer uma reforma radical. Lembremo-nos de que os ensinamentos veiculados por Jesus, e por outros grandes lideres da humanidade, são modelos que devemos ter em mente. É como um ideal, uma meta a alcançar, porque a evolução não dá saltos. Querer melhorar a qualquer custo é também uma forma de violência.

Sérgio Biagi Gregório
Aprofundamento Doutrinário

TIPOS DE ESPÍRITAS

Em diferentes obras, Kardec dedicou-se a definir e caracterizar os espíritas de acordo com a forma com que lidam com o conhecimento doutrinário que lhes chega ao coração.

Em O Livro dos Espíritos, ao apresentar o Espiritismo em seus três aspectos, o Codificador classifica os espíritas em três graus: os que crêem nas manifestações e as comprovam, sendo, portanto, experimentadores; os que percebem as consequências morais dessa experimentação e os que praticam ou se esforçam por praticar essa moral. Seguindo a mesma linha de raciocínio, em O Livro dos Médiuns, ele propõe uma nomenclatura para cada tipo de adepto, a saber:

Os que crêem nas manifestações: espíritas experimentadores. Só se importam com os fenômenos e sua explicação científica.

Os que, além dos fatos, compreendem as consequências morais, mas não as colocam em prática: espíritas imperfeitos, que não abrem mão de ser como são.

Aqueles que praticam a moral espírita e aceitam todas as suas consequências: os verdadeiros espíritas ou espíritas cristãos, apresentando duas características básicas: a caridade como regra de proceder e, pela compreensão dos objetivos da existência terrestre, o esforço "por fazer o bem e coibir seus mau pendores".

Os demasiadamente confiantes em tudo o que se refere ao mundo invisível, aceitando sem verificação ou reflexão todos os conteúdos que lhes chegam ás mãos: espíritas exaltados. Este tipo de adeptos é mais nocivo que útil à causa espírita.

Vamos nos deter nos dois últimos tipos


Em primeiro lugar, o verdadeiro espírita, reconhecível "pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más". Chama-nos a atenção os termos usados por Kardec "coibir" e "domar". Ou seja, o esforço da transformação moral requer do interessado uma luta íntima fortíssima que, absolutamente, não é desamor a si mesmo, mas tenacidade na tarefa de substituir valores do mundo por valores espirituais. 

Ouve-se muito, dentro das casas espíritas, que a reforma interior não deve ser um sofrimento, e o desculpismo toma conta das criaturas que se reconhecem imperfeitas, mas... continuam sendo como são, ou melhor espíritas imperfeitos. A luta pela mudança interna é reconhecida, por inúmeros autores espirituais confiáveis, como imprescindível ao nosso amadurecimento espiritual. 

É a "decisão de ser feliz" proposta por Joanna de Ângelis, que passa pela revisão de toda a nossa conduta diante de Deus e do próximo, pela coragem de enfrentar a si mesmo, reconhecendo os erros e iniciando o processo de correção de rumo.

Sobraram os espíritas exaltados, apaixonados por modismos, novidades, revelações (principalmente quem foi quem em existências passadas). Frequentam, muitas vezes, reuniões de estudo doutrinário, mas não estudam; citam best sellers do momento, mas não sabem dar exemplos da literatura consagrada de autores encarnados ou desencarnados. São ávidos por lançamentos editoriais sem conhecer as obras básicas ou o trabalho de Instrutores como Emmanuel, André Luiz e Joanna de Ângelis. Prejudicam a Doutrina porque divulgam conceitos equivocados, estimulando novos companheiros a seguir pelo mesmo caminho.

É André Luiz que alerta, quanto a alguns "modos como nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo":

- esquecer a reforma íntima

- afastar-se das obras de caridade

- negar-se ao estudo

- abdicar do raciocínio, deixando-se manobrar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área do conhecimento espírita com preconceitos e ilusões.

O verdadeiro espírita ou o espírita cristão é aquele que adquiriu a "maturidade do senso moral" segundo o Codificador. Entendamos que essa maturação ainda não se completou (estamos na Terra!), mas representa o rompimento com o passado de erros e a obrigação de nos reformarmos, sem desculpas, contemporizações ou omissões. 

