sábado, 25 de maio de 2013

Aos Amigos


A graça de um dia começa na alegria interna que reconhece Deus a causa de Tudo.
Se a busca da verdade traz à você os motivos da existência;
só o Amor te dará a força e conforto para continuar.
Sedes Felizes, pois a felicidade é um estado que se deseja estar, 
Confie na certeza de que tudo é para nosso bem
 e no fim sempre haverá um Final Feliz

Um Abençoado Dia!
Deus coloca em nosso caminho tudo que podemos superar.

Angel


A Significativa Diferença entre Crer e ter Fé


"Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia."

O notável professor, filósofo e humanista brasileiro, Huberto Rohden, em um de seus oportunos comentários inseridos no livro “A Mensagem Viva do Cristo”, obra que compreende a tradução feita por ele mesmo dos quatro evangelhos, diretamente do grego do primeiro século, convida-nos a refletir sobre a significativa distinção entre crer e ter fé. Para ele, a não compreensão dessa questão tem deturpado a teologia e trazido enorme prejuízo à mensagem do Cristo ao longo desses 2000 anos. 

Escreve ele: 
“Desde os primeiros séculos do Cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi traduzido para o latim, principiou a funesta identificação de crer com ter fé. A palavra grega para fé é pistis , cujo verbo é pisteuein . 
Infelizmente, o substantivo latino fides , o correspondente a pistis , não tem verbo e assim, os tradutores latinos se viram obrigados a recorrer a um verbo de outro radical para exprimir o grego pisteuein, ter fé. O verbo latino que substituiu o grego pisteuein é credere , que em português deu crer . Nenhuma das cinco línguas neo latinas — português, espanhol, italiano, francês, rumeno possui verbo derivado do substantivo fides ; fé; todas essas línguas são obrigadas a recorrer a um verbo derivado de credere . Ora, a palavra pistis ou fides significa originariamente harmonia, sintonia, consonância. Ter fé é estabelecer ou ter sintonia, harmonia entre o espírito humano e o espírito divino.”

Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia. Para o ilustre filósofo aí está um dos maiores problemas que em muito vem prejudicando a teologia e, para explicar a diferença de significado entre uma coisa e outra, estabelece Rohden o seguinte paralelo ilustrativo: 
“Um receptor de rádio só recebe a onde eletrônica emitida pela estação emissora, quando o receptor está sintonizado ou afinado perfeitamente com a frequência da emissora. Se a emissora, por exemplo, emite uma onda de frequência 100, o meu receptor só reage a essa onda e recebe-a quando está sintonizado com a frequência 100. Só neste caso, o meu receptor tem fé , fidelidade, harmonia; fideliza com a emissora”. 

Dentro desse contexto, “se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia. Esse homem pode, em teoria, aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter fé. Ter fé é estar em sintonia com Deus, tanto pela consciência como também pela vivência, ao passo que um homem sem sintonia com Deus pela consciência e pela vivência, pela mística e pela ética, pode crer vagamente em Deus. Crer é um ato de boa vontade; ter fé é uma atitude de consciência e de vivência”, argumenta o professor Rohden. 

Salvação não é outra coisa senão a harmonia da consciência e da vivência com Deus Para ele, a conhecida frase “quem crer será salvo, quem não crer será condenado”, é absurda e blasfema no sentido em que ela é geralmente usada pelos teólogos. No entanto, “se lhe dermos o sentido verdadeiro ‘quem tiver fé será salvo' ela está certa, porque salvação não é outra coisa senão a harmonia da consciência e da vivência com Deus”. 
Em sua opinião de sincero buscador, erudito e filósofo espiritualista “a substituição de ter fé por crer há quase 2000 anos, está desgraçando a teologia, deturpando profundamente a mensagem do Cristo”. 
_______ 
Adolfo Guimarães
Obra consultada: 
"A Mensagem Viva do Cristo", Huberto Rohden, Alvorada, 4.ª edição

Tudo é Vida

A vida nunca cessou, não cessa e nem cessará em todos os departamentos deste Universo infinito onde ela se mostra soberana e bela. 
Aquilo a que denominamos morte poderíamos chamar de uma desagregação celular que, por sua vez, continua vivendo incessantemente, e isto por uma razão bem simples: cada célula componente de um grupo que empresta forma a este é energia, e esta não desaparece, mas prossegue com vida, e vida cada vez mais abundante, justamente pela certeza adquirida de que ela, morte, inexiste, é uma mentira. 
enciclopedistas, mais cedo ou mais tarde, haverão de colocar em seus dicionários o verdadeiro significado da morte: uma desorganização celular que dava forma a um grupo de células que se constituía num todo orgânico ou inorgânico. 

