segunda-feira, 9 de maio de 2011

CARREGAR A PRÓPRIA CRUZ


“E, qualquer um que não tomar a sua cruz e vir após mim, não pode ser meu discípulo.” (Lucas, 14:27)

Jesus nos diz aqui: que temos que seguir a nossa crença, espírita ou outra, sem abandonar as nossas responsabilidades para com a vida material. Estamos sujeitos à Lei de Ação e Reação e à Lei do Progresso, o que nos obriga a cumprir as expiações e provas que fazem parte da nossa cruz.

É comum entre nós – espíritas, pessoas que se realizam pessoalmente através da prática religiosa; achando que isso é tudo, porque se sentem bem. Querem se livrar dos problemas e chegam a abandonar familiares difíceis, alegando que os mesmos são obstáculos ao seu progresso espiritual. Quantas vezes ouvimos dizer: A minha casa, os meus familiares são muito perturbados.

É bom reconsiderar essas idéias. As “pessoas difíceis” que se encontram em nosso caminho, aí estão para nos dar a oportunidade de aprender a tolerar, a perdoar, a ter paciência e, até, a renunciar certas regalias em favor do trabalho de reconciliação. Aí estão a nos ensinar a exercitar a nossa ascensão espiritual.

Se fugirmos desse ambiente e dessas “pessoas difíceis”, deixaremos para trás parte da nossa cruz. Mais tarde teremos que voltar a buscá-las, a fim de se completar a experiência.

Ser cristão naquela época é o mesmo que nós sermos espíritas hoje. Sabemos que isso não nos isenta das obrigações com a família, com o trabalho material e com o aperfeiçoamento de nós próprios e, também, não nos isenta do cumprimento das leis – humanas e divinas.

O que a doutrina consoladora faz por nós é nos trazer esclarecimentos, que nos aliviam os sofrimentos, nos fortalecem e nos dão esperanças.

Ela vai mais além. Mostra-nos que, através do nosso trabalho positivo em favor do próximo, podemos diminuir e, até, superarmos ficando assim livres de alguns comprometimentos com a lei. Vejam bem; dissemos comprometimentos e não compromissos. A lei não castiga, ela corrige e ensina.

A doutrina consoladora nos oferece a possibilidade de, através do amor e da dedicação ao próximo, nos acertarmos perante as Leis de Deus. Primeiro servir ao próximo mais próximo.

Sérgio Rubens
21/05/05
Comunidade Espírita.

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