Todas as pessoas, salvo uma ou outra exceção, formulam preces de pedido, mas são poucos os que sabem realmente orar e, por isso, pedem às vezes o que não se deve.
Não devemos pedir, por exemplo, o afastamento da dor, mas as forças e a compreensão para suportá-la.
Emmanuel nos dá, a propósito disso, em "Recados do Além", um modelo extraordinário de prece de pedido:
"Jesus! Reconheço que a Tua vontade é sempre o melhor para cada um de nós; mas se me permi-tes algo pedir-Te, rogo me auxilies a ser uma bênção para os outros."
Outro exemplo notável de prece de pedido é esta, muito utilizada pelos voluntários do C.V.V. – Centro de Valorização da Vida, com o nome de Oração da Serenidade, de autoria desconhecida:
"Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modifi-car; coragem para modificar aquelas que podemos, e sabedoria para distinguir umas das outras."
A prece feita por Estêvão, o mártir do Cristianismo - Várias preces são conhecidas e enalteci-das por sua beleza e profundidade.
A Oração Dominical, modelo de concisão, diz tudo o que precisamos dizer numa prece.
A Oração de São Francisco de Assis e a prece de Cáritas, também.
Mas, é impressionante a beleza da prece que Abigail fez na agonia e morte de seu pai Jochedeb e, depois, de seu irmão Estêvão ("Paulo e Estêvão", págs. 42 e 162), beleza que advém não só da poesia, mas da elevação e robustez de sentimentos de que a prece se reveste:
"Senhor Deus, pai dos que choram,Dos tristes, dos oprimidosFortaleza dos vencidos,Consolo de toda a dor,Embora a miséria amargaDos prantos de nosso erro,Deste mundo de desterro,Clamamos por vosso amor!Nas aflições do caminho,Na noite mais tormentosaVossa fonte generosaÉ o bem que não secará...Sois, em tudo, a luz eternaDa alegria e da bonançaNossa porta de esperançaQue nunca se fechará.Quando tudo nos desprezaNo mundo da iniqüidade,Quando vem a tempestadeSobre as flores da ilusão!Ó Pai, sois a luz divina,O cântico da certeza,Vencendo toda aspereza,Vencendo toda aflição.No dia da nossa morte,No abandono ou no tormento,Trazei-nos o esquecimentoDa sombra, da dor, do mal!Que nos últimos instantes,Sintamos a luz da vidaRenovada e redimidaNa paz ditosa e imortal".
Para quem ainda não leu o livro “Paulo e Estêvão”, de Emmanuel, lembramos que Abigail, irmã de Estêvão, estava praticamente noiva de Saulo de Tarso quando assistiu o querido irmão nos derradeiros momentos de sua existência, após o apedrejamento que o levou à morte.
O fato ocasionou o rompimento da relação com Saulo, que mais tarde teria seu nome inscrito na história do Cristianismo como Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios.
O fato ocasionou o rompimento da relação com Saulo, que mais tarde teria seu nome inscrito na história do Cristianismo como Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios.
(Thiago Bernardes)
continuação...
Nenhum comentário:
Postar um comentário