Olhando a morte com a visão espírita, que é justamente a visão do Espírito imortal, a morte já não se pode constituir num temor, num horror. É, sim, um fenômeno biológico natural que deve ser racionalizado pelo Espírito ergastulado à carne. 
As células componentes de um corpo somático, ao se desestruturarem no ser humano, não encontram mais condições de reter a energia que as comandava, que as mantinha unidas, grupadas. Falta-lhes vitalidade, que é usada pelo Espírito para comandar o corpo, apropriando-se dele. 
Tudo se altera para que aconteça o melhor, o aperfeiçoamento da forma, o seu progresso, a sua evolução. 

Viver, como vamos percebendo, é evoluir em todos os estágios sem cessar, até à angelitude, quando a energia espiritual, o Espírito, não mais necessita da forma para se expressar. Daí porque o ser real não é físico. Este é clausura temporária da energia eterna. 
Todos nós voltaremos às origens quando nos desprendermos do magnetismo e do vitalismo orgânico que engendra a forma física. 
Reagir à libertação pela morte do corpo carnal é apego insensato às licenças do prazer e às imposições das mais primárias das paixões. 
Somente o hedonista teme ou odeia a morte, porque para ele tudo se resume no agora, supondo que a vida seja esse breve estágio no frágil e breve período dos sentidos físicos. 

Fomos criados para a libertação plena, a qual vamos alcançando, paulatinamente, nas abençoadas experiências reencarnatórias que caracterizam a verdadeira Vida, a do Espírito. 
O homem terrenal ainda vive e sente apenas o corpo carnal, não se apercebendo das sensações tipicamente espirituais, oriundas da vivência da caridade, do amor ao próximo, da Natureza nas suas variadas manifestações. 
Como em realidade nada está morrendo, tudo vai experimentando incessante transformação, e o Espírito prossegue vivo quando da desarticulação da maquinaria física sob sua diretriz. 
As comunicações mediúnicas que nos chegam diariamente, ao serem percebidas na sua essência, vão deixando aos humanos a realidade da vida extra-física. 

Jesus veio mostrar a Vida estuante após se deixar crucificar sem um mínimo gesto de defesa ou justificativa para o que havia feito. Se confiamos nEle, mais ainda confiemos em Deus. Assim sendo, segundo as palavras do Incomparável Messias, renunciemos a nós mesmos, tomemos a nossa cruz e sigamo-Lo. 
Procuremos, assim, conduzir-nos com equilíbrio em todos os momentos da existência terrena para que, no instante da morte, estejamos devidamente preparados para a sobrevivência plena que nos aguarda. 

Acalmando-nos, aguardemos o reencontro com os que nos antecederam na viagem de retorno ao mundo verdadeiro – o dos Espíritos. O ser amado vive e nos espera, com certeza. 
Caso façamos silêncio interior, ouvi-lo-emos com palavras dúlcidas de esperança e consolo para que prossigamos em nossos afazeres até o instante final da libertação. 
Se porventura algum temor nos acicata com ameaças a respeito da desencarnação, nada melhor e salutar do que recordarmos de que diariamente vivemos uma forma de morte quando adormecemos.

“Ama os que morreram, mas vivem, preparando-te, por tua vez, para viveres depois que morras”- diz Joanna de Ângelis.

Vivamos, pois, felizes, amando a vida, o que fazemos, e esperemos, sem temor algum, o momento fatal da nossa desencarnação, confortando-nos com os conhecimentos oferecidos pelo Espiritismo. 

