segunda-feira, 25 de abril de 2011

O ESPÍRITO NA VELHICE

O espírito não envelhece, torna-se experiente.
A velhice do espírito é a experiência que ele vem acumulando durante os milênios.
Todavia, quando estamos reencarnados nosso corpo envelhece, isto é, apresenta os sinais do desgaste próprio das coisas materiais.
A velhice é a fase gloriosa de nossa vida.
Ao relembrarmos o passado distante, vemos que vão longe os trabalhos e as canseiras e próximo vem o dia da alforria, o dia em que voltaremos para nossa colônia espiritual, de onde há tanto tempo partimos.
Um misto de esperanças e de receios nos assalta: de esperança pela certeza que temos de nossa imortalidade, da continuação de nossa vida em outros planos luminosos do Universo, na companhia dos entes queridos que nos precederam na partida; e de receio por sentirmos que nos vamos defrontar com algo que nos parece desconhecido.

A nossa felicidade na velhice não consiste em termos amealhado copiosos bens materiais; ela consiste em possuirmos a tranquilidade de consciência, a paz interior, a satisfação de nunca termos prejudicado ninguém, de termos vivido uma vida reta, moralizada, honesta; e fossem quais fossem as tempestades e as tentações que nos assaltaram em nossa jornada, sempre soubemos conservar nossa dignidade, nossa honradez e prezar nosso caráter.
Felizes, três vezes felizes os velhos que possuem uma consciência tranquila, uma consciência que não os acuse de nada! Que ao recordarem a vida já vivida, verificam que cumpriram nobremente todos os seus deveres, mesmo no meio de circunstâncias penosas!
Esse é o maior tesouro; o grande tesouro que levarão consigo para a pátria espiritual; é o tesouro que nem as traças corroem, nem os ladrões roubam.”

Eliseu Rigonatti
O espiritismo aplicado.

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