quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DOUTRINAÇÃO DE ESPÍRITOS

Segundo Edgard Armond, as sessões de doutrinação de Espíritos objetivam esclarecer entidades desencarnadas a respeito de sua própria situação espiritual, orientando-as no sentido do seu despertamento no plano invisível e o seu subsequente equilíbrio e progresso espirituais.
Para facilitar o seu despertamento ou o seu esclarecimento, Espíritos jungidos ao habitat terrestre por força da lei de afinidade são trazidos às sessões de doutrinação e aí ligados momentaneamente a médiuns psicofônicos, com o que, no contato com os fluidos benéficos da corrente aí formada, acrescidos dos ensinamentos recebidos do doutrinador encarnado, logram quase sempre despertar e retomar o caminho do aperfeiçoamento espiritual.

Doutrinar
Doutrinar Espíritos não é, porém, tarefa fácil, pois exige conhecimentos doutrinários bastante desenvolvidos e senso psicológico para que o doutrinador possa captar com rapidez a verdadeira feição moral do caso que defronta e, em consequência, encaminhar a doutrinação no devido rumo.
É necessário ainda ao doutrinador possuir paciência e bondade, humildade e tolerância, porque somente com auxílio dessas virtudes poderá enfrentar os casos mais difíceis em que se manifestam Espíritos maldosos, zombeteiros ou empedernidos.
 
Atributos do doutrinador
Observa André Luiz  que a pessoa envolvida nessa tarefa não pode esquecer que a Espiritualidade Superior confia nela e dela aguarda o cultivo de determinados atributos como os que se seguem:
a) direção e discernimento;
b) bondade e energia;
c) autoridade fundamentada no exemplo;
d) hábito de estudo e oração;
e) dignidade e respeito para com todos;
f) afeição sem privilégios;
g) brandura e firmeza;
h) sinceridade e entendimento;
i) conversação construtiva.

A doutrinação no Mundo Espiritual e Material
Explica Herculano Pires, existe em todos os planos, mas o trabalho mais rude e pesado é o que se processa em nosso mundo.
Orgulhoso é inútil, e até mesmo prejudicial, será o doutrinador que se julgar capaz de doutrinar por si mesmo. Sua eficiência depende sempre de sua humildade, que lhe permite compreender a necessidade de ser auxiliado pelos bons Espíritos.
O doutrinador que não compreende esse princípio precisa de doutrinação e esclarecimento, para alijar do seu espírito a vaidade e a pretensão. Só pode realmente doutrinar Espíritos quem tiver amor e humildade.

Requisito para doutrinar: Autoridade Moral
Herculano Pires observa, que é importante não confundir humildade com atitudes piegas, com melosidade. Muitas vezes a doutrinação exige atitudes enérgicas, não ofensivas nem agressivas, mas firmes e imperiosas. É o momento em que o doutrinador trata o obsessor com autoridade moral, a única autoridade que podemos ter sobre os Espíritos inferiores, que sentem a nossa autoridade e se submetem a ela, em virtude da força moral de que dispusermos.
Essa autoridade, no entanto, só conseguimos adquirir por meio de uma vivência digna no mundo, sendo sempre corretos em nossas intenções e em nossos atos, em todos os sentidos, porquanto as nossas falhas morais não combatidas, não controladas, diminuem nossa autoridade sobre os obsessores.


ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
De Londrina
Centro Espírita Nosso Lar

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