sexta-feira, 19 de agosto de 2011

EXPERIÊNCIAS ALHEIAS QUE PODEM NOS AJUDAR

Maltratos em família
Recebemos um e-mail que relata que o marido é egoísta, insensível e não permite que ela tenha amizade com ninguém, nem mesmo com os familiares. Ela diz que tem 18 anos de casamento e dois filhos, mas não suporta mais e está pensando em se separar dele. Ela sente que tem uma missão a cumprir mas não sabe claramente o que é essa missão. Ela faz tratamento para depressão e tem tentado mostrar ao marido o amor e o perdão, mas ele não entende ou não quer entender.

Tivemos que sintetizar o seu e-mail porque era muito longo, mas colocamos o essencial. Mas, prezada amiga, é muito difícil mudar as pessoas. Há casos que somente a dor e o tempo conseguem mudar. Entretanto, será que seu marido era diferente na época do namoro e noivado?

Será que você não percebeu essas nuanças ruins do caráter dele mas pensou que poderia mudá-lo? Logicamente não estamos querendo aumentar o seu sofrimento, mas apenas demonstrar que não raro somos os construtores da nossa infelicidade.

Parece-nos que o principal do seu e-mail é saber a nossa opinião sobre a sua vontade de se separar dele. Pensamos que você tem todo o direito. Ninguém pode aguentar por muito tempo ser maltratada, espezinhada, e parece-nos que 18 anos é muito tempo.

Você só precisa estar certa de que o pensamento íntimo de uma missão a cumprir não seja a de transformá-lo, porque neste caso você terá que tirar isto da sua cabeça ou vai sentir-se fracassada. Somos de opinião que você, decidindo-se a permanecer com ele, exponha as suas condições, de ser tratada com dignidade, ter o direito de fazer amizades e especialmente relacionar-se com a sua família.

O fato dele ser evangélico, como você citou, não muda muito as coisas, pois nenhuma religião dá direito ao marido de escravizar a esposa. Não podemos lhe dizer faça isso ou faça aquilo, porque a decisão precisa ser sua, mas acreditamos que lhe demos muito material para reflexão.

Filho usuário de drogas
Na visão da Doutrina espírita qual é a resposta ou como proceder com meu filho usuário de drogas. Eu me pergunto, porque o meu filho, porque comigo. As vezes ele me parece ter aversão por mim, e muitas vezes fico pensando, será que é somente os efeitos da droga? será que não tem nada haver com a parte espiritual?

Prezada amiga. Sentimos a dramaticidade da sua pergunta e como você está sofrendo, por isso você tem a nossa solidariedade. A visão da Doutrina Espírita é especialmente os desajustes humanos.

Nossa juventude vive assediada pelos traficantes de drogas e pelos amigos já envolvidos com a dependência. Você pergunta como proceder com seu filho, e a resposta é: com muito amor, paciência, tolerância, mas firmeza. Não adianta ficar brigando, xingando, fazendo ameaças que nunca serão cumpridas, como expulsar de casa, entregá-lo à polícia.

Na questão da aversão certamente é porque você tenta restringi-lo, impedi-lo de se drogar, o que aliás você deve continuar fazendo. Se necessário obrigue-o a um tratamento. Com certeza há influenciações de espíritos inferiores que foram dependentes na Terra, e que ainda são dependentes no espaço, mas com certeza foram atraídos pelo procedimento do seu filho. Eles podem levar pessoas de caráter fraco ao vício, mas é mais comum se juntarem aos já viciados. Entretanto, te aconselhamos a procurar os Narcóticos Anônimos, que a exemplo dos Alcoólicos Anônimos, tem reuniões para familiares e dependentes, que dividem o peso do sofrimento, e ensinam como lidar com o dependente. Pode haver alguma coisa do passado influindo na aversão, mas acreditamos que é muito mais relacionado com o agora.

O bem sem segundas intenções
Na minha vida, procuro fazer o bem para que tenha paz e não sofra mais no futuro. Será que estou fazendo a coisa errada, já que sei que se deve fazer o bem sem intenções? Mas, ao mesmo tempo que penso isso, na inferioridade em que me encontro, a única coisa que me impulsiona a fazer o bem é acreditar que assim estarei livre de dores e sofrimentos. Como devo agir, que devo pensar?

Não vemos nada negativo no fato de você fazer o bem para não sofrer no futuro. A maioria das pessoas que fazem o bem, tem uma segunda intenção. As vezes é o medo de ir para o inferno. No caso dos espíritas, muitos temem o chamado umbral, revelado por André Luís, ou mesmo futuras reencarnações em sofrimentos.

É errado? Acreditamos que não. Errado é fazer o mal, ser indiferente com a sorte do próximo. Hoje você faz esforços muito grandes para fazer o bem. Um dia você fará naturalmente. Continue fazendo o bem e não se preocupe com a motivação.

Fazer o bem é ginástica do espírito. Assim como a ginástica física nos proporciona, com sacrifício, um corpo elástico, adequado, a ginástica espiritual deixa-nos espiritualmente em forma.

Do mesmo modo que é preciso dedicação, sacrifício no início da nossa preparação física, não são menores os esforços para a prática da ginástica espiritual. Todo o bem que você faz hoje por medo de sofrer, um dia você fará naturalmente, sem qualquer pensamento preconcebido.

Espíritos podem interferir?
Quero saber se os espíritos podem interferir na vida de um casal a ponto de fazer com que um nunca veja o outro com bons olhos?

Isto é possível sim, porque somos todos médiuns e sujeitos a sofrer a influência dos espíritos, contudo, afirmar isto é um tanto temerário, pois é preciso pesquisar primeiro, se a antipatia não é do próprio casal. Eles podem estar vivendo uma fase de decepções mútuas, de insatisfações, e fica fácil, cômodo, colocar a responsabilidade nas costas dos espíritos. Os desencarnados podem sim, fazer, por exemplo, que uma pessoa beba muito e se torne um alcoólatra, contudo, é preciso haver uma predisposição da pessoa.

É bem mais comum os espíritos atuarem sobre alguém que encontra prazer nas bebidas alcoólicas. Eles não fabricam o alcoólatra, mas se aproveitam das disposições do encarnado e exarceba o desejo por bebidas. Da mesma forma acontece com os nossos relacionamentos. Ao perceber o ciúme, a insatisfação, a decepção em um ou nos dois cônjuges, eles podem trabalhar em cima disto e exarcebar a sensibilidade.

Seria bom o casal fazer um exame de consciência e verificar se já não estão enjoados um do outro, ou se um, ou os dois, não estão se descuidando do relacionamento afetivo, e até mesmo da educação. Mesmo que haja espíritos perturbadores no lar, certamente eles se aproveitam das disposições íntimas das pessoas. O exame de consciência a que nos referimos deve ser profundo e sincero, pois, há coisas que não confessamos nem a nós mesmo. Caso seja atuação de espíritos, a solução é orar por eles, com muito amor, e não alimentar pensamentos que possam atrai-los.


PORTAL DO ESPÍRITO.

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