Esta transição inevitável, da Era da Matéria para a Era do Espírito, pode começar a ser efetivada, humildemente, silenciosamente, perseverantemente, no mundo interior de cada criatura.
Comecemos, desde já, o processo de auto-Transformação.
Este processo renovativo se verificará, indubitávelmente, na base da troca ou substituição de sentimentos.
Modifiquemos os hábitos, aprimoremos os sentimentos, melhoremos o vocabulário, purifiquemos os olhos, exerçamos a fraternidade, amemos e sirvamos, estudemos e aprendamos incessantemente.
Temos que deixar os milenários hábitos que nos cristalizaram os corações, como abandonamos a roupa velha ou o calçado imprestável, que não mais satisfazem os imperativos da decência e da higiene.
A fim de melhor entendermos a base de tais substituições, exemplifiquemos:
ERA DA MATÉRIA
- Ignorância =questões materiais, questões espirituais.
- Opressão = espiritual, material.
- Instintos = animalidade, ambição.
- Conhecimento = sabedoria humana, sabedoria espiritual.
- Fraternidade = material, espiritual.
- Renovação= moralidade, altruísmo.
Numa figura mais simples:
A substituição do que é ruim, pelo que é bom, do que é negativo, pelo que é positivo, do que degrada, pelo que diviniza.
Antigamente, em época mais recuada, homens e grupos se caracterizavam, total e expressamente, pela ignorância de assuntos espirituais e materiais, pela opressão — material e espiritual — uns sobre os outros, o mais forte sobre o mais fraco e, finalmente, pela absoluta predominância dos instintos. Oprimia-se moral, econômica e espiritualmente.
Sacrificava-se, inclusive, o irmão, em nome do Divino Poder.
A Era da Matéria exige-nos conquistas exteriores, ganhos fáceis, prazeres e futilidades, considerações e honrarias.
É o imediatismo, convocando-nos à preguiça e à estagnação, ao abismo e ao sofrimento.
A Era do Espírito pede-nos a conquista de nós mesmos, luta incessante, trabalho e responsabilidades. É o futuro, acenando-nos com as suas mãos de luz para a realização de nossos alevantados destinos.
Quando o conhecimento dos problemas humanos, em seu duplo aspecto — material e espiritual, tornar-se uma realidade em nosso coração.Substituiremos as velhas fórmulas da ignorância, da opressão política ou religiosa, moral ou econômica, pelas elevadas noções de fraternidade do Cristianismo.
Os instintos inferiorizados cederão lugar, vencidos e humilhados, aos eternos valores do Espírito Imortal!
Quando nos moralizarmos e nos tornarmos realmente altruístas, superando a animalidade primitivista e a ambição desmedida, nos converteremos em pontes luminosas, através das quais o Céu se ligará à Terra.
Estudando Mediunidade
Martins Peralva.
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