A Páscoa, como todos sabemos, é comemorada por judeus e por cristãos, embora por motivações diferentes.
No caso dos descendentes de Israel, a data assinala a partida dos hebreus que viviam no Egito, rumo à Terra da Promissão. Constitui uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias.
Em nossa língua, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam-na de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques.
A Páscoa comemorada pelos adeptos do Cristianismo recorda-nos a ressurreição de Jesus, conforme havia sido anunciado nas Escrituras, a qual ocorreu no terceiro dia a partir dos lamentáveis acontecimentos patrocinados pelo Sinédrio que levaram à crucificação de nosso Mestre.
A diferença entre a visão católica e a visão espírita acerca do mesmo episódio é, porém, bastante nítida.
O Espiritismo não vê naqueles fatos um caso de ressurreição de alguém que morrera, mas sim um caso de aparição de uma entidade desencarnada, que se manifestou de modo perceptível aos olhos de Maria e dos apóstolos, não com seu corpo carnal, mas com seu corpo espiritual, assunto a que Paulo de Tarso se refere em sua 1ª Epístola aos Coríntios (15:44), quando disse: “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual”.
A prova evidente de que Jesus não ressuscitou com seu corpo material é o fato de Maria não havê-lo reconhecido, pois ele não trazia as marcas dos ferimentos e dos suplícios a que o submeteram, nem o sangue que jorrou de suas chagas. Esses sinais impregnavam o corpo que morreu, não o corpo espiritual, que sobrevive à morte corpórea.
Seja como for, a Páscoa é uma festa cristã importante que devemos respeitar, embora não faça parte de modo específico das comemorações que nós espíritas geralmente realizamos.
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