quarta-feira, 20 de outubro de 2010

GAMES VIOLENTOS GERAM ATITUDES AGRESSIVAS


Gargalhadas ecoavam pela casa. Eram os adolescentes, amigos do filho de Jaime que juntamente com o garoto se divertiam com os novos jogos de vídeo game. Curioso com aquele alvoroço da garotada, Jaime se dirigiu ao quarto onde estavam para ver qual o jogo que lhes causavam tamanha excitação e alegria.

Qual não foi sua surpresa quando se deparou com aquela triste cena; a garotada se divertia com um jogo que exaltava a violência, onde tiros eram trocados e sagrava-se vencedor aquele que conseguia massacrar seu oponente com o maior número de marcas no corpo. Cada parte contava um ponto diferente: Tiro nos membros inferiores valiam 5 pontos, no peito 10 e na cabeça 15.

Diante daquele fato lamentável acontecendo em sua própria casa, só restou a Jaime chamar a garotada para um bate papo esclarecedor.

Fale-se da violência, esbravejava-se contra a falta de segurança, todavia, a paz que trará segurança à todos começa justamente dentro de nosso lar.

Há uma atividade cerebral denominada P300 que reflete o impacto emocional causado por uma imagem. Adolescentes que se comprazem com games violentos têm uma diminuição dessa atividade, o que colabora para a insensibilidade diante de imagens chocantes. O resultando não é difícil de prever: Os jovens acostumam-se com a violência como se fosse ela algo normal.

Criaturas que trazem uma tendência belicosa tendem a acentuar essa característica se convivem livremente com agressões e violências das mais diversas formas, mesmo que seja em jogos aparentemente inocentes.

Não pode haver diversão onde espalha-se sangue , mesmo que seja nas telas do computador, televisão ou cinema.

Por isso há que refletir no que estamos permitindo chegar à nossos filhos. Jogos violentos que retratam tiros trocados, lutas onde o vencedor é aquele que massacra com rudes golpes seu adversário, filmes onde o herói mutila dezenas de pessoas, transmitem ao jovem um espírito de animosidade que pode acompanhá-lo em toda a existência.

Isso colabora para que se criem pessoas prontas ao ataque, e não apenas ao ataque corporal que se exprime na agressão física, mas também ao ataque das palavras, onde machuca-se com a crueldade das criticas ferinas, ou ao ataque intelectual, onde procura-se subjugar os outros impondo o medo, a duvida e semeando a desesperança através da fácil articulação de idéias.

Bem... Esses apontamentos poderão ser contestados, inclusive com estudos e pesquisas que contradizem o que estamos afirmando, ou seja, os jogos violentos não geram atitudes agressivas.

Alguns dirão ainda que o cerne do problema da violência vai muito além disso, e que há coisas muito mais importantes à considerar, como: Desigualdade social, Educação e o próprio comportamento violento dos pais que muitas vezes agridem toda a família. Porém, não creio que apreciar a violência, mesmo que virtual, possa trazer algum benefício à alguém.

No mais, há muitas coisas sadias e instrutivas que podem divertir os adolescentes, ao mesmo tempo que sedimentam valores nobres em suas almas.

Cabe então aos pais e educadores de um modo geral, avaliar essa questão e ver o que preferem transmitir à seus tutelados.

 Wellington Balbo
Grupo Espírita Renascer

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