Em um texto de Obras Póstumas encontramos o estímulo e o consolo para as dificuldades encontradas em nosso processo renovador:

"Se passarmos à categoria dos espíritas propriamente ditos, ainda aí depararemos com certas fraquezas humanas, das quais a doutrina não triunfa imediatamente. As mais difíceis de vencer-se são o egoísmo e o orgulho, as duas paixões originárias do homem. (...) Pode dar-se que a coragem e a perseverança fraquejem diante de uma decepção, de uma ambição frustrada, de uma preeminência não alcançada, de uma ferida no amor próprio, de uma prova difícil. 
Há o recuo ante o sacrifício do bem-estar, ante o receio de comprometer os interesses materiais, ante o medo do "que dirão?"; há o ser-se abatido por uma mistificação, tendo como conseqüência, não o afastamento, mas o esfriamento; há o querer viver para si e não para os outros, o beneficiar-se da crença, mas sob a condição de que isso nada custe.(...) Sem dúvida, podem os que assim procedem ser crentes, mas, sem contestação, crentes egoístas, nos quais a fé não ateou o fogo sagrado do devotamento e da abnegação; às suas almas custa o desprenderem-se da matéria. Fazem nominalmente número, porém não há contar com eles." 

Temos, ainda, inúmeras fragilidades, mas já não queremos, por certo, "fazer número", ser estatística. Desejamos que o Espiritismo possa contar conosco, e acima de tudo, precisamos e queremos SERVIR A JESUS, aliando conhecimento doutrinário e prática evangélica.

Tereza Rodrigues
Espaço Espírita

REFLEXÃO

Havia um museu com o piso completamente coberto por belíssimos azulejos de mármore e com uma estátua, toda em mármore, enorme, exibida no meio do salão de entrada. Muitas pessoas vinham do mundo inteiro para admirar a bonita estátua de mármore.

Uma noite, os azulejos de mármore começaram a falar e reclamar com a estátua de mármore:

__ Estátua, isto não é justo, não é justo! Por que vem gente do mundo inteiro, pisa e pisa em todos nós, e só para admirá-la? Não é justo!

__ Meu querido amigo, azulejo de mármore. Você ainda se lembra de quando estávamos, de fato, na mesma caverna? __ Respondeu a estátua.

__ Sim! É por isso que eu acho tudo muito injusto. Nós nascemos da mesma caverna e agora recebemos tratamento tão diferente. Não é justo! __ Ele chorou novamente.

__ Então, Você ainda se lembra do dia que o artista tentou trabalhar em você, mas você resistiu bravamente às ferramentas?

__ Sim, claro que eu me lembro. Eu odiei aquele sujeito! Como pode ele usar aquelas ferramentas em mim, doeu muito!

__ Isso é certo! Ele não pode trabalhar nada em você porque você resistiu em ser trabalhado.

__ Sim. E daí?

__ Quando ele desistiu de você e veio para cima de mim ao invés de resistir como você, eu soube imediatamente que eu me tornaria algo diferente depois dos esforços dele. Eu não resisti . . . Ao invés disso eu agüentei todas as ferramentas dolorosas que ele usou em mim.

__ Mmmmm . . . Resmungou o azulejo.

__ Meu amigo, há um preço para tudo na vida. E nem sempre é fácil. As vezes é muito difícil, doloroso. Mas temos que aprender a suportar os sofrimentos, procurando crescer e aprender para nos transformarmos em algo mais belo. Já que você desistiu de tudo no meio do caminho, você não pode culpar qualquer pessoa que agora pisa em você.


Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco

segunda-feira, 16 de abril de 2012

BOM DIA!


A mensagem do hoje se resume a essa frase “ Faça o Bem”.

O mundo precisa de pessoas conscientes e de boa vontade que exemplifique essa ação.

Você está satisfeito com o mundo em que vive?

Se você responder não, terá que responder mais uma pergunta.

O que você está fazendo para melhorá-lo?

Pense e Faça o Bem.

Abraço

 Angel