segunda-feira, 30 de maio de 2011

O EXEMPLO DA CRIANÇA

Saí hoje para dar o meu passeio habitual na cidade de Jerusalém; como todo dia, fui andando e cumprimentando as pessoas conhecidas.
Olhava com muito orgulho esta cidade reconstruída e cheia de pessoas, indo e vindo ocupadas com os seus afazeres.
Durante este tempo, meditava sobre a vida e o objetivo dela, pois tinha aprendido os mais importantes princípios religiosos e os praticava diligentemente.
Hoje sou um homem, com família e profissão, mas tive a mais importante lição de minha vida, quando eu era ainda um menino de pé no chão e arteiro.
Aquela experiência me marcou muito, não por causa do ato em si, mas pelas pessoas que participaram daquele fato.
Minhas lembranças estão um pouco vagas, mas fui marcado profundamente no coração.
Este fato aconteceu quando tinha 8 anos e brincava ruidosamente na rua com outros meninos. Fazíamos as nossas brincadeiras habituais, não percebendo um grupo de adultos conversando muito perto de nós.
Em um certo momento, corremos entre estes adultos atrapalhando os seus afazeres e recebemos uma bronca de alguns deles.
Neste instante o chefe deste grupo, conversa com aqueles que nos bronquearam, me pega pelos ombros e me coloca no meio deles dizendo mais ou menos assim:
Quem que quiser o Reino dos Céus tem que se assemelhar a esta criança.
Não entendi, naquele instante, o que aquele homem queria dizer com isto, mas o seu olhar profundo e sereno marcou a minha alma, e esta marca ainda trago comigo.
Depois que amadureci, fui entender o significado daquela fase, pois as crianças não guardam rancores, aprendem tudo o que está em sua volta e estão sempre prontas para a vida.
E agora andando pela minha cidade meditando sobre estes remotos fatos, me distanciei mais do que o normal, atingindo a periferia onde ficam os mais pobres e necessitados. Vejo então um barracão humilde e singelo, cheio de doentes e com pessoas de semblante sereno.
Paro e pergunto o que é aquilo. E eles me respondem que aquele salão é a Casa do Caminho, onde são ensinados e praticados a doutrina de um homem chamado Jesus Cristo.
Entro para conhecer mais de perto e o meu coração gela quando vejo um homem pregando lá na frente, contando a história que eu tinha passado.

As histórias aqui narradas são produtos da psicografia* realizada semanalmente no Grupo Espírita Apóstolo Paulo. Todas as narrativas têm como foco principal a figura do Mestre Jesus, ora com seus apóstolos, ora com o povo que o admirava.
Podemos entender as histórias como possíveis de terem acontecido. Como não há nada que as desabone frente ao Evangelho do Cristo, servem para que possamos refletir sobre a figura deste sábio que nos trouxe o caminho, a verdade e a vida.

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