Fatalidade para Aurélio Buarque de Holanda é a qualidade de fatal. E fatal é o determinado, o marcado, o fixado pelo destino. Mas eu pergunto, será que a nossa vida está predeterminada? Que o nosso destino está traçado?
Em “O livro dos Espíritos” nós lemos “A fatalidade, como vulgarmente é entendida, supõe a decisão prévia e irrevogável de todos os acontecimentos da vida, qualquer que seja a sua importância. Se assim fosse, o homem seria uma máquina destituída de vontade”.
Por que pensemos, se tudo já estivesse escrito ninguém seria responsável por falta alguma e nem tão pouco teria mérito por coisa nenhuma, tudo seria obra do acaso, o que é inadmissível. Por que tudo nos leva a crer que não existe acaso.
A espiritualidade diz na questão 851 também de “O livro dos Espíritos” que “A fatalidade não existe senão para a escolha feita pelo espírito, ao encarnar-se, de sofrer esta ou aquela prova; ao escolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição em que se encontra”.
É por isso que na verdade fatalidade não é uma palavra vã, ela existe no gênero de existência que nós escolhemos como prova, expiação ou missão. Porém com o nosso livre arbítrio temos a liberdade de alterarmos, aproveitando ou não estas escolhas feitas na espiritualidade.
Também é verdade que existem escolhas quase impossíveis de serem alteradas, as doenças congênitas, por exemplo. Todavia mesmo assim nós podemos aproveitar ou não estas provas, expiações ou missões.
Fatal só o fato de que vamos um dia biologicamente morrer, por que todo o resto, a cada momento estamos transformando, reescrevendo. O destino é quase sempre a consequência de nossas atitudes mentais e comportamentais.
Esse raciocínio está reforçado em “O Livro dos Espíritos” quando a espiritualidade diz: “ Não acrediteis, porém, que tudo que acontece esteja escrito como se diz. Um acontecimento é quase sempre a consequência de uma coisa que fizeste por um ato de tua livre vontade, de tal maneira que, se não tivésseis praticado aquele ato, o acontecimento não se verificaria”. Por
Por isso quando algo está dando errado é porque nós tomamos o caminho errado se mudarmos o caminho mudaram também os resultados.
A espiritualidade nos ensina a ver nos acontecimentos negativos e perturbadores muito mais que fatalidade, mas, o fruto de nossas escolhas equivocadas, não só de outras encarnações mais também, de agora. E nos acontecimentos bons e positivos, muito mais que predestinação, e sim, o acerto nas escolhas e retidão nas atitudes.
Os espíritos nos ensinam que por mais difíceis que se apresentem as situações, nós somos senhores dos nossos destinos, que podemos com o nosso livre arbítrio alterarmos as nossas escolhas para trazermos o melhor para nossa existência, sabendo que mais evolui quem melhor aproveita as oportunidades.
Diz Divaldo Franco: “Você é, o que fez de si, mas você será o que faça de você”. Reflita...
João Antonio Ferreira da Silva
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