Adésio Alves Machado
Artigo Publicado em O Espírita Fluminense, 
edição de Julho/Agosto de 2005 

A Alegria dos Outros


Um jovem, muito inteligente, certa feita se aproximou de Chico Xavier e indagou-lhe:

Chico, eu quero que você formule uma pergunta ao seu guia espiritual, Emmanuel, pois eu necessito muito de orientação. Eu sinto um vazio enorme dentro do meu coração. O que me falta, meu amigo?

Eu tenho uma profissão que me garante altos rendimentos, uma casa muito confortável, uma família ajustada, o trabalho na Doutrina Espírita como médium, mas sinto que ainda falta alguma coisa. O que me falta, Chico?
O médium, olhando-o profundamente, ouviu a voz de Emmanuel que lhe respondeu:

Fale a ele, Chico, que o que lhe falta é a "alegria dos outros"! Ele vive sufocado com muitas coisas materiais. É necessário repartir, distribuir para o próximo...

A alegria de repartir com os outros tem um poder superior, que proporciona a alegria de volta àquele que a distribui.
É isto que está lhe fazendo falta, meu filho: a "alegria dos outros".
Será que já paramos para refletir que todas as grandes almas, que transitam pela Terra, estiveram intimamente ligadas com algum tipo de doação?
Será que já percebemos que a caridade esteve presente na vida de todos esses expoentes, missionários que habitaram o planeta?
Sim, todos os Espíritos elevados trazem como objetivo a alegria dos outros.
Não se refere o termo, obviamente, à alegria passageira do mundo, que se confunde com euforia, com a satisfação de prazeres imediatos.
Não, essa alegria dos outros, mencionada por Emmanuel, é gerada por aqueles que se doam ao próximo, é criada quando o outro percebe que nos importamos com ele.
É quando o coração sorri, de gratidão, sentindo-se amparado por uma força maior, que conta com as mãos carinhosas de todos os homens e mulheres de bem.
Possivelmente, em algum momento, já percebemos como nos faz bem essa alegria dos outros, quando, de alguma forma conseguimos lhes ser úteis, nas pequenas e grandes questões da vida.
Esse júbilo alheio nos preenche o coração de uma forma indescritível. Não conseguimos narrar, não conseguimos colocar em palavras o que se passa em nossa alma, quando nos invade uma certa paz de consciência por termos feito o bem, de alguma maneira.
É a Lei maior de amor, a Lei soberana do Universo, que da varanda de nossa consciência exala seu perfume inigualável de felicidade.
Toda vez que levamos alegria aos outros a consciência nos abraça, feliz e exuberante, segredando, ao pé de ouvido: É este o caminho... Continue...
Sejamos nós os que carreguemos sempre o amor nas mãos, distribuindo-o pelo caminho como quem semeia as árvores que nos farão sombra nos dias difíceis e escaldantes.
Sejamos os que carreguemos o amor nos olhos, desejando o bem a todos que passam por nós, purificando a atmosfera tão pesada dos dias de violência atuais.
E lembremos: a alegria dos outros construirá a nossa felicidade.
*****

Redação do Momento Espírita, 

sábado, 18 de maio de 2013

BOM DIA!



Renove sua esperança a cada dia; 
pois Deus demonstra o Seu amor a todos os momentos.  
Ele  nos envia força para prosseguir nossa caminhada.
Não se desespere no final tudo acaba bem, 
se ainda não acabo é que o fim ainda não chegou.
 
Espero que você tenha muitos motivos para sorrir, mas se não tiver tantos assim, basta apenas um. Procure ele existe.
 
Abraço fraterno
 
Angel


Comunicações Prematuras


"Hoje, porém, com a mediunidade esclarecida,
é fácil aliviá-los e socorrê-los." Emmanuel

O primeiro desejo de quem perde, no plano material, um ente querido, é, naturalmente, no sentido de ouvir-lhe a palavra amiga, pela via mediúnica. Saber onde está, como se encontra.Conhecer-lhe as notícias, sentir-lhe as emoções. Amenizar a saudade pungente.
Entendemos justo e compreensível o anseio de quem ficou, imerso em lágrimas, vendo partir para outra dimensão da vida o ser amado. A mensagem de quem se foi representa esperança e conforto.
Os Amigos Esclarecidos conhecem, no entanto, as dificuldades e inconvenientes de uma comunicação prematura, com o desencarnado amparado no processo de refazimento psíquico e de recomposição emocional. Em fase de transição, não tem o novo habitante do Espaço, na maioria dos casos, condições de retornar, de pronto, ao convívio dos seus.

