Não é desencadeando a discórdia que se mantém a fé, nem cevando a ignorância que se conserva a harmonia.
Ninguém se valha da sanguissedenta espada da tirania, nem do veneno sutil da desobediência, no intuito de auxiliar aqui ou além.
A exibição de poder gera a revolta; a indisciplina favorece a subversão.
Cristo não predicou o separatismo,antes ensinou a paciência, a tolerância e a ordem, recomendando fosse facultado ao joio o direito de crescer naturalmente, ao lado do trigo, até o dia da ceifa.
O Mestre não se declarou contra o aperfeiçoamento da Alma nessa ou naquela região da vida e, sim, asseverou que somente a verdade nos fará livres; nem
se insurgiu contra ninguém, tomando o partido de alguns. Aceitou, Ele próprio, a cruz do sacrifício e da morte, indicando-nos o caminho para a ressurreição e para a vitória.
O verdadeiro programa de salvação prescinde de qualquer conflito e dispensa o dogmatismo e a rebelião. Portanto, enquanto surgirem duelos de pontos de vista, com perturbação e desordem, nas manifestações da fé, a crença não passará de vago clarão a perder-se nas sombras do fanatismo.
A ideia religiosa é um modo de expressão espiritual, tanto quanto a linguagem. Cada qual adora o Senhor segundo sua capacidade de elevar-se nos domínios do conhecimento e da virtude.
Rogério Coelho
O imortal
Junho/2010
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