Se as pessoas duvidam que os Espíritos se vestem, que pensarão elas a respeito da existência de alimentos no Mundo Espiritual?
Entretanto, os Espíritos errantes sentem fome.
Na maioria das vezes, os desencarnados, logo após o desligamento do corpo físico, são atormentados pelo desejo de satisfazerem suas necessidades fisiológicas, como sede e fome incontroláveis. Para atendimento dessas necessidades básicas, afirmam os Espíritos que existem fábricas de concentrados de frutas e sopas sujeitos à manipulação específica da Espiritualidade.
Nos hospitais das Colônias, alimentos são fornecidos aos enfermos, a fim de se revigorarem.
Esses manjares espirituais, segundo informações do Outro Mundo, possuem gosto e aroma que não têm similar na Terra. Nos centros de reeducação para onde são conduzidos os Espíritos recém-chegados do Umbral, faz parte do tratamento a ingestão, pelos enfermos, de alimentos semelhantes aos terrenos, porém menos densos, até que se adaptem a sistemas de sustentação das Esferas Superiores.
O Espírito André Luiz declara na obra Nosso Lar que, recém-chegado ao Mundo Espiritual, recebeu igual tratamento: "A essa altura, serviram-me caldo reconfortante, seguido de água muito fresca, que me pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela reduzida porção de líquido reanimava-me inesperadamente. Não saberia dizer que espécie de sopa era aquela; se alimentação sedativa, se remédio salutar."
Entretanto, segundo colocações deste mesmo Espírito, não só os convalescentes têm necessidade de alimentos.
Os trabalhadores das Colônias recebem, regularmente, a sua cota de provisões:
Cada habitante de Nosso Lar recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; (. . .).
Muitos Espíritos já informaram que a água tem imenso valor no Mundo Espiritual. E esse líquido poderoso veículo de fluidos de qualquer natureza, sendo utilizado, também, como medicação. Segundo ele, já sentira, certa feita, a ação magnética da água que lhe provocou um delicioso e revigorante bem estar.
Situação bastante curiosa é essa necessidade de os Espíritos reberem alimentos já manufaturados, exatamente como ocorre na vida terrestre, uma espécie de cesta básica que os setores públicos socialistas costumam fornecer à população.
Todavia, os Espíritos chamam a atenção dos encarnados para o fato de que, nas faixas superiores da Espiritualidade, o corpo não tem necessidade de alimentação, no sentido que entendemos. À proporção que se aproxima das esferas mais elevadas, o Amor, que é o verdadeira substância de nutrição das almas, torna-se mais intenso e menos denso, constituindo-se no maior sustentáculo das criaturas. Daí o preceito evangélico: Amai-vos uns aos outros.
COMUNIDADE ESPÍRITA
LUCIA LOUREIRO
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