terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PROCEDIMENTOS

Como deverá agir o espírita sincero, quando se encontre diante de certas extravagâncias doutrinárias?
– À luz da fraternidade pura, jamais neguemos o concurso da boa palavra e da contribuição direta, sempre que oportuno, em benefício do esclarecimento de todos. Guardemos, todavia, o cuidado de nunca transigir com os verdadeiros princípios evangélicos, sem, contudo, ferir os sentimentos das pessoas. E se as pessoas perseverarem na incompreensão, cuide cada trabalhador da sua tarefa, porque Jesus afirmou que o trigo cresceria ao lado do joio, em sua seara santa, mas
Ele, o Cultivador da Verdade Divina, saberia escolher o bom grão na época da ceifa.

Muita gente procura o Espiritismo, queixando-se de perseguições do Invisível. Os que reclamam contra essas perturbações estão, de algum modo, abandonados de seus guias espirituais?
– A proteção da Providência Divina estende-a a todas as criaturas.
A perseguição de entidades sofredoras e perturbadas justifica-se
no quadro das provações redentoras, mas os que reclamam contra o assédio das forças inferiores dos planos adstritos ao orbe terrestre devem consultar o próprio coração antes de formularem as suas queixas, de modo a observar se o Espírito perturbador não está neles mesmos.
Há obsessores terríveis do homem, denominados “orgulho”, vaidade”, “preguiça”, “avareza”, “ignorância” ou “má vontade”,
e convém examinar se não se é vítima dessas energias perversoras que, muitas vezes, habitam o coração da criatura, enceguecendo-a
para a compreensão da luz de Deus. Contra esses elementos destruidores faz-se preciso um novo gênero de preces, que se constitui de trabalho, fé, esforço e boa vontade.

O espiritista para evoluir na Doutrina necessita estudar e meditar por si mesmo, ou será suficiente frequentar as organizações doutrinárias, esperando a palavra dos guias?
– É indispensável a cada um o esforço próprio no estudo, meditação,
cultivo e aplicação da Doutrina, em toda a intimidade de sua vida.
A frequência às sessões ou o fato de presenciar esse ou aquele fenômeno, aceitando-lhe a veracidade, não traduz aquisição de conhecimentos.
Um guia espiritual pode ser um bom amigo, mas nunca poderá desempenhar os vossos deveres próprios, nem vos arrancar das provas e das experiências imprescindíveis à vossa iluminação.
Daí surge a necessidade de vos preparardes individualmente, na Doutrina, para viverdes tais experiências com dignidade espiritual, no instante oportuno.

O Consolador
Emmanuel
Chico Xavier
Perguntas: 364, 366, 381

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