Só a alma renovada pode enfrentar, além da desencarnação, as vibrações e a emocionalidade dos que lhe pranteiam a partida. Os Benfeitores conhecem as causas que desaconselham o comunicado com a urgência desejada, às vezes, até pelo próprio desencarnado.
A intranquilidade dos familiares, vergastados pela saudade cruciante, projeta dardos mentais de angústia e desespero que atingem, em consecutivo bombardeio, a organização perispiritual do recém-desencarnado, ferindo-lhe as fibras sensíveis do coração.É por isso que, geralmente, retardam-se as comunicações dos novatos da Espiritualidade.Há grande diferença entre as leis vibratórias do Plano Espiritual e as do Plano Material.

Em decorrência dessa diversidade, ou distonia, a comunicação prematura, causando no recém-desencarnado choques vibratórios violentos, é sempre protelada pelos Amigos Espirituais.
Poderia, o encontro precipitado, prejudicar o esforço de recuperação empreendido pelos samaritanos do bem. Liberada do corpo físico, torna-se a alma mais sensível às emoções, a pensamentos. A emoção causada pela volta ao convívio familiar, a visão das almas querida poderá perturbar aquele que ainda não adquiriu, ausente da roupagem física, clareza de raciocínio, coordenação perfeita das idéias, segurança íntima.Outro detalhe: a posição mental do médium pode transtornar o comunicante ainda não suficientemente adestrado no mister do intercâmbio.

A instabilidade do medianeiro pode, assim, desajudá-lo, ao invés de ajudá-lo.Eles, os Benfeitores Espirituais, sabem o que fazem.Retardam, quando preciso, por algum tempo, ou apressam o comparecimento do desencarnado aos trabalhos mediúnicos.O médium educado, sereno, de campo psíquico harmonioso, manterá o comunicante, dominado pela emoção, em razoável nível de serenidade e equilíbrio.Conscientizados de que nem sempre nossos desejos compatibilizam-se com a programação da Espiritualidade, auxiliemos os entes que partiram com as nossas preces, até que a Sabedoria de Deus os ponha em contacto conosco pela bênção da mediunidade esclarecida.

Peralva, Martins; "Mediunidade e Evolução", 1ª edição, FEB.

Preciosa Ferramenta


A mediunidade é ferramenta valiosíssima sim, senhor!, e acima de tudo, muito importante como instrumento de educação e progresso. Alguns dirigentes deveriam considerar os portadores de certas aptidões mediúnicas ostensivas, pessoas que, geralmente, apresentam fortes sintomas obsessivos, aqueles desequilíbrios naturais do início.
Não podemos ver a mediunidade como algo desnecessário e prováveis médiuns como meros obsedados. Não se pode subestimar quem mostre algum desequilíbrio em vista da mediunidade aflorada e, nem sempre, estes necessitam apenas fazer imediato tratamento antiobsessão e curso de Espiritismo.

Assisti ao depoimento de um rapaz que se dizia feliz por não mais experimentar a “pavorosa” levitação do colchão de sua cama com ele deitado sobre este. Há algum tempo, em um programa de TV espírita, um moço mostrou-se eternamente grato ao apresentador e entrevistador desse programa, também dirigente de conhecida federação, por tê-lo encaminhado ao tratamento espiritual. Segundo ele, depois dos passes, o fenômeno, “graças a Deus, cessou!”, e isto me fez recordar aqueles testemunhos televisivos em que se atribui responsabilidade de tudo ao Diabo...
Por que esse tal dirigente não acompanhou o desenrolar dos fatos, além de somente conduzir o moço à terapia de passes? Quantas outras ocorrências interessantes, passíveis de observação não devem ter sido levadas em conta, sem lhes darem a menor importância! Gente! Deus jamais criou algo supérfluo! Qualquer tipo de fenômeno acontece consoante Seu consentimento e há de possuir algum proveito.

Onde estarão os pesquisadores espíritas de agora? Será que Almas da qualidade de um William Crookes, Alfred Erny, Epes Sargent, Gabriel Delanne, A. Aksakof, Charles Richet e outros se extinguiram para sempre? Por que em tempo algum se soube de nenhuma comunicação destes Espíritos? Ah! Mas alguém há de me contestar: “Há assuntos mais importantes”...
Houve um tempo em que aqueles homens encaravam médiuns e fenômenos como algo digno de se levar em consideração, com seriedade, daí, esses sábios consagrados em seus respectivos misteres produzir obras do valor de Fatos Espíritas (Crookes), O Psiquismo Experimental (Erny), O Fenômeno Espírita(Delanne), Animismo ou Espiritismo? (Bozzano), Animismo e Espiritismo (Aksakof), Física Transcendental (Zölner), etc.

Desdenhar da manutenção do intercâmbio espiritual é desdenhar da sabedoria e misericórdia de Deus. Há quem pregue a abstração de médiuns com respeito a aparelhos eletrônicos: tais aparelhos "substituiriam" tranquilamente os médiuns. Ouvi de alguém este asserto: “só existirá no futuro um tipo de mediunidade: a intuitiva”. Desde já, menosprezam, por exemplo, a psicofonia.

Aparelhos eletrônicos não podem substituir as propriedades psíquicas de um médium. Nenhum circuito contendo válvulas, semicondutores, transdutores, etc. ou circuitos constituídos de componentes miniaturizados, montados em uma pequena pastilha de silício, ou de outro material semicondutor poderá fazer as vezes do sistema nervoso e estímulos, da corrente elétrica originária do cérebro e do campo magnético que possibilita a geração do fluxo da carga energética de essência eminentemente divina. Vai demorar muito certas faculdades tornarem-se coisas imprescindíveis (haja milênio, creio eu!).

Se certos dirigentes não dão a mínima atenção a certos fenômenos, que dirá a certos médiuns! Alguns até acham que médium não é nada, e se perde grande oportunidade de, quem sabe, obterem-se resultados morais e intelectuais de proveito geral. Ora, antes de tudo, qualquer médium é um filho de Deus como qualquer outra pessoa, merecedora de todo o apoio e respeito. Alguns pensadores espíritas julgam perda de tempo desenvolver-se, por exemplo, médiuns de efeitos físicos; para eles, já disseram, já provaram tudo, principalmente no que consta de obras conforme psicografias de Chico e de Divaldo.

Quanto à psicografia, em particular, a que tanto Allan Kardec deu maior importância, por razões óbvias, por que os dirigentes não pesquisam seus médiuns psicógrafos? Será que todo mundo sentado à mesa recebe mesmo mensagens escritas do Além, é realmente médium psicográfico? Por que já ouvi isto em certas casas espíritas de certos médiuns: “Será que foi mesmo um Espírito ou eu que escrevi?”
Por que não inquirir de alguns Espíritos cujas assinaturas constam dos “romances mediúnicos”? Donos de editora que se intitula espírita não deveriam só dar maior importância à parte comercial que certos trechos enigmáticos, confusos e, às vezes, anti-doutrinários; deveriam, sim, adotar, quando necessário, chamar o médium e o autor desencarnado, indagá-lo a respeito de certas idéias que não ficaram claras (tal como faria Kardec), obter, inclusive, a biografia desse autor em nome da credibilidade.

Outras perguntas: por que o Espírito André Luiz nunca foi questionado através de médiuns de diferentes núcleos espíritas? Por que aqueles que contestam o Espírito Emmanuel, por causa da obra A Caminho da Luz, não o convocou até hoje para que se justificasse? Será que além de Chico Xavier, Yvonne Pereira e Divaldo Pereira Franco não existe nem ao menos um médium competente em nossa terra?
Não. Ninguém pode garantir que não há nenhum médium idôneo. Sei de um caso de um médium, por sinal sonambúlico, que materializa Espíritos (mediunidades raríssimas!), o qual, antes, detestava religiões e em tempo nenhum admitia a existência de Deus. Certo dia, depois de muito sofrer por opor-se a aceitar a sua condição de médium, procurou desesperadamente ajuda. Ele deixou o orgulho de lado e foi em busca de algum esclarecimento para o seu caso em conceituada casa espírita que se localiza no centro da capital paulista; disse ele em tom de frustração: “Quando cheguei lá, não tive quem me atendesse como deveria”...

Davilson Silva
Portal do Espírito

O Espiritismo Filosófico



Como espíritas, sabemos que a doutrina espírita está alicerçada em um tripé, composto de filosofia, ciência e as consequências morais (as quais alguns preferem chamar de religião). Embora saibamos deste tripé e o dizemos frequentemente, poucos têm, ao certo, a noção filosófica e científica da doutrina e, muitas vezes, ficam presos na tentativa de se entender as consequências morais sem, primeiro, entender os pressupostos filosóficos e científicos que são a base para o entendimento destas consequências morais.

Neste ponto, os aspectos filosóficos do Espiritismo são algo praticamente não entendido, não explorado pelos estudos espíritas, não desenvolvido como ferramenta crucial para a aquisição de novos horizontes e novos conhecimentos. Reduzimos os aspectos filosóficos da doutrina apenas às perguntas que se assemelham aos questionamentos filosóficos realizados por pensadores como, por exemplo, o que é Deus, de onde nós viemos, para onde vamos, entre outros. No entanto, estes questionamentos certamente permanecerão por muito ainda sem respostas e apenas temos uma vaga ideia do nosso processo evolutivo. 

O uso das ferramentas filosóficas deveria ser matéria introdutória nas casas espíritas. Tópicos como Teoria do Conhecimento, Lógica, Raciocínio Crítico são pequenos exemplos de assuntos da filosofia que servem de base para o entendimento dos ensinamentos de Kardec e também de nosso grande irmão Jesus.

Todos conhecemos a frase de Cristo: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!”? Ou seja, somente através do conhecimento do que é verdade é que alcançaremos a nossa liberdade, nossa jornada evolutiva não mais necessitará de encarnações. 

Aqui, nos pegamos questionando dois fundamentos importantes para entender o que Jesus disse e o que Kardec inicialmente explora em O Livro dos Espíritos: 
O que é verdade e o porquê da necessidade da Reencarnação?

Como vimos, a lógica nos faz associar estes dois princípios, mas como responder a isso?!
Alguns diriam que é somente pela reencarnação que adquirimos conhecimento e aos poucos vamos acumulando-o e evoluindo. Este raciocínio está correto, porém ele é uma interpretação literal, simples, do que está escrito no LE, mas ainda não responde COMO.

Para tal, necessitamos recorrer aos recursos da filosofia, mais especificamente à Teoria do Conhecimento. Esta área da filosofia explora exatamente este ponto, questionando
“O que é a verdade?”, “Como obtemos a verdade?”. 

Os estudos deste assunto mostram que uma das formas de aquisição da verdade é por meio de nossas percepções. Mas são nossas percepções uma representação fiel da realidade? O quanto de verdade eu tenho em minhas percepções?
O conhecimento atual deste assunto sugere que nossas percepções são representações relativamente reais do mundo. Às vezes, chegamos muito perto de conhecer o mundo real, por outras, ficamos distantes ou até mesmo sequer o percebemos.

Voltamos a Kardec e vemos que ele associa a liberdade com a depuração da alma. LE, pergunta 166: Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se? “Sofrendo a prova de uma nova existência”.  
Portanto, a perfeição está associada à depuração da alma. Então perguntamos, COMO esta depuração se associa com o conhecimento da verdade? LE pergunta 94: De onde tira o Espírito o seu envoltório semimaterial? 
Do fluido universal de cada globo. É por isso que ele não é o mesmo em todos os mundos; passando de um mundo para outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa. LE pergunta 94-a: Dessa maneira, quando os Espíritos de mundos superiores vêm até nós, tomam um perispírito mais grosseiro? É necessário que eles se revistam da vossa matéria, como já dissemos.

Conforme o Espírito evolui, seu perispírito vai ficando cada vez mais etéreo, menos material. Com isso, vamos nos tornando cada vez mais capazes de perceber o mundo como ele realmente o é. A cada encarnação, vamos depurando nosso perispírito, vamos sendo capazes de sintonizar vibrações diferentes e esta ampliação na capacidade de enxergar a verdade é que nos garante a tão desejada salvação. 

O Consolador
Autor: Marcelo Fernandes Costa

sábado, 4 de maio de 2013

Aos meus amigos...


Deus não nos envia nada impossível.
Se a tarefa está na sua frente é porque você pode realizá-la.
Acredite em você, pois Deus acredita.
Faça valer sua existência, aceite os desafios.
Deus te espera na linha de chegada.

Que seus caminhos sejam iluminados pela luz de Jesus,
a qual era e será sempre e infinitamente: 
O Amor.

com carinho
Angel

Dar para Receber


Cada vez mais, aprendo a me conhecer melhor.
Descobri porque somos tão egoístas. Trazemos isso da infância. Quando éramos crianças nossos pais nos enchiam de atenções, pois éramos necessitados de tudo, ou seja, dependentes deles, então fomos crescendo achando que todos deveriam nos servir, que o mundo deveria nos dar tudo àquilo que queríamos, mas quando descobrimos que não mais seríamos servidos, nos revoltamos. Comecei a compreender isso quando percebi que nada conseguia me satisfazer, nem mesmo a atenção e o carinho que recebia era suficiente, mas quando decidi parar de cobrar o mundo e as pessoas e dar a elas atenção e carinho é que entendi que só queria receber e nada queria dar. A satisfação maior está no dar e nem tanto no receber.
Hoje percebo o quanto amadureci, cresci para a vida.

Quem aspira por ser amado mantém-se na imaturidade, na dependência psicológica e infantil, coercitiva e ególatra”.
Joanna de Ângelis

Meu caderno de reflexões
23/04/07

A degeneração do Espiritismo


Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.

O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.
O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta.
Com o Espiritismo não está sendo muito diferente.
Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade.
Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais.
Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos.
E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui.
E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários.
Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia?
O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades?
O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranquilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.

Dalmo Duque dos Santos
Portal do Espírito

Modo de Fazer


De modo que haja em vós o mesmo

sentimento que houve também em Cristo Jesus
(Paulo – Filipenses 2:5)


Todos fazem alguma coisa na vida humana, mas raros não voltam à carne para desfazer quanto fizeram. Ainda mesmo a criatura ociosa, que passou o tempo entre a inutilidade e a preguiça, é constrangida a tornar à luta, a fim de desintegrar a rede de inércia que teceu ao redor de si mesma.

Somente constrói, sem necessidade de reparação ou corrigenda, aquele que se inspira no padrão de Jesus para criar o bem. Fazer algo em Cristo é fazer sempre o melhor para todos: Sem expectativa de remuneração. Sem exigências. Sem mostrar-se. Sem exibir superioridade. Sem tributos de reconhecimento. Sem perturbações.


Em todos os passos do Divino Mestre, vemo-lo na ação incessante, em favor do indivíduo e da coletividade, sem prender-se. Da carpintaria de Nazaré à cruz de Jerusalém, passa fazendo o bem, sem outra paga além da alegria de estar executando a Vontade do Pai.

Exalta o vintém da viúva e louva a fortuna de Zaqueu, com a mesma serenidade. Conversa amorosamente com algumas criancinhas e multiplica o pão para milhares de pessoas, sem alterar-se. Reergue Lázaro do sepulcro e caminha para o cárcere, com a atenção centralizada nos Desígnios Celestes.

Não te esqueças de agir para a felicidade comum, na linha infinita dos teus dias e das tuas horas. Todavia, para que a ilusão te não imponha o fel do desencanto ou da soledade, ajuda a todos, indistintamente, conservando, acima de tudo, a glória de ser útil, de modo que haja em nós o mesmo sentimento que vive em Jesus Cristo.

Livro: Fonte Viva
Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier