A mediunidade é uma grande oportunidade que Deus nos dá para que possamos servir e crescer espiritualmente.
Homem em curso superior, ouvia espíritos, que o chamavam com insistente ?Psiu!?, sempre que ia assinar documentos importantes no Fórum, desviando-o de suas tarefas. Perturbava-se, deixando de assinar e já era notado com preocupação por seus pares.
Agravou-se o seu problema, pois, já estava vendo também...
Instado por amigos, foi bater às portas de um terreiro de umbanda, onde, após presenciar movimentadas e ruidosas demonstrações mediúnicas, lhe informaram que era um cavalo e precisava, urgente, desenvolver sua mediunidade, para que lhe não acontecesse coisa pior.
Apavorado pela retrogradação a que se deveria submeter, retrocedendo na escala zoológica, isto é, descendo do reino hominal ao animal, ou seja, de homem a cavalo, desesperou-se.
Atendendo a outro convite, foi em seguida, buscar conselho e alívio num Centro Espírita da cidade vizinha e o diagnóstico não tardou: era médium e precisava desenvolver sua mediunidade, sem tardança.
Não se conformando em submeter-se às excêntricas e desconcertantes práticas a que assistira, novamente por indicação de amigos, buscou outro centro espírita da cidade para um novo aconselhamento. A convite seu, levava consigo o confrade Hugo Gonçalves, que era um amigo em quem confiava, plenamente.
Assistira à reunião e logo veio a orientação para seu caso, que já se tornava intolerável e sobremodo constrangedor: era médium e precisava desenvolver-se quanto antes, a fim de prestar caridade...
O confrade Hugo Gonçalves, que tudo observava, atentamente, estava mudo e quedo como um penedo.
De retorno, na viagem, soube o desalentado irmão, que Hugo era presidente de um centro espírita e quis saber sua opinião, uma vez que era autoridade no assunto e, sobretudo, seu amigo.
O bondoso confrade Hugo não se fez de rogado e foi logo iniciando seu interrogatório:
- Doutor, o Sr. Já ouviu alguma vez falar de mediunidade?
- Não, senhor. É a primeira vez que tomo conhecimento de sua existência.
- Já sabe, por acaso, qual o objetivo da mediunidade? - insistiu Hugo.
- Não senhor.
- Já leu alguma obra sobre como se utilizar da mediunidade? - concluiu o experimentado confrade.
- Ainda não li nada a respeito.
- Pois, então sentenciou, salomonicamente Hugo Gonçalves.
-A solução do problema não se conseguirá desenvolvendo a mediunidade e sim desenvolvendo o médium, orientando-o em como utilizar, beneficamente, a mediunidade, que o ameaça desequilibrar...
A seguir, passou a explicar ao confuso, mas interessado amigo que era necessário, antes de se exercitar na mediunidade:
1o - o conhecimento do mecanismo da mediunidade;
2o - inteirar-se do seu alto e nobre objetivo, que não se restringe, apenas, ao intercâmbio mecânico com o mundo espiritual, porém, a benefícios morais sérios, no campo da transformação espiritual.
Convidou-o a visitar o Centro Espírita Allan Kardec, de Cambé, do qual era presidente, e lhe ofertou o roteiro seguro da jornada que o amigo pretendia encetar: O Livro dos Médiuns.
Lendo o preciso livro que recebera, informou-se na fonte segura e passou a se interessar pelos problemas da mediunidade, compulsando obras complementares que lhe foram indicadas.
A VALORIZAÇÃO - Dessa forma, pôde o ilustre amigo controlar e valorizar, conscientemente, sua mediunidade, pondo-se a serviço da boa causa espírita.
José Jorge
(Artigo retirado da Revista Estudos Espíritas - Setembro de 1999 - Edições Léon Denis)
Um comentário:
Olá Angel!
Bom final de semana e prazer em estar aqui!
Convido para que leia e comente meu texto “Punhos do medo – o toque da morte” no http://jefhcardoso.blogspot.com Espero que curta. Valeu!
“